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GTL - D13.1 – Homilética

SEÇÃO  D13 – Homilética

SEÇÃO  D13

 

PREPARE UM SERMÃO  / ESTUDO DA BÍBLIA

 

Gerald Rowlandst

 

Capítulo 1

 

Homilética

 

Introdução

A pregação da Palavra de Deus é um dos maiores privilégios confiados ao homem. É também uma de suas maiores responsabilidades. Através da “tolice da pregação, Deus escolheu revelar-Se aos homens. Este conhecimento de Deus que é transmitido através da pregação pode conduzir os homens à salvação eterna através da fé em Jesus Cristo e também transformá-los à imagem e semelhança de Deus.

 

Estas páginas não são de maneira alguma para os que foram treinados em seminários. Elas contêm princípios básicos simples direcionados principalmente aos milhares de excelentes líderes de igrejas cujas circunstâncias não lhes permitiram a oportunidade de desenvolverem suas habilidades latentes. Estas anotações foram preparadas, a princípio, para os alunos da África Christian Training School (Escola de Treinamento Cristão da África) em Harare, Zimbábue. Eu gostaria também de agradecer pelas revelações e inspirações que recebi ao ler “Notes on Homiletics (“Anotações sobre a Homilética”) de autoria de Aaron Linford (Inglaterra).

 

Sete anos de ministério na África fizeram com que eu entrasse em contato com milhares de pastores e líderes de igrejas que nunca tiveram a oportunidade de qualquer treinamento formal na arte da pregação e do ensino.o puderam estudar os princípios da pregação e, consequentemente, suas capacidades e talentos não foram desenvolvidos em sua maior parte. Suas limitações nesta área m empobrecido as congregações, pois um ministério de pregação adequado é essencial para o crescimento e desenvolvimento de uma congregação. É para estes homens excelentes que este artigo simples é dedicado com amor.

 

A arte da pregação é frequentemente chamada de Homilética,  que é uma palavra derivada da palavra grega Homilia, que significa o falar de Deus aos homens (At 20:11). A homilética inclui o estudo de tudo que se relaciona com a arte da pregação. dois aspectos distintos na pregação: primeiramente o divino e, em segundo lugar, o humano. A homilética é o estudo do aspecto humano!

 

A. COMO SER EFICAZ

A pregação é a arte de se comunicar verdades divinas através da personalidade humana. Um pregador é essencialmente um comunicador. Ele recebe as verdades de Deus e as comunica eficazmente aos homens. Deus a revelação e o homem fornece a apresentação.


 

Para fazer isto eficazmente, ele precisa aprender a fazer bem várias coisas.

 

1.  Esperar em Deus

Em primeiro lugar, ele precisa aprender como esperar em Deus como ficar quieto na presença de Deus e discernir a voz do Senhor falando dentro do seu próprio espírito.

Todo sermão que valha a pena começa no coração e na mente de Deus, o Qual é a origem de toda verdade. Ele é a fonte de todo conhecimento. A primeira tarefa do pregador eficaz é aprender a receber os pensamentos de Deus. Muito raramente ele ouvirá uma voz audível de Deus.

As verdades divinas destilar-se-ão silenciosamente em seu espírito como o orvalho da manhã. O pregador em potencial precisa esperar pacientemente na presença de Deus, para receber os preciosos pensamentos e verdades que Deus está sempre disposto a compartilhar com os que O buscam diligentemente.

 

É bom nos habituarmos a passar algum tempo na presença de Deus. Separe uma parte de todos os dias para entrar na presença de Deus e espere pacientemente por Ele. Você logo aprenderá como perceber a voz de Deus falando suavemente em seu espírito.

Não deveríamos entrar na presença de Deus com a simples ideia de “obtermos um sermão”. Precisamos entrar na presença de Deus para, em primeiro lugar, nos expormos regularmente ao escrutínio e conselho de Deus. Apressarmo-nos à Sua presença com aquela urgência que “necessita de um sermão para amanhã o é certamente uma atitude do coração que pode receber as maravilhosas verdades de Deus. Deveríamos permitir uma oportunidade para que a verdade produza seu resultado em nós, antes de tentarmos compartilhá-la com os outros.

 

2.  Estudar a Bíblia

Idealmente, o pregador deveria chegar-se diante de Deus com sua Bíblia nas mãos.

Arranje tempo para sentar-se desta maneira quieta e pacientemente diante de Deus. Peça iluminação e inspiração na Sua Palavra. Busque em oração o conselho, a sabedoria e as instruções do Senhor na Sua Palavra enquanto você tiver a Bíblia aberta à sua frente na presença do Senhor.

Às vezes, é bom seguirmos um padrão regular de leitura, começando de onde paramos no dia anterior. Isto nos ajuda a cobrirmos toda a Bíblia consistentemente, em vez de darmos umas “bicadinhas” aqui e ali e negligenciarmos grandes porções das Escrituras. Outras vezes, podemos buscar uma direção do Espírito com relação ao que deveríamos ler. Desta maneira não entramos numa rotina.

 

3.  Ter um Caderno

Um caderno, onde você possa registrar os pensamentos e ideias que m à sua mente nestas ocasiões de espera silenciosa, é essencial. É impressionante o quão rapidamente podemos nos esquecer das verdades mais maravilhosas, se os pensamentos não forem registrados enquanto estão ainda frescos em nossa mente.

Pratique o hábito de escrever todos os pensamentos importantes que m à sua mente enquanto você as Escrituras em atitude de oração. Se um tema lhe parecer atraente, vá em frente até onde puder e ano- te tudo o que for possível sobre este assunto. Desta maneira você logo desenvolverá uma boa fonte de matéria para sermões.

Releia esta matéria de vez em quando. Esses pensamentos começarão a se expandir em seu coração. Você descobrirá que alguns temas ocuparão a sua mente durante semanas, expandindo-se continuamente à medida que você meditar neles.

Habitue-se a conversar com o Senhor sobre a Sua Palavra. Quando houver coisas que você o entenda, peça que o Espírito Santo as ilumine. Em seguida, aprenda a esperar quieta e pacientemente diante do Senhor, enquanto Ele envia suavemente as respostas para o interior do seu espírito. Registre-as enquanto estão chegando a você. Anote em seu caderno as linhas gerais e importantes das verdades transmitidas. o as entregue simplesmente à sua memória. Até mesmo as melhores memórias m as suas fraquezas.

 

4.  Seja Purificado Pela Palavra

Tente evitar a atitude que busca uma palavra de Deus para que você possa pregar sobre ela no domingo de manhã. Não fique sempre procurando projéteis espirituais para poder atirá-los nos outros. Reconheça as necessidades básicas do seu próprio coração. Deixe que Deus lide com o seu coração através da Sua Palavra e do Seu Espírito. Permita que a Palavra lave e purifique primeiramente a você.

É importante que você alimente a sua própria alma. Uma das armadilhas em que os pregadores podem cair é o ficarem tão preocupados em acharem alimento para suas congregações que o próprio bem-estar espiritual deles é negligenciado. Este é um dos perigos para os que estão servindo no ministério. Este pensamento é expresso da seguinte maneira em Cantares de Salomão 1:6: “... me puseram por guarda de vinhas, mas a minha própria vinha o guardei.”

 

Às vezes o pastor pode estar o envolvido em atender ao bem-estar espiritual do seu rebanho que lamentavelmente negligencia o seu próprio bem-estar espiritual. Esta é uma das razões principais que levam ao fracasso os ministros do Evangelho. O ministro do Evangelho o pode se dar ao luxo de negligenciar a sua própria vida espiritual.

Permita que a Palavra de Deus se torne arraigada no seu próprio coração e espírito. Permita que ela se fortaleça na sua própria vida e na sua experiência pessoal. então, quando você pregar, você ministrará baseado na sua experiência pessoal e na realidade, ao invés de compartilhar coisas que você mesmo não compreende totalmente. Você nunca pode levar os outros além do ponto em que você próprio chegou.

 

À medida que a Palavra de Deus vai se tornando “personificada” na sua vida, você então se tornará uma mensagem de Deus. Você o será alguém que meramente recita sermões, mas será alguém que ministra vida, bênçãos e força aos que o ouvem.

 

B. DUAS IDEIAS ERRADAS SOBRE A HOMILÉTICA

Há pelo menos dois erros comuns que as pessoas tendem a cometer com relação à homilética.

 

1.  “Preparação Desnecessária”

A primeira ideia errada é de que a preparação é desnecessária e indica uma falta de fé. As pessoas que adotam esta opinião têm a tendência de acharem que a verdadeira fé despreza qualquer tentativa de se preparar a mente, e simplesmente se colocam diante da congregação crendo que Deus suprirá então as palavras a serem faladas.

 

Um versículo favorito destas pessoas é Salmos 81:10: “... abre bem a tua boca, e ta encherei.” O contexto deste salmo revela que este versículo o tem nada a ver com a pregação! Esta tendência de ignorar o contexto de uma passagem bíblica é um tanto quanto típica deste tipo de pessoas. Revela uma atitude irresponsável e ingênua. Estas pessoas o geralmente conhecidas por falarem tamanhas bobagens que o desejaríamos “colocar a culpa em Deus”!

, sem dúvida nenhuma, um lugar apropriado para a inspiração, mas também um lugar válido para a preparação.

 

2.  “A Capacidade Humana é Suficiente”

O segundo erro vai quase para o outro extremo. Neste caso, urna confiança total é colocada na preparação e na capacidade humana. pouca ou nenhuma dependência no Espírito Santo, havendo porém uma autoconfiança que é o resultado do treinamento e do desenvolvimento das capacidades naturais.

 

Um treinamento assim certamente pode produzir uma palestra bem interessante e convincente. Contudo, é somente a unção do Espírito sobre a mensagem que pode ministrar a vida de Deus para o povo.

A verdade é que um ministério eficaz necessita tanto do aspecto humano quanto do divino. Deus certamente pode abençoar e ungir os pensamentos que foram diligentemente levantados em oração e cuidadosamente considerados.

Que a sua preparação consista de reflexões profundas e de orações fervorosas. Proponha-se a ser o melhor possível, porém certifique-se que a sua confiança está em Deus e o em você mesmo. Sempre confie que Ele dará a unção e a bênção necessárias à sua pregação.

 

C. QUATRO ÁREAS DA HOMILÉTICA

 

Há quatro áreas principais que a homilética aborda:

 

1.  Conceito

Isto tem a ver com a obtenção do tema original para a mensagem. É a arte de se saber como receber uma mensagem de Deus. Trata de como devemos receber a ideia e tema iniciais para um sermão.

Frequentemente, a semente de um pensamento é colocada em nossa mente e pode lá permanecer durante meses antes de se desenvolver até o tamanho e proporção adequados para ser compartilhado com outros. Através da experiência, podemos desenvolver a capacidade de reconhecermos uma linha de verdades adequada ao compartilhamento com o povo de Deus. À medida que você medita na Palavra, começa a surgir uma vivificação interna de algum aspecto específico. De repente, algo se ilumina para você e até parece estar saltando da página. Um sentimento de entusiasmo desperta-se dentro de você. É como se você tivesse descoberto uma grande pepita de ouro! Você quase o pode esperar para abri-la e investigar o seu valor!

 

2.  Composição

Tendo recebido a inspiração numa determinada verdade, você precisa agora começar a analisá-la para descobrir tudo o que esta verdade contém. O seu caderno é importante exatamente neste ponto! Enquanto você medita em oração, escreva cuidadosamente todos os pensamentos que vêm à sua mente.

A esta altura, você pode simplesmente fazer uma lista de todas as ideias que o seu assunto lhe sugere. Prossiga até que você ache que explorou totalmente o tema e já descobriu todas as possíveis áreas das verdades contidas no seu assunto. Não se preocupe com o capricho e com a ordem neste momento. Frequentemente, é necessário que você escreva bem rapidamente para não ficar atrás do fluir da inspiração que você está recebendo. Certifique-se apenas de escrever tudo num papel. Mais tarde, você poderá separar e classificar os diferentes itens.

 

3.  Construção

Tendo analisado por completo, toda a matéria para o seu assunto e feito uma lista de todos os aspectos das verdades que você pode encontrar na sua matéria, você deve agora começar a reunir esses pensamentos de uma forma ordenada. Isto é essencial para você poder fazer considerações adicionais ao assunto em atitude de oração.

Agrupar a matéria numa determinada sequencia adequada o ajudará enormemente neste aspecto. Também o ajudará muito na sua apresentação do assunto a outros. O compartilhamento de uma progressão de pensamentos ajuda os outros a compreenderem e seguirem a sua linha de raciocínio. Será muito difícil para as pessoas absorverem a sua mensagem se a sua apresentação estiver toda embaralhada. A construção do sermão tem o propósito de simplificar o máximo possível a compreensão dos seus ouvintes.

Esta é a essência da construção de sermões. É muito importante que todos os pregadores desenvolvam isto.

 

4.  Comunicação

Finalmente, chegamos à apresentação da mensagem:

A comunicação clara e eficaz das verdades.

Como apresentar o seu assunto de uma maneira que cative a atenção dos seus ouvintes.

Como desenvolver seus pensamentos, de uma maneira o ordenada que seus ouvintes possam seguir facilmente a linha de verdades que você está tentando transmitir.

Como motivar seus ouvintes a ações apropriadas, pois devemos ser “cumpridores da Palavra  e não somente ouvintes.” (Tg 1:22).

Estes conceitos constituem os aspectos essenciais da preparação de sermões. Trataremos de cada um deles mais a fundo no final deste estudo.

 

D. TRÊS TIPOS DE PREPARAÇÃO DE SERMÕES

 

1.  Sermão Escrito

Este é um método que exige bastante tempo de preparação. Envolve anotações bem copiosas. Às vezes, a mensagem inteira é escrita de antemão. O pregador sabe exatamente o que deseja falar e como deseja falar. Todos os pensamentos são escritos por extenso. Em geral isto significa várias páginas de anotações. Há uma preocupação com muitos detalhes a construção das sentenças, a palavra correta a ser usada. Todos os aspectos do sermão em questão são considerados meticulosamente.

 

Este método tem vantagens e desvantagens. Uma das vantagens é que todo o sermão é o resultado de um grande cuidado para com os detalhes. Assim sendo, é provável que haja uma cobertura adequada de todas as áreas importantes das verdades a serem transmitidas. Nada foi deixado ao acaso. Este estilo deveria assegurar uma abordagem completa de todos os assuntos.

A principal desvantagem está, geralmente, na apresentação deste tipo de sermão. É frequentemente transmitido de uma maneira um tanto quanto séria e não atrai a atenção do ouvinte. Este estilo de apresentação pode facilmente tornar-se extremamente maçante.

 

2.  Anotações do Tipo “Esqueleto”

Este é o método mais usado e o que eu acho ser o mais eficiente. As anotações são sempre mínimas, o que permite um esboço da mensagem suficiente para se refrescar a memória.

Estas breves anotações formam o “esqueleto” da mensagem. São os ossos que dão forma e estrutura ao que o pregador deseja dizer. À medida que fala, ele coloca carne nos ossos e um “corpo” no seu sermão. Ele amplifica os pensamentos que as suas breves anotações estimularam.

 

Este método permite uma flexibilidade muito maior ao pregador. Ele não fica tão amarrado às suas anotações, e sim mais aberto à inspiração que geralmente lhe vem enquanto está no meio da pregação. A sua apresentação é mais espontânea e interessante, mas a estruturação da sua mensagem manm a sua mente na trilha certa. Ele pode dar ao seu assunto uma cobertura adequada e bem pensada sem, no entanto, apresentar algo bitolado ou pesado.

 

3.  Sermão Improvisado

Este estilo de pregação é espontâneo e geralmente feito sem anotações na hora da apresentação. O assunto em questão frequentemente recebe muitas reflexões cuidadosas de antemão e a mente e o coração ficam repletos dos aspectos vitais da mensagem.


 

Este estilo é geralmente usado na apresentação de sermões do tipo mais inspiracional. Mensagens de evangelização podem, desta maneira, ser apresentadas muito eficazmente. O sermão flui do coração e frequentemente produz uma forte participação emocional.

Este tipo de pregação pode ser emocionante e estimulante quando feita por um pregador capaz e experiente. Estimula as emoções enquanto também oferece informações à mente.

duas fraquezas em potencial neste estilo. A primeira é que em geral uma falta de conteúdo significativo e a mente dos ouvintes não é edificada. A segunda é que a apresentação pode tornar-se excessivamente emocional ou, ainda, tornar-se irracional e não convincente.

 

4.  Resumo

Eu sugeriria ainda que o uso de anotações do tipo “esqueleto” combina as melhores características dos outros dois estilos. As anotações o o o pesadas a ponto de o pregador tender a ficar “atolado” nelas. Ele pode ser flexível e a sua mente permanece aberta a novas inspirações, até mesmo enquanto está pingando. Por outro lado, ele tem de fato diante dele um esboço ordenado de suas ideias. Ele o fica diante de seus ouvintes falando do que lhe vem à cabeça naquele momento.

 

As anotações do tipo “esqueleto” são adequadas tanto para ensinamentos como para pregações. Os ensinamentos requerem, em geral, um exame mais complete do assunto; assim sendo, algum tipo de anotações é quase essencial. É difícil para os professores cobrirem adequadamente os seus assuntos sem a ajuda de algumas anotações.

Gostaria, portanto, de encorajá-lo a se concentrar especialmente no domínio da abordagem das anotações do tipo “esqueleto”. Use este método nas suas horas de estudo. Enquanto você meditar na Bíblia, pratique escrever anotações curtas e codificadas da inspiração e revelação que você receber.

Isto o ajudará também quando você chegar na parte da elaboração da sua mensagem. A familiaridade com este estilo de anotações o ajudará imensamente quando você for pregar. Isto o ajuda a treinar a sua mente em padrões de pensamento ordenados. Também o torna mais eloquente e fácil de se ouvir.

 

E. SETE TIPOS DE SERMÕES

Gostaria de apresentar-lhe agora sete diferentes tipos de sermões. Tentarei explicar brevemente a ideia por detrás de cada tipo e como você pode usá-los. Os pastores deveriam familiarizar-se com todos estes tipos. Isto dará uma variedade adicional aos seus ministérios e fará com que seja muito mais interessante para suas congregações que provavelmente estarão ouvindo-o pregar semana após semana. Depois de um certo tempo, isto os ajudará a apresentarem uma cobertura muito mais ampla das verdades bíblicas. O ministério de qualquer pregador e enriquecido pela versatilidade.

 

1.  Textual

Este estilo e baseado geralmente numa porção das Escrituras relativamente curta. Alias, como o próprio nome sugere, normalmente ele se concentra num só “texto” bíblico. Envolve a escolha de alguma afirmação apropriada, a sua investigação, análise e descoberta de todas as verdades nela contidas, e depois, a apresentação destas verdades de uma maneira ordenada e progressiva a fim de facilitar aos ouvintes a assimilação da mensagem.

 

2.  Tópico

Neste caso, o pregador deseja apresentar um tópico especifico a sua congregação. Por exemplo, ele pode escolher o tema da “justificação”. O seu objetivo seria, primeiramente, descobrir tudo o que a Bíblia tem a dizer sobre este fascinante assunto.

Em seguida, ele arranjaria todas as passagens bíblicas e pensamentos que obtiver de uma maneira ordenada a fim de poder desenvolver o seu tema tão completa e fielmente quanto possível. O objetivo dele se- ria dizer aos seus ouvintes tudo o que deveriam saber sobre este importante assunto. É claro que ele talvez o consiga fazer isto numa só sessão de ensino; portanto, ele prepararia uma série de mensagens ou ensinamentos sobre este mesmo assunto. Isto assegura uma cobertura muito mais completa do tópico em questão.

 

Uma enciclopédia bíblica de tópicos ou temas é de um imenso valor para a preparação de mensagens deste tipo. Nela podemos encontrar rapidamente todas as referências bíblicas que se relacionam com o tópico em questão. Se você não tiver uma enciclopédia bíblica e nem puder obter uma, tente então obter uma boa Bíblia que contenha uma referência das passagens bíblicas interligadas a um mesmo tema. Isto também o capacitará a seguir esse tema através de toda a Bíblia.

 

3.  Simbólico

É a arte de se descobrir e comunicar as verdades que estão escondidas por detrás dos vários protótipos da Bíblia. Um protótipo é uma pessoa, objeto ou evento que são simbolicamente proféticos de alguém ou algo ainda por vir. É semelhante e característico da pessoa ou evento que virá no futuro. Em sua aplicação bíblica, refere-se a um personagem ou evento bíblico que prefigura alguém ou algo futuro.

Por exemplo, o cordeiro pascal em Êxodo é um protótipo (símbolo) de Cristo.

Todos os detalhes daquele cordeiro pascal falavam profeticamente do papel na Redenção que Cristo teria como “Cordeiro de Deus” (Jo 1:29). Todos os símbolos proféticos foram cumpridos quando Cristo morreu pelos pecados do mundo.

 

Os protótipos bíblicos o muitas vezes mencionados como “sombras das coisas futuras”. Estas pessoas e eventos projetam uma sombra no futuro, retratando assim o forma- to das coisas que estão por vir.

A Lei de Deus era uma sombra das boas coisas que estavam por vir. Representava e era uma sombra das coisas melhores que haveriam de vir em Cristo (Hb 10:1).

Os “dias santos” do Antigo Testamento também eram sombras das coisas futuras (Cl 2:17). Esses dias santos não eram completos em si mesmos. Parte do propósito do cumprimento deles era projetar uma imagem profética das coisas que ainda estavam por vir.

A interpretação e exposição dos protótipos bíblicos é uma tarefa um tanto quanto especializada e requer a habilidade dos que têm maturidade e conhecimento dos vários assuntos bíblicos. Os novatos deveriam evitar a tentativa de pregarem baseados nos protótipos mais profundos, pois interpretações sem competência podem causar toda espécie de erro infeliz.

 

Um conhecimento profundo e minucioso de toda a Bíblia é essencial para os que tentam explicar o significado dos protótipos. Estes ensinamentos deveriam ser confirmados e fundamentados por toda a blia.

 

a.  Princípios Para Usar. Quando você tentar ensinar pela primeira vez baseando-se nos protótipos ou modelos bíblicos, tente, por favor, lembrar-se dos seguintes princípios:

 

1) Use Modelos  Simples. Comece com os modelos mais simples, com deduções bastante óbvias.

2) Mantenha a Interpretação no Esboço. Nunca tente interpretar todos os nimos detalhes do modelo. Mantenha-se no esboço mais geral do protótipo em questão.

3) o Seja  Dogmático.  Evite ser dogmático no que se refere ao que o tipo ensina.

4) Esclareça  a  Doutrina.   Nunca fundamente a sua posição doutrinária nos ensinamentos dos protótipos, pois eles deveriam ilustrar a doutrina e o iniciá-la.

5) Seja Aberto  à Correção.  Permaneça aberto à correção dos que possuem mais maturidade do que você.

 

4.  Expositivo

Através deste método, tentamos expor ou explanar os significados e as verdades contidos numa determinada passagem bíblica. Procuramos ressaltar as verdades que geralmente estão escondidas nas entrelinhas. Este é um excelente método para se ensinar o teor completo das verdades bíblicas.

Você pode, por exemplo, escolher um livro da Bíblia e explicar o seu significado, capítulo por capítulo. Uma sugestão seria tomar um capítulo por semana e cobri-lo, versículo por versículo, explicando o significado e importância das verdades encontradas. Isto poderá se tornar uma série de estudos bíblicos, a qual poderá levar algumas semanas ou meses para ser concluída.

Assim sendo, num período de alguns anos, a sua congregação ficará familiarizada com todas as partes da Bíblia e será exposta a todas as verdades que Deus quer transmitir ao povo, para o enriquecimento e aprimoramento de sua vida.

 

5.  Biográfico

“Biografia” é a história da vida de alguém. Portanto, este método envolve o estudo da vida dos muitos personagens que encontramos na Bíblia. Todas as biografias registradas na Bíblia têm uma grande importância para nós. A vida de todos os personagens tem algo a nos ensinar.

O estudo, dos personagens bíblicos é muito fascinante e cativante. Escolha um determinado personagem. Leia todas as passagens bíblicas referentes a ele. Faça anotações de todos os pensamentos que lhe vierem à mente.

 

Comece a reunir estes pensamentos em ordem cronológica, isto é, na ordem em que ocorreram.

Estude o nascimento deste personagem.

Considere as circunstâncias de sua criação e educação.

Concentre-se nos tratamentos de Deus sobre essa pessoa.

Como reagiu a eles esse personagem?

O que ele aprendeu com esses tratamentos?

Se esse personagem foi bem sucedido na vida, o que o fez bem sucedido?

Se a vida dele acabou em fracasso, onde foi que ele errou?

O que podemos aprender com a vida dele?

Tudo isto são coisas interessantes e informativas que podemos aprender através da preciosa vida dos homens e mulheres que encontramos na Bíblia.

 

6.  Analítico

Esta espécie de sermão refere-se à análise detalhada de um assunto a fim de se extrair o máximo das verdades nele contidas e, através destas verdades, se ensinar os princípios subjacentes e correspondentes.

 

7.  Analógico

Uma grande parte da Bíblia foi escrita na forma de analogias. Este método ensina verdades baseando-se em casos paralelos. Os escritores frequentemente usam coisas naturais para ensinarem verdades espirituais. Este método envolve a comparação de funções semelhantes, o processo de raciocínio pela comparação de casos paralelos. O sermão analógico tenta comunicar as verdades contidas numa analogia.

 

 

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