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GTL - G2:  Adoção

Adoção E Filiação

Seção G2

ADOÇÃO

Ralph Mahoney

 

 Capítulo 1

Adoção E Filiação

 

 

Introdução:

O que é afinal este negócio de “adoção e “filiação”? O que o Apóstolo Paulo quis dizer ao escrever: “... recebestes o Espírito de ADOÇÃO... ADOÇÃO... também gememos em s mesmos, esperando pela ADOÇÃO(Rm 8:15,23); “... Deus enviou o Seu Filho para que pudéssemos receber a ADOÇÃO...” (Ef 1:5)? Será que o Apóstolo Paulo tinha uma revelação sobre alguma coisa da qual nada ou pouco sabemos hoje em dia?

O fato de eu ter ministrado nas terras bíblicas com um irmão nascido em Israel me ajudou a compreender um pouco sobre a mentalidade e os costumes dados por certo pelo Apóstolo Paulo quando ele escreveu sobre a adoção.

Os povos orientais não tem problema algum com as coisas que muito tempo tem atarantado os ocidentais, porque eles compreendem as metáforas e a linguagem.

Foi devido ao fato de os ocidentais não conhecerem as tradições e os costumes das terras bíblicas que temos perdido as poderosas verdades expressas nesta única palavra: ADOÇÃO.

A palavra traduzida como “adoção é uma palavra grega, huiothesia, que significa “colocar como um filho”. Ela o se refere absolutamente a um órfão ou a adultos benevolentes que talvez queiram “adotar” um órfão.

Esta palavra, huiothesia, é aplicada aos rapazes que atingiram a idade adulta, “os de maturidade... os quais... devido ao uso, possuem os seus sentidos exercitados para discernirem tanto o bem como o mal” (Hb 5:14).

 

A. COLOCADO COMO UM FILHO.

Quando um rapaz cresce e atinge a maturidade nas terras bíblicas e demonstra a sua capacidade de ser responsável, chega o dia em que o seu pai, numa cerimônia pública, “o coloca como um filho”.

Os vizinhos, amigos e anciãos do povoado o chamados para testemunhar este evento, pois isto é algo muito significativo na vida de um rapaz. Tudo muda para ele após a sua cerimônia de ADOÇÃO.

O garoto sempre foi o descendente natural de seu pai, desde o dia em que foi concebido no útero. Mas, ao atingir a maturidade, a estatura completa, na época em que o seu pai o considera pronto, o rapaz com maturidade é colocado como um filho!” No ocidente, quando um bebê nasce, o pai entra na maternidade e diz orgulhosamente: “Este é o meu filho!”

 

1.  Três Palavras Usadas Para “Filho.”

 

É um problema semântico ou seja, um problema de linguagem. Em português temos apenas uma palavra que se refere a “filho”. No grego, no entanto, ha três palavras que são usadas:

a.  Teknion se refere a um filho ainda bebê.

b.  Teknon se refere a um filho que está amadurecendo, mas que ainda o está pronto para assumir responsabilidades. Em português, nos o chamaríamos de uma “criança”.

c.  Huios se refere a um filho que está pronto para assumir responsabilidades alguém que tenha passado pela cerimônia da “adoção”.

 

Assim sendo, poderíamos sumarizar este conceito da seguinte forma: A primeira palavra teknion significa um bebê ou uma criancinha. A segunda – teknon – significa um filho adolescente. A terceira huios – significa um filho (alguém colocado como um filho através da adoção).

Nas terras bíblicas, um bebê não seria chamado de “filho” (huios). O termo “filho” geralmente é usado após a ADOÇÃO.

 

Paulo cita (menciona) isto ao escrever aos gálatas:

“O herdeiro, enquanto for criança, não difere nada do servo, muito embora ele seja [destinado para ser] senhor de tudo; mas [a criança] se encontra sob tutores até o tempo determinado pelo pai [isto se refere a adoção]” (Gl 4:1,2).

 

Este é o quadro do cristão, o qual, semelhantemente, também precisa passar pelo processo de crescimento antes de ser colocado em sua posição como um filho de Deus.

 

B. O DIREITO DE NOS “TORNARMOS”.

A justificação é apenas o início da nossa grande salvação. “Mas a todos os que O receberam, a estes deu-lhes poder [autoridade, o direito, o privilégio] de se tornarem filhos de Deus...” (Jo 1:12).

 

A palavra “poder” é uma palavra importante neste versículo. Ela deveria ser traduzida por “autoridade”, que é a palavra grega exousia.

 

Esta palavra significa um “privilégio, direito, ou permissão”. Quando o semáforo fica verde, você tem a exousia (direito, permissão, ou privilégio) de seguir adiante.

Se acabar a gasolina da sua motocicleta e ela “morrer” neste instante, você não terá o PODER de prosseguir, muito embora você tenha a autoridade (direito, permissão) de prosseguir.

 

Assim sendo, quando recebemos a Cristo, recebemos o direito, a permissão, ou a autoridade de nos tornarmos filhos de Deus. No entanto, recebemos a seguinte admoestação: Temamos, portanto, para que não suceda, com uma promessa sendo deixada para  nós... que algum de vós pareça  ter falhado” (Hb 4:1).

Os cristãos hebreus da época de Paulo foram repreendidos por o se tornarem aquilo para o qual tinham o direito de se tornarem.

“Porque,  devendo ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar... e vos tornastes semelhantes aos que necessitam de leite, e não de alimento solido. Pois todo aquele que se ali- menta de leite... é um bebê. Mas o alimento sólido pertence aos que possuem maturidade...” (Hb 5:12-14).

 

Da mesma forma, os filhos de Israel tinham a autoridade (direito, permissão, privilégio) de entrarem em Canaã e possuírem a Terra Prometida, mas pereceram no deserto, com incredulidade.

A incredulidade os matou (como está matando muitos espiritualmente hoje em dia). Eles tinham a autoridade e o direito dos “...que, através da e da paciência, herdam as promessas” (Hb 6:12). Eles não se tornaram aquilo para o qual tinham autoridade de se tornarem.

O mesmo poderia ser dito com relação aos cristãos de Corinto, a quem Paulo disse: “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a... bebês em Cristo. E vos alimentei com leite, e não com alimento sólido, pois até agora o pudestes suportá-lo, nem tampouco podeis agora” (1 Co 3:1,2).

 

Isto é algo um tanto sério quando percebemos que a Igreja de Corinto possuía todos os Dons do Espírito (1 Co 1:7) e muitas outras qualidades elogiáveis. No entanto, o haviam se tornado aquilo para o qual tinham o direito de se tornarem cristãos maduros, preparados para a responsabilidade de filhos.

 

Graças a Deus que temos a promessa de recebermos o poder (exousia ou direito) de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1:12).

 

C. TRÊS ESTÁGIOS  DE CRESCIMENTO.

Mencionamos as três palavras gregas que o usadas para se denotar o crescimento de um bebê até se tornar um filho. A primeira é “teknion”, que significa um bebê ou uma criancinha. A segunda e “teknon” que significa um adolescente. A terceira é “huios”, que significa um filho (alguém colocado como filho através da adoção).

 

O Apóstolo João confirma este conceito ao dizer:

“Escrevo-vos, filhinhos... Escrevo-vos rapazes... Escrevo-vos pais...” (1 Jo 2:12, 13). Três estágios de crescimento estão implícitos aqui.

 

Vemos estes três estágios de crescimento belamente ilustrados na vida de Jesus.

O primeiro vislumbre que a Bíblia nos dá com relação a Cristo é o de um BEBÊ na manjedoura (Lc 2:7).

Pouco é dito sobre Jesus após a Sua infância, até os Seus anos de adolescência, quando, ainda como um garoto de doze anos de idade, Ele é visto no Templo “...assentado no meio dos doutores” (Lc 2:46).

Novamente, passa o período chamado de “anos silenciosos”, e temos poucos registros da vida de Jesus até que, subitamente, aos trinta anos de idade (Lc 3:23), Ele aparece no Rio Jordão para ser batizado por João.

 

Estes três estágios de crescimento estão claramente registrados na vida de Jesus: o bebê (teknion) na manjedoura; o adolescente (teknon) no Templo; e os eventos aos trinta anos de idade, quando ocorreu a Sua adoção.

A Sua adoção foi confirmada durante o Seu batismo na água por João Batista. Mais tarde, o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pomba. Em seguida, uma voz do u disse: “Este é o MEU FILHO AMADO” (Mt 3:17; Mc 1:11; Lc 3:22). Ele foi, portanto, colocado como um filho (huios).

Os eventos que ocorreram após a adoção de Jesus o uma maravilhosa revelação daquilo a que fomos predestinados a nos tornarmos. O crescimento e desenvolvimento de Jesus foi o padrão para o nosso próprio processo de amadurecimento e filiação final. “...tendo-nos  predestinadpara  a adoção...” (Ef 1:5).

 

D. A ADOÇÃO DE JESUS: O NOSSO EXEMPLO.

Quando o “Próprio Jesus começou a ter cerca de trinta anos de idade”... ao ser batizado saiu logo da água;  e eis que se Lhe abriram os Céus...

“E o Espírito de Deus, descendo como uma pomba, pousou sobre Ele. E eis que uma voz do Céu disse: ‘Este é o Meu Filho amado...’” (Lc 3:23; Mt 3:16,17).

Ah! Neste ponto, o sublime mistério da FILIAÇÃO é penetrantemente de repente enfocado. Então, com “os olhos do nosso entendimento sendo iluminados (Ef 1:18), subitamente vemos a Jesus, o FILHO de Deus, “...o Primogênito dentre muitos irmãos...” (Rm 8:29).

A experiência do Rio Jordão foi claramente a Sua adoção. Seguindo a tradição das terras bíblicas, o Pai Celestial traz o Seu Filho diante dos amigos, vizinhos e anciãos de Israel (no batismo de João) e fala claramente do Céu, para que todos saibam: “Este é o Meu FILHO amado.”

 

1.  A Sua Vida Mudou.

Quando Jesus saiu das águas do Jordão, Ele saiu totalmente diferente no que tange ao Seu relacionamento e privilégios.

Ele acabou de ser “colocado como um Filho” pelo Pai. De agora em diante, tudo é diferente na vida de Jesus.

Não vemos nenhum milagre antes desta ocasião. Aliás, Ele era simplesmente conhecido como “... o carpinteiro, o filho de Maria... sem honra... em Sua Própria terra, e entre os Seus Próprios parentes, e na Sua Própria casa”  (Mc 6:3,4).

Não havia nenhuma auréola ao redor da Sua cabeça, pois “...  em todas as coisas Lhe convinha ser feito semelhante aos Seus irmãos [você e eu]...” (Hb 2:17).

O profeta disse o seguinte com relação a Ele: “... Ele não tinha parecer nem formosura... não havia nenhuma beleza para que O desejássemos... não O valorizamos...” (Is 53:2,3).

Paulo disse que Ele “... foi feito à semelhança dos homens... encontrado na forma de homem...” (Fp 2:7,8). Antes da Sua adoção, havia pouco que O distinguisse de qualquer outro carpinteiro ou trabalhador de Nazaré.

A ADOÇÃO, no entanto, mudou tudo isto para Jesus. A adoção trouxe privilégios. A adoção realizou transformações quase que grandiosas demais de serem concebidas.

 

2.  Os Céus se Abriram.

Ele saiu das águas com os Céus abertos! Glória a Deus!

Céus que durante séculos haviam estado fechados pela lógica, pela religiosidade, pela dureza legalística e apostasia da humanidade.

Céus que haviam sido semelhantes ao bronze à medida que gerações viviam e morriam, aguardando este grandioso momento.

Céus que haviam borbulhado pelo calor, chamuscados pelo sol, e crivados pelo granizo, tempestades de areia, e chuvas. Agora, na adoção de Jesus, “os Céus se Lhe abriram ( Mt 3:16)”. Eles se abriram para liberar a cura para os coxos, a visão para os cegos, a restauração para os caí- dos, o perdão para o pecador, a esperança para os desesperados, a vida pela morte, a beleza pelas cinzas, o óleo da alegria pelo luto.

O Sol da Justiça agora Se levantaria, com cura em Suas asas, e dos Céus abertos choveriam a retidão, e a bênção, em vez da maldição e a destruição. ALELUIA!

 

3.  Privilégios da Filiação.

Antes de entrarmos em mais detalhes sobre o significado dos “céus abertos”, façamos uma pausa para considerarmos brevemente os três privilégios básicos que passam a pertencer ao rapaz das terras bíblicas que foi “colocado como um filho” (adotado).

 

Após a adoção, o filho tem estes três benefícios:

- A procuração legal (uso do nome do seu pai).

- O recebimento da sua herança (uso das riquezas de seu pai).

- Igualdade com o pai ao permanecer em união com ele (uso da autoridade e poder de seu pai).

 

Será que Jesus demonstrou possuir isto tudo após a Sua adoção?

No Evangelho de João, encontramos a maioria das respostas à pergunta acima.

João apresenta Cristo como sendo o FILHO DE DEUS; assim sendo, a maioria dos fatos importantes com relação à filiação encontra-se em João.

a.  Uso do Nome. Quando você tem uma procuração legal, você tem o direito de fazer contratos, assinar cheques, comprar ou vender tudo no nome da pessoa que Lhe outorgou este poder.

Quando você assina o nome da pessoa que Lhe deu esta autorização, isto é tão válido quanto à própria assinatura dela. A sua ordem é como um decreto dela.

Jesus disse: “Eu vim em nome do Meu Pai...”  (Jo 5:43). “Pois assim como o Pai tem... assim também Ele permitiu que o Filho tivesse... autoridade para executar julgamento...” (Jo 5:26,27). Uma autoridade deste tipo não é possível sem um relacionamento com o Pai.

 

Os sete filhos de Sceva tentaram competir com Paulo, expulsando demônios em Nome de “Jesus a Quem Paulo prega (Veja Atos 19:13). Os demônios ficaram tão indignados com esta pseudo-autoridade que aquele endemoninhado “... saltou sobre os sete filhos de Sceva e os sobrepujou... de tal maneira que fugiram daquela casa nus e feridos.”

Não é o fato de dizermos as palavras: “Em Nome de Jesus, te ordeno...” que faz com que os demônios fujam. Mas se houver uma união com o Pai, se houver um relacionamento correto com o Pai, então a autoridade estará presente.

A adoção faz a diferença e ela é dada somente aos de estatura espiritual completa, aos adultos.

Não é de admirar que Paulo exortasse aos efésios para que eles “... não mais fossem bebê... mas... que crescessem em todas as coisas n‘Ele, o Qual é a Cabeça, Cristo” (Ef 4:14,15).

 

b.  Uso das Riquezas.  Afirmamos anteriormente: O segundo privilégio da filiação era o recebimento da sua herança (o uso das riquezas do pai).” Isto é ilustrado na Parábola do Filho Pródigo (Lc 15:11-32).

Tanto o pródigo quanto o irmão mais velho haviam sido colocados como filhos na casa do pai. O pródigo desperdiçou a sua herança através de uma vida dissoluta.

Após o arrependimento e restauração, o pai fez uma alegre celebração porque o pródigo havia voltado. O irmão mais velho reclamou: “Nunca me deste um cabrito para que pudesse me alegrar com os meus amigos.”

O pai docemente respondeu: “Filho, tu sempre estás comigo, e TUDO que eu tenho é TEU. Este é o glorioso privilégio da adoção, da filiação: tudo o que o Pai tem encontra-se à disposição do Filho. Tudo o que tenho é teu” (Lc 15:31).

 

Estou sempre dizendo o seguinte: “Após a adoção de Jesus no Rio Jordão, Ele simplesmente saiu por aí distribuindo o Céu.” Por que faço esta afirmação? A Bíblia diz: “... os Céus se Lhe abriram.” Na qualidade de Filho, Jesus entrou em Sua herança (uso das riquezas do Pai). O armazém do Pai de generosidade, bênção e glória foi escancarado para Jesus por ocasião da Sua adoção. “Os Céus se Lhe abriram.”

 

1) u na Terra. Fiquei pasmo alguns anos atrás ao ler o seguinte versículo: “E ninguém subiu ao Céu, senão O que desceu do Céu, o Filho do Homem, o Qual está no Céu” (Jo 3:13).

Jesus Se encontrava na terra ao dizer isto.

Como Ele poderia estar “no Céu” estando aqui na terra?

Fico imaginando muitas vezes que o Céu era semelhante a uma nuvem invisível que vinha descendo e circundando a Jesus por todos os lados de forma que Ele pudesse estar “no Céu”.

Ele não somente estava no Céu, mas o Céu estava n’Ele. Ele falava do Céu, ministrava do Céu aos necessitados, curava do u os enfermos, pois Ele Se encontrava no Céu muito embora Se encontrasse na terra.

Ele havia Se tornado, em toda a sua resplendente glória, “o Tabernáculo [habitação] de Deus com o homem” (Ap 21:3).

Isto prefigura, prenuncia e tipifica a nossa “... grande salvação, reservada no Céu para nós, pronto para ser revelada nos últimos dias” (1 Pe 1:4,5) quando nós, também, haveremos de ser “... moldados à imagem do Seu Filho” (Rm 8:29).

E, naquele dia, acontecerá o cumprimento maior, no Corpo de Cristo, daquilo que vimos em Jesus, ao ouvirmos “... a voz do Céu dizendo: Eis o Tabernáculo de Deus com os homens, e Ele habitará  NELES...” (Ap 21:3).

Glória a Deus! Vocês estão vendo agora?

“...Deus enviou o Seu Filho...para que NÓS pudéssemos receber a ADOÇÃO... nós... gememos dentro de nós, esperando pela NOSSA ADOÇÃO...” (Gl 4:4,5; Rm 8:23).

Em nossa adoção, nós também teremos a bênção de trazermos o Céu à terra e de compartilharmos o Céu com a terra.

 

2) A Escada de Jacó. Jacó “teve um sonho, e havia uma escada colocada  na terra, e o seu topo alcançava o Céu, e eis que os anjos de Deus subiam e desciam sobre ela... E ele disse: ‘...este não é outro lugar senão a Casa de Deus... a Porta do Céu’” (Gn 28:12,17).

Você se perguntou qual seria a interpretação do sonho de Jacó (“Esta é a Casa de Deus, a Porta do Céu)?

Foi isto exatamente o que Jacó viu. Você, no entanto, precisa compreender a metáfora, o símbolo espiritual expresso através do sonho.

O que isto tem a ver com os “Céus abertos”? Observe João 1:51. “E Jesus Lhe disse: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo SOBRE O Filho do Homem.”

Jesus pegou o sonho de Jacó e o amplificou e o esclareceu, mostrando-nos que a escada que Jacó viu era um símbolo de Si Próprio como o Filho de Deus, operando e movendo-Se na terra e, contudo, também no Céu (Jo 3:13).

A escada alcançava e penetrava os Céus abertos,  e unindo o Céu com a terra os dois foram unidos e se tornaram um só. Isto Jesus experimentou durante o Seu ministério de três anos e meio como Filho de Deus. Ele trouxe o Céu a terra e a terra ao Céu – exatamente como a escada de Jacó com os anjos subindo e descendo do Céu.

 

3) A Casa de Deus. Há, no entanto, uma outra grande verdade aqui que não foi totalmente cumprida em Jesus. Jacó disse:

“Este não é outro lugar senão a CASA DE DEUS. O que ou quem é a “Casa de Deus”?

Será que a “Casa de Deus” é constituída pelos prédios feitos de pedras, cimentos e 390, erroneamente designados como “igreja”? Não! Mil vezes não!

“Não sabeis que sois o Templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3:16). O povo de Deus constitui a “Casa  de Deus”.

 

Neste versículo, a forma plural “vós” é usada. Assim sendo, na verdade, Paulo estava dizendo: “Não sabeis que TODOS VÓS em Corinto, corporativamente, constituís o Templo de Deus?”

Sozinho, eu não sou o Templo (Casa) de Deus. Como pedras vivas, nós (corporativamente) somos edificados numa casa espiritual.

“No Qual vós [corporativamente] sois edificados juntamente para uma habitação [casa] de Deus através do Espírito” (1 Pe 2:5; Ef 2:22).

Assim sendo, a Igreja, que é o Seu Corpo (os crentes), constitui a Casa de Deus, o lugar onde Deus mora.

 

Lembre-se que Jesus disse: “Onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, lá estarei [onde?] no meio de vós” [isto é, Ele habita na união corporativa de crentes, como um todo].

A Casa de Deus, a Igreja, é um corpo constituído por muitos membros. Esta visão de Jacó foi uma visão da Casa de Deus. O que, então, isto significa para nós?

Simplesmente o seguinte: Exatamente como a visão tinha aspectos proféticos cumpridos em Cristo quando Ele Se encontrava na terra, assim também ela tem aspectos proféticos a serem cumpridos na Igreja enquanto ela ainda estiver sobre a terra.

 

4) Ministério  do Final dos Tempos.

Exatamente como o ministério de três anos e meio de Jesus foi o cumprimento do que Jacó viu; exatamente como Jesus Se tornou a Porta por onde o Céu pôde passar e chegar aos homens; exatamente como, através de Jesus, os homens puderam ver o Céu sendo manifesto na terra.

 

– DESTA MESMA MANEIRA os santos que atingirem a estatura completa; que atingirem a maturidade plena; que atingirem a glória da adoção – terão um grandioso ministério de final dos tempos (também, provavelmente, de três anos e meio).

Os santos se tornam o cumprimento da escada que Jacó viu, com os seus pés sobre a terra e o seu topo atingindo o Céu, trazendo o Céu aos homens, e levando-os ao Céu através do ministério e da palavra da reconciliação que foram confiados à Igreja (2 Co 5:18,19).

Esta escada de Jacó sob “Céus abertos, com anjos subindo e descendo” é um quadro da Casa de Deus “cuja Casa somos nós, se retivermos firmes a confiança e o regozijo da esperança até o fim” (Hb 3:6).

 

A adoção traz este abençoado benefício: as riquezas do Pai tornam-se nossas, para que também possamos compartilhá-las com os outros. Os Céus abertos tornam-se a nossa porção, e toda a glória é colocada à disposição do Filho, para abençoar e elevar até o Céu o homem amaldiçoado pelo pecado.

Isto faz parte da glória da Sua herança nos santos que Paulo cita em Efésios 1:18.

 

c.  Igualdade com o Pai. E eis que uma voz do Céu disse: Este é o Meu Filho amado (Mt 3:17). As pessoas ouviram esta proclamação e ficaram chocadas e estupefatas! O FILHO DE DEUS?”, ponderaram.

O espanto, a surpresa e a hostilidade devem ter irrompido simultaneamente, à medida que aumentava a intensidade das conversações.

Estas palavras, indubitavelmente, chegaram aos ouvidos dos fariseus e líderes dos judeus, os quais aguardavam uma ocasião para apedrejá-lo. “Os judeus responderam- Lhe, dizendo: Não Te apedrejamos por alguma obra boa, mas por blasfêmia; ...por que Tu, sendo homem, Te fazes semelhante a Deus”.

“Respondeu-lhes Jesus... D’Aquele a Quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?” (Jo 10:33,34,36). “Portanto, os judeus ainda  mais procuravam matá-Lo, porque Ele não somente havia quebrado o Sábado, mas também havia dito que Deus era o Seu [Próprio] Pai, fazendo- Se igual a Deus” (Jo 5:18).

 

1) O Filho de Deus. Muito embora os teólogos liberais de hoje em dia ainda se equivoquem com relação às Suas alegações e contestem a Sua divindade, Jesus sabia Quem Ele era: o Filho de Deus igual ao Pai.

Não é de admirar que Paulo pudesse exclamar alegremente: “Pois n‘Ele toda a plenitude da divindade teve o prazer de habitar”  (Cl 1:19). “Pois n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2:9).

“Mas ao FILHO Ele diz: O Teu Trono, ó Deus, é para todo o sempre(Hb 1:8). Nesta passagem, a palavra é claramente dirigida ao Filho como sendo DEUS. Sim, Jesus era Deus revestido de carne. Ele Se tornou o que nós somos para que pudéssemos nos tornar o que Ele era Filho de Deus.

 

2) Filhos de Deus. Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus... e, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito do Seu Filho, que clama: Aba, Pai.

“Portanto, já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também um HERDEIRO DE DEUS através de Cristo (1 Jo 3:1; Gl 4:6,7).

“Pois recebestes o Espírito de adoção, ...recebestes o Espírito  de filiação,  pelo Qual clamamos Aba, Pai.

O Próprio Espírito testifica com o nosso Espírito que somos filhos de Deus.

“E, se somos filhos, então somos herdeiros – herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato compartilharmos dos Seus sofrimentos a fim de podermos compartilhar da Sua glória.

“Considero que os nossos sofrimentos presentes não podem ser comparados com a glória que será revelada em s”.

“A Criação aguarda  com uma ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. “... s próprios, que temos as primícias do Espírito, gememos internamente ao aguardarmos  avidamente a nossa adoção como filhos, a redenção dos nossos corpos.

“Pois  nesta esperança  somos salvos” (Rm 8:15-24).

 

Não podemos nos colocar como filhos. Isto é da alçada e da responsabilidade do Pai.

Podemos “prosseguir para o alvo, pelo prêmio do sublime chamado de Deus em Cristo Jesus”. Pelo que, todos quantos somos perfeitos [maduros] sintamos isto mesmo: e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará (Fp 3:14,15).

Não é de admirar que o tempo da volta de Jesus à terra seja chamado de “abençoada esperança” (Tt 2:13).

“... e Ele virá novamente, mas o para lidar uma vez mais com os nossos pecados. Desta vez Ele virá para levar a uma salvação plena todos os que ávida e pacientemente O aguardam (Hb 9:28 versão amplificada).

Creio que esta “salvação plena” que Ele trará será a nossa adoção. Ó, como eu quero vê-Lo! Você não quer?

O Espírito e a Noiva dizem: Vem!Que cada um que os ouvir diga a mesma coisa:

Vem!’ Que venha o sedento qualquer um que quiser; que venha e beba de graça da Água da Vida.

“Aquele que disse todas estas coisas declara: Sim, estou vindo logo! Amém! Vem, Senhor Jesus! (Ap 22:17,20).

 

G

  

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