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GTL - A3.1:  O Uso e Abuso da Autoridade - ÍNDICE

SEÇÃO A3

SEÇÃO A3

 

O USO E ABUSO DA AUTORIDADE

 

Ralph Mahoney

  

ÍNDICE DESTA SEÇÃO

A3.1 - Abuso da Autoridade

A3.2 - Limites da Autoridade

A3.3 - Líderes  Dignos dos Seguidores

 

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SEÇÃO A3

 

O USO E ABUSO DA AUTORIDADE

 

Ralph Mahoney

 

Capítulo 1

 

 

 

 

Abuso da Autoridade

 

 

 

Introdução

Um líder carismático bem conhecido foi citado neste artigo, expressando este perigoso ponto de vista:

“Quando uma ‘autoridade delegada’ ou uma ‘autoridade espiritual fornece aconselhamento aos que estão sob sua liderança, ele fala com a autoridade de Deus. Sempre que a autoridade delegada de Deus toca nossa vida, Ele exige que a reconheçamos e nos submetamos a ela, exatamente como o faríamos para com Ele em Pessoa.”

Um outro líder demonstrou uma posição desequilibrada quando disse: Você será ensinado pelo Espírito o que se relaciona com... o apostolado ou você será largado na Babilônia. Não nenhum meio-termo. A única alternativa que você tem além da submissão espiritual e da ordem divina é a Babilônia.”

Deixe-me esclarecer as coisas. Eu me considero carismático, pentecostal e fundamentalista na minha orientação. Contudo, tenho comigo sérias preocupações sobre o impacto que os conceitos de alguns professores carismáticos têm em seus “discípulos”.

Neste estudo, examinaremos o abuso da autoridade na Igreja, um assunto que tem trazido infindáveis confusões a muitas pessoas do povo de Deus. Práticas o bíblicas ensinadas por alguns têm causado uma tremenda dor e tristeza a muitos cristãos sinceros.

Quando verdades bíblicas são levadas a extremos por aplicações desequilibradas, elas m a capacidade de destruir vidas, tanto individualmente como coletivamente (como no suicídio em massa em Jonestown, Guiana Inglesa, de mais de 900 seguidores de Jim Jones).

Em Romanos 13:1, recebemos a seguinte instrução: Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores: porque o há autoridade que o venha de Deus; e as autoridades que existem foram ordenadas por Deus.”

Usando-se este versículo das Escrituras, o ensinamento sobre a submissão tem sido expandido tanto por grupos protestantes como católicos, os quais o muito além do conceito bíblico de submissão ensinado no Novo Testamento. São estes conceitos que estou intrepidamente desafiando. A verdade, da maneira como ela está em Jesus, sempre promove a liberdade. Ela nos liberta para que sejamos tudo o que o Senhor quer que sejamos.

Quando as Escrituras falam de autoridades superiores,  elas estão sugerindo que há níveis legítimos e uma estratificação de autoridade aos quais devemos nos submeter. Elas também subentendem que ocasiões em que a autoridade superior (divina) e a inferior (humana) entram em conflito, e temos, então, que escolher a obediência a Deus, ao invés de a líderes religiosos (At 5:29).

Dos sete níveis de autoridade mencionados nas Escrituras, três deles o pertencem ao homem.

Três níveis de autoridade reservada somente para Deus: Autoridade Soberana, Autoridade Verídica,  Autoridade da Consciência.

Infelizmente, a História está repleta de exemplos de líderes religiosos e políticos que se apropriam de títulos pomposos e de uma autoridade e posição que as Escrituras reservam somente para Deus.

Por um lado, é na esperança de prevenir de sua parte, a usurpação de uma autoridade antibíblica, ou que, por outro lado, você se submeta de uma maneira antibíblica, que eu estou dedicando estes esforços.

 

A. TRÊS NÍVEIS DE AUTORIDADE RESERVADA SOMENTE PARA DEUS

 

1.  A Autoridade Soberana ou Imperial

A maior autoridade é a autoridade soberana  ou imperialEste nível nunca é questionado ou desafiado. É absoluto, infalível; é a autoridade da maior magnitude. Esta autoridade pertence somente ao Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Algumas denominações apropriam-se indevidamente, para um de seus cargos eclesiásticos, desta alta honra, a qual é reservada nas Escrituras somente para Deus. Não há absolutamente nenhuma  base bíblica para que os líderes de igrejas (ou qualquer ser humano) exerçam  a autoridade soberana.

 

A Bíblia alerta-nos, de maneira inconfundível, que aqueles que assim atuam, eso incorrendo no mesmo pecado que levou à queda de Satanás do Paraíso. Lúcifer (Satanás) tentou apropriar-se da autoridade que pertence SOMENTE A DEUS.

“Como caíste do céu, ó Lúcifer... Pois disseste no teu coração: Eu subirei... exaltarei  o meu trono... serei semelhante ao Altíssimo (Is 14:12-14). A queda de Satanás, do Céu, aconteceu porque ele tentou usurpar para si mesmo a autoridade soberana, a qual é reservada somente para Deus. Que os líderes religiosos sejam advertidos. Você pode cair na mesma armadilha em que o diabo caiu!

 

a.      Jesus  Cristo   Cabeça  Suprema da Igreja.

Ao escrever para a Igreja em Éfeso, o Apóstolo Paulo nos diz que somente Jesus tem a posição de autoridade soberana na Igreja.

“...Oro por vós constantemente, pedindo a Deus... que vos sabedoria para que vejais claramente, e realmente entendais quem Cristo é... Oro para que comeceis a compreender quão incrivelmente grande é o Seu poder para ajudar aos que crêem... E esse mesmo tremendo poder que ressuscitou a Cristo dos mortos e O fez assentar-Se no lugar de honra, à o direita de Deus no céu, muito, muito acima de qualquer outro rei, governante, ditador ou líder... E Deus colocou todas as coisas sob os Seus pés e O fez (Somente a Ele) Cabeça Suprema da Igreja... (Ef 1:16-22 Versão “The Living Bible”).

O Senhor Jesus Cristo é o único que tem a posição de soberano sobre o cristão. Ele é o que está entronizado acima de todos os principados e autoridades. Ele foi exaltado “muito acima de todo domínio, e de todo o nome que se nomeia, o só neste mundo, mas também no vindouro... E sujeitou todas as coisas sob Seus pés, e sobre todas as coisas O constituiu como Cabeça da Igreja, que é o Seu corpo, a plenitude d’Aquele que cumpre tudo em todos (Ef 1:21-23, parafraseado).

Esta posição de autoridade soberana pertence a Deus, e, no que se refere ao governo da Igreja, ela é reservada somente para nosso Senhor Jesus.

O Capítulo Um de Hebreus também nos ensina que Jesus Cristo está na posição singular de ser a única Cabeça da Igreja.

“Deus... a s falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro [dono legal] de tudo... Mas do Filho [Jesus]

Ele [o Pai] diz: O Deus, o Teu trono subsiste pelos séculos dos séculos... Deus... Te ungiu com o óleo de alegria mais do que a Teus companheiros (Hb 1:1-9).

Isto coloca Jesus sobre qualquer pessoa na Igreja. Isto significa simplesmente que ninguém, apesar de sua posição ou título pode ter a presunção de subir a uma posição de mesma autoridade à do nosso Senhor. Jesus possui esta posição proeminente. Ele foi exaltado acima dos anjos, acima de todos os tronos para todo o sempre. Ele recebeu o lugar de soberania nesta era, bem como na que está por vir.

 

b.     Cuidado com Aqueles que Tomariam o Lugar  de Cristo. 

Qualquer pessoa, ou qualquer igreja, que tenta subir a este nível, fazendo um cargo eclesiástico (na terra ou no céu) igual ou maior que Jesus, está beirando a ter parte com um espírito anticristo.

O termo “anticristo”, da maneira usada no Novo Testamento, não significa “contra Cristo”. Significa “no lugar de Cristo”. Qualquer grupo religioso que tenta colocar alguém “no lugar de Cristo está usurpando o lugar de Cristo. É isto o que Jesus nos alertou que iria acontecer. Ele nos disse: “Muitos virão em Meu nome [cristãos professos], dizendo: Eu sou o Cristo; e enganao a muitos (Mt 24:5).

Em Apocalipse 19, o Espírito Santo salienta muito claramente que Jesus Cristo tem um lugar singular nos propósitos de Deus. No versículo 16, Ele é descrito como tendo escrito em Suas vestes a expressão:

Rei dos reis e Senhor  dos senhores.” Acima de todos os reis, Ele é o Rei dos reis. Acima de todos os senhores, Ele é o Senhor dos senhores. A Ele somente é dado o lugar de autoridade soberana e absoluta. Não nenhuma autoridade numa igreja onde o cristão tem de prestar uma obediência inquestionável a qualquer outro, além do nosso Senhor Jesus Cristo.

Deveríamos observar que muitas igrejas alegam uma autoridade soberana para seus potentados e líderes. Fazer isto é antibíblico, como mostraremos em maiores detalhes em capítulos posteriores.

 

2.  A Autoridade Veraz

A palavra “veraz” é a raiz da palavra “veracidade”, que significa “verdade”, ou aquilo que é sempre verdadeiro, sem qualquer sombra de dúvida.

Por exemplo, quando você estava na escola, você aprendeu a verdade simples que 2+2=4. O seu professor àquela altura estava falando com uma autoridade veraz. Este é um fato que não tem que ser arbitrado, discutido ou justificado. Ele é verdadeiro. É uma declaração irrefutável de um fato matemático.

Como no exemplo acima, qualquer coisa que é verdadeira possui autoridade pelo fato de ser verdadeira. O apóstolo Paulo reconheceu isto. “Por- que nada podemos contra a verdade... (2 Co 13:8). A verdade tem autoridade.

 

a.  A Verdade Tem Autoridade. Rejeitar a verdade é incorrer em julgamento. “Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade...” (2 Ts 2:12).

 

1) Deus, o Pai, Fala a Verdade. Deus sempre diz a verdade; portanto, as palavras d’Ele têm autoridade veraz.

“Deus o é homem, para que minta... porventura diria ele, e o o faria? ou falaria e o no confirmaria (Nm 23:19).

“Não quebrarei o meu concerto, o alterarei o que saiu dos meus lábios... Uma vez jurei que o mentirei... (Sl 89:34,35).

 

2) Deus, o Filho, Fala  a Verdade. “Disse-lhe Jesus: Eu sou... a verdade...” (Jo 14:6). Porque Ele é a verdade; tudo o que Ele diz é verdadeiro, “...sabemos que és homem de verdade e... com verdade ensinas o caminho de Deus...”  (Mc 2:14). “Porque... a verdade veio por Jesus Cris- to (Jo 1:17).

Portanto, para sermos salvos devemos crer no que Ele diz. “Aquele que o crê no Filho o verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3:36).

 

3) Deus, o Espírito  Santo, Expressa a Verdade. As Escrituras, atribuem esta qualidade de verdade a Deus, o Espírito Santo. Jesus o descreve três vezes como O Espírito de verdade... (Jo 14:17; 15:26;

16:13). Em 1 João 5:6 nós lemos ... o Espírito é a verdade”.  Portanto, o Espírito Santo se torna uma expressão da autoridade veraz da Trindade.

 

b.  A Bíblia Tem Autoridade. As Escrituras o concedidas por Deus Pai, Filho e Espírito Santo, como uma expressão da Verdade e, portanto, elas ocupam o lugar da autoridade veraz. Esta autoridade é atuante na vida dos homens, mesmo que eles se recusem a reconhecê-la.

Temos a Palavra de Deus expressa não somente na Pessoa de Jesus a Palavra Carnal que é em carne (veja João 1:1, 14), mas também temos a Palavra expressa na Bíblia (a Palavra Inscrita).

 

1) Inspirada Pelo Espírito Santo. A Bíblia foi escrita como um resultado da ação do Espírito de Deus sobre os homens. O Espírito inspirou divinamente, seus pensamentos e palavras. Davi descreveu este fenômeno nessas palavras: O espírito do Senhor falou por mim e a sua palavra esteve em minha boca” (2 Sm 23:2).

Deus inspirou aos homens Suas palavras. Estes “... homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo(2 Pe l :21). Estes homens gravaram para nós, as palavras de Deus.

Aquilo que Ele inspirou através de homens, tornou-se uma expressão do nosso Senhor em autoridade inscrita. Toda Escritura é divinamente inspirada (2 Tm 3:16).

 

Conseqüentemente, ao examinarmos a obra do Espírito Santo com relação ao trazer-se a verdade de Deus aos homens, sabemos que Ele inspirou, através de homens o que chamamos de Escrituras (a Bíblia).

Deus nos deu um livro inspirado pelo Espírito Santo e denominado Bíblia, do que Ele diz: “...a Tua lei é a verdade... todos os Teus mandamentos o a verdade (Sl 119, 142,151).

Portanto, a Bíblia mantém a posição da autoridade VERAZ para o cristão (e toda a humanidade). Devemos julgar e determinar o que é certo pelo que a Bíblia diz.

 

2) Ts Diretrizes Para  a Autoridade das Escrituras. Pelo fato de estarmos vivendo numa época em que os homens têm atacado as Escrituras, tanto de dentro, como de fora da Igreja, precisamos reafirmar o que os antigos conselhos da Igreja estabeleceram.

centenas de anos atrás, os líderes da Igreja reuniram-se para tratarem de certos problemas que estavam destruindo a e a prática dos crentes. A “Confissão de Westminster”, que foi o resultado desta conferência, fornece-nos três declarações que deveriam ser usadas como uma diretriz para os líderes da Igreja entenderem a AUTORIDADE VERAZ das Escrituras. Elas são:

 

a“Nada  contrário  às Escrituras pode ser verdadeiro.”

b) “Nada que seja acrescentado às Escrituras pode ser obrigatório.”

c)  Todos os crentes são responsáveis diante de Deus” para pesquisarem as Escrituras a fim de verificarem se o que está sendo dito pelos líderes da Igreja é verdadeiro.

 

3) Crentes  de Beréia  Elogiados. A Confissão de Westminster é baseada em Atos 17:10-11: E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia, e eles, chegando , foram à sinagoga dos judeus. Ora estes (os de Beréia) foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, por- que de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se es- tas coisas eram assim.” Os Apóstolos Paulo e Silas trouxeram a mensagem de Cristo aos judeus de Beréia (que naqueles dias tinham somente as Escrituras do Antigo Testamento). Eles elogiaram os de Beréia por duas coisas:

 

a) Eles reconheciam  que a autoridade das Escrituras  era maior que a dos líderes da Igreja (os Apóstolos).

b) Eles examinavam  as Escrituras diariamente para verificarem se o que os líderes da Igreja (Paulo e Silas) estavam falando tinha veracidade (se era verdadeiro ou não).

 

Os judeus de Beréia o estavam desafiando os Apóstolos numa atitude de rebeldia, mas estavam querendo ter a certeza de que o que era ensinado estava de acordo com a Bíblia.

Foram elogiados pelo Espírito Santo porque foram sábios o suficiente para reconhecerem que Deus nos deu um Livro pelo qual todo e qualquer homem e seus ensinamentos devem ser julgados, o importando se ele for um apóstolo ou um anjo do céu.

“Mas, ainda que... um anjo do u vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (Gl 1:8).

Até mesmo se um vulcão entrar em erupção no meio de uma campanha evangelística, com fumaça e fogo, com trombetas e com o som de coros angélicos, se o que é ensinado nesse contexto contradiz as Escrituras, então será inválido.

 

4) Autoridade Final. Deus falou o seguinte através de Isaías: Verifiquem estas palavras,  comparando-as  com a Palavra de Deus! Se as mensagens deles forem diferentes das minhas, é porque Eu o os enviei: o há nenhuma luz ou verdade neles (Is 8:20, parafraseado).

Deus está nos dizendo através de Isaías, que a Bíblia deve ser a autoridade final para a nossa e prática. Nem os operadores de milagres, líderes da Igreja, e nem os anjos, têm a mesma autoridade que as Escrituras.

Este princípio de que a Bíblia é a autoridade final da fé e da prática, foi estabelecido quase 4000 anos atrás quando Deus deu o Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia) a um homem chamado Josué, o sucessor de Moisés.

Deus disse-lhe: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito...” (Js 1:8).

Deus disse a Josué: “Se você quiser ter sucesso e prosperar, tome este Livro, leia-o e viva de acordo com o que você ler.”

Este ainda é o mandamento de Deus para os que querem prosperar. Tome a Bíblia, viva de acordo com ela, e julgue tudo por ela.

A Bíblia é a AUTORIDADE VERAZ. É uma autoridade maior que qualquer posição na Igreja. Está acima de qualquer líder da Igreja, quer seja ele um apóstolo, papa, profeta, cardeal, evangelista, bispo, pastor, padre, mestre, ou diácono.

A Igreja Católica Romana reconhece a autoridade veraz das Escrituras pois até mesmo o papa não pode ensinar doutrinas contrárias à Bíblia.

Davi disse: Tu [o Senhor] engrandeceste a Tua palavra  acima de todo o Teu nome (Sl 138:2). Pense nisto! Deus deu a Cristo um nome acima de todos os nomes (Fp 2:9), mas Ele exaltou a Sua Palavra até mesmo acima do Seu nome. Isto coloca a Bíblia acima de todas as autoridades humanas, quer sejam religiosas, políticas ou militares.

Todos os crentes o obrigados a examinar as Escrituras para verificar se o que os líderes da Igreja ensinam está de acordo com as Escrituras. Não deveríamos nunca praticar nem crer em nada que seja contrário às Escrituras, a Palavra de Deus.

 

3.  A Autoridade da Consciência

O terceiro nível de autoridade sobre o qual a Bíblia nos ensina é o da autoridade da CONSCIÊNCIA.Alguns argumentam que não seja possível distinguir-se o certo do errado. Contudo, qualquer pessoa com uma capacidade mental normal pode distinguir o certo do errado – qualquer pessoa! Como é possível?

Todos sabemos o que o queremos que os outros façam contra nós. Não queremos que os outros se aproveitem de nós injustamente. o queremos ser machucados. Não queremos que alguém arrombe as nossas casas e roube todos os nossos pertences. Não queremos ser assassinados, ou que nossas esposas ou filhas sejam violentadas sexualmente. Tampouco queremos que nossos filhos cometam fornicação ou adultério.

Portanto, todos s podemos distinguir o bem do mal, ainda que o tivéssemos uma Bíblia para nos mostrar esta distinção. Sabemos o que o queremos que as pessoas façam contra nós, e, portanto, sabemos o que o deveríamos fazer aos outros.

Este é o princípio no qual os Dez Mandamentos da Bíblia são baseados.

A única coisa que Deus pediu que não fizéssemos é aquilo que machuca a s mesmos ou aos outros. Portanto, quando vivemos nossa vida de acordo com os Dez Mandamentos, estamos preservando a vida a nossa e a dos outros.

Desta maneira, o direito de todos com relação à vida, paz e a busca da felicidade é preservado.

Saber o que o queremos que os outros façam a nós e saber o que não deveríamos fazer aos outros é o que a Bíblia chama de CONSCIÊNCIA.

 

a.  Os Apóstolos  Ensinam  Sobre  a Consciência:

 

1) o Violá-la. O Apóstolo Paulo estabeleceu a autoridade da consciência em seus escritos. Ele nos adverte a não violarmos a consciência de:

 

a) Outros,  “Ora,  pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo” (l Co 8:12); ou

 

b) Nossa Própria, “Não destruas por causa da comida a obra de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para  o homem que come com ofensa (Rm 14:20). “Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o come por ; e tudo que o é de fé é pecado (Rm 14:23).

 

2) Os Pagãos  Serão  Julgados  por Ela. No Novo Testamento, a consciência tem uma tremenda autoridade. As pessoas me perguntam muitas vezes: “Irmão Ralph, o que vai acontecer aos pagãos que nunca ouviram o Evangelho?”

O Apóstolo Paulo respondeu esta pergunta: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão... Porque, quando os gentios (os pagãos ou incrédulos), que o m lei, fazem naturalmente as coisas que o da lei, o tendo eles lei, para si mesmos o lei; os quais mostram a obrda lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Rm 2:12, 14-16).

Deus julga o pagão através da resposta dele à sua consciência. A consciência é a lei de Deus escrita no coração e na mente. Ainda que um homem não tenha a Bíblia, ele possui, no entanto, a sua consciência. Deus o julga através da maneira pela qual ele obedece à sua consciência. A consciência é para o pagão o substituto da “lei” (os Dez Mandamentos).

Lembre-se: aos olhos de Deus, a consciência tem uma tremenda autoridade; portanto, devemos obedecê-la.

 

3) Devemos Submetermo-nos a Ela. O Apóstolo Paulo respondeu muitas perguntas relacionadas à consciência, como por exemplo, o que deveríamos comer ou beber, ou em que dia deveríamos adorar ao Senhor. Ele escreveu: “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente (consciência). Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz; e o que o faz caso do dia, para o Senhor o o faz... (Rm 14:5,6).

Como as pessoas respondem às suas consciências? Para alguns, guardar certos dias é muito importante. Por exemplo: em Israel, os muçulmanos guardam as sextas-feiras, os judeus ortodoxos guardam os sábados, e os cristãos os domingos. Violar estes dias sagrados violaria suas consciências. o estou sugerindo que você deveria guardar nenhum dia especial. Estou apenas dizendo o que Paulo disse: “Tudo o que a sua consciência ordenar que você faça é o que você tem que fazer.”

Paulo disse ainda: “Assim que o nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito o r tropeço ou escândalo ao irmão (Rm 14:13).

Além de sermos sensíveis às consciências dos outros, Paulo nos lembra que devemos ser sensíveis às nossas próprias consciências: “Não destruas por causa da comida a obrde Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com ofensa [com uma consciência culpada]” (Rm 14:20).

Se você tem uma convicção de que você deveria abster-se de comer certos tipos de comida e você se sobrepõe à sua consciência, Paulo diz que para você isto é errado (é um mal). Se for contrário à sua consciência comer pouco e você o comer, será errado e você terá rejeitado a autoridade da sua consciência.

O Apóstolo Paulo esclarece que todos nós prestaremos contas a Deus. A maneira pela qual respondemos à nossa própria consciência determinará as nossas recompensas e/ou julgamentos. Se violamos as nossas consciências, isto se torna um pecado para nós.

Paulo nos ensina a submetermo-nos à autoridade de nossas próprias consciências, ainda que as nossas consciências não nos deixem fazer o que os outros conseguem fazer sem que as suas consciências os incomodem.

 

4) Todos Somos Responsáveis.  Ele também nos ensina a o impormos os nossos escrúpulos sobre os outros, ou concluirmos que sejam menos espirituais do que nós porque desfrutam de certas liberdades que talvez sejam contrárias às nossas convicções pessoais.

Há casos em que a autoridade da consciência o é reputada pelos líderes da Igreja.

Alguns ensinam, por exemplo, que as esposas devem submeter-se a seus maridos até mesmo quando lhes pedem que façam algo contrário às suas consciências. Isto é errado! Deus considera a todos nós responsáveis, quer sejamos homens ou mulheres.

Safira foi considerada responsável por sua cumplicidade em mentir para o Espírito Santo. “Então Pedro lhe disse: Por que é que entre s vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão ali (At 5:9). Safira morreu por ter pactuado com seu marido, da maligna conspiração para mentir ao Espírito Santo.

 

4.  Sumário

A Autoridade Soberana de Deus, a Autoridade Veraz das Escrituras e a Autoridade da nossa Consciência são mais importantes do que qualquer homem, a despeito de sua posição ou título.

Nenhuma pessoa sobre a face da terra tem um direito outorgado por Deus de ordenar que você desobedeça à sua consciência, à sua Bíblia, ou ao seu Deus. Tudo isto está acima de qualquer posição humana ou autoridade quer seja da Igreja, do estado, ou de qualquer outra coisa.

A consciência está sujeita às Escrituras, e as Escrituras procedem de Deus. Portanto, devemos ser submissos a estas autoridades maiores, até mesmo se entrarem em conflito com a autoridade que Deus outorga aos homens.

 

 

 

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