SEÇÃO A2
TREINANDO OS LÍDERES A ...
Ralph Mahoney
Capítulo 9
Receber a Tripla Unção
OBS.: USE AS SETAS DE NAVEGAÇÃO PARA RETORNAR AOS ITENS PRINCIPAIS. PARA PESQUISAR OS VERSÍCULOS MARQUE OS
E DEPOIS CLIQUE O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E PESQUISE NO GOOGLE, DEPOIS É SÓ FECHAR A JANELA QUE FOI ABERTA.
Introdução
Deus quer que você seja um líder que obtenha resultados e que faça um impacto no seu mundo! Mas como você pode ser este tipo de líder?
Os capítulos anteriores enfocaram muitas áreas práticas em que os líderes precisam alinhar sua vida com os padrões da Bíblia. É aí que começamos. Precisamos manusear bem o dinheiro, caminhar com humildade, evitar o enfraquecimento moral. Mas mesmo com isto tudo, ainda podemos deixar de ser eficazes em nossos ministérios.
Nem a instrução nem habilidades especiais darão ao seu ministério o poder que ele precisa ter para transformar a vida das pessoas. O que lhe dará este poder então? A plena unção do Espírito Santo somente lhe dá a unção celestial que você precisa para cumprir a sua função.
Deus nos fez “reis e sacerdotes ao nosso Deus” (Ap 1:6). Ele quer que tenhamos o poder dos reis e a pureza dos sacerdotes. Precisamos experimentar a Sua plena unção para termos isto.
Neste capítulo, eu gostaria de mostrar- lhes como a “unção” traz libertação, força e salvação ao povo de Deus.
Cristo, em grego (e Messias, em hebraico) significa “O Ungido”. Jesus apresentou o Seu ministério, proclamando: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para pregar... para curar... para proclamar libertação... para recuperar a visão dos cegos... para libertar...” (Lc 4:18,19). Jesus esclareceu muito bem que foi porque o Espírito do Senhor O ungira que Ele pôde ter um ministério eficaz. Esta mesma regra se aplica a você e a mim.
Isaías falou sobre o poder liberador da unção com as seguintes palavras: “O jugo será quebrado por causa da unção” (Is 10:27). Há um lindo corinho baseado neste versículo, com a seguinte letra:
Pela unção, Jesus quebra o jugo.
Pelo Espírito Santo e poder, assim como os profetas falaram. Este é o dia da chuva serôdia. Deus está Se movendo com poder novamente,
E a unção quebrará o jugo.
Sim! É verdade! É preciso que o Espírito Santo venha sobre nós e nos transmita uma plena unção para conduzirmos o povo de Deus e cumprirmos a vontade de Deus em nossa geração.
O que é esta unção? O que a Bíblia tem a dizer sobre isto? Como ela veio sobre os líderes das gerações passadas?
A. TRÊS UNÇÕES
Aprendemos no Antigo Testamento sobre três unções distintas:
• a unção do LEPROSO;
• a unção do SACERDOTE; e
• a unção do REI.
1. A Unção do Leproso
A lepra era a enfermidade mais temida na antiga Palestina. Esta terrível doença consumia vagarosamente a carne da sua desamparada vítima. Mais cedo ou mais tarde, os dedos das mãos e dos pés, e outras extremidades do corpo morriam, apodreciam e caíam.
O infeliz leproso era banido da sua comunidade. Para impedir que as outras pessoas chegassem perto demais, exigia-se que o leproso gritasse onde quer que fosse: “IMUNDO, IMUNDO!” A vítima desta temível doença podia somente esperar uma morte vagarosa, dolorosa e prematura.
A lepra é um quadro (ou um tipo) do pecado, uma lição prática e vívida, através da qual o Espírito Santo retrata dramaticamente os efeitos consumidores e horríveis do pecado na vida de uma pessoa. A lepra revela o pecado e a verdadeira natureza de Satanás. “O ladrão [Satanás] vem... para roubar, e para matar, e para destruir...” (Jo 10:10).
A lepra, semelhantemente ao pecado e a Satanás, rouba nossa vida e depois nos mata e destrói os nossos ministérios.
a. Lei da Purificação. Ficamos imaginando o motivo pelo qual Moisés estabeleceu regras tão minuciosas para a purificação do leproso e a sua restauração. Depois que estas regras foram feitas, não há um caso sequer de um israelita sendo curado de lepra em todo o Antigo Testamento. Por que então Deus faria com que Moisés estabelecesse as regras?
O motivo só pode ser que Deus colocou uma lição “escondida” ou “espiritual” nestas regras que Ele queria que aprendêssemos. Examinemos os detalhes em Levítico 14.
As regras que foram determinadas por Moisés para declarar o leproso limpo e curado são uma figura do Antigo Testamento da purificação do pecado feita no Novo Testamento através de Jesus Cristo. Todos os elementos da nossa experiência de salvação encontram-se lá:
1) Derramamento de Sangue. Um pássaro levando a culpa do pecado, o derramamento e a aplicação de sangue (que retrata a Jesus derramando o Seu sangue para levar e pagar a penalidade pelo nosso pecado).
2) Arrependimento e Confissão
(que retrata o que precisamos fazer para sermos justificados ou sermos declarados justos, quando nascemos de novo).
3) Água Corrente (retratando o batismo na água).
4) Unção com Óleo. A unção do leproso com óleo (que tipifica a obra do Espírito Santo em nossa experiência de salvação).
b. A Lei da Purificação Aplicada em Nossa Vida. Portanto, como foi retratado nas regras para a purificação do leproso, ao crermos em Jesus, deveríamos:
1) Arrependermo-nos dos Pecados.
Arrepender (darmos as costas ao pecado e à rebeldia, e voltarmo-nos para Deus e obedecermos a Sua Palavra).
2) Confessar os Pecados. Confessar os nossos pecados a Deus e receber o Seu perdão. Se fizermos isto sinceramente, de coração, seremos salvos (curados) do pecado.
3) Ser Batizados. Em seguida, devemos obedecer a Jesus, sendo batizados na água.
4) Receber a Unção do Espírito Santo. Experimentamos a unção do Espírito Santo testificando com o nosso espírito que somos filhos de Deus (Rm 8:16).
c. Ungidos com Óleo. Ungir significa “colocar óleo sobre” ou “consagrar aplicando-se óleo”. Depois que o leproso havia sido salvo da lepra e obedecido às regras para a purificação, ele se apresentava ao sacerdote levita para ser ungido com óleo.
O óleo é um símbolo do Espírito Santo usado no Antigo Testamento! Ungir alguém com óleo retrata o Espírito Santo vindo sobre esta pessoa para um propósito específico e designado.
O leproso, outrora maculado pela temida lepra, quando liberto e purificado dos seus efeitos, era então ungido com óleo para mostrar que ele havia sido totalmente restaurado para poder reassumir o seu lugar como membro da família de Israel.
Todos os pecadores experimentam a unção do leproso ao nascerem de novo, do Espírito. “Jesus respondeu: ‘O que estou lhe dizendo tão veementemente é o seguinte: A menos que alguém nasça da água e do Espírito, ele não pode entrar no Reino de Deus...’” (Jo 3:5,6 – A Bíblia Viva).
Todos os que creem em Jesus e submetem a forma como vivem ao Seu Senhorio experimentam uma certa medida do óleo da unção do Espírito Santo. Romanos 8:9 diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é d’Ele.”
l Coríntios 12:3 acrescenta: “...e ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, exceto pelo Espírito Santo.”
Estes versículos confirmam que ninguém pode de fato nascer de novo sem experimentar uma certa medida da obra do Espírito Santo.
Há uma unção mais plena, quando somos batizados no Espírito Santo, que discutiremos mais detalhadamente, mais tarde, no subtítulo “A Unção do Rei”. Esta unção é distinta da obra básica da salvação. Ambas, no entanto, envolvem a obra e o mistério do Espírito Santo.
1) Três Áreas da Vida Afetadas. “O sacerdote tomará do sangue da expiação da culpa e colocará parte dele sobre aponta da orelha direita do homem que está sendo purificado, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito.
“O óleo de oliva... será então colocado pelo sacerdote sobre a ponta da orelha direita do homem e sobre o dedo polegar da sua mão direita e sobre o dedo polegar do seu pé direito – exatamente como ele fez com o sangue... o restante do óleo... será usado para ungir a cabeça do homem” (Lv 14:14-18 – A Bíblia Viva).
É importante observarmos que o sangue do sacrifício e o óleo da unção eram colocados sobre a orelha, mão e pé. Isto nos mostra que a nossa experiência de salvação e unção (a nossa cura da lepra do pecado) afeta três áreas importantes de nossa vida:
a) Audição – O nosso ouvir a voz do Senhor (os nossos ouvidos);
b) Serviço – O nosso serviço para o nosso Salvador (as nossas mãos);
c) Caminhar – O nosso caminhar com Ele (os nossos pés).
Se não ouvirmos a Sua voz (veja o Capítulo 2), o nosso serviço não será frutífero. Se não seguirmos a Jesus no serviço, o nosso caminhar com o Senhor não nos dará alegria e realização.
Precisamos que o sangue purifique a nossa audição, o nosso serviço, e o nosso caminhar.
Precisamos da unção do Espírito Santo para ouvirmos, servirmos, e caminharmos como deveríamos. Tanto o sangue de Jesus como a unção do Espírito Santo são partes necessárias da nossa “grande salvação” (Hb 2:3).
2. A Unção do Sacerdote
Em Êxodo, Capítulos 29 e 30, e em Levítico, Capítulo 8, aprendemos sobre a consagração de Aarão e seus filhos para o sacerdócio.
a. Consagração ao Sacerdócio. Como no caso da unção do leproso, os tipos e símbolos do plano da salvação encontram se nas regras que se aplicam às pessoas sendo separadas (santificadas) para o ministério sacerdotal.
1) Sacrifício do Cordeiro Imaculado. Aarão e seus filhos entraram pela porta do Tabernáculo de Moisés e se colocaram diante do altar de bronze. Ali eles derramaram o sangue de um cordeiro imaculado e perfeito, como oferta pelo pecado. Através disto, experimentaram o perdão da penalidade do pecado – que é a morte (Rm 6:23). Isto corresponde a nascermos de novo, ou justificação.
2) Lavagem com Água. Em seguida, eles passaram para a pia de bronze, onde foram lavados por completo. Neste ponto, experimentaram a liberação da corrupção, hábito, ou poder do pecado. Isto corresponde ao que deveria acontecer no batismo na água do crente.
3) Vestimentas Sacerdotais e Óleo da Unção. Em seguida foram para a porta do “tabernáculo da congregação”, onde receberam as suas vestimentas sacerdotais. Esta cerimônia foi concluída com eles sendo ungidos com óleo. Êxodo 30:30 diz: “... e ungirás a Aarão e seus filhos, e os consagrarás, para que possam ministrar como sacerdotes para Mim.”
b. Unção Para a Santidade. Com relação ao uso do santo óleo da unção, o versículo 29 explica: “Também consagrarás o tabernáculo e os seus utensílios de adoração, para que possam ser santíssimos; tudo o que neles tocar será santo.”
Fica claro, através destes versículos, que tudo o que o santo óleo da unção tocava tornava-se santo também. Quando Moisés derramou o óleo sobre a cabeça de Aarão e seus filhos, eles se tornaram santos ao Senhor.
Esta foi uma unção para a santidade – ou seja – ser separado para Deus para o Seu serviço, vivendo corretamente, com um comportamento correto. Assim sendo, a unção sacerdotal nos ensina o compromisso para com um estilo de vida correto e santo, depois que nascemos de novo.
Desta ocasião em diante, todos os sacerdotes eram ungidos à santidade da mesma forma. Havia muitas coisas que o sacerdote não podia fazer por causa da santidade do seu cargo. Por causa da sua unção, muitas coisas maculavam o sacerdote, mas talvez não maculassem os outros.
1) Separados ao Senhor. Esta cerimônia separou totalmente a Aarão e seus filhos como sacerdotes ao Senhor. Eles foram santificados para este cargo. Assim como a unção do leproso tipificava a nossa justificação, assim também a unção do sacerdote retratava o fato de sermos separados para o serviço do Senhor e para um estilo de vida santo.
Apocalipse 1:6 diz: “Ele nos fez reis e sacerdotes ao Seu Deus e Pai.” 1 Pedro 2:9 diz: “... vós sois... um sacerdócio real...” O crente em Jesus Cristo foi chamado para caminhar diante de Deus como um sacerdote santo.
2) Pureza e Poder. Ouvi o devoto bispo Synan dizer a alguns anos atrás o seguinte: “Quando começamos a falar com Deus sobre PODER, Ele começa a falar conosco sobre PUREZA!” Como isto é verdadeiro!
Precisamos ser salvos não somente da penalidade e culpa do pecado, mas também da corrupção, força e hábito do pecado em nossa vida. “Chamarás o Seu Nome Jesus [que significa “Libertador”], pois Ele libertará o Seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21).
Alguns pregadores do Evangelho dizem: “Somos salvos no pecado”. A Bíblia diz que somos salvos do pecado. Somos salvos
– NÃO PARA PECARMOS!
Não somos salvos para fazermos do pecado uma prática. “O que faz do pecado uma prática é do diabo,” (1 Jó 3:8).
Como precisamos desta unção sacerdotal para a santidade! “Deus, suplicamos que Tu a derrames sobre nós, profusa e ilimitadamente.” Se não quisermos ser destruídos pelo Seu poder que opera em nós, precisamos ter a Sua pureza expressa através de nós.
3. A Unção do Rei
A terceira unção no Antigo Testamento é a unção do rei. A unção do primeiro rei de Israel, Saul, é descrita com as seguintes palavras: “Então Samuel tomou o vaso de óleo, e o derramou sobre a sua [de Saul] cabeça, e o beijou e disse: ‘Porventura não te ungiu o Senhor como governante sobre a Sua herança?’” (1 Sm 10:1).
Lemos sobre a segunda ocorrência quando Davi foi ungido rei para ser o sucessor de Saul. “Então Jessé, pai de Davi, mandou em busca dele [Davi] e o trouxe. E ele era corado, com lindos olhos, e formoso de aparência. E o Senhor disse: ‘Levanta-te e unge-o, pois é este mesmo.’
“Então Samuel tomou o vaso de óleo e o ungiu no meio de seus irmãos; e o Espírito do Senhor veio poderosamente sobre Davi daquele dia em diante” (1 Sm 16:12,13).
a. Transmissão de Poder e Autoridade. A unção do rei era para transmitir o poder e autoridade do cargo de rei. Com esta unção, o Espírito de Deus vinha sobre o rei para que ele pudesse governar o povo de Deus, Israel.
O cumprimento no Novo Testamento da autoridade e poder resultantes da unção do rei encontra-se em Atos 1:8: “Mas recebereis poder depois que o Espírito Santo vier sobre vós.” O Batismo no Espírito Santo é claramente o correspondente no Novo Testamento da UNÇÃO DO REI.
“E todos foram cheios com o Espírito Santo e começaram a falar com outras línguas, à medida em que o Espírito lhes dava as palavras para dizerem... e com grande poder davam os apóstolos testemunho da ressurreição do Senhor Jesus... e muitos sinais e maravilhas eram feitos no meio do povo...” (At 2:4; 4:33; 5:12).
4. As Três Unções Retratam:
Estas três unções que vimos no Antigo Testamento retraíam:
a. Justificação: o fato de termos sido perdoados.
b. Santificação: pureza de coração.
c. Autoridade e Poder.
Deus quer que desfrutemos todas as três unções em nossa vida e ministérios. Examinemos agora alguns homens da Bíblia que desfrutaram esta “tripla unção “ou “unção plena”.
C. EXEMPLOS DA TRIPLA UNÇÃO.
1. Melquisedeque
“A tua força será renovada dia após dia... Tu és um sacerdote para sempre como Melquisedeque” (Sl 110:3, 4 – A Bíblia Viva).
Sob o Sistema Mosaico, era necessário ser membro da Tribo de Levi para ser um sacerdote. Quando Jesus veio, Ele nasceu da Tribo de Judá, da qual os reis deveriam proceder (veja Gênesis 49:8-10).
Que direito então Jesus (com relação a isto, você e eu também) teve a um ministério sacerdotal? Ele era da Tribo errada.
O Apóstolo Paulo resolveu este dilema em sua Epístola aos Hebreus. Ele explicou que o ministério sacerdotal de Jesus (semelhantemente ao nosso) baseava-se no precedente estabelecido pela ordem sacerdotal de Melquisedeque (veja Hebreus 7).
Melquisedeque é um dos personagens mais misteriosos da literatura bíblica. O seu nome em hebraico significa “Rei da Justiça”. Ele era também o rei de uma cidade chamada Salém (mais tarde chamada Jerusalém, que em hebraico significa “cidade de paz”). Assim sendo, por tradução, ele era Rei da Paz e Rei da Justiça.
Melquisedeque foi também o Sacerdote do Deus Altíssimo que abençoou a Abraão após a sua derrota dos reis. Abraão até mesmo lhe deu um dízimo dos despojos da guerra (Gn 14:18-20). Melquisedeque funcionou como um profeta-sacerdote e rei.
Como tal, foi um exemplo adequado (tipo ou quadro profético) do Rei vindouro, Jesus.
O que fez de Melquisedeque um profeta sacerdote e rei? Foi a unção que estava sobre ele. Ele “funcionou na unção”. Deus fez de Melquisedeque quem ele era, ungindo-o.
E é assim que, Jesus, o Sumo Sacerdote da nossa confissão, opera. Esta é também a autoridade pela qual todos os homens de Deus batizados com o Espírito operam. Exercitamos direitos proféticos, sacerdotais e reais somente por causa da unção.
2. Moisés
Moisés foi um outro homem que desfrutou esta “tripla unção”. Deus usou Moisés para libertar o Seu povo do Egito. Em seguida, através de Moisés, Deus deu a Lei a Israel. Moisés os governou durante quarenta anos. Ele pôde fazer isto somente porque ele teve uma unção muito especial do Senhor. Ele teve a unção de um profeta- sacerdote e rei.
Como sacerdote, ele intercedeu por Israel e os instruiu no caminho da retidão. Ele também os governou como rei. Uma tremenda unção para a oração e o poder caracterizou a sua vida. Ele linha uma unção plena. Ele foi um homem que exercitou direitos sacerdotais de acesso ao Senhor, como também uma grande autoridade real sobre o povo.
É interessante, no entanto, que Moisés não recebeu o título de “sacerdote” nem de “rei”, mas ele funcionou nesses dois cargos.
3. Os Juízes
Os “juízes” também foram homens e mulheres que tiveram esta “tripla unção”.
Eu preciso esclarecer uma ideia errada sobre os juízes. Eles foram “salvadores”, no sentido de que salvaram a nação dos seus adversários. Foram “libertadores”, no sentido de que libertaram Israel de inimigos opressores. No entanto, foram “juízes” somente no sentido de que trouxeram o julgamento deles e sábios conselhos à nação.
Eles não foram “juízes” que se assentavam em tronos judiciais, passando decretos legais em salas de tribunais.
Depois que Moisés morreu, Josué e os juízes (libertadores) que os sucederam, tiveram a “tripla unção”, tanto para libertar a Israel de seus opressores, como também para levá-los de volta a uma renovação espiritual do seu relacionamento com Deus.
Muitas vezes funcionavam como sacerdotes, trazendo o povo de volta a Deus, e Deus de volta ao povo. Funcionavam como reis, levantando e dirigindo exércitos que despedaçavam o jugo dos opressores. Dirigiam através de um governo e decretos justos. No entanto, não recebiam o título de “sacerdotes” nem de “reis” – simplesmente funcionavam na “unção” como tais.
Quando o Espírito de Deus vinha sobre eles durante épocas de tremenda necessidade em Israel, eles implementavam as ações que Deus queria que implementassem.
Este método informal de se dirigir as coisas impedia que a liderança se tornasse institucionalizada e pesada para a nação. O institucionalismo tem muitas vezes provado que é uma maldição ao indivíduo comum da nação ou da igreja.
4. Samuel
Samuel parece ter sido o último desta longa lista de homens que tinham a “tripla unção”. Durante mil anos (de Melquisedeque a Samuel), Deus havia colocado esta “tripla unção” sobre os homens para fornecer a liderança para o Seu povo escolhido.
Semelhantemente a Moisés, Josué e os juízes antes dele, Samuel foi levantado por Deus para uma época especial de necessidade em Israel. Samuel, em conformidade com os precedentes, não teve o título de sacerdote ou rei. Contudo, a função de profeta, sacerdote e rei foi evidente em sua vida.
Durante a época em que Israel precisava ouvir do Senhor, Samuel foi ungido para profetizar. Devido ao fato de que o sacerdócio levítico havia se tornado corrupto, Samuel ofereceu sacrifícios e intercedeu pelo povo. Samuel também forneceu a liderança que Israel necessitava tão desesperadamente.
Semelhantemente a Melquisedeque, Moisés, e muitos dos outros juízes, Samuel ministrou sob a plena unção de profeta, sacerdote e rei.
A vida destes homens ungidos foi santa ao Senhor, e seus ministérios tiveram o inquestionável poder e autoridade dos reis. Eles também funcionaram no ministério sacerdotal porquanto foram ungidos por Deus.
Mas este milênio (mil anos) estava chegando ao fim. Os ventos de mudança estavam soprando fortemente em Israel.
O descontentamento com o método de Deus estava minando a opinião pública. O povo logo estaria exigindo uma mudança que teria um impacto dramático sobre a maneira pela qual a unção vinha sobre os homens.
C. UMA UNÇÃO DIVIDIDA
Com efeito, a unção seria dividida entre homens intitulados “reis” e outros intitulados “sacerdotes”. Os reis eram destruídos pela unção real por causa de uma falta de santidade. Os sacerdotes levíticos tomavam a unção sacerdotal e a prostituíam, pela ausência de autoridade e poder em sua vida.
1. Israel Exige um Rei
Um dos capítulos mais tristes da história de Israel começou quando Israel exigiu um líder que tivesse o título de rei.
Deus admoestou a Israel através de Samuel: “Se vocês insistirem em ter um rei, ele recrutará os seus filhos e os fará correr diante das suas carruagens... outros serão trabalhadores escravos... serão forçados a arar os campos reais e a fazer as suas colheitas sem pagamentos...
“Ele exigirá um décimo dos seus rebanhos, e vocês serão os seus escravos. Vocês derramarão lágrimas amargas por causa deste rei que estão exigindo...” (1 Sm 8:10-18 – A Bíblia Viva).
O povo não estava com nenhuma disposição para ouvir. Samuel havia ficado velho e havia designado os seus filhos Joel e Abia, para julgarem a Israel. “Os seus filhos, no entanto, não caminharam em seus caminhos, mas desviaram-se para o ganho desonesto e receberam subornos, e perverteram o juízo” (1 Sm 8:3).
Consequentemente, os anciãos de Israel começaram a se preocupar com a conduta dos filhos de Samuel. Eles não conseguiram crer que Deus forneceria um outro líder de “tripla unção”, e, assim sendo, foram conversar com Samuel e disseram-lhe: “Eis que estás velho e os teus filhos não caminham nos teus caminhos. Constitui-nos, pois agora um rei para nos julgar como todas as nações (1 Sm 8:5).
Este pedido entristeceu a Samuel. Mas Deus ficou mais entristecido ainda. Ele disse a Samuel:
“Ouça a voz do povo com relação a tudo o que lhes dizem, pois eles não o rejeitaram, mas rejeitaram a Mim quanto a ser Rei sobre eles.
“Como Me abandonaram e serviram a outros deuses – assim também estão fazendo com você. Ouça a voz deles e designa-lhes um rei” (1 Sm 8:7,8,22).
O povo ficou satisfeito por ter prevalecido contra Deus. Não perceberam, no entanto, que haviam escolhido uma tragédia.
Muito embora Samuel lhes houvesse admoestado, recusaram-se a ouvir, e Deus lhes entregou ao desejo de seus corações. Deus decidiu permitir que se esbaldassem com os seus próprios desejos, e ordenou a Samuel: “Ouça a voz deles e designa-lhes um rei.”
- - - - LINHA DE TEMPO - - - - |
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- - - - - - - - - - ANTIGO TESTAMENTO - - - - - - - - - |
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2.000 A.C. 1.000 A.C 4 A.C. |
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+ Tripla Unção + |
+ Unção Dividida + |
Melquisedeque a Samuel |
Nascimento De Saul Ao Cristo |
Tenho dito muitas vezes o seguinte: “Às vezes, o maior julgamento que Deus poderia enviar sobre nós é dar-nos os nossos desejos.” Assustador, porém verdadeiro!
a. Ungido Para o Poder Somente.
“Então Samuel tomou um vaso de óleo e o derramou sobre a cabeça de Saul, e o beijou, e disse: ‘Porventura não tem o Senhor te ungido para ser rei do Seu povo, Israel?’” (1 Sm 10:1).
Por que Saul foi mais tarde rejeitado como rei? Foi porque ele ficou impaciente, esperando por Samuel, e se intrometeu no cargo de sacerdote, e ofereceu sacrifícios (1 Sm 13:8-14).
Quando Saul tentou funcionar naquilo para o qual ele não havia recebido nenhuma unção, ele foi imediatamente julgado e rejeitado. Isto ilustra o ponto. Quando Israel exigiu um rei, a unção foi dividida. O rei tinha somente uma unção parcial. O líder de Israel não tinha mais a unção de profeta-sacerdote e também de rei. Ele tinha somente a unção real para o poder – e não a unção sacerdotal para o ministério a Deus, com obediência e santidade.
Não era da vontade de Deus que Israel tivesse um rei “semelhante ao das outras nações”. O padrão de Deus para a liderança havia emergido através de Melquisedeque, Moisés, Josué, os juízes, e Samuel.
Ele havia sido fiel no sentido de levantar líderes com a Sua plena unção e que julgas- sem a Israel, tanto como sacerdotes como reis. Israel, no entanto, escolheu ter um rei “semelhante ao das outras nações”. Eles rejeitaram o governo teocrático de Deus e deram as suas costas a Deus como rei deles. E Deus lhes deu o desejo de seus corações.
O verdadeiro governante teocrático tem a plena unção de Deus. Ele governa na qualidade de profeta-sacerdote, como também de rei. Mas com a escolha de Israel de um rei “semelhante ao das outras nações”, um homem começou a governar o povo de Deus com uma unção parcial, tendo somente o poder e a autoridade. Este governo não foi limitado pela santidade e pelo bom caráter. Esta divisão da unção nunca havia sido a vontade perfeita de Deus para o Seu povo.
b. A Falta de Santidade Causa o Fracasso. Deus sabia que nenhum homem jamais seria capaz de reinar sob uma unção real, a menos que fosse equilibrada por uma unção sacerdotal para uma santidade ao Senhor.
A maioria dos reis de Israel e Judá fracassaram em suas lideranças por causa de uma falta de santidade em sua vida.
O Senhor rejeitou a Saul e não permitiu que fosse rei por causa da desobediência e intrusão num ministério para o qual ele não tinha nenhuma unção. No final, Saul tirou a sua própria vida. O reino de Davi foi prejudicado por causa da sua imoralidade com Batseba. O reino de Salomão teve um fim desastroso por causa de sua iniquidade e idolatria.
Mais tarde, Israel separou-se de Judá e, após duzentos anos aproximadamente, entrou em cativeiro, principalmente por causa dos pecados dos seus reis ímpios. Os seus reis tinham o poder da autoridade de Deus. No entanto, não caminharam na Sua santidade, e isto trouxe o julgamento divino sobre a nação, o que resultou na dispersão dos israelitas até os confins da terra.
Assim sendo, a era mais trágica da dolorosa história de Israel terminou em opróbrio e derrota.
2. Sacerdotes Sem Poder
Depois que o povo exigiu um rei eles começaram a experimentar um tipo diferente de opressão. Uma ênfase numa santidade legalística, destituída de poder e autoridade de Deus, havia substituído a liderança altruísta, misericordiosa e amorosa de homens semelhantes a Samuel. Os fariseus da época de Jesus foram a última ampliação deste erro.
Estes “sacerdotes sem poder”, parcialmente ungidos, não ficavam diante de Deus para suplicar pelo povo, como Moisés havia feito. Quando Deus ameaçou aniquilar a Israel por seu pecado e desobediência, a intercessão de Moisés salvou a nação (Ex 32:30-35).
Ao contrário, a denominação dos fariseus, com todo o seu orgulho e legalismo sectário começou a assumir uma influência de liderança sobre a vida religiosa da nação.
a. Exigências Legalísticas. Os fariseus exigiram uma rigorosa devoção à letra da lei. Eles perderam de vista o propósito da Lei e tornaram-se totalmente insensíveis às necessidades humanas.
Esta inflexível exigência legalística de uma devoção a regras religiosas não bíblicas tornou-os desapiedados, vingativos e arrogantes. Eles perderam de vista o fato de que todos os homens são pecadores, com necessidade da misericórdia de Deus.
Eles amontoavam condenação e morte sobre qualquer pessoa que pudessem pegar no ato de quebra de qualquer um dos mandamentos.
Isto os conduziu a uma hipocrisia sem par na história religiosa. Jesus dirigiu as Suas mais veementes repreensões a estes “mestres da Lei”. Eles haviam inventado leis que não conseguiam obedecer e condenavam os outros por não conseguir obedecê-las também.
“Os escribas e fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés; portanto, tudo o que vos disserem, praticai e observai, mas não procedais em conformidade com as suas obras; porque dizem coisas e não as praticam...
“Mas fazem todas as suas obras para serem vistos pelos homens... E amam os lugares de honra em banquetes, os assentos principais nas sinagogas, e os cumprimentos respeitosos no mercado, e serem chamados de ‘Rabi’” (Mt 23:2-7).
Alguém disse com razão: “A diferença entre o que dizemos – e o que fazemos – é a medida da nossa apostasia.” Que Deus nos ajude, mas é verdade!
b. Orgulho Espiritual. A “santidade ostentosa” dos fariseus era composta pelo orgulho espiritual deles. Enfatizar a santidade e o conhecimento bíblico, sem o poder do Espírito de Deus na sua vida para fazê-los funcionar, é um erro lamentável.
Paulo nos admoesta contra os líderes religiosos e denominações que se tornaram vítimas de uma armadilha por causa deste fracasso: “Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, arrogantes... ímpios, sem amor... apegando-se a uma forma de santidade, porém sem a força [poder]. Evitai e afastai-vos de homens assim” (2 Tm 3:2-5).
O fracasso dos reis que tinham o poder de Deus sem a unção sacerdotal para viverem vida santa trouxe os julgamentos preliminares de Deus sobre Israel.
Os sacerdotes fariseus tinham uma unção sacerdotal, mas estavam destituídos do poder de Deus. Isto produziu uma religião baseada numa aparência externa de santidade, sem uma mudança interna do coração. Este sistema opressivo trouxe os julgamentos finais de Deus sobre Israel. Ambos deixaram de realizar o propósito de Deus na terra.
D. A TRIPLA UNÇÃO RESTAURADA
O povo de Deus passou por grandes sofrimentos nas mãos dos ímpios reis de Israel. Eles experimentaram o julgamento de Deus como resultado dos erros de seus líderes.
1. A Promessa de Deus de Restaurar
Assim sendo, a promessa de Deus lhes trouxe uma grande esperança:
“Restaurarei os teus juízes como no princípio, e os seus conselheiros como antigamente; e então te chamarão cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1:26).
Para um povo, que durante séculos havia conhecido somente uma liderança com uma unção parcial, esta era uma promessa de uma gloriosa restauração. Deus prometeu dar-lhes líderes novamente que governariam com a mesma unção que a dos seus primeiros juízes – homens como Moisés, Josué e Samuel.
Este tema recorrente encontrava-se muitas vezes na mensagem de Isaías: “Eis que um rei reinará justamente, e príncipes dominarão com justiça. E serão como um refúgio contra o vento, e um abrigo contra a tempestade, como ribeiros de água em lugares áridos, como a sombra de uma enorme rocha numa terra ressequida” (Is 32:1,2).
A identidade deste rei justo emerge inconfundivelmente, à medida em que lemos outros versículos: “Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o governo estará sobre os Seus ombros; e o Seu Nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz...” (Is 9:6).
Este Príncipe da Paz também desfruta- ria da unção profeta-sacerdotal e real: “O Senhor enviará o Teu forte cetro de Sião, dizendo: ‘Domina no meio dos Teus inimigos...’ O Senhor jurou e não mudará de ideia: ‘Tu és um sacerdote para sempre, de acordo com a ordem de Melquisedeque’” (Sl 110:2-4).
Aquele que viria teria a plena unção de Deus, sendo tanto Rei como Profeta-Sacerdote. Ele teria um “forte cetro” e dominaria como um Rei Justo. Ele seria, um “Sacerdote para sempre de acordo com a ordem de Melquisedeque”.
A Sua unção seria tão grande que Ele seria conhecido como “O Ungido” (Messias em hebraico; Cristo em grego).
2. A Promessa de Deus Cumprida em Jesus Cristo
A promessa de Deus de restaurar a plena unção foi cumprida em Jesus Cristo. Ele foi “ungido com o óleo da alegria, mais do que qualquer outra pessoa.” (Hb 1:9 – A Bíblia Viva).
Jesus domina como “nosso Grande Sumo Sacerdote” (Hb 3:1) e como “Rei de reis e Senhor de senhores’’ (Ap 17:14).
Somente Ele tem “todo poder e autoridade nos céus e na terra’’ (Mt 28:18). Ele somente “foi feito para nós justiça, santificação, e redenção” (1 Co 1:30).
“Pois a harmonia é tão preciosa quanto o perfumado óleo da unção que foi derramado sobre a cabeça de Aarão e que desceu até a sua barba, e até a borda das suas vestimentas” (Sl 133:2).
- - - - LINHA DE TEMPO - - - - |
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- - - - - - - - - - NOVO TESTAMENTO - - - - - - - - - |
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30 D.C 1.000 D.C. D.C.2030. |
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+ Unção Tripla + + Nenhuma Unção + + Unção Restaurada + |
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Início da Era Segunda Vinda Da Igreja até a Idade Média até de Cristo [Eras Escuras] |
Uma linda ilustração e verdade estão expressas no versículo acima. A unção que vinha sobre o sumo sacerdote descia da sua cabeça para o resto do seu corpo.
a. Devemos Ter a Sua Unção. Agora sabemos que somos membros do Corpo de Cristo (1 Co 12:27). Sabemos que Jesus é a Cabeça e o Sumo Sacerdote (Ef l :22; Hb 3:1). Portanto, a “tripla unção” que foi derramada sobre Ele flui e desce sobre nós – membros do Seu Corpo. Podemos ser participantes desta mesma unção que estava sobre Ele.
A unção de Jesus foi a última ilustração da unção que Deus quer que tenhamos.
Como líderes de igreja, devemos ter a Sua unção, uma unção para vivermos vida de retidão e santidade, e uma unção para curarmos os enfermos, expulsarmos os demônios e pregarmos estas Boas Novas do Reino até os confins da terra. Em suma, uma unção de poder. 1 Pedro 2:9 diz que somos “um sacerdócio real” [reis-sacerdotes]. “Fomos feitos reis e sacerdotes ao nosso Deus” (Ap 1:6; 5:10).
3. Passos Para o Recebimento da Tripla Unção
a. Nascer de Novo. Se você ainda não nasceu de novo, siga os passos delineados na primeira parte deste capítulo.
Em seguida, leia “Uma Condição Irregenerada” no Capítulo 2. Siga estas instruções e você receberá, a “unção do leproso”, a primeira das três unções.
b. Ser Batizado na Água. Se você ainda não foi batizado na água, dê este passo. Quando você for batizado, reconheça que Deus quer fazer uma obra sobrenatural no seu coração. Creia que qualquer hábito pecaminoso persistente e pecados costumeiros e dominantes serão quebrados quando você “for sepultado com Ele pelo batismo...” (Rm 6:4).
“Os vossos antigos desejos malignos foram crucificados com Ele; a parte de vós que ama pecar foi esmagada e fatalmente ferida, de forma que o vosso corpo que ama o pecado não se encontra mais sob o controle do pecado e não precisa mais ser escravizado pelo pecado” (Rm 6:6 – A Bíblia Viva).
Num batismo bíblico na água, você pode receber a sua “unção sacerdotal” para caminhar numa nova vida, livre do domínio do pecado. Creia que isto acontecerá quando você for imerso nas águas do batismo.
c. Ser Batizado no Espírito Santo. A sua “unção real” para a autoridade e poder vem de Jesus. João nos diz que “a unção que recebestes d’Ele permanece em vós...” (l Jó 2:27). Como já foi afirmado anterior- mente, ela flui e desce da cabeça para o corpo.
João Batista disse o seguinte com relação a Jesus: “Eu vos batizo com água, mas... Ele vos batizará no Espírito Santo e... fogo’’ (Mt 3:11). João subentendeu que Jesus batizaria da mesma forma que ele, mas seria no Espírito Santo, ao invés de na água.
1) Deseje o Batismo no Espírito.
Como João Batista batizava? Os candidatos vinham a ele, desejando o batismo na água. Você precisa vir a Jesus, desejando o batismo no Espírito.
2) Permita que Jesus Faça o Batismo. Eles permitiam que João os batizasse – eles não tentavam batizar a si próprios. Você precisa permitir que Jesus o batize no Espírito Santo. No Pentecostes, “... o Espírito encheu toda a casa em que estavam assentados” (At 2:2). O fato de que estavam assentados facilitou para Jesus batizá-los – eles não se encontravam em algum tipo de estado religioso frenético e hiperemocional, tentando batizar a si próprios.
3) Seja Imerso no Espírito. João os batizava na água. Eles eram imersos nas águas do Rio Jordão. Jesus o batizará no Espírito Santo. Jesus é o Batizador e o Espírito Santo é a água espiritual em que Jesus o imerge.
Como no Pentecostes, eleve a sua voz em oração e louvor a Jesus e receba o Espírito Santo em Nome de Jesus. À medida que você sentir o Espírito Santo o enchendo, permita que Ele lhe dê aquela língua celestial para a oração e louvor ao seu Pai Celestial.
À medida que o Espírito lhe der palavras ou sílabas para você dizer, expresse-as audivelmente com fé a Deus. Você não compreenderá as palavras, mas o seu Pai Celestial compreenderá.“E começaram a falar em outras línguas, à medida em que o Espírito lhes dava as palavras para falarem” (At 2:4). Faça a mesma coisa agora mesmo!
Neste batismo começará a sua “unção real”. Aí então, como todas as outras unções do Espírito, ela crescerá à medida que você continuar caminhando com o Senhor. ALELUIA!
E. CONCLUSÃO
Nesta sessão aprendemos que Deus quer nos treinar para esperarmos n’Ele e para ouvirmos a Sua voz. Aprendemos como considerar as tribulações como sendo os Seus instrumentos de refinamento. Aprendemos a evitar as armadilhas do orgulho, do pecado sexual, e do amor ao dinheiro.
Passamos a compreender que os que Ele chama precisam ser refinados e treinados pelo Espírito Santo na escola das provações e tribulações. Quanto maior for a sua responsabilidade, tanto mais intensos serão os Seus tratamentos com você.
1. Precisamos da Plena Unção
Contudo, se aprendermos todas estas coisas, mas deixarmos de conduzir o povo de Deus com a plena unção que vemos em Jesus Cristo, tudo será em vão. Sem o Espírito de Deus ungindo os nossos ministérios, não podemos eficientemente evangelizar, ensinar, pregar, trazer libertação ou cura, nem fazer as “obras maiores” que nos foram prometidas como líderes de igreja. Tudo o que fizermos será o resultado da energia da carne, sem nenhum fruto duradouro.
É importantíssimo que os líderes de igreja andem em santidade e dependam do poder do Espírito. O poder espiritual duradouro somente pode ser encontrado numa vida santa, e todos os que andam em santidade podem ter o poder de Deus em sua vida.
Precisamos experimentar ambas as coisas. Enfatizar a santidade e um estilo de vida consagrado, porém destituídos do poder de Deus, torna-nos estéreis e legalistas. Por outro lado, pedir que Deus nos dê poder e, contudo, negligenciarmos a santidade, coloca-nos numa posição em que a unção que tivermos nos destruirá (veja Mateus 7:21-23).
2. Precisamos Manter a Plena Unção
João nos diz: “A unção que recebestes d’Ele permanece em vós... Como a Sua unção vos ensina sobre todas as coisas, e é verdadeira... ela vos ensinou a permanecer n‘Ele.
“E agora, filhinhos, permancei n‘Ele, a fim de que, quando Ele aparecer, possamos ter confiança e não nos esconder d’Ele, por vergonha, na Sua vinda” (1 Jó 2:27,28).
A palavra “permanecer” parece ser a chave. “Permanecei em Mim, e Eu em vós. Assim como o galho não pode produzir frutos por si mesmo, a menos que permaneça na videira, assim também não podeis vós, a menos que permanecerdes em Mim.
“Eu sou a videira, e vós os galhos; aquele que permanece em Mim, e Eu nele, produz muitos frutos; pois sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em Mim, será lançado fora como um galho, e secará; ...e são queimados.
“Se permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (Jo 15:4-7).
a. Permaneça em Jesus. Como lideramos melhor com uma plena unção? Permaneça em Jesus! “Permanecer” significa “manter-se; continuar; ficar; ter a sua morada; habitar; residir.”
Paulo expressou isto da seguinte maneira: “Como pois recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim também andai n’Ele... firmemente arraigados e... edificados n‘Ele e estabelecidos na vossa fé... transbordando de gratidão” (Cl 2:6,7).
A independência e a auto suficiência são virtudes de pessoas com maturidade. Porém, podem ser prejudiciais em nosso relacionamento pessoal com Jesus. Ele diz: “Permanecei... continuai em Mim! Dependei de Mim.”
Para que o galho permaneça na videira é preciso que ele fique conectado, mantendo assim vida da videira fluindo para o seu interior. A sua frutificação depende desta conexão vital com a videira. Da mesma forma, precisamos permanecer num relacionamento íntimo e vital com Jesus. Se fizermos isto, a Sua vida e a Sua unção sempre fluirão a nós e através de nós.
Sejamos como Maria – que escolheu assentar-se aos Seus pés e ouvir as Suas palavras (Lc 10:38-42).
Aí então, ministraremos com a plena unção do cargo real e sacerdotal de Jesus. O louvor e a adoração tornar-se-ão a nossa própria respiração. Seremos equipados com o Seu poder e dons para libertarmos os outros para esta mesma liberdade.
Quão enganoso – quão trágico – é que uma pessoa sobre quem Deus colocou as Suas mãos tome a unção e a use para os seus próprios propósitos.
Não faça isto! Seja sempre alguém que agrade a Jesus!
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