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E7.8 - Os Ministérios  na Igreja  Neo-Testamentária

Ministérios na Igreja Neo-Testamentária

SEÇÃO E7

CONSERVANDO A COLHEITA

Leo Harris

Capítulo 8

Ministérios na Igreja Neo-Testamentária

 

Introdução:

A Igreja Cristã, sendo um organismo divinamente ordenado, ao invés de uma organização criada pelos homens, precisa ter uma liderança  divinamente  estabelecida  e divinamentdotada.  Infelizmente, a maior parte do ministério de liderança cristã de hoje em dia é baseada em realizações acadêmicas, e no chamado e nomeação de homens.

O padrão neo-testamentário, no entanto, estabelece para a Igreja um ministério sobrenaturalmente escolhido e divinamente equipado.

Há certos cargos que funcionam em cada igreja local (ou “caseira”). Os presbíteros e diáconos servem dentro da igreja local (ou “caseira”) e precisam possuir certas qualificações pessoais de acordo com as Escrituras. Estas qualificações serão posteriormente consideradas por s em nosso estudo. Mas a liderança dotada, que Cristo forneceu para a Sua Igreja, baseia-se em cinco dons ministeriais.

Estes dons ministeriais o sobrenaturalmente transmitidos pelo Próprio Cristo a certas pessoas. Estes líderes continuam e levam avante o ministério do Senhor Jesus em Sua Igreja na terra. Eles fazem o que Ele fez.

 

A. CINCO  DONS MINISTERIAIS DADOS A IGREJA.

“No entanto, Cristo deu a cada um de nós habilidades especiais tudo o que Ele quiser que tenhamos do Seu rico depósito de dons.

O salmista nos fala sobre isto, pois ele diz que quando Cristo voltou triunfantemente ao u após a Sua ressurreição e vitória sobre Satanás, Ele deu generosos dons aos homens.

“Observe que diz que Ele voltou ao Céu. Isto significa que Ele havia primeiramente descido das alturas  do Céu, muito abaixo das mais baixas partes da terra. “Aquele que desceu é também o Mesmo que subiu de volta, para  que pudesse encher todas as coisas, em toda parte, Consigo Próprio, desde o mais baixo até o mais elevado” (Ef 4:7-10).

“Foi  Ele que deu alguns para  serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns parserem evangelistas, e alguns para serem pastores e mestres” (Ef 4:11).

Estes versículos deixam claro que, após a Sua ascensão ao Céu para voltar à destra do Pai, Cristo deu cinco dons ministeriais aos homens dentro da Sua Igreja.

Estes dons ministeriais são expressões parciais do Seu Próprio ministério completo. Nenhum líder de igreja por si poderia conter todo o ministério de Jesus. Uma variedade de “líderes servos” da Igreja recebem estes dons. Isto é assim para que o ministério completo de Cristo pudesse aparecer novamente entre o Seu povo.

 

1.  Somente Dados por Cristo.

Estes cinco ministérios são os dons de Cristo e são somente concedidos por Ele. Eles não dependem da nomeação humana. Cristo levantou e equipou estes homens (e mulherespara  os seus ministérios específicos na Igreja.

 

2.  Funcionam Sob a Direção e o Poder do Espírito Santo.

É bom darmos o devido reconhecimento a estes ministérios quando se encontram em nosso meio. No entanto, quer os reconheçamos ou não, eles funcionam sob a direção e pelo poder do Cristo Vivo.

 

3.  Associados com Homens e Mulheres.

E interessante observarmos que os dons ministeriais de Cristo estão sempre associados com homens e mulheres.

Em contraste, os dons do Espírito Santo (1 Coríntios 12) estão mais associados com o Doador do que com o recipiente. s os chamamos de Dons do ESPÍRITO (o Doador). No entanto, o podemos desassociar os cinco dons ministeriais das pessoas a quem foram dados e que os exercem.

Nada lemos com relação a homens recebendo “um dom de apostolado” ou “o dom de pastor”, mas lemos o seguinte: “Ele deu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas,” etc. O dom (ou capacitação) é a identidade deles quem o e o que o na Igreja.

Os próprios homens o os dons de Cristo à Sua Igreja. São batizados no Espírito, equipados sobrenaturalmente todos exercendo uma parte do glorioso e completo ministério da Cabeça da Igreja Cristo.

 

B. OS CINCO  DONS MINISTERIAIS DESCRITOS.

Consideremos agora cada um destes cinco dons ministeriais.

 

1.  Apóstolos.

A palavra “apóstolo vem da palavra grega “apóstolos”, que significa alguém enviado ou aquele que é enviado (como um embaixador). O Senhor Jesus Cristo é O APÓSTOLO (Hb 3:1), Aquele que foi “enviado por Deus”. Ele colocou o fundamento para a Igreja, a qual Ele agora está edificando.

a.  Os Doze Apóstolos. Durante o Seu ministério terreno, Cristo designou doze apóstolos, a quem Ele plenamente equipou para os seus ministérios e “os enviou (Mt 10:16).

Estes apóstolos o foram nomeados por homens, mas dependiam da comissão e da capacitação (poder e autoridade) de Cristo.

Eles o citados como os “Apóstolos do Cordeiro”. E o muro da cidade tinha doze fundamentos e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Ap 21:14).

Eles tinham um singular ministério e relacionamento com Israel e o povo judeu. “Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou,  dizendo: o ireis pelos caminhos dos gentios, nem entrareis em nenhuma cidade de samaritanos. Mas ide  antes às ovelhas perdidas da Casa de Israel (Mt 10:5,6).

O galardão deles será o de se assentarem em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel (Lc 22:28-30).

 

b.  Outros  Apóstolos. Um estudo do Novo Testamento revela que havia outros apóstolos além dos doze que Jesus escolheu para trabalharem com Ele enquanto Se encontrava aqui.

Um dos doze primeiros, Judas, o traidor, foi substituído por Matias pouco antes do Dia de Pentecostes (At 1:26; 2:14), restaurando assim o número necessário de doze “Apóstolos do Cordeiro”.

No entanto, além de Matias, muitos outros apóstolos foram escolhidos por Cristo e enviados por Ele após o Dia de Pentecostes. Talvez seja apropriado que os citemos como os Apóstolos da Ascensão”, uma vez que foram dados depois que Cristo subiu de volta ao Céu.

Os “Apóstolos da Ascensão” geralmente possuem um relacionamento especial para com a Igreja dos Gentios. Os mencionados no Novo Testamento são Paulo e Barnabé (At 14:14), Andrônico e Júnia (Rm 16:7), Tiago (Gl 1:19), Silas e Timóteo (1 Ts 1:1; 2:6), e outros (1 Co 9:5; 2 Co 8:23).

Paulo e Barnabé (At 14:14) o notáveis exemplos de apóstolos dados por Cristo à Igreja após o Pentecostes.

Além disso, o fato de que a Igreja Primitiva tinha de ser repetidamente admoestada contra a aceitação de “falsos apóstolos” (2 Co 11:13; Ap 2:2) indica que havia outros apóstolos.

O versículo bíblico que afirma mais claramente um ministério apostólico contínuo encontra-se em nossa passagem bíblica citada acima, a qual declara que Cristo “deu alguns apóstolos APÓS A SUA ASCENSÃO.

(OBSERVAÇÃO: Para mais informações sobre os cinco dons ministeriais, veja a Seção C5.)

cMinistério  Apostólico. O apóstolo, sendo “alguém enviado” por Cristo, é um pioneiro, colocando os fundamentos, estabelecendo as igrejas com ordem bíblica, supervisionando e cuidando dessas igrejas, como também confirmando-as na Palavra.

Ele exerce uma parte ou fragmento do ministério do nosso Supremo Apóstolo, Jesus Cristo. Ele é chamado e levantado por Cristo, e recebe uma visão da obra que deve executar (At 26:15-18).

A prova do seu ministério o os frutos da sua obra – o trabalho que ele deixa após a sua partida. Como Paulo escreveu aos coríntios, “Não sou eu apóstolo... porque s sois o selo do meu apostolado no Senhor (1 Co 9:1,2).

Paulo apontava o estabelecimento da Igreja de Corinto como uma evidência do seu ministério apostólico. Ele também afirmava que o seu ministério viera diretamente do Senhor e o dos homens.

“Paulo, um apóstolo, que o foi enviado pelo comissionamento humano nem por autoridades  humanas, mas sim por Jesus Cristo e por Deus-Pai, o Qual O ressuscitou dentre os mortos (Gl 1:1).

O ministério apostólico de se fundar novas igrejas é visto nas palavras de Paulo:

“De acordo com a graça de Deus que me foi dada, como sábio arquiteto, coloquei o fundamento (1 Co 3:10).

Esse ministério  pioneiro  aindfunciona hoje em dia. A Igreja  é um organismo vivo, e o uma organização  sem vida. Novas igrejas locais (ou “caseiras”) ainda estão sendo estabelecidas e novos campos ainda estão sendo penetrados, à medida que a Igreja  continua  a crescer para cima e para fora.

evidências que indicam que o dom ministerial apostólico pode incluir elementos dos outros quatro dons ministeriais. Nesta função pioneira, de estabelecimento de fundamentos e de supervisão, esse dom ministerial requer alguns elementos dos ministérios profético, evangelístico, pastoral, e de ensino. Contudo, o dom ministerial apostólico permanece distinto e separado dos outros.

 

2.  Profetas.

A palavra grega é “prophetes”, a qual se origina de duas outras palavras gregas: Pro, que significa “anterior”, ou seja, “em frente de” é Phemi, que significa “mostrar ou fazer conhecidos os pensamentos de alguém”, ou seja, “falar ou dizer, afirmar”. Combinando-se as duas palavras, significa “alguém que possa dizer (ou predizer) os pensamentos (a mente) de Deus ou, ocasionalmente, os pensamentos de outras pessoas”.

Por exemplo, Pedro estava agindo sob uma unção profética ao dizer a Ananias:

“...por que Satanás encheu o teu coração para que mentisses ao Espírito Santo...?” (At 5:3). Pedro conhecia os pensamentos de Ananias e revelou o engano e hipocrisia.

Esta palavra também pode significar “um preletor inspirado”. O registro neo-testamentário, no entanto, mostra que o ministério do profeta é mais do que uma mera pregação.

Isso também é indicado pelo fato de que todos os outros dons concedidos (como os de evangelista, pastor, e mestre) envolvem o falar.

O profeta é alguém que fala publicamente sob a inspiração do Espírito Santo, sem nenhuma premeditação, nem preparação. O seu ministério talvez envolva muitas vezes o exercício do Dom da Profecia (1 Co 12:10), mas certamente inclui os Dons de Revelação, como a Palavra de Conhecimento e a Palavra de Sabedoria (1 Co 12:8).

O Dom da Profecia funciona dentro da igreja de uma cidade ou da igreja local (ou “caseira”) (1 Co 14), mas o dom ministerial do profeta é para o benefício de todo o Corpo de Cristo.

O profeta  transmite revelaçõede coisas espirituais  e de eventos ou circunstâncias  presentes  e futuros  dos quais ele o tem nenhum conhecimento humano. Ele o exerce um controle (governo)   sobros líderes,  seguidores, ou igrejasnem comanda  as suas direções. Em vez disso, ele confirma  o que Deus já falou a um indivíduo.

Como vimos em nossos estudos anteriores, uma diferença fundamental entre o sacerdócio do Antigo Testamento e o do Novo Testamento.

Hoje em dia, todos os crentes são sacerdotes para Deus, com acesso direto ao “Santo dos Santos”.

Todos os crentes m um direito de acesso à mente de Cristo e a conhecerem a vontade de Deus, e não deveriam estar presos pela direção de um profeta.

 

O profeta do Novo Testamento, no entanto, de fato um enfoque maior com relação aos eventos presentes ou futuros, e todos os crentes estão livres para agirem à luz destas revelações. Vemos este ministério profético do Novo Testamento funcionando nos seguintes versículos:

Atos 11:27-30: Nesta passagem, o profeta Ágabo deu uma revelação com relação à fome iminente. Os discípulos tomaram passos práticos à luz desta profecia e enviaram ajuda aos irmãos de Jerusalém.

Atos 20:22-24: Neste trecho, lemos sobre a decisão de Paulo de ir a Jerusalém apesar dos avisos do Espírito Santo (provavelmente através de um ministério profético) de que grilhões e aflições lá o aguardavam.

Atos 21:10-14:  O profeta Ágabo deu profecias ilustradas e predisse os sofrimentos que aguardavam a Paulo em Jerusalém. Contudo, o apóstolo estava determinado a continuar a sua jornada, e os outros disseram: “Faça-se a vontade do Senhor!”

Outros profetas do Novo Testamento foram Judas e Silas (At 15:32).

Desta forma, recebemos algumas revelações quanto à função do dom ministerial profético de acordo com o padrão neo-testamentário. Que Deus possa levantar esse tipo de ministério de uma forma maior nos dias vindouros e que Ele possa nos dar sabedoria para reconhecermos o seu funcionamento.

(OBSERVAÇÃO: Para mais detalhes sobre o ministério profético, veja a Seção C5.)

 

3.  Evangelistas.

A palavra significa um pregador de boas novas”. Talvez o dom ministerial do evangelista seja o dom melhor compreendido de todos. O seu lugar e função na Igreja raramente tem sido alvo de controvérsias. O evangelista não faz a obra do apóstolo (fundar e estabelecer igrejas), nem a obra do pastor.

Vemos um notável exemplo do ministério do evangelista em Filipe (At 8:5-40). Filipe desceu a Samaria e pregou Cristo. Muitos creram, à medida que sinais e maravilhas confirmavam o seu ministério. Filipe os batizou na água, mas, em seguida, passou os convertidos (resultados) da sua evangelização aos cuidados dos apóstolos Pedro e João. Aí então, Filipe entrou no deserto para dar as boas novas ao eunuco etíope.

Desastres geralmente acontecem na obra de alguns evangelistas hoje em dia. Isto geralmente se deve ao fato de que eles deixam de reconhecer a verdadeira natureza deste dom ministerial.

Pelo fato de Deus haver abençoado o evangelista em seu ministério, ele então decide ficar permanentemente num certo local. Isto priva outras pessoas não alcançadas, não salvas dos benefícios do seu ministério evangelístico, como também impede que os seus convertidos recebam os benefícios de outros dons, como os ministérios apostólico, pastoral e de ensino.

Lembre-se: a Igreja O é edificada sobre o fundamento do evangelista, e sim “edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas... (Ef 2:20). A menos que os ministérios apostólico e profético entrem em cena para consolidar e confirmar os convertidos do evangelista, a Igreja que poderia ter nascido raramente chega a existir. Caso comece a existir, com o tempo ela fracassa (ou cai) por falta de um fundamento.

O evangelista é o “braço de Cristo, estendendo-se para alcançar o mundo. Os resultados do seu ministério deveriam ser reunidos e introduzidos em igrejas locais (ou “caseiras”) e supridos com os outros ministérios que Cristo estabeleceu em Sua Igreja.

Em todos os casos do Livro de Atos (a menos que os convertidos fossem o resultado de um ministério apostólico), os apóstolos e profetas vinham logo após para colocarem os fundamentos. Isto transformava estes novos convertidos numa forte igreja.

Leia Atos 11:19-27. Muitos creram. então o Apóstolo Barnabé foi para o local.

Em seguida, ele foi buscar Saulo (Paulo) para unir-se a ele em Antioquia. Logo depois, chegaram os apóstolos para ajudarem (vs. 27). Ignoramos este padrão, colocando-nos em perigo, como também aos novos crentes.

 

4.  Pastores.

Neste caso, a palavra grega é “poimen”, que significa “um pastor”. O pastor de igreja é um “pastor de ovelhas”, que cuida do rebanho de Deus e o alimenta. O seu ministério é muito semelhante ao do presbítero. A sua personalidade e o seu ministério demonstram um amor, um cuidado e um interesse em alimentar as ovelhas.

A diferença básica do presbítero é que ele geralmente é uma pessoa mais idosa (paternal) e nomeada devido a certas qualificações pessoais (1 Tm 3:1-7; Tt 1:5-9; etc.). O trabalho do presbítero também é o de “alimentar a igreja de Deus (At 20:28).

O cargo de presbítero, no entanto, é local, ao passo que o dom ministerial do “pastor é concedido para todo o Corpo de Cristo. O pastor pode viajar de igreja a igreja, ao passo que o presbítero geralmente se encontra associado com apenas uma igreja local (ou “caseira”).

Alguns sugerem que Timóteo e Tito possuíam o dom pastoral. Estes jovens serviam sob a supervisão geral de Paulo. Eles também foram comissionados por Paulo para ordenarem presbíteros (Tt 1:5).

Os pastores também o geralmente qualificados como presbíteros, assim como o Apóstolo Pedro afirmou ser um presbítero (1 Pe 5:1).

O cargo de presbítero é restrito à igreja local (ou “caseira”), ao passo que o dom ministerial de pastor, ainda que funcionando em e através de igrejas locais (ou “caseiras”), é concedido para o benefício de todo o Corpo de Cristo.

 

5.  Mestres.

A palavra grega é “didaskalos”, que significa um instrutor”, e é traduzida em nossas Bíblias por doutor e mestre. um relacionamento muito íntimo entre os dons ministeriais de pastor e mestre.

Isto é sugerido na própria construção do texto de Efésios 4:11: E Ele deu a alguns, pastores e mestres... A Versão Moffatt traduz este versículo da seguinte maneira: “Ele concedeu alguns para serem evangelistas, alguns para pastorearem e ensinarem.”

Não seria correto considerarmos as palavras “pastor” e “mestre” como sendo termos sinônimos. o considere estes ministérios como sendo idênticos.

, no entanto, uma ligação muito íntima entre os dois. O mestre trabalha com o pastor e o presbítero para o pastoreio e o ensino da igreja local (ou “caseira”), cuidando do seu bem-estar espiritual e da sua instrução na Palavra de Deus. No ministério de ensino, geralmente há uma certa sobreposição. O ministério de ensino geralmente faz parte de um outro ministério. Por exemplo, o Apóstolo Barnabé (At 14:14) é citado como sendo um mestre também:

E havia na igreja que estava em Antioquia certos... mestres, como Barnabé... (At 13:1).

Paulo, semelhantemente, ilustra como um indivíduo possui um dom ministerial com muitas facetas. Ele escreve:

“Para o que fui constituído um pregador, e um apóstolo, e um mestre dos gentios (1Tm 2:7; 2 Tm 1:11).

 

C. PROPÓSITO DOS DONS MINISTERIAIS.

Sabemos que todos os membros do Corpo de Cristo m o seu papel a cumprir na edificação da Igreja e na glorificação de Cristo.

Contudo, Cristo, após a Sua ascensão, concedeu os cinco dons ministeriais com um propósito específico, descrito para nós em Efésios 4:12: “Para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo.”

A palavra “aperfeiçoamento” neste verso é traduzida da palavra grega katartismos, que significa “completar”. Este termo origina-se da palavra katartizo, que significa “reparar ou ajustar; adequar, reparar; aperfeiçoar, preparar, restaurar”.

Isto descreve o motivo pelo qual foram dados os cinco dons ministeriais. Uma outra tradução esclarece este significado:

“Para preparar  o povo de Deus para as obras de serviço a fim de que o Corpo de Cristo possa ser edificado” (Ef 4:12).

Isto abre um novo e desafiante conceito com relação ao propósito dos dons ministeriais na Igreja. Os dons ministeriais NÃO o para executar a obra do ministério. Eles devem reparar as vidas alquebradas e preparar os crentes, a fim de que os membros façam a obra do ministério.

Este conceito é confirmado pelo Novo Testamento Amplificado, o qual traduz Efésios 4:12 da seguinte forma: A Sua intenção era o aperfeiçoamento e o pleno equipamento dos santos [o Seu povo consagra- do] para que eles fizessem a obra da ministração tendo em vista a edificação do Corpo de Cristo [a Igreja]. Este conceito de fato ilumina maravilhosamente o propósito do ministério no Corpo de Cristo! Na formação de um exército, os oficiais são primeiramente treinados a fim de que, por sua vez, possam treinar as tropas. Da mesma maneira, Cristo dotou a certas pessoas da Sua Igreja, a fim de que, através dos seus dons ministeriais, eles possam equipar os santos para ministrarem para o benefício de toda a Igreja.

Assim sendo, o Corpo de Cristo e cada igreja local (ou “caseira”) deveriam ministrar e edificar a si próprios.

Muito embora nem todos os crentes possuam dons ministeriais, todos, no entanto, possuem um ministério  a executar  no desenvolvimento da Igreja e na edificação do povo de Deus. Que cada um de nós, como membro do Corpo de Cristo, possa descobrir o seu ministério e cumpri-lo.

Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos é dada. Se o dom de um homem for profetizar, que ele o use proporcionalmente à sua fé.

“Se for servir, que sirva; se for ensinar, que ensine;

“Se for encorajar,  que encoraje; se for contribuir com as necessidades dos outros, que generosamente; se for liderar, que governe diligentemente; se for demonstrar misericórdia, que o faça com alegria (Rm 12:6-8).

 

 

 

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