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GTL - A2:  Treinando os Líderes a - Índice e Prefácio

SEÇÃO A2

SEÇÃO A2

 

TREINANDO  OS LÍDERES  A ...

 

Ralph Mahoney

 

ÍNDICE DESTA SEÇÃO

Prefácio

A2.1 - Esperar no Senhor

A2.2 - Ouvir a Voz de Deus

A2.3 -  Obedecer a Voz de Deus

A2.4 -  Sofrer Pacientemente

A2.5 - Aprender com a Vida de José

A2.6 - Evitar a Possibilidade de se Tornar Uma Baixa

A2.7 - “Fugir da Fornicação!”

A2.8 - Rejeitar a Cobiça / Idolatria

A2.9 - Receber a Tripla Unção

 

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OBS.: USE AS SETAS DE NAVEGAÇÃO PARA RETORNAR AOS ITENS PRINCIPAIS. PARA PESQUISAR OS VERSÍCULOS MARQUE OS

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SEÇÃO A2

 

TREINANDO  OS LÍDERES  A ...

 

Ralph Mahoney

 

 

PREFÁCIO    CAPÍTULOS A2.1-A2.9                     

 

 

Esta seção contém o material deste autor que provou ser o mais popular e com o maior número de pedidos. Neste sentido, é uma “Proclamação para o Líder Cristão”.

O primeiro capítulo descreve em linhas gerais as preparações e princípios pelos quais uma pessoa comum pode chegar a uma extraordinária função de liderança. É o próprio mapa rodoviário do autor numa retrospectiva de trinta e cinco anos de um ativo ministério de âmbito mundial.

O autor tentou marcar cuidadosamente os desvios, as curvas perigosas e as pontes caídas para evitar que o líder de igreja que esteja começando a corrida se torne uma baixa, devido aos seus próprios erros. Os que seguirem este mapa rodoviário guardarão a e terminarão as suas carreiras para receberem a Coroa da Vida, que será colocada aos s de Jesus.

Na Seção E4, o autor tenta delinear os passos práticos que o líder espiritualmente

desenvolvido precisa dar para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra, assim como é feita no Céu.

Os Capítulos A2.l - A2.9 do livro O Cajado do Pastor poderiam ser igualados à nossa fé, e os Capítulos E4.1-E4.5 às nossas obras. “A sem as obras está morta.” As “obras” dos Capítulos E4.1-E4.5 complementam a “fé” dos Capítulos A2.1-A2.9.

Este material, portanto, é dedicado a todos os líderes de igreja que querem “... estar sempre abundantes na obra do Senhor. Qualquer pessoa com uma aspiração inferior a esta desperdiçará o seu tempo lendo-o. Para os líderes sinceros que desejam glorificar a Cristo através de suas vidas ou pela morte ele fornecerá o encorajamento, os esclarecimentos, e as instruções necessários para serem bem-sucedidos.

 

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SEÇÃO A2

 

TREINANDO  OS LÍDERES  A ...

 

Ralph Mahoney

 

Capítulo 1

Esperar no Senhor

 

Introdução

Você foi chamado para ser um líder de igreja e, no entanto, você teme que a sua inadequabilidade impedirá que você seja bem sucedido? Você acha que você é fraco demais para ser um líder forte? Talvez você já tenha sido empurrado para uma posição de liderança e esteja enfrentando frustrações, ou até mesmo fracassos. Se este for o caso, anime-se! Deus tem boas-novas para você!

 

A. DEUS USA OS FRACOS

“Ele fortalece os desfalecidos e multiplica as forças dos que o m força alguma (Is 40:29).

Quando Deus chama alguém para se tornar um líder, Ele não o escolhe, baseando-Se na sua inteligência, nos seus talentos, ou na sua instrução. Na verdade, estas são algumas coisas que Deus talvez tenha que modificar (ou às vezes destruir) antes que Ele possa nos usar.

A Bíblia diz: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes (1 Co 1:19).

O Apóstolo Paulo diz: “A loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.

Porque, vede, irmãos, o vosso chamado, que o o muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.

“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para  confundir as sábias. E, Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas... desprezíveis, e as que o são, para aniquilar as que são (1 Co 1:25-28).

 

O que o Apóstolo Paulo está nos ensinando é o seguinte: Através das nossas fraquezas,

das nossas vacilações, e dos nossos fracassos, Deus revela a Sua sabedoria.Através da nossa debilidade, Deus demonstra o Seu poder, o qual se aperfeiçoa na nossa fraqueza.

 

Um pastor amigo meu (Jack) compartilhou comigo uma experiência recente. Enquanto ele ministrava no Japão, o Senhor lhe deu o seguinte versículo:

“Dboca dos bebês e dos que mamam Tu ordenaste a força por causa dos Teus inimigos, para que Tu pudesses silenciar  [derrotar] o inimigo e o vingador (Sl 8:2).

 

1. Inimigos Derrotados

Ele estava ensinando os líderes de igreja do Japão que o Senhor usa os louvores dos bebês e dos que mamam para derrotar os Seus inimigos (veja Mateus 21:16).

É como se Deus tivesse prazer em humilhar a Satanás usando os mais fracos membros da Sua Criação (você e eu– os Seus bebês, os Seus filhos) para silenciar (derrotar) o inimigo e o vingador.

Enquanto o Irmão Jack estava voando para casa em sua volta do Japão, o Senhor lhe deu uma visão. Ele viu um grupo de crianças conduzindo algumas ovelhas indefesas, balindo. As crianças estavam louvando a Deus e regozijando-se n’Ele.

 

Enquanto o Irmão Jack meditava sobre isto, o Senhor falou com ele e disse: Escolhi o símbolo dos cordeiros  e das ovelhas para  representar o Meu povo por- que eles o símbolos de debilidade  e o m capacidade alguma para liderarem ou se salvaremNo entanto,  pegarei um punhado de crianças que louvam e que estão conduzindum rebanho  de ovelhas balindo,  e os usarei  para  destrui totalment  Satanás para derrotá-lo em todas as ocasiões.”

Creio que o Irmão Jack está certo. Deus usa os fracos para destruir os Seus inimigos. Isto significa que Ele pode usar a você e a mim.

 

B. AS PESSOAS QUE DEUS ESCOLHE

Geralmente fico pasmo com as pessoas que Deus escolhe para fazer certas tarefas.

1. Paulo Por exemplo, Ele enviou a Paulo aos pagãos incultos. Paulo havia estudado as Escrituras com Gamaliel (que era um grande mestre dos fariseus). Na qualidade de candidato para o Sinédrio (um prestigioso grupo de homens judeus que interpretavam as leis religiosas de Israel), Paulo teve de memorizar e citar (sem erros) os primeiros cinco livros do Antigo Testamento (chamados de Pentateuco). Ele era um judeu com uma notável formação intelectual e grandes realizações.

Do ponto de vista humano, ninguém poderia ter sido mais qualificado para a tarefa de evangelização dos judeus do que Paulo.

Mas a quem Deus enviou Paulo para ministrar? Não aos cultos e instruídos judeus, e sim aos povos ignorantes e marginalizados, os gentios, que o apreciavam muito a grande cultura de Paulo e os seus profundos conhecimentos da lei judaica.  

Toda a força natural de Paulo, toda a sua instrução, inteligência e talentos tiveram que ser colocados de lado. Deus teve que remover isto tudo, levando-o para o Deserto da Arábia (semelhantemente ao seu antepassado Moisés) para então poder despojá-lo de todas as coisas das quais ele poderia ter se vangloriado (veja Gálatas 1:17; Filipenses 3:4-8).

Naquele “...imenso lamentável, e despovoado deserto, naquela terra de covas, sequidão, e da sombra da morte, por onde ninguém viaja nem vive... (Jr 2:6), Paulo aprendeu que seu êxito como ministro de Cristo seria somente, entregando “tudo o que foi ganho   considerando como perda   para ganhar a Cristo (veja Filipenses 3:7,8).

Ele aprendeu a proclamar o Evangelho “...não  com palavras  plausíveis da sabedoria humana, mas com a demonstração do Espírito e de poder (1 Co 2:4).

Para convencer as pessoas de que Jesus era o Salvador delas, Paulo contava mais com o Espírito operando milagres através dele do que com a sua habilidade como orador ou pregador (2 Co 10:10). s também deveríamos fazer o mesmo.

 

2. Pedro

Muito embora Pedro tivesse aberto a porta da fé para os gentios (Atos 10), ele permaneceu em Jerusalém entre a mais alta elite dos judeus do Império Romano como o apóstolo para os judeus (veja Gálatas 2:8). O que qualificou Pedro para esta tarefa? Certamente o foram as suas grandes realizações acadêmicas nem a sua instrução.

A Bíblia o descreve como sendo um homem “..inculto e ignorante (At 4:13). Ele era apenas um simples pescador, e, contudo, Deus o qualificou para a tarefa pelo poder do Espírito Santo.

 

C. TRANSFORME AS SUAS FRAQUEZAS EM BÊNÇÃOS

“Ele fortalece os desfalecidos e multiplica as forças dos que o m força alguma (Is 40:29).

Conta-se a história de um homem cego e de um aleijado que se tornaram amigos inseparáveis. O que contribuiu para a amizade deles?

O aleijado podia ver perfeitamente, mas não conseguia andar. O cego tinha pernas fortes, mas não conseguia enxergar. O aleijado ofereceu a sua visão ao cego em troca da sua mobilidade. O cego carregava o aleijado em suas costas. O aleijado instruía o cego sobre o caminho em que ele deveria andar e o avisava com relação aos objetos que eram obstáculo em seu caminho e que poderiam fazê-lo tropeçar.

As suas fraquezas e necessidades tuas os uniram no sentido de aproveitarem os pontos fortes um do outro.

 

1. Dependa Mais de Deus

Semelhantemente, a nossa cegueira e coxeadura espiritual deveriam levar-nos a um relacionamento com Deus de dependência e oração, a fim de que a Sua força possa tomar o lugar da nossa fraqueza.


 

O autor do hino expressou isto maravilhosamente:

A Sua força é aperfeiçoada na fraqueza. O Seu poder o é para os fortes.

Ele dá mais graça. Aos fracos na corrida.

A Sua força é aperfeiçoada na fraqueza.

As nossas fraquezas pessoais que nos fazem cientes da nossa falta de capacidade ou poder para sermos líderes deveriam fazer com que direcionássemos o nosso coração a Deus em orações (às vezes com jejuns). Se respondermos desta maneira, descobriremos que “Ele fortalece os desfalecidos e multiplica as forças dos que o têm força alguma (Is 40:29).

A nossa atitude de dependermos de Deus atrai a Sua atenção, aproxima-O de nós, e faz com que Ele manifeste gloriosamente o Seu poder através de nós.

As nossas inadequabilidades são consideradas como bênçãos disfarçadas quando nos compelem a dependermos de Cristo.

Contudo, se nos revolvermos no lamaçal da pena ou ódio de nós mesmos, olhando para dentro de nós, buscando uma compreensão dos nossos problemas, tudo o que conseguiremos no final é um sentimento de inferioridade.

 

2. Confesse a Palavra

O que os psicólogos chamam de “complexo de inferioridade” é geralmente uma preocupação carnal com as nossas próprias vidas (inibição), que pode resultar numa perspectiva do nosso ego que diz: “Eu não presto para nada! Eu sou um inútil, um fracasso total... Deus nunca poderá me usar!” Este tipo de opinião de si próprio causa um desânimo total.

Ouvi Billy Graham (o mais famoso evangelista da história) dizer: “Deus nunca pode usar um servo desanimado.”

Isto é verdade! Precisamos vencer as atitudes deste tipo através da palavra da nossa confissão (Ap 12:11).

Falando sobre nós mesmos o que a blia diz sobre nós, somos transformados em vencedores. A Bíblia diz: Posso fazer todas as coisas através de Cristo que me fortalece [capacita, habilita]” (Fp 4:13).

“Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum (Lc 10:19).

Através do nosso Deus faremos proezas.

É Ele que esmagará os nossos inimigos.

Cantaremos e bradaremos a vitória. Cristo é o Rei! Cristo é o Rei!

Não devemos confundir um complexo de inferioridade com a mansidão bíblica que Deus abençoa. Eles o o a mesma coisa.

 

3. Aproxime-se em  Oração

O tipo de fraqueza que Deus atende é o que produz um sentimento de dependência n’Ele. Quando oramos: “Eu preciso de Ti, ó Deus, e não posso viver sem Ti”, Deus opera em nosso favor. Tornamo-nos semelhantes ao Rei Davi, que orou: A minha alma tem sede de Ti, ó Deus (Sl 63:l; 84:2).

Este sentimento de necessidade contribui para o desenvolvimento de uma saudável vida devocional e de oração.

É assim que deveria funcionar, não é? Em contraste com o exposto acima, uma inibição total nos paralisa. É uma barreira que impede o poder de Deus de fluir através de nós. Renuncie a este tipo de carnalidade e abandone-o. Reconheça que Deus é a força da sua vida e você não precisa ficar com medo (Sl 27:1). Ele mostrará que é forte a favor dos que O reverenciam, O adoram e dependem d’Ele.

 

4.  Troque a Sua Força Pela Força do Senhor

“Até mesmo os jovens se cansarão  e desfalecerão, e ficarão totalmente prostra- dos; mas os que esperam no Senhor renovarão  [trocarão]  as  suas  forças (Is 40:30,31).

A palavra chave deste versículo é “renovarão”, que seria traduzida melhor por “trocarão”. À medida em que esperamos no Senhor, Ele remove a nossa força e a substitui com a Sua Própria força.

o é uma questão de combinarmos a nossa força com a d’Ele, e sim uma completa remoção da nossa força, para nos revestirmos da força d’Ele. Deus está dizendo: “Se você for forte em você mesmo, o poderei usá-lo. Se você pode fazê-lo sozinho, então você o precisa de Mim.”

O que o Senhor pede que façamos antes que Ele “troque a força d’Ele com a nossa?

a. Reconheça  a Sua Necessidade. O rei Davi escreveu: “Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu e o salvou de todas as suas angústias (Sl 34:6).

Asafe reconheceu a sua fraqueza e a sua necessidade de Deus com as seguintes e comoventes palavras: “Eu fui o tolo e ignorante; fui como um animal diante de Ti(Sl 73:22).

Tanto Davi como Asafe receberam a força de Deus porque estavam dispostos a reconhecer humildemente as suas necessidades e fraquezas. Há uma poderosa palavra de promessa para todos os que fizerem a mesma coisa.

“Quando os pobres e necessitados procuram água, e o , e as suas línguas se secam de sede, Eu, o Senhor, os ouvirei.

Eu, o Deus de Israel, o os abandonarei. “Abrirei rios nos lugares altos, e fontes no meio dos vales. Farei  do deserto um poço de água, e da terra seca fontes de água. “...Para que possam ver e saber, e considerar,  e juntamente compreender que a mão do Senhor fez isto...” (Is 41:17-20).

1) Paulo   Um Exemplo. Paulo descobriu que se ele reconhecesse as áreas de fraqueza e necessidade em sua vida, isto resultaria na força de Deus vindo para ele de uma maneira mais abundante.

Ele escreveu o seguinte: “Para que eu não me exaltasse sobremaneira, devido à abundância das revelações, foi dado a mim um espinho na carne, o mensageiro de Satanás para me esbofetear... Por isto supliquei ao Senhor três vezes, para que se afastasse de mim (2 Co 12:7,8).

E como o Senhor respondeu à petição de Paulo no sentido de ser aliviado destas bofetadas e fraquezas? A Minha graça é suficiente para ti, pois a Minha força se aperfeiçoa [se completa] na [sua] fraqueza (2 Co 12:9).

Agora você pode compreender o motivo pelo qual Paulo disse: “De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas enfermidades [fraquezas] para que o poder de Cristo possa habitar em mim. Portanto, sinto prazer nas enfermidades, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor a Cristo. Porque, quando estou fraco, eno sou forte (2 Co 12:9,10).

Este é o princípio pelo qual funciona o poder do Evangelho. Quando estamos fracos e sentimos a nossa grande necessidade de Deus, isto nos faz completamente dependentes d’Ele. Isto faz com que passemos muito tempo em oração. O resultado? Somos fortes!

 

D. APRENDA A ESPERAR EM DEUS

“Aqueles que esperam no Senhor ‘trocarão as forças. Subirão com asas como águias. Correrão  e o se cansarão caminharão,  e o se fatigarão (Is 40:31).

 

1. Dois Conceitos

O que a Bíblia quer dizer quando nos diz que devemos “... esperar no Senhor”? Há dois conceitos envolvidos em nossa “espe- ra no Senhor”. São os seguintes:

a. A Nossa Espera Pelo Tempo de Deus.

Em outras palavras, não entre em ação de fato até que Deus lhe mostre que é hora de agir.

b. A Nossa Espera  em Oração  e Jejum. Passar tempo em atitude de oração na presença de Deus em exercícios devocionais, às vezes envolvendo o jejum, como também a oração.

 

2. Esperando o Tempo de Deus

Será que eu poderia compartilhar o meu testemunho pessoal com vocês? O Senhor me chamou para o Seu serviço em 1948, quando eu tinha 16 anos de idade. Eu era nascido de novo e batizado com o Espírito Santo, mas o compreendia a necessidade de entregar totalmente a minha vontade e planos ao Senhor.

A “vida mais profunda” do compromisso cristão não me atraía muito. Eu havia decidido o que faria com a minha vida e ser um pregador do Evangelho o tinha nada a ver com este plano.

Durante o verão de 1948, a mão do Senhor veio pesadamente sobre a minha vida.

Alguns eventos fizeram-me sentir como se eu estivesse sendo lançado ao chão para orar. Muitas vezes eu ficava prostrado no chão, com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Eu ficava clamando em oração a Deus.

Revendo o passado, creio que muitas daquelas lágrimas devem ter sido lágrimas de resistência à vontade de Deus. Eu queria as coisas à minha maneira, mas Deus queria as coisas à Sua maneira. Este conflito de vontades a minha vontade contra a vontade de Deus estava criando uma luta interna de vida ou morte: a morte da minha vontade. Depois de três meses deste intenso conflito espiritual, entreguei a minha vida para que Deus fizesse com ela o que Ele quisesse. Ele queria que eu fosse a todo o mundo para pregar o Evangelho.

a. Vamos Agora! Quando eu finalmente me entreguei à vontade de Deus, eu disse ao Senhor: “Eu irei onde Tu quiseres que eu vá, querido Senhor, direi o que Tu quiseres que eu diga, e serei o que Tu quiseres que eu seja. Com esta total entrega da minha vontade à vontade de Deus, eu estava pronto para IR IMEDIATAMENTE!

o havia tempo a perder! (Ou pelo menos era o que eu achava.) Vamos embora Deus! Imediatamente! Estou pronto! Falta pouco tempo! A Era Nuclear chegou! O mundo está acabando! Estou pronto para evangelizar o mundo todo   sozinho se necessário.”

Em meu entusiasmo e otimismo juvenil (eu deveria acrescentar ignorância), eu estava achando que, num piscar de olhos, eu seria um “prodigioso ganhador de almas do mundo todo”.

É que a minha forma de pensar foi um tanto quanto moldada pela teologia da minha igreja. Os líderes da nossa igreja enfatizavam a breve volta do nosso Senhor do Céu. A Segunda Vinda de Jesus era pregada constantemente no púlpito   pelo pastor local, ou pelo evangelista visitante. Eu achava que Jesus viria muito em breve.

Lembro-me de uma pesquisa de opinião que foi feita na classe da Escola Dominical dos Adolescentes no verão de 1948. Perguntaram-nos o seguinte: “Quanto tempo demorará até que o Senhor volte novamente?”

Ninguém daquela classe de 50 adolescentes acreditava que o Senhor pudesse adiar a Sua volta além de 1950.

A Segunda Guerra Mundial havia terminado recentemente. O conflito na Coréia estava para explodir. A ameaça do holocausto nuclear parecia iminente. Eu achava que qualquer que fosse o plano de Deus, ele teria que ser feito imediatamente. Não havia tempo para esperas. Com uma “Grande Comissão” para se evangelizar o mundo, e com somente mais dois anos para terminar a tarefa, eu tinha que começar imediatamente!

Qual foi a resposta de Deus para a minha forte impressão de urgência?

b. Aprenda a Esperar! Tive que aprender que qualquer que fosse a minha interpretação dos eventos mundiais, qualquer que fosse a minha própria impressão de urgência, Deus age em Seu Próprio tempo, e não no meu. Quando você está ansioso para entrar em ação, a coisa mais difícil do mundo é esperar.


 

Eu o estava preparado (treinado) para ir e pregar. É verdade que eu havia sido chamado. Mas o chamado de Deus e o envio de Deus são duas coisas diferentes. Eu não sabia na época, mas Deus não estava nem um pouco preocupado com a situação mundial em 1948. Eu estava, mas Ele não. Ele havia planejado o meu treinamento e a minha preparação. Toda a minha ansiedade e impaciência não fez com que Ele apressas- se o Seu cronograma nem em um minuto.

Eu o estava percebendo na época, mas eu estava me esforçando para entrar na batalha e lutar com as minhas próprias forças. Deus sabia que eu teria sido destruído se eu tivesse saído despreparado. Assim sendo, Ele me fez esperar até que eu tivesse mais treinamento e experiência. Nestes anos de espera no Senhor, aprendi que eu nunca devo “...ir além da palavra do Senhor meu Deus para fazer menos ou mais (Nm 22:18).

c. Deus Controla  o Tempo. A Bíblia diz: “...Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho... (Gl 4:4). Deus controla os tempos e as estações. Ele tinha um tempo determinado para enviar Jesus ao mundo. Ele tem um tempo determinado para todas as coisas. Espere o tempo de Deus. Não corra na frente, nem fique para trás. Espere no Senhor. Ele revelará o tempo d’Ele para você. Os tempos e as estações estão no próprio poder do Pai (At 1:7).

Vamos aprender a esperar pacientemente por Ele. Ele nos revelará os tempos e as estações quando precisarmos conhecê-los.

 

3. Esperando em Oração e Jejum

“Não sejam envergonhados ...os que esperam em Ti ...não sejam confundidos os que Te buscam... (Sl 69:6).

Se quisermos “trocar” a nossa força limitada pelo Seu poder ilimitado, precisaremos estabelecer um consistente hábito devocional diário. Uma das coisas mais difíceis de serem feitas pela maioria dos líderes de igreja é o disciplinar-se a tempos de orações (e jejuns) regulares. A pressão das atividades e compromissos diários têm a tendência de nos roubar estes tempos devocionais essenciais com o Senhor.

a. Como os Tempos de Devoção Diários Ajudam? Faça a seguinte experiência. Encha uma jarra de água até a borda. Encha a tanto a ponto de que uma outra gota possa fazê-la transbordar. Em seguida, comece a introduzir pedras do tamanho aproxima- do da sua mão. O que acontece? Com cada pedra que entra na jarra, uma quantidade equivalente de água transborda e é derrama- da para fora da jarra.

É assim que trocamos a nossa força pela de Deus. Estamos cheios com a água da nossa própria força. À medida em que passamos tempo em oração, Deus começa a introduzir as pedras da Sua força e poder. Estas pedras da graça deslocam a água das atitudes incrédulas negativas, e as pedras da dependência no Senhor deslocam a água estagnada das atitudes do tipo “posso fazer isto sem Deus”. As Suas capacitações divinas enchem a nossa vida, e a nossa incapacidade é substituída pela Sua força.

Como eu posso fazer com que a força de Deus encha a minha vida? É um processo natural e sobrenatural. Se você passar um tempo diário em oração, isto será como um processo de crescimento. A criança o cresce nem se torna forte, pensando sobre isto, nem tentando se forçar a crescer. É um processo natural que acontece como resultado de uma dieta e exercícios apropriados.

Semelhantemente, se o líder de igreja passar tempo diariamente na leitura da blia e na oração, esta nutrição espiritual promoverá o crescimento da força de Deus em sua vida. A troca da sua força pela d’Ele acontecerá gradativa e consistentemente.

b. Como eu Deveria Conduzir  o meu Tempo Devocional? O seguinte esboço foi adaptado de uma série de mensagens sobre o assunto “Renovando o Hábito Devocional.” Descobri que isto foi muito útil em meus tempos devocionais.


 

1) Confesse os seus Pecados.  Peça ao Senhor que lhe traga à mente qualquer pecado que não foi confessado. Reconheça estes pecados diante de Deus, peça, e receba o Seu perdão e a Sua purificação (1 Jo 1:9,10).

2) Louve a Deus. Em seguida, tome algum tempo para dar graças e louvar a Deus pelo que Ele é e por aquilo que Ele fez (Sl 100).

3) Entregue o Dia a Deus. Diga a Deus o quanto você precisa da Sua direção e orientação. Peça a Sua direção e obedeça a qualquer instrução que você sentir que Deus está lhe dando em oração.

4) Ore  Pela Sua Família,  Igreja  e Todos os Crentes.  Ore pelo seu cônjuge, filhos e membros da família. Ore pelos membros e líderes da sua igreja. Ore pelos crentes de outras partes do mundo. Ore pelos órfãos e viúvas (os que o m família).

5) Ore Pelos Líderes,  Missionários e Pela Evangelização.  Ore pelos líderes do seu país. Ore pelos seus líderes espirituais. Ore pelas tribos e grupos linguísticos da sua parte do mundo que ainda precisam do Evangelho. Ore pelos missionários e pela evangelização das outras nações.

6) Ore em Outras Línguas.  Em todas estas orações, permita que a ação do Espírito Santo venha sobre você e ore em outras línguas, e ore pela interpretação de suas orações em outras línguas (1 Co 14:13,14).

7) Escreva o que o Senhor lhe Der e Faça-o!  Escreva as impressões que você achar que vieram do Senhor durante o seu tempo de oração. Obedeça e entre em ação, em resposta a qualquer coisa que Deus lhe der em oração.

c. Como as Tribulações nos Ajudam? Pedro nos admoestou: “...não estranheis a ardente tribulação  que vem para vos testarcomo se alguma coisa estranha  vos acontecesse” (1 Pe 4:12).

Um pastor já idoso e amigo meu me disse alguns anos atrás: “Irmão Ralph, quando você tentar prosseguir  com Deus, o mundo se oporá. Quando você tentar se aprofundar  em Deus, a sua natureza carnal o resistirá. Quando você tentar subimais em Deus, os principados e potestades demoníacas do ar o combaterão”.

Em nenhum outro lugar nos deparamos com uma resistência tão forte quanto à resistência que encontramos quando decidimos estabelecer um tempo de devoção diário em que esperamos no Senhor. Quando você realmente se determinar a buscar a face de Deus, você pode esperar oposições e tribulações, pois geralmente nos deparamos com elas.

É confortante sabermos que até mesmo através das provações e tribulações, “Deus faz com que todas as coisas contribuam juntamente para o bem daqueles que amam ao Senhor, daqueles que o chamados de acordo com o Seu propósito (Rm 8:28).

 

À medida que esperamos em Deus, Ele acende o fogo das tribulações, das provações, e das tentações, e a nossa vida é aquecida. Quando tivermos alcançado o “ponto de ebulição”, duas coisas acontecem:

 

1) Os Nossos Pecados e o Nosso Ego São Purificados.

 

2) O Poder de Deus Começa a Operar  em Nós.O poder de Deus começa a operar em s e através de nós, com emocionantes consequências sobrenaturais.

 

Quando colocamos uma panela de água sobre o fogo, a água ferve eventualmente. o podemos apressar, nem impedir a fervura, observando a água, mexendo-a constantemente, nem ignorando-a. Independentemente do que fizermos, a água ferverá quando alcançar a temperatura de ebulição. A fervura é o resultado da aplicação de calor à água, e não o resultado de alguma ação da água sobre si mesma.

Semelhantemente, quando passamos pelo fogo das aflições ou das tribulações as coisas acontecem dentro de nós sem nenhum esforço da nossa parte. Elas são o subproduto do calor de Deus aplicado a água da natureza humana. Experimentamos uma transformação interna. As nossas motivações são purificadas e o nosso desejo de pecar é queimado e retirado de nós.

Todo aquele que sofreu na carne cessou do pecado (1 Pe 4:1). Sim, é verdade: “...os que esperam [pelo Seu tempo designado com orações e jejuns] no Senhor trocarão as suas forças pela d’Ele.”

 

 

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