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E6.1 - Fazer um Inventário

Fazer um Inventário

SEÇÃO  E6

 

PLANEJAMENTO PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA

Ralph Mahoney

 

Capítulo 1

Fazer um Inventário

 

Introdução

Existe no meio carismático um desequilíbrio tendente ao lado subjetivo do cristianismo. Nos círculos evangélicos, esse desequilíbrio tende para o lado objetivo.

Ser subjetivo significa literalmente viver a vida a partir do sujeito, ou seja “daquilo que vem de dentro de você”. A intuição é que dirige. O que você “sente por dentro” é a principal fonte de direção para a sua vida e ministério.

Ser objetivo significa “partir do objeto”ou “daquilo que vem de fora de você”. A razão, o intelecto e a lógica, avaliam cuidadosamente cada detalhe e você decide com base na informação objetiva.

Já se disse que na experiência cristã subjetividade em demasia faz com que a pessoa se “agigante” e objetividade demasiada faz com que a pessoa se resseque; o equilíbrio certo dos dois faz com que a pessoa “desenvolva e cresça”. É esta espécie de equilíbrio que desejo para mim mesmo, e que procuro desenvolver entre as pessoas a quem sirvo.

Permita-me dar um exemplo de desequilíbrio subjetivo. Há alguns anos atrás, um amigo meu e os presbíteros de sua igreja receberam o que pensaram ser uma “palavra do Senhor”, para que fossem a uma certa ilha do Caribe a fim de evangelizar o povo.

Depois de pedirem e receberem o apoio dos membros da igreja, prepararam-se para ir, compraram passagens numa agencia de viagem e partiram com planos para uma imensa cruzada evangelística.

Os grandes planos foram feitos sem que pesquisassem a história anterior, necessidade atual ou oportunidade para a evangelização naquela ilha.

O avião aterrissou num campo cerca de 50 quilômetros da ilha destinada. Dali, colocaram o equipamento num pequeno barco a vela, pertencente a um guia nativo que dizia saber a localização da tal ilha.

Velejaram contentes pelo plácido mar do Caribe até o seu destino final. Ao se aproximarem da metade do caminho entre as duas ilhas, o guia perguntou-lhes o que pretendiam fazer quando chegassem em terra. Entusiasmados, responderam “Fomos enviados pelo Senhor para evangelizar esta ilha!”

“Bem, senhores,” replicou o barqueiro, “não pessoas naquela ilha. Sempre foi desabitada. Tem apenas alguns quilômetros de comprimento e encontrarão nela alguns coqueiros.”

Tem certeza?” perguntaram atônitos. “Podem ver com os próprios olhos”, disse o guia.

Ao chegarem, com apenas uns poucos minutos de vistoria da ilha, puderam verificar que o guia dissera a verdade. Eles eram as únicas pessoas na ilha.

É isso o que eu chamo de “subjetividade na experiência cristã. Subjetividade exagerada pode nos desviar do caminho. Se esses homens tivessem pesquisado um pouco, teriam evitado o fiasco.

Gastaram muito dinheiro e desperdiçaram tempo demais, ao seguir a suposta “direção do Senhor.” Se tivessem procurado uma confirmação da “direção” subjetiva, teriam poupado a eles mesmos e à sua igreja, esse problema.

Voltaram para a igreja e tiveram que relatar o fracasso à congregação. Tiveram que explicar porque a grande cruzada nunca se realizou. O povo os perdoou mas jamais se esqueceu da tolice daquela viagem. Mesmo com a vergonha e os pedidos de desculpas, levou algum tempo para restabelecer a confiança em sua liderança.

Procuro equilíbrio, tanto no meu próprio ministério quanto no ministério dos outros. Bons princípios de administração, o “espírito de moderação (2 Tm 1:7) deve equilibrar a “direção do Espírito”. Esta seção do livro é para mostrar-lhe como oferecer uma administração objetiva a sua igreja e ao seu ministério.

 

A. COMECE DE ONDE VOCÊ ESTÁ.

É necessário um ponto de partida onde podemos avaliar os recursos pessoais a disposição de cada um de s no trabalho para o Senhor. Sempre se começa de onde se está,  com aquilo  que  se tenaquela hora.

 

RECURSOS  PARA O  BOM  ÊXITO.

O que é que eu tenho? Faça esta pergunta a você mesmo. Você tem aquilo que você é por NASCIMENTO, por TREINAMENTO, pela GRAÇA DE DEUS e pela EXPERIÊNCIA. Esses o seus recursos e incluem tudo até onde você se encontra atualmente.

A sempre se apossa do futuro, trabalha sempre para ganhar o futuro e fazê-lo produzir aquilo que Deus quer. Mas precisamos começar com o passado. O seu passado revela e produz os recursos de que você necessita para conseguir realizar as coisas no reino de Deus.

Paulo nos diz, “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que o pense de si mesmo além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cadum... tendo porém diferentes dons segundo a graça que nos foi dada... (Rm 12:3-6).

O apelo de Paulo é para que avaliemos com sobriedade aquilo que somos e aquilo que temos. Utilizando essa avaliação podemos tornar frutífero o nosso trabalho para o Senhor. Ele nos estimula a termos uma opinião equilibrada de nós mesmos. Não pense com orgulho sobre si mesmo, e nem se subestime mais do que deve.

 

1. Seus recursos herdados.

O primeiro item em nossa folha de dados é “dons provindos de nossos pais”.

O que foi que seu pai e sua mãe legaram a você?

Ele lhe deram: APTIDÕES, TEMPERAMENTO e INTELIGÊNCIA.

Temos que nos conscientizar daquilo que somos por nascimento porque isto terá um impacto sobre os resultados futuros daquilo que fazemos para estender o reino de Cristo.

Em 2 Timóteo 1:5 Paulo destacou uma qualidade importante que Timóteo recebera desde o nascimento. Ele diz: “pela recordação que guardo de tua sem fingimento, a mesma que primeiramente habitou em tua avó Loide, e em tua e Eunice, e estou certo de que também em ti’.

A foi transmitida pela avó para a mãe e finalmente para Timóteo pelo processo genealógico. Paulo se refere a ela como “fé sem fingimento” a que veio a Timóteo por nascimento.

 

a.  Aptidões. Quando você examina as suas aptidões, pergunte-se: “No que é que eu sou bom?” A resposta, ou as respostas, são suas aptidões, as coisas para as quais você tem um dom natural.

Por exemplo, um pianista talentoso pode fazer o seu instrumento “cantar”. Isto é resultado de uma certa qualidade nata. Mesmo com muito treino e prática, aqueles que não possuem talento natural para a música, não serão capazes de tocar no mesmo nível dos que têm essa qualidade nata.

Conquanto Deus, por vezes, mude nossos dons naturais, em geral esse o é o Seu método. Normalmente Ele opera através de, e com esses dons. Pare, portanto, e em dez ou quinze minutos escreva num pedaço de papel uma lista de suas aptidões. Essa lista será de muito valor para você, mais tarde. Pare de ler agora mesmo, e faça essa lista!

 

b.  Temperamento. A segunda coisa que você quer examinar é o seu temperamento. A pergunta, aqui, é “O que gosto, realmente, de fazer?” Alguns cristãos têm a idéia de que seja pecado fazer aquilo de que gostam. Existem coisas que talvez lhe dêem prazer e que seriam pecado. Mas o fato de você gostar de fazê-las não é o que as torna pecado.

Do que você gosta pode, muita vezes, ser uma indicação do que você deveria estar fazendo. Isto é porque os nossos gostos e antipatias, na maioria das vezes, indicam se uma determinada posição é apropriada ou não, para o nosso temperamento. Faça uma lista das coisas que você gosta de fazer.

 

c.  Inteligência. O terceiro fator que recebemos ao nascer, é a inteligência. “Como é que me desempenho na resolução de problemas?”

Todo mundo é bom em algum raciocínio.

Mas entender qual é a nossa melhor habilidade, é uma de nossas dificuldades.

A inteligência é a capacidade de dar uma contribuição útil aos outros e cuidar de si mesmo.

Sua capacidade de pensamento claro e lógico é essencial para uma boa liderança. As conclusões do seu processo de raciocínio devem sempre concordar com os ensinamentos da Bíblia. Este é o teste final da inteligência.

 

2.  A Influência do Treinamento.

A segunda área que precisamos avaliar é a influência do treinamento sobre aquilo que somos por nascimento. Há três aspectos principais que causam impacto sobre a nossa vida como crentes.

 

a.  Família. Primeiro, a maior influência sobre a vida de uma pessoa é a família. A posição dos pais molda os filhos para certos hábitos, certo estilo de vida.

Se você nasceu num lar amoroso em que o seu pai e a sua e se davam bem, isso o ajudará. Se eles deram bastante ênfase positiva aos filhos, desde o nascimento, você terá maior auto confiança e talvez ouse arriscar-se onde outras pessoas teriam medo.

Se os seus pais demonstraram muito amor, muito contacto físico, você naturalmente terá melhores chances de crescer e tornar-se pessoa amigável, que se relacione bem com os outros, tornando a vida um sucesso.

Mas talvez você venha de uma família menos ideal, como noventa por cento de nós. Temos alguns fatores negativos no nosso passado. Devemos estar cônscios deles.

Modelos negativos não são desculpas para desobedecermos a vontade de Deus.

Mas estar consciente dos moldes de treinamento da família poderá ajudá-lo (com a ajuda de Deus) a sobrepujar alguns dos aspectos negativos desse molde.

Entendendo isso, você pode aprender a ser um obreiro muito mais forte e positivo para o Senhor. Se você nunca se conscientizou dos efeitos da influência familiar, poderá passar pela vida ofendendo as pessoas e impedindo-se de realizar muito mais, porque as suas atitudes não despertam cooperação nas outras pessoas.

 

b.  Igreja. A segunda grande influência em sua vida (se você foi criado num lar cristão) é a igreja. Uma igreja também pode exercer influência bastante negativa em sua vida, dependendo do tipo de igreja em que você cresceu. Nos meus primeiros anos de vida, fui criado numa igreja em que a ênfase era hiper-emocionalista.

Se você foi criado nesse tipo de igreja, talvez pense que o emocionalismo seja espiritualidade e que é assim que a igreja deve ser.

Nossa igreja de origem, pode nos fazer crer que o cristianismo gire em torno de certas ladainhas, certos ritmos, respondendo a certas piadinhas que o pregador insere em suas mensagens. Certos chavões provocam certas respostas emocionais. Tudo isso faz parte da nossa cultura eclesiástica.

Se você vem de uma igreja muito conservadora, onde tudo é litúrgico e regulamentado, é óbvio que isso exercerá influência sobre o que você entende de Deus, do cristianismo e da Bíblia.

Em sua folha de avaliação, anote as in- fluências positivas e negativas de sua igreja em sua vida.

 

c.  Escolas. O preparo acadêmico formal é fator de extrema importância neste processo todo. O treinamento dado pela família, igreja e escola, causa impacto sobre a nossa vida e, junto com as nossas qualidades natas, nos tornam aquilo que somos.

O preparo é muito importante. Lucas 12:47 diz “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade do seu senhor e o se aprontou, nem faz segundo a sua vontade, será punido com muitos açoites. Preparo e treinamento o necessários para que cumpramos a vontade do Senhor.

Aqueles que fazem parte de comitês de avaliação de candidatos, devem prestar especial atenção ao que digo aqui. Vocês devem investigar cada candidato ao ministério ou missões, a fim de saber quem são, de nascença e por treinamento.

 

3.  A Graça de Deus.

A terceira área que necessitamos considerar em nosso inventário pessoal, é a graça de Deus. Para alguns de nós, a graça é o único fator compensador que possuímos. Digo isto com sinceridade.

Se alguém tivesse avaliado a minha vida com base no meu nascimento e instrução, teria estimado zero possibilidades. Sou muito grato pelo suprimento abundante da GRAÇA de Deus na minha vida. Isto, para o crente, é a grande recompensa.

O que significa a graça de Deus? Primeiramente, no contexto deste estudo, não estou falando de favor imerecido, embora seja este um dos significados da graça. Não me refiro à graça como “o oposto ao que merecemos”, embora isso também seja uma definição de graça.

Estou me referindo à “graça” conforme Paulo usa em diversas passagens do Novo Testamento.

 

a.  Habilidade Divina. Em 2 Coríntios 12:9 Paulo relata que o Senhor lhe disse: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.

O que o Senhor estava dizendo a Paulo?

o estaria dizendo “Meu favor imerecido” é suficiente para você. o estaria dizendo “dando-lhe o oposto ao que você merece,” é suficiente para você. Ele estava dizendo “Minha habilidade divina” é suficiente para que você viva vitorioso, apesar dos ataques do mensageiro de Satanás.

Se examinarmos nosso nascimento e instrução, nós, talvez, sejamos incompetentes. Temos que contar com a graça de Deus, a habilidade divina que Deus pode trazer para a nossa vida. Esta, para o crente, é a dimensão compensadora que o incrédulo não possui. A graça de Deus, habilidade divina, pode ser a grande compensação.

Observamos isso na vida de Davi que, quando ainda jovem, partiu para lutar contra Golias. O que foi que o fez ter êxito contra Golias? Foi a habilidade divina, a graça de Deus em sua vida.

O que foi que fez José ser bem-sucedido no Egito? Ele tinha muito bons antecedentes de nascimento, mas ele tinha somente 17 anos de idade quando foi preso; portanto ele não tinha muita educação formal.

Ele foi criado numa família nômade, nas colinas da Judéia. Ele recebeu uma comunicação divina, uma habilidade divina em sua vida, a qual fez com que se tornasse primeiro ministro do Egito.

Aqueles homens conheciam a abundância da graça de Deus. Anime- se! Jesus diz a você “A minha graça te basta.

Outra vez Paulo se refere a essa graça em 1 Coríntios 15:10: “Pela graça de Deus (habilidade divina), eu sou o que sou; e Sua graça que me foi dada, o foi em vão, mas labutei mais do que todos eles; contudo o eu, mas a graça de Deus que estava comigo”.

Paulo diz que a graça que lhe foi concedida, não foi em vão “Mas labutei mais abundantemente do que todos eles: contudo, o eu mas a graça de Deus que estava comigo”. Ele reconheceu que a graça de Deus era a grande recompensa para as fraquezas e deficiências humanas.

Da perspectiva judaica, Paulo viera de um bom lar. Ele era Benjamita. Quanto à instrução, você não podia culpá-lo.

Ele se sentou aos pés de Gamaliel e foi treinado para ser um membro do Sinédrio.

Para ser qualificado, ele teve que ser capaz de citar, de memória, os primeiros cinco livros da Bíblia. Seu conhecimento do Velho Testamento era sólido.

Ele disse: “Sou o que sou pela graça de Deus a grande recompensa! O que Paulo era por nascimento e por instrução, fizeram dele um assassino, apedrejador de cristãos, aos quais arrastava às prisões, permanecendo impassível enquanto Estêvão era martirizado, segurando as roupas daqueles que o apedrejavam.

Paulo nasceu e foi educado como um assassino. Mas, pela graça de Deus, ele conduziu milhares à salvação e à vida, e fundou muitas igrejas. Tornou-se um homem que salvou as vidas de outros, conduzindo-os à graça de Deus.

 

4.  Experiência.

Finalmente, precisamos avaliar nossa EXPERIÊNCIA. o existe pessoa no mundo mais perigosa do que a recém-formada pela Escola bíblica. Não há, no mundo, ninguém mais perigoso do que o pastor que acaba de formar-se em faculdade teológica.

Por que ele é tão perigoso? Talvez ele possua fortes habilidades naturais e instrução. Talvez ele tenha recebido habilidade divina (graça). O que lhe falta? experiência!

Assumir com presunção a liderança de uma igreja, de um projeto de ministério para o qual não se tem experiência, geralmente resulta em desastre.

Você talvez tenha capacidade, preparo e, até mesmo, graça confirmadora; mas sem experiência, você pode gerar problemas para si mesmo e, talvez, para milhares de outros.

 

a.  Teste Suas Idéias. Quando chegam homens com doutrinas novas, conceitos ou idéias novos e que dizem revolucionarão a igreja ou o mundo, lhes digo: “Irmãos, vão testar as suas idéias, por uns dois anos, com trinta pessoas, voltem e me digam se funciona”.

Não quero ser parte de qualquer “experiência sociológica ou religiosa, em massa porque é isso que será nos primeiros dois a cinco anos.

A Bíblia nos admoesta em 1 Reis 20:11, “Não se gabe quem se cinge como aquele vitorioso se descinge”. Qual é a diferença?

Aquele que está vestido com a sua armadura, não tem experiência. Aquele que a está despojando, está retornando da batalha, com vantagem valiosa.

“Não se gabe quem se cinge como aquele vitorioso que se descinge”. Isto nos ensina que até que uma idéia seja testada pela escola da experiência, você pode levar a pique você mesmo e muitas outras pessoas, no processo.

Não existe coisa tão importante que não possa ser testada a fim de provar sua validade. Se você tem princípios que funcionam, o mundo fará fila para aprendê-los – porque todos desejam ser bem-sucedidos.

Porém, como líderes, devemos evitar conceitos o testados, o provados, mesmo quando eles são populares e acompanhados de “fanfarra”. Não se gabe enquanto você está vestido com a armadura. Espere até que a tenha experimentado. Se você testou a sua armadura no meio de várias batalhas e ainda sobrevive, volte e conte-me sobre a sua idéia. É provável que a sua técnica funcione. Mas se você perde a batalha, eu terei que ser cauteloso quanto aos seus princípios.

 

b.  Davi Tinha  Experiência. Vejamos a história de Davi e Golias. Muitas vezes, professores de escola dominical, interpretam-na como um relato de um jovem inocente e inexperiente, que foi capaz de derrotar um guerreiro gigante, munido apenas de bravura e perícia para ajudá-lo.

Quero destacar uma coisa muito interessante nessa história.

Davi se ofereceu para lutar contra Golias.

Ele foi o único, em todo Israel, a se apresentar para a tarefa.

Davi nasceu na família certa. Teve a instrução certa. Ele já havia sido ungido pelo profeta (1 Sm 16:12). Ele recebera a graça de Deus e, com todas aquelas vantagens, Davi o se aventurava a fazer algo além da sua experiência.

Leia com cuidado 1 Samuel 17:34-40. Você observará que Davi usou a sua experiência para convencer a Saul de que devia deixá-lo lutar contra Golias. Qual era a sua experiência?

Ele disse a Saul: “O teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho; e eu sai após ele, e o feri, e livrei-a da sua boca: e, levantando-se ele contra mim, lancei-lhe o da barba, e o feri, e o matei.

“Assim feriu o teu servo o leão como o urso: assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo.”

Disse mais Davi: “O Senhor me livrou da mão do leão, e da do urso; Ele me livrará da mão deste filisteu.” Sobre o que foi que Davi baseou o seu compromisso? experiência!

 

c.  Não um Novato. Há uma mentalidade incrível na igreja, que diz que um homem pode tornar-se apto para o serviço missionário, simplesmente por caminhar até ao altar e “render-se ao chamado divino”.

Isso está além do alcance da razão. Não entendo essa espécie de pensamento no entanto, é a única qualificação que muitos aspirantes às missões possuem.

Quando é que fizeram um inventário dos seus recursos? Quando é que eles (ou outros) avaliaram o que eram por nascimento instrução, pela graça de Deus ou pela experiência? Convém reconhecer que a experiência é parte importante da embalagem.

Note, um pouco mais adiante, em 1 Samuel 17:38, 39: “Saul vestiu a Davi, com a sua armadura,  e lhe s sobre a cabeça, um capacete de cobre, e o armou com uma couraça. Davi cingiu a sua espada sobre a armadura  e experimentou andar,  pois jamais a havia usadoentão Davi disse a Saul: o posso andar com isso, pois nunca a usei. E Davi tirou aquilo de cima dele’. Davi o lutaria com armas e armadura com as quais não tivesse experiência.

Paulo delineia qualidades de liderança dizendo, em 1 Timóteo 3:6,10 ... o seja neófito, para o suceder que ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo”. Noutras palavras, tem que haver alguma espécie de seleção na qual a origem e a experiência sejam validadas antes da pessoa ser promovida a um cargo de liderança.

 

d.  Uma História  de Credibilidade.                 

Quando se toma um desafio de , este deve ser precedido de realizações de fé do passa- do. Voltando ao exemplo de Davi: seu encontro com Golias não foi simplesmente um caso de um pastorzinho jovem, cuja única arma era a , contra um gigante enfurecido por muitas batalhas.

Davi tinha um histórico anterior, de conquistas de fé.

Como ele disse a Saul: O leão e o urso vieram sobre minhas ovelhas e eu os matei, rasguei o leão tive vitória, e vou fazer o mesmo com aquele filisteu de boca suja” (tradução livre).

O fato é que seus atos presentes têm que estar de acordo com o seu histórico de realizações de fé.

De vez em quando vejo pastores com congregações de 300 pessoas, saltarem para programas de construção de auditórios para 3.000 pessoas. Eles se gabam, “Irmão, Deus me deu uma visão”.

Se você planejar saltar de 300 para 3.000, você pode ter visão, mas é certo que na possui muita sabedoria. A Bíblia diz que nos movemos “De fé em fé, de glória em glória”. Isso significa que devemos dar passos menores com os quais podemos lidar.

Talvez você chegue a ter uma congregação de 3.000, mas é mais provável atingir esse alvo andando em estágios organizados de planejamento, “linha sobre linha, preceito sobre preceito”.

Se você tem trinta, construa primeiro para sessenta. Quando atingir 80% do alvo projetado, comece a implementar o próximo passo planejado. Por exemplo, quando tiver 48, em seu alvo de 60, comece a construir para 120. Quando tiver cerca de 100, comece a construir para 300, e assim por diante até 3.000. Se você permitir tempo suficiente, poderá atingir os 3.000 numa série de passos progressivos de fé.

o se vai de zero realizações, à conquista total, numa batalha. Toma-se uma série de passos de . Se você começa a tomar uma série de passos de , talvez nem sempre tenha todo o dinheiro para começar o próximo passo. Mas se você tem um histórico de realizações de , e tem confiado em Deus, no passado, tendo-O visto operar no cumprimento de Suas promessas você possui “fé verdadeira, e os recursos virão.

Se Deus lhe deu liderança e credibilidade provada, no seu planejamento, o povo da congregação dará as finanças para sustentar a sua visão. Novas conquistas de fé crescem a partir das realizações de do passado. Quando você tem experiência, sabe que Deus intervirá e você” verá mais milagres como jamais viu em sua vida.

 

5.  Sumário.

o estas quatro áreas: nascimento, instrução, graça  e experiência,  que formam as fundações sobre as quais construir o seu futuro. Depois de fazer esta análise, você está pronto para enfrentar o futuro e agarrar os seus desafios e oportunidades. (Veja o diagrama no inicio do capítulo).

Quero, agora, desafiá-lo: se você nunca fez um inventário assim, em sua vida, ajoelhe-se, agora mesmo, para orar. Tome algum tempo para olhar para o Senhor, e procure escrever o inventário de sua vida.

o se torne introspectivo, o fique abatido com o que na área de suas aptidões, temperamento ou inteligência. Talvez fosse fraca a sua instrução, mas olhe para a graça de Deus. É a grande compensação para as suas deficiências e fraquezas.

Se a graça de Deus o tem se desenvolvido em sua vida, ou se você não tem base de experiência, adie um pouco o seu plano de ação. Adie os seu alvos e planejamento até que você tenha buscado o Senhor seria- mente na oração, e tenha recebido a graça de Deus e obtido alguma experiência que a comprove. Trabalhe com um líder bem-sucedido, por dois ou três anos. Obtenha experiência.

Você verá que ao tomar tempo para avaliar com sobriedade a sua medida de , você será dirigido até ao ponto em que estará pronto para lançar-se a um desafio novo para o Senhor. E poderá realizar algumas coisas, as quais você nunca imaginou ter capacidade para completar.

Acompanhe-me inclinando o coração em oração.

Senhor Jesus, confio que após cada um ter avaliado cuidadosamente sua vida, poderá dizer com o apóstolo Paulo“Pela graça de Deus sou o que sou”. Senhor, oro para que sejamos inspirados a sair e trabalhar mais diligentemente, derramandnossa vida integralmente, para que venham ao Teu reino, Tua vontade seja feita na terra, assim como no céu.

Senhor, livra-nos de altivez e ambição humana e iniciativas em desacordo com Tua Soberania. Que a compreensão do Teu propósito para a nossa vida, nos seja revelada pelo Teu Espírito.

Ajuda-nos a servir-te mais plena e efetivamente, nestes dias gloriosos de oportunidades. Nós Te louvamos e Te agradecemos, enquanto Te pedimos isto no incomparável nome de Jesus. AMÉM!

 

 

 

 

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