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GTL - D13.2 – O Sermão  Textual

SEÇÃO  D13.2 – O Sermão  Textual

SEÇÃO  D13

 

PREPARE UM SERMÃO  / ESTUDO DA BÍBLIA

Gerald Rowlands

                                                                            

Capítulo 2

O Sermão Textual

 

Eu gostaria que examinássemos mais detalhadamente a preparação de um tipo de sermão textual. Já defini anteriormente este método como uma análise e exposição de uma pequena porção das Escrituras, em geral um único versículo ou texto.

 

A. VANTAGENS DE SE TER UM TEXTO

 

1.  Capta o Interesse

A declaração de um texto interessante capta imediatamente o interesse dos seus ouvintes, o que lhe proporciona uma congregação atenta. As pessoas ficam intrigadas em descobrirem como você tratará do assunto. Ficam interessadas em averiguarem que pensamentos e implicações você tirará do seu texto. As mentes dos seus ouvintes ficam estimuladas e alertas, proporcionando-lhe ouvintes interessados.

 

2.  Evita a Divagação

Um texto específico ajuda ao pregador evitar desviar-se do seu assunto. É difícil para os ouvintes reterem um interesse ativo num pregador que divaga em sua apresentação. Ter um texto específico e um contexto do qual você o tirou ajuda-lhe a evitar estas divagações e a reter o interesse ativo dos seus ouvintes.

 

3.  Mantém Sermões Bíblicos

Centralizar a sua apresentação numa porção específica das Escrituras ajuda a manter o pregador de acordo com a Bíblia. Tendo apresentado uma premissa diretamente da Bíblia, a sua mensagem é obviamente baseada nela, uma vez que você está se referindo diretamente à mesma. A tendência é então substanciar o seu tema baseando-se em outras partes relevantes da Bíblia.

Inversamente, se o seu tópico anunciado não for bíblico, quer seja psicológico, social, cultural, etc., então a substanciação para o seu tema em geral será obtida de uma fonte semelhante.

 

4.  Aumenta a Ousadia

Pregar diretamente da Bíblia aumenta a ousadia e a autoridade da sua proclamação.

Quando você prega especificamente a Palavra de Deus, uma unção especial do Espírito sobre ela. Deus unge a Sua Palavra.

Declarações tiradas diretamente da Bíblia podem ser apresentadas com um grande sentimento e convicção, pois você o está apresentando as suas próprias ideias, e sim dizendo às pessoas o que Deus tem a dizer sobre o assunto. um enorme peso e autoridade quando você declara: “Assim diz o Senhor!”

Foi quando os discípulos saíram “pregando a Palavra” que Deus trabalhou com eles, confirmando a Palavra com sinais que se seguiram (Mc 16:20).

 

5.  Ajuda a Lembrar da Mensagem

Um bom texto ajuda a fixar a mensagem nas mentes dos seus ouvintes. Eles se lembrarão dela muito tempo depois. Ao se lembrarem da sua mensagem, frequentemente será o versículo bíblico no qual você baseou a sua apresentação que será lembrado mais vividamente.

 

B. A ESCOLHA DE UM TEXTO

 

1.  Leia a Bíblia Regularmente

Se você quiser tornar-se um pregador capaz e eficaz, você deve ler a sua Bíblia regularmente. Determine-se a desenvolver bons hábitos com relação à leitura bíblica. Especifique uma hora especial a cada dia para ler a Bíblia. Carregue consigo uma pequena Bíblia, a fim de que, se você tiver alguns momentos livres, possa gastá-los valiosamente, lendo as Escrituras.

 

2.  Estude a Bíblia

Não a leia meramente de uma forma superficial. Cave abaixo da superfície. Medite diligentemente nas coisas que você . Analise-as minuciosamente em sua mente. Examine-as de todos os pontos de vista possíveis. Pratique analisar o que você estuda. Faça subdivisões do assunto em sua mente e reúna-o novamente.

 

Aprenda a “ruminar”, que significa “remastigar o que foi digerido”. Quando uma vaca come, ela mastiga a grama, engole-a e depois a traz de volta para mastigá-la novamente. Portanto, quando você rumina na sua mente, você continua a trazer os pensamentos de volta para novamente neles refletir. Medite neles. Pondere-os. Continue a trazê-los de volta à sua mente para considerações adicionais e mais profundas.

Quanto mais a sua mente estiver cheia com a Palavra de Deus e de meditações bíblicas, tanto mais você terá para onde recorrer quando estiver ministrando. O Espírito Santo trará todas as coisas à sua lembrança (Jo 14:26), mas você precisa tê-las em sua mente para que Ele possa fazer isto.

 

3.  Tenha Sempre um Caderno com Você

Sempre que você ler a Bíblia, inicie o hábito de ter uma caneta e papel com você. Forme o bom hábito de fazer anotações breves de todas as pequenas inspirações que você receber. Tente evitar fazer isto em pedaços de papel soltos, pois a tendência será de você perdê-los.

Se você usar um caderno, ele se tornará como um diário espiritual. Meses mais tarde, você poderá voltar às suas anotações e retirar delas novas inspirações. Quanto mais você meditar nelas, mais revelações você receberá. Isto também criará um arquivo de pensamentos sobre vários assuntos, dos quais você poderá preparar muitos sermões excelentes na hora apropriada.

 

4.  Mantenha uma Atitude de  Oração

Isto o significa que você tenha que estar de joelhos o tempo todo. É à atitude do coração que me refiro, e não à postura do seu corpo. Idealmente, a oração é uma conversação espiritual com Deus. É um diálogo. Você fala com Deus, mas Ele também falará com você. À medida que você aprender a discernir a Sua voz, você descobrirá um fluir contínuo de inspiração. Deus anseia em revelar a Sua verdade. Ele espera por corações famintos e atentos que possam reconhecer e discernir a Sua voz. Ele quer compartilhar os Seus segredos com você.

 

5.  Busque a Revelação do Espírito Santo

Estabeleça um alto valor e prioridade na revelação que o Espírito pode trazer sobre a Palavra de Deus. O Espírito Santo é uma Pessoa sensível; Ele pode entristecer-Se e ser afugentado. Você tem que cultivar o espírito quieto, humilde e sensível com o qual Ele gosta muito de Se associar. À medida que a sua comunhão com o Espírito Santo se desenvolver, Ele o introduzirá a muitas verdades novas e maravilhosas, as quais enriquecerão a sua vida e ministério.

 

6.  O Seu Texto Deveria Ser:

 

aBiblicamente Autoritário. Ele deveria harmonizar-se com o que o consenso da Bíblia ensina. É possível tirarmos um versículo do seu contexto e ensinarmos com ele algo que a Bíblia não substancia. foi dito que “um texto sem um contexto é meramente um pretexto.”

Sempre estude o seu texto na luz do seu contexto. Nunca tente fazer com que o seu texto diga algo que o seja confirma- do pelos versículos que o precedem e o seguem. Sempre tente interpretar o seu texto na luz do que a Bíblia toda ensina sobre o assunto.

 

b.  Completo. O seu texto deveria formar sempre uma declaração completa da verdade. Alguns pregadores meramente tiram uma frase de um versículo e a usam, independentemente do seu contexto. Isto é desonesto! Chama-se “manipular a Palavra de Deus enganosamente” (2 Co 4:2). Isto tem que ser evitado a todo custo, pois levaria a um tratamento desonesto e antibíblico do seu assunto. Como consequência, você cairá em conclusões errôneas e fará com que seus ouvintes façam o mesmo.

 

cRazoavelmente  Breve. O sermão textual deveria ser fundamentado numa declaração razoavelmente breve das Escrituras.

 

d.  Abrangente. Ainda que breve, o seu texto deveria ser também abrangente. Deveria ser um sumário breve, porém adequado daquilo que você deseja compartilhar. Ao ler o seu texto à congregação, as pessoas deveriam então obter uma ideia razoável da área da verdade que você apresentará. Você deveria então tentar permanecer dentro dos parâmetros do que o seu texto anuncia.

 

C. A SUA ABORDAGEM AO TEXTO

 

1.  Digira Minuciosamente as Suas Palavras

Leia o texto repetidas vezes. Pondere-o em seu coração. Medite nele. Decore-o. Fale-o em voz alta a você mesmo. Torne-se minuciosamente familiarizado com ele.

 

2.  Determine a Sua Linguagem

Ele deve ser entendido literalmente, ou o seu propósito era para ser figurativo? O autor comunica o significado do que diz de uma forma literal, ou as suas palavras devem ser entendidas como uma figura de linguagem?

 

3.  Analise a Sua Mensagem

Isto o ajudará grandemente a dissecar o versículo. Separe-o em três ou quatro partes principais. Descubra exatamente quanto este versículo contém e o que ele tem para ensinar.

 

4.  Investigue as Palavras

Tente descobrir o que elas deveriam transmitir originalmente.

Se você tiver a felicidade de ter uma concordância ou léxico, examine a palavra na língua original do hebraico ou grego. Há algum significado especial ligado a ela? O autor tinha algum motivo especial para usar esta palavra?

Este estudo o ajudará a entender qual- quer relevância especial que o autor possa ter desejado transmitir.

 

5.  Descubra o seu Desenvolvimento

Que linha da verdade o autor estava buscando desenvolver? O que ele estava, em última análise tentando transmitir? Como ele realiza isto?

Tente seguir o caminho dele e desenvolva-o de forma semelhante.

 

6.  Considere o seu Contexto

 

a.  O Contexto  Bíblico. O que dizem os versículos precedentes e os seguintes? Considere o versículo com relação ao capítulo inteiro de onde ele vem. Considere-o à luz de todo o Evangelho ou epístola em que se encontra.

Certifique-se de que a sua compreensão dele é fiel à verdade geral transmitida naquele livro. Para tanto, você tem que estudar o tema e premissa básicos deste livro.

 

bContexto  Cultural. A cultura daquela época influenciou o que foi escrito?

As pessoas a quem as palavras foram originalmente escritas receberiam uma perspectiva diferente sobre o que foi dito do que receberíamos em nossa situação? Em caso afirmativo, qual seria o significado equivalente agora?

c.  Contexto Histórico. Quando foi escrita esta declaração? O que estava acontecendo então naquela época influenciou o que foi escrito? Os eventos da época do que foi escrito m um significado específico sobre o que foi dito?

 

d.  Contexto Geográfico. Onde estava o autor ao escrever estas palavras? Onde estavam as pessoas a quem ele escreveu? A localização geográfica deles tem qualquer significado sobre o que foi dito?

e.  O Contexto  Bíblico Total.  Todas as Escrituras são dadas pela inspiração de Deus (2 Tm 3:16). Cada parte tem que ser fielmente interpretada de maneira a concordar com o todo.

Nenhuma Escritura deveria ser deturpada de seu contexto, porém deve ser interpretada pelo que toda a revelação de todas as Escrituras ensinam. As Escrituras devem interpretar as Escrituras, e a nossa exposição de um texto deveria sempre concordar com o que a Bíblia, como um todo, ensina.

 

D. O ARRANJO DO SEU MATERIAL

O arranjo ordenado do seu material é uma vantagem bem definida, tanto para o pregador como para os que o ouvem. Para o pregador, fornece a compreensão mais clara do seu assunto. Os seus pensamentos não ficam embaralhados ou confusos. Ajuda-o também a garantir o tratamento mais adequado do assunto.

Quanto aos seus ouvintes, isto obviamente os ajudará grandemente na compreensão do sermão.

 

1.  O que um Esboço Faz Para Você

Um bom esboço é a melhor e a mais simples maneira de se organizar o seu material.

 

a.  Faz com que você analiscuidadosamente  o seu material  e o material que você compilou. Ao fazer isto, você no final seleciona somente a melhor parte do seu material.

b.  Revela quaisquer áreas  fracas  na sua abordagem do assunto e no desenvolvimento da sua apresentação.

c.  Faz com que você obtenha o máximo do seu material  porque você o reduz ao seu conteúdo mais relevante e essencial.

dTorna  mais fácil para  você lembrar-se de tudo o que você quer dizer e apresentá-lo de uma maneira progressiva e ordenada, com um mínimo de dependência óbvia em suas anotações escritas.

e.  Torna  mais fácil para  os seus ouvintes seguirem o desenvolvimento da sua apresentação porque ela é comunicada da maneira mais ordenada e lógica.

 

2.  Com  Relação às Suas Anotações

 

a.  Mantenha-as Breves. Treine-se a usar as anotações do “tipo esqueleto”, as quais você pode entender num relance.

b.  Faça-as Ordenadas. É preciso que você possa acompanhá-las facilmente em todas as ocasiões.

c.  Faça-as Completas. Tente cobrir to- dos os aspectos sobre aquilo que você quer falar.

d.  Concentre-se em Ideias. Condense os seus pensamentos em sentenças breves. Aprenda a cristalizar os seus pensamentos e a expressá-los em sentenças sucintas. Pra- tique a redução e a expressão de um conceito numa única sentença.

e.  Faça Anotações Abreviadas. Lembre-se de que as anotações estão presentes para incitarem a sua memória. Até mesmo uma palavra significativa pode lembrá-lo de alguma coisa da qual você queira se lembrar e compartilhar com os seus ouvintes.

f.  Faça-as Fáceis de Serem Lidas. Se você tiver uma máquina de escrever, talvez seja mais fácil para você ler anotações datilografadas. Caso contrário, escreva em letras de forma as suas anotações, tão clara e legivelmente quanto possível. Nunca rabisque as suas anotações, a fim de que você não precise ficar pensando sobre elas no púlpito na tentativa de decifrar o que você escreveu.

 

E. AS ESTRUTURAS DE UM SERMÃO TEXTUAL

 

O esboço do seu sermão conterá em geral três elementos principais:

A Introdução

A Principal Declaração  da Verdade

A Conclusão e Aplicação

Vamos examiná-los agora mais detalhadamente.

 

1.  Introdução

A sua introdução pode bem ser a parte mais importante da sua mensagem, pois, se você não ganhar a atenção dos seus ouvintes neste período inicial, eles poderão prestar pouca atenção ao resto do seu sermão.

A introdução geralmente toma a forma de uma versão abreviada do seu assunto. Você abreviadamente diz aos seus ouvintes sobre o que você planeja falar e a área que você pretende cobrir. Você pode também explicar como planeja abordar o seu assunto. Desta forma, você tenta abrir o apetite deles e torná-los desejosos de ouvirem mais.

 

a.  O que a Sua Introdução Deveria Realizar:

1) Captar o Interesse.  Deveria captar imediatamente o interesse e a imaginação dos seus ouvintes.

2) Estabelecer a Harmonia. Deveria estabelecer uma comunicação entre você e os seus ouvintes.

3) Proporcionar a Aceitação. Deveria proporcionar-lhe uma aceitação dos ouvintes. Você precisa ganhar o interesse, confiança e estima deles.

4) Informar. Deveria informar-lhes qual é o seu assunto e como você pretende abordá-lo.

5) Convencer. Deveria convencê-los da importância do seu tópico e ganhar a cuidadosa atenção deles para o resto da sua pregação.

Nunca comece a sua introdução com uma desculpa. Nunca diga: “Infelizmente, não tive tempo suficiente para preparar o meu sermão e temo que não será um bom sermão!” Se este for o caso, os pobres ouvintes descobrirão isto rapidamente. o é preciso dizer-lhes isto! Desculpas assim somente diminuem a sua confiança própria na sua capacidade e certamente o aumentam a confiança das pessoas em você.

 

b.  Uma Boa Introdução:

 

1) o PrometMais do que Você Pode Cumprir! Às vezes o pregador pode fazer uma introdução bem dramática ao seu sermão. Ele entusiasma os seus ouvintes com relação ao que está por vir. Promete- lhes uma exposição maravilhosa e esclarecedora. Porém, se a sua mensagem não alcança o nível que prometeu, isto será contrário ao clímax esperado. Seus ouvintes ficarão desapontados. Perderão também a confiança nele.

 

2) o Deveria  SeSensacional Demais. Não estabeleça um ritmo que lhe seja impossível de manter. Ao contrário, permita que a sua introdução seja modesta e depois os seus ouvintes ficarão agradavelmente surpresos ao descobrirem que o sermão está sendo muito mais interessante do que esperavam.

 

3) o DeveriSer Muito  Longa. Lembre-se que é apenas a sua introdução e não o sermão.

 

4) Deveria Ter um Relacionamento Óbvio com o seu Tema. A introdução deveria conduzir ao tema. Portanto, tem que estar sempre vitalmente relacionada com o seu assunto. Pode, na verdade, ser uma versão encapsulada do assunto que você pretende compartilhar, ou uma história que ilustre a verdade do que você planeja dizer.

 

5) Deveria  Ser  Cuidadosamente Preparada. Já que a sua introdução é vitalmente importante para ganhar a atenção dos seus ouvintes, ela certamente merece uma reflexão e preparação cuidadosas.

Tente colocar-se no lugar dos seus ouvintes. Pergunte a si mesmo: “O que certamente ganharia a minha atenção? “De tudo o que estou me propondo a dizer, que aspecto específico realmente captaria o meu interesse?” Usando a sua imaginação desta maneira, você pode determinar o melhor estilo que a sua introdução deveria ter.

 

6) Proporciona Uma Transição Natural ao seu Tema. Quando adequadamente apresentada, deveria ser óbvio aos seus ouvintes exatamente onde a introdução termina e o sermão começa. Isto é aplicável a toda a sua mensagem. Ela o deveria apresentar diversas seções específicas, obvia- mente separada, mas sim, ser exposta como um todo.

 

2.  O Conteúdo Principal da  Sua Mensagem

Gostaria de sugerir que você dividisse a parte central do seu assunto em três partes principais. Estas partes não precisam ser todas do mesmo tamanho. Deveria haver uma progressão natural, lógica e suave de um ponto para o outro. Estas divisões não deveriam ser óbvias quando você as apresenta. Por favor evite dizer: “Agora, o meu terceiro ponto é ...” Talvez as partes assumam um formato como este:

 

A. DECLARE A VERDADE

 

1.  Declare-a

2.  Explique-a

3.  Esclareça-a

 

B. AMPLIFIQUE A VERDADE

 

1.  Desenvolva-a

2.  Substancie-a

3.  Prove-a

 

C. CLÍMAX

 

1.  Apresente a sua conclusão

2.  O que podemos aprender com isto?

3.  Como podemos aplicá-lo na prática?

 

3.  Conclusão

Apele para a mente. Sumarize a sua pregação. Repita-a brevemente. Apele para a vontade. Tente persuadir. Apele para as emoções. Tente motivar.

 

F.  COMO PREPARAR O SEU SERMÃO

 

1.  Primeiro Prepare um Esboço

Um esboço proporciona a maneira mais eficaz de se organizar adequadamente o seu material. Depois que você aprender bem a arte de produzir bons esboços, você descobrirá que é muito mais fácil e mais conveniente organizar as suas pregações.

Quando você começar a examinar e a avaliar o material do seu assunto, escreva todos os pensamentos e ideias numa folha de papel grande. Não se preocupe a esta altura em colocar as coisas em suas sequencias corretas. Simplesmente escreva todos os pensamentos válidos que lhe ocorrerem enquanto você considera o assunto.

 

2.  Selecione os Seus Pensamentos Principais

Em geral é mais fácil encontrarmos três pensamentos principais:

Quais são as três declarações mais importantes que você escreveu nesta folha de papel grande? Coloque-as numa sequencia natural.

Qual declaração deveria vir primeiro?

Qual é a declaração fundamental que precisa ser colocada? Faça dela a sua subdivisão  número  um. Escreva-a em letras  maiúsculas  e sublinhe-a! Agora, pergunte a você mesmo: “Qual declaração segue naturalmente a primeira?” Faça desta a subdivisão principal  número dois.

Resta-lhe agora mais um pensamento principal, o qual deveria ser uma conclusão do assunto. Este será então a subdivisão principal  número  três.

 

Coloque-os no papel desta maneira:

 

A. SUBDIVISÃO  PRINCIPAL NÚMERO  UM

1.

2.

3.

B. SUBDIVISÃO  PRINCIPAL NÚMERO  DOIS

1.

2.

3.

C. SUBDIVISÃO  PRINCIPAL NÚMERO  TRÊS

1.

2.

3.

Comece agora a cobrir o resto do seu material no seu rascunho.  Coloque estes pensamentos em ordem debaixo de cada subdivisão específica que você designou. Coloque cada um deles nas subdivisões principais apropriadas: l, 2, 3. Cada pensamento, então, torna-se uma “subdivisão secundária”. Denomine-as a, b, c, etc.

Todos os seus pensamentos e o seu material estão agora entrando num arranjo ordenado. Isto torna mais fácil para você estudar o assunto mais profundamente.

 

3.  Exemplos de Sermões

 

a.  Exemplo 1.

Permita-me ilustrar este método com um dos versículos mais conhecidos da Bíblia: João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que n’Ele crê não pereça mas tenha a vida eterna.”

INTRODUÇÃO

O mundo tem conhecido muitas pessoas com uma grande capacidade de amar. Mas eu gostaria de falar sobre Aquele que é, sem dúvida nenhuma, O que pode amar mais que todas elas. É o Próprio Deus!

Ele ama o maior número de pessoas, com a mais alta qualidade de amor, o que O levou a fazer o maior sacrifício possível.

 

A. O GRANDE AMOR DE DEUS PARA O MUNDINTEIRO.

1.  Ele criou o mundo e toda a humanidade.

2.  Ele ama igualmente todas as pessoas do mundo.

3.  Ele quer que todas elas vivam eternamente.

 

B. ESTE AMOR FEZ COM QUE ELE DESSE O SEU FILHO  UNIGÊNITO.

1.  Quão precioso é o Filho de Deus para o Pai. Nenhum pai humano ama tanto ao seu filho.

2.  Como foi grande o sacrifício de Deus!

3.  Deus deu a Jesus de graça “para todo aquele que crê”

4.  Ele O deu mesmo até a morte.

 

C. AQUELE  TODO QUE RECEBE A CRISTO  O PERECE

1.  Esta maravilhosa oferta está disponível a todos.

2.  Deus ama até mesmo os piores homens.

3.  A salvação é um presente através da fé em Jesus.

 

CONCLUSÃO

 

Deus está lhe oferecendo agora o maior presente possível: a vida eterna em Cristo! Como você seria tolo em rejeitar ou negligenciar um presente o maravilhoso assim. Aceite a Cristo agora sem demora!

 

b.  Exemplo 2. Consideremos agora uma narrativa simples dos Evangelhos. Em Lucas 8:41-48, encontramos a história de uma mulher que, após doze anos de sofrimentos crônicos, veio a Jesus e foi curada imediatamente. Ela foi embora com uma profunda paz em seu coração e mente.

O nosso texto poderia ser um trecho do versículo 48: Vai em paz.” (Este poderia ser também o título da sua mensagem!)

 

INTRODUÇÃO

Certamente, todos desejam possuir uma paz e segurança interior. muitos fatores na vida que podem nos roubar esta paz. Um deles é a doença. É difícil mantermos a paz interior quando estamos sendo afligidos por doenças sérias. A nossa mente se enche com incertezas e desespero.

Aqui está a história de uma pessoa nestas exatas condições. Ela havia estado doente por doze anos. Ainda que tivesse visitado muitos médicos, nenhum deles havia sido capaz de ajudá-la. Aliás, ela ficou ainda pior.

Aí então, num glorioso dia, ela se encontrou com Jesus Cristo.

Através deste encontro maravilhoso, ela foi instantaneamente curada da sua longa enfermidade. Foi também abençoada com um profundo sentimento de paz interior.

Este mesmo Jesus pode também abençoar a sua vida hoje. Examinemos agora esta história e descubramos como ela recebeu a cura e como você pode ser curado também!

 

A. ESTA MULHER  NÃO TINHA NENHUMA PAZ

1.  Havia estado constantemente doente durante doze anos.

2.  Havia gasto todo o seu dinheiro. Agora não tinha sequer um tostão!

3.  Estava decepcionada e frustrada.

4.  Estava sendo tentada ao desespero.

Parecia que ninguém poderia ajudá-la. Como ela é típica de tantos hoje em dia que estão solitários, frustra- dos e inseguros!

 

B. COMO  ELA VEIO  A CRISTO

1.  Ouviu o que Ele havia feito por uma outra pessoa.

2.  Determinou-se a buscar também a Sua ajuda.

3.  Animou-se na . Disse consigo mesma: “Se ao menos eu tocar a orla dos Seus vestidos, serei curada (Mc 5:28).

4.  Venceu muitos obstáculos.

5.  Veio a Cristo.

6.  Tocou-O pela fé.

7.  A vida d’ Ele fluiu para dentro dela.

Foi imediatamente curada por completo!

 

C. A SALVAÇÃO  DELA

1.  Os discípulos não podiam ajudá-la.

Nem sequer sabiam da necessidade dela. Há ocasiões em que nenhum ser humano pode nos ajudar. Somente Deus pode satisfazer as nossas necessidades mais profundas.

2.  Cristo exigiu a confissão dela. “Quem Me tocou?” Ele sabia quem O havia tocado, mas Ele queria a confiso pública dela. Romanos 10:10 diz: “Com o coração o homem crê para a justiça, e com a boca a confissão é feita para a salvação.”

3.  Cristo a chamou de “filha”. Ele a aceitou como um membro da família de Deus.

4.  Ele disse para ela Vai em paz”. Daquele momento em diante, ela conheceu a paz verdadeira. A incerteza e a ansiedade foram banidas e a paz de Deus encheu o seu coração e a sua mente.

5.  Foi a dela que a curou totalmente (vers. 48). Deus deseja que todos sejam completa e perfeitamente curados, no espírito, alma e corpo.

 

CONCLUSÃO

Ela foi embora, sendo agora uma pessoa transformada. Você também pode ser transformado, se você vier para Cristo com fé!

 

4.  Sumário

Pratique a dissecação e análise de tais acontecimentos da Bíblia. Tente descobrir os três pensamentos ou partes principais das histórias.

Uma vez que você tenha determinado os três pensamentos principais, comece a analisar cada um deles separadamente e a sub- dividi-los nas partes que os compõem. Pode haver quatro ou cinco verdades menores contidas em cada declaração principal. Analise as várias partes, coloque-as na sequencia ou ordem e arranje-as progressivamente.

Isto é uma prática excelente para você. Talvez o seja fácil a princípio, mas persevere. Determine-se a dominá-la. Após algum tempo, isto se tornará algo muito natural para você.

 

Muitas vezes comparo a construção de um sermão à construção de uma casa:

A introdução é como um caminho que leva à casa. Leva-nos do portão à porta de entrada.

Cada subdivisão principal é como um cômodo da casa.

As subdivisões secundárias o a mobília de cada cômodo.

As ilustrações são as janelas construídas em cada cômodo, as quais iluminam a mobília dos cômodos (as ilustrações o exemplos simples que nos ajudam a compreendermos verdades profundas).

Lembre-se desta analogia quando você estiver preparando os seus sermões!

 

 

 

 

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Texto utlizado neste Estudo.

 

Lc 8.41-48

41E eis que chegou um varão de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa; 42porque tinha uma filha única, quase de doze anos, que estava à morte. E, indo ele, apertava-o a multidão. 43E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, 44chegando por detrás dele, tocou na orla da sua veste, e logo estancou o fluxo do seu sangue. 45E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou? 46E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude. 47Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado e como logo sarara. 48E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.

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