SEÇÃO D5
A CURA DOS CORPOS ENFERMOS
Gerald Rowlands
Capítulo 5
A Evangelização e Curas do Novo Testamento
Introdução
Já vimos claramente nos capítulos anteriores que:
Deus é um Deus que cura. “Eu sou o Senhor que te sara” (Êx 15:26).
Cristo é um Cristo que cura. “Pelas Suas feridas fostes sarados” (1 Pe 2:24).
A Palavra é uma Palavra que cura. “Enviou a Sua Palavra e os sarou” (Sl 107:20).
A Igreja do Novo Testamento era uma Comunidade que curava. “E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos” (At 5:12).
Deus quer que a Sua Igreja hoje seja um instrumento de curas!
A. A EVANGELIZAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO INCLUÍA AS CURAS MILAGROSAS
Quando falamos da evangelização do Novo Testamento, referimo-nos àquele tipo de evangelização que é inspirado, ungido e fortalecido pelo Espírito Santo, e que é confirmado pelos mesmos sinais, maravilhas e milagres que seguiam ao ministério da Igreja Primitiva.
Infelizmente, muitos ministros hoje em dia contam com talento, treinamento, personalidade, capacidade organizacional, publicidade, etc. e dependem muito pouco do Espírito Santo. Segue-se daí a escassez de sinais miraculosos acompanhando os seus ministérios!
A Igreja Primitiva tinha muito pouco das coisas nas quais muitos, hoje colocam a sua fé. Não gozavam de nenhum prestígio ou posição na comunidade. Não tinham faculdades, universidades ou prédios magníficos. Tinham muito pouco dos requintes sociais resultantes da educação, cultura e posição social. Pelo contrário, eram os marginalizados pela sociedade em que viviam. Apesar de todas estas desvantagens aparentes, tiveram êxito em “virar o mundo de cabeça para baixo” para Cristo. Se empregássemos os princípios que são evidentes em seus ministérios, veríamos os mesmos resultados hoje!
Sinais, maravilhas, milagres e curas eram um fator essencial no crescimento da Igreja Primitiva. Os Atos dos Apóstolos está repleto de grandes milagres que Cristo fez através daqueles primeiros crentes. O livro de Atos não é somente uma narrativa histórica daquele período mas é, também, a planta ou projeto divino para a Igreja de todos os tempos. Nunca foi a intenção de Deus que os milagres desaparecessem com a morte dos Apóstolos. Os milagres não eram somente para a Era Apostólica; são também para os nossos dias!
Examinemos agora o efeito dinâmico dos milagres no programa da Igreja Primitiva.
B. O EFEITO DINÂMICO DOS MILAGRES
1. Os Milagres Atraíam Grandes Multidões
Isto acontecia no ministério de Jesus.
“Muitos, vendo os sinais que fazia, creram no Seu nome” (Jo 2:23).
“E grande multidão O seguia; porque via os sinais que operava sobre os enfermos” (Jo 6:2).
Acontecia também no ministério dos primeiros Apóstolos. O milagre realizado na porta do Templo chamada Formosa (At 3:1-16) fez com que 5.000 pessoas se voltassem para Cristo (At 4:4).
“E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais’’ (At 5:12,14).
“E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados’’ (At 5:16).
2. Os Milagres Confirmavam a Mensagem
Jesus predisse que sinais sobrenaturais acompanhariam a pregação do verdadeiro Evangelho. “E estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16:17,18). Um destes cinco sinais era: “Porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Mc 16:18).
“E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia” (At 8:6).
A conclusão é clara. As pessoas ficaram impressionadas pela autoridade de Filipe quando viram os milagres que acompanhavam o seu ministério e, consequentemente, prestaram muita atenção no que ele tinha a dizer. A receptividade foi tão grande que a cidade ficou cheia de grande alegria (At 8:8).
3. Os Milagres Satisfaziam as Verdadeiras Necessidades das Comunidades
Havia sempre uma tremenda multidão ao redor dos apóstolos, pois muitos enfermos queriam ser curados. Vinham por causa das curas. Muitos, porém, voltavam para suas casas, havendo recebido muito mais que curas – haviam recebido o Reino. Curas e milagres sempre atraem grandes multidões. Isto é tão verdadeiro hoje quanto o era nos tempos bíblicos. É em geral difícil para as pessoas admitirem que são pecadoras e carentes de um Salvador, mas não é difícil convencer um doente que ele precisa de cura. Ele está bem ciente desta necessidade. A verdadeira evangelização do Novo Testamento satisfaz tanto as necessidades físicas do homem, como também as espirituais.
4. Os Milagres Provavam a Ressurreição de Cristo Dentre os Mortos
Muitos disputavam os fatos sobre a Ressurreição de Cristo. Os muitos milagres que Deus começou a realizar em nome de Jesus convenciam as multidões da realidade da Ressurreição. Se Cristo ainda estivesse morto, então o Seu nome não teria poder algum. Quando Pedro falou com os anciãos com relação à cura do homem da Porta Formosa, ele disse: “Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós’’ (At 4:10). Pedro estava obviamente referindo-se ao milagre para provar-lhes que Cristo havia de fato ressuscitado dos mortos.
5. Os Milagres Traziam Glória a Deus
Com relação ao cego que foi curado lemos o seguinte: “E logo viu, e seguia-O, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus” ( Lc 18.35-43). Em outra ocasião, Jesus curou um paralítico. “E levantou-se, e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos” (Mc 2:12).
Com relação à cura do coxo à porta do Templo lemos o seguinte: “Porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera” (At 4:21).
6. Os Milagres Estabeleciam os Convertidos no Poder de Deus
Paulo disse aos coríntios que havia vindo “não com palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder, para que a sua fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Co 2:4,5).
Quando o Evangelho vem no poder sobrenatural de Deus, os convertidos são estabelecidos neste poder e através dele. A sabedoria dos homens (filosofia, lógica, racionalismo) não poderá nunca estabelecer a homens e mulheres na fé cristã.
C. PRINCÍPIOS E PRÁTICAS DA IGREJA PRIMITIVA QUE PRODUZIAM AS CURAS
1. Pregavam a Palavra de Deus
O sermão de Pedro no Dia de Pentecostes (Atos 2.14-36) e o discurso de Estevão (Atos Capítulo 7) são ótimos exemplos do conteúdo bíblico da pregação da Igreja Primitiva.
A pregação da Palavra de Deus traz consigo um peso divino de autoridade. Deus sempre apoia a Sua Palavra. “Eu velo sobre a Minha Palavra para a cumprir” (Jr 1:12).
A pregação da Palavra de Deus também cria fé nos ouvintes, como nada mais poderia criar. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus’’ (Rm 10:17).
A pregação deles exaltava a Jesus Cristo. Ele era o grande tema da mensagem deles. Citavam todas as profecias que se relacionavam com Ele. Mostravam como a Palavra de Deus havia predito a Sua vinda e como Ele havia cumprido todas as profecias. Mostravam claramente que Jesus era de fato o Filho de Deus.
A pregação deles claramente anunciava o Senhorio e autoridade que Deus havia outorgado a Jesus. O título “Senhor Jesus Cristo” aparecia vigorosamente em suas pregações e ensinamentos. Ensinavam que Deus havia feito de Jesus a autoridade máxima sobre todas as coisas. “Jesus Cristo é o Senhor” era o tema subjacente em todos os seus ensinamentos.
Ele é o Senhor sobre todas as coisas. Ele é o Senhor da Criação e o Senhor da Redenção.
Ele é o Senhor sobre Satanás, havendo despojado os principados e potestades através da Sua morte na Cruz.
Ele é o Senhor sobre o temor, doenças, enfermidades e sobre os demônios.
As pessoas eram confortadas ao perceberem que, quando o Senhorio de Cristo era estabelecido em sua vida, era também estabelecido sobre suas circunstâncias.
2. Exercitavam Uma Autoridade Espiritual
Os líderes da Igreja Primitiva eram pro- fundamente cientes da autoridade que Deus lhes havia concedido através de Jesus. Cristo havia dito a eles claramente: “Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu Nome, Ele vo-lo há de dar” (Jo 16:23). Ele havia outorgado a eles uma “procuração” ou um direito legal de agirem em Seu Nome. Isto significa agir em Seu lugar.
Em face a um caso patético, um coxo desde o seu nascimento, os discípulos tiveram a primeira oportunidade de usar a sua recém outorgada autoridade. “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At 3:6).
Pedro mais tarde esclareceu aos seus estarrecidos ouvintes que foi através da autoridade do Nome de Jesus, e pela fé neste Nome, que o coxo agora estava são diante deles (At 3:16; 4:10).
Jesus havia ordenado que eles saíssem em Seu Nome e que usassem a autoridade de Seu Nome (Mc 16:17,18; Jo 14:12-15; Jo 15:16). Esta autoridade ainda reveste a Igreja de hoje.
Os primeiros discípulos sabiam quem eram e o que era a autoridade deles. Não tinham confiança alguma em suas capacidades ou recursos naturais. Tinham, porém, uma confiança suprema na autoridade inerente ao Nome de Jesus. Sabiam que o poder do trono de Deus estava por detrás deste Nome. Deus tornou acessível à humanidade todo o Seu poder e autoridade, em Nome de Jesus.
Há cura e plena saúde no Nome de Jesus. Ao falarmos neste Nome, os demônios têm que obedecer-nos. As doenças têm que recuar diante do poder e autoridade deste Nome.
Jesus deu a você a autoridade deste Nome. Ele quer que você vá em frente e exercite esta autoridade. Fale em Seu Nome.
Ordene que as doenças saiam neste Nome.
3. Incentivavam as Pessoas a Serem Curadas
Pedro abaixou-se, tomou o coxo pela mão e começou a ajudá-lo a ficar em pé. Foi naquele preciso momento, quando o homem começou a levantar-se com fé, que o poder de Deus passou por seu corpo e o curou completamente (At 3:7).
Sem o incentivo ativo de Pedro, talvez o milagre nunca tivesse acontecido. Ministrar a cura envolve muito mais do que instruir os enfermos e dar apenas um ânimo verbal.
Após haver falado com ele com autoridade espiritual, no Nome de Jesus, Pedro, em seguida, ativamente o ajudou a fazer o que nunca pôde fazer antes.
Esta ação de fé liberou o poder de Deus para os membros incapacitados daquele homem. Os seus pés e tornozelos foram fortalecidos. “E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando e saltando, e louvando a Deus” (At 3:8).
4. Falavam Pelo Poder do Espírito
No cenáculo, os discípulos haviam sido cheios com o Espírito Santo. Foi uma experiência que transformou sua vida. Eram homens diferentes ao saírem daquela sala. Uma das mudanças mais notáveis que aconteceu foi a nova ousadia que manifestavam. Pedro foi o primeiro exemplo disto. Antes do Pentecostes ele havia sido medroso e agia com covardia; teve medo até de confessar que conhecia a Jesus e de admitir a uma jovem serva que ele era um seguidor de Jesus.
Agora Pedro surgia, repleto de uma nova confiança e de uma ousadia santa. Começou imediatamente a liberar esta ousadia à medida que pregava Cristo à multidão. Estas eram exatamente as mesmas pessoas que haviam crucificado a Jesus e a quem Pedro havia temido tanto. Agora proclamava-lhes o Senhorio de Cristo com grande autoridade e ousadia.
Atos 4:8 é um exemplo de um discurso ousado, inspirado pelo Espírito Santo. “Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse...”
Muitas pregações modernas carecem desta qualidade de ousadia. São apologéticas e fracas. Uma das razões é que os pregadores em geral apresentam suas próprias ideias e pensamentos, em vez de proclamarem fielmente a Palavra e os conselhos de Deus. Outra razão é que confiam em suas capacidades de oratória, em vez da unção do Espírito Santo. Pregam com as palavras persuasivas da sabedoria humana, em vez de demonstrarem o poder do Espírito. Paulo não fez isto. Ele, mais do que todos, tinha capacidade para fazê-lo. A sua instrução e treinamento religioso haviam lhe dado a capacidade de falar com a sabedoria dos homens, mas, ao contrário, escolheu depender totalmente da inspiração e unção do Espírito.
5. Agiam Também com Ousadia
As pessoas ficaram maravilhadas com a ousadia de Pedro e João e reconheceram que este tipo de ousadia era resultado de terem passado algum tempo com Jesus (At 4:13). Tinha as mesmas características que a ousadia de Jesus. Não era a impetuosidade de uma auto confiança, e sim a autoridade tranquila dos que sabem que Deus está com eles para confirmar a Sua Palavra em suas bocas e ações.
Quando as autoridades locais estritamente proibiram que falassem ou ensinassem em Nome de Jesus, a reação deles foi buscarem a Deus intensamente em oração para uma medida de ousadia ainda maior (At 4:29).
As ações ousadas nascem em alguém que conhece a sua autoridade divinamente outorgada e que age nos limites das áreas prescritas por ela. No ministério de curas, estas ações são o resultado de:
a. Sabermos que Deus fez uma aliança para nos curar.
b. Termos um entendimento completo da Palavra de Deus com relação às curas.
c. Sabermos a vontade de Deus na questão das curas.
d. Possuirmos uma certeza de fé que Deus curará uma determinada pessoa.
e. Crermos que Deus confirmará a Sua Palavra com os sinais que se seguem.
6. Realizavam Muitos Sinais e Maravilhas no Meio do Povo
A igreja Primitiva gozava de uma tremenda aceitação nas comunidades locais devido ao grande ministério de milagres que Deus lhe estava concedendo (At 5:12,13).
Os milagres dramatizam a apresentação do Evangelho.
Os milagres confirmam a verdade da mensagem.
Os milagres atraem as multidões (At 5:14).
Os milagres convencem os não convertidos de que esta obra é verdadeiramente de Deus.
Esta ênfase nos milagres, sinais e maravilhas era uma das chaves vitais com as quais a Igreja abriu as portas ao mundo pagão. O Evangelho espalhou-se tão rapidamente naqueles dias por causa da autoridade que era evidente num ministério confirmado por milagres.
Estes milagres ainda são uma parte essencial do Evangelho. O argumento de alguns de que os milagres não mais atraem ou convencem porque as pessoas tornaram-se muito sofisticadas não tem fundamento. As igrejas de hoje que estão causando o maior impacto e experimentando o maior crescimento são principalmente os grupos que estão exercitando o ministério de milagres.
7. Ensinamentos Diários Consistentes Sobre Jesus Cristo
A mensagem da Igreja Primitiva era relativamente simples – pregavam e ensinavam sobre Jesus Cristo (At 5:42).
A mensagem deles não se tornava complicada por ênfases denominacionais. Não era diluída ou enfraquecida por doutrinas modernistas. O ensinamento deles não se compunha de teorias teológicas.
Não ensinavam uma doutrina, mas apresentavam uma Pessoa. Não ensinavam a “letra da lei,” a qual mata, mas ministravam o Espírito da Palavra, que vivifica (2 Co 3:6).
Seus ensinamentos não estavam restritos à área do Templo. Ensinavam também, diariamente, em todas as casas. Jesus era introduzido na realidade prática de sua vida cotidiana. Ele não estava dentro de um pequeno armário religioso com os dizeres: “Abra somente aos domingos.”
Ao ensinarem sobre Jesus Cristo, exaltavam-No como supremo Senhor (At 2:36). Apresentavam-No como o único Salvador (At 2:38; 4:12).
Apresentavam-No como o Poderoso Médico (At 3:6-8,16).
Apresentavam-No como o Batizador no Espírito Santo (At 2:38).
Constante e consistentemente O exaltavam em suas pregações e ensinamentos.
O ministério deles era tanto inspirador como instrutivo. Inspirava a fé. A Bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17). Infelizmente, a fé “vai embora’’ em muitas pregações modernas. Muitos pregadores hoje tendem a solapar e destruir a fé, em vez de criá-la e fortalecê-la.
A ênfase consistente na área dos milagres no ministério da Igreja Primitiva incentivava o aparecimento de líderes carismáticos. Tanto Estevão como Filipe foram inicialmente apontados como diáconos para ajudarem na administração (At 6:1-7). A próxima vez em que lemos a respeito de Estevão, ele está pregando uma tremenda mensagem a uma grande multidão (At 7). A próxima referência a Filipe descreve o seu ministério de milagres em Samaria. “Pregava-lhes a Cristo” (At 8:5).
O conteúdo da sua mensagem e a indicação dos assuntos que ele mencionou ao pregar a Cristo são revelados nas coisas que começaram a surgir dentre seus ouvintes.
Lucas diz que Filipe pregou “as coisas concernentes ao Reino de Deus e ao Nome de Jesus” (e tudo o que a autoridade deste Nome poderia significar para eles). Que assuntos gloriosos! Quão profundo ele foi, pregando sobre estes grandes temas, proclamando a plenitude do Evangelho de Cristo!
Na atmosfera de fé que foi criada pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus, milagres começaram a acontecer.
“Os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade” (At 8:7, 8).
Filipe é a única pessoa do Novo Testamento que é especificamente designada como “evangelista.” A sua missão a Samaria, portanto, deve ser reconhecida como um exemplo do ministério de evangelista. Incluía pregar sobre Cristo, mas também o ministério de curas e expulsão de espíritos imundos. O impacto que teve lugar em Samaria nunca poderia ter sido tão grande sem os elementos miraculosos do seu ministério.
O propósito e desejo de Deus para a Igreja de nossos dias é que ela também possa fazer um tremendo impacto no mundo dos descrentes. Isto somente poderá acontecer se crermos em Deus para uma grande restauração do Seu poder milagroso sobre a Igreja. O Espírito Santo está trabalhando em toda a Terra para realizar isto. Que nosso coração e mente possam estar abertos ao Espírito, para que Ele possa cumprir o Seu propósito em nós!
D. O DESAFIO DIANTE DE NÓS
A despeito do rápido e notável progresso da medicina nos últimos anos, a quantidade de doenças no mundo permanece extremamente alta. Ao mesmo tempo em que tratamentos e curas eficazes são descobertos para um tipo de doença, uma outra variedade de enfermidade entra em cena. Permanece, portanto, uma tremenda necessidade de curas. Certamente, o sofrimento e angústia destes enfermos por todo o mundo apresentam um grande desafio à Igreja Cristã!
Este desafio está sendo respondido até certo ponto pela dedicação de peritos médicos e enfermeiras crentes, os quais se dão incansavelmente, buscando aliviar as enfermidades da humanidade. Os ministros também precisam enfrentar este desafio. Cristo comissionou os Seus servos a “pregarem o Evangelho e curarem os enfermos.” Ele nos deu a responsabilidade de aliviarmos os sofrimentos da humanidade. Como podemos estar preparados para este desafio solene?
1. A Nossa Responsabilidade
O Evangelho é as Boas Novas de libertação e cura em Nome de Jesus. Esta libertação e cura são para o homem completo. Todo ministro e toda igreja devem ter isto como um objetivo principal, e precisam buscá-lo pela fé em Jesus, para que vejam a cura física acontecendo em suas comunidades.
Os nossos ensinamentos deveriam trazer cura à mente e ao espírito das pessoas. Podemos medir o fruto deste ministério através do crescimento do amor e da fé na igreja local. Então a própria igreja ministrará cura aos necessitados e solitários. Nem todo ministro tem um ministério de curas capaz de atrair a milhares de pessoas. Todo ministro, no entanto, deve poder ver evidências claras de curas, de acordo com o entendimento bíblico de cura para o homem total.
Os ministros são servos de Cristo. É a nossa tarefa fazermos pelos outros o que o Próprio Cristo faria. Ele traria cura para corpos doentes, almas doentes e espíritos doentes. O que pode fazer um pastor comum para proporcionar esta cura à sua comunidade?
2. Como Curar
a. Pregue a Palavra. Paulo disse a Timóteo: “Que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (1 Tm 4:2). A Palavra de Deus tem qualidades terapêuticas. “Enviou a Sua Palavra e os sarou; e os livrou da sua destruição” (Sl 107:20).
Deveríamos “pregar o Evangelho de Cristo em sua plenitude” assim como Paulo o fez. (Rm 15:17-21).
“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Rm 10:17).
b. Ensine o Povo. O nosso ministério de ensino deveria ter uma ênfase especial em curas. Ensine os assuntos que tenham significados especiais com relação às curas. Ensine sobre o perdão, atitudes corretas e relacionamentos corretos. Faça estudos especiais sobre a harmonia doméstica e a estrutura bíblica da família cristã. Eduque as pessoas com vistas a um pensar e crer corretos. Ensine-as sobre os frutos do Espírito. Estes atributos são anabólicos, isto é, fortalecem a nossa vida emocional e caráter.
Por outro lado, as obras da carne são catabólicas, isto é, destroem a nossa vida. Faça com que a ênfase do seu ensino seja positiva. Não dê uma importância maior a questões secundárias e a conceitos negativos.
c. Faça da Santa Ceia um Culto de Curas. Ensine à sua congregação a maneira correta de se participar na Santa Ceia. A participação digna abençoa e fortalece o povo. Este culto em particular, mais do que todos os demais, pode ser um verdadeiro culto de curas. Dê-lhe prioridade máxima. O seu povo será enormemente beneficiado, espiritual, psicológica e fisicamente.
d. Estimule o Ministério dos Presbíteros. Inclua o ministério de presbíteros, assim como foi descrito por Tiago, como parte do programa da sua igreja. Incentive a sua congregação a chamar os presbíteros quando estiverem doentes. Este ministério pode ter lugar no seu culto de louvor. Permita que os doentes venham ao altar e unge-os com óleo em Nome do Senhor. Imponha as mãos sobre eles e faça a oração da fé em nome deles. Espere ver Deus executar milagres de curas em seu meio.
E. CONCLUSÃO
O programa da Igreja de acordo com Tiago é:
Anunciar a libertação aos cativos, a recuperação da visão aos cegos (também a recuperação da mentalidade, sobriedade, dignidade, etc.), e a libertação para os oprimidos (Lc 4:18).
Permita que esta espécie de ministério funcione em sua comunidade para a glória de Deus. Que Ele possa conceder muitos sinais, maravilhas e milagres grandiosos, seguindo o seu ministério (Hb 2:3,4; Mc 16:20).
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Versículos do Estudo:
35 Ora, quando ele ia chegando a Jericó, estava um cego sentado junto do caminho, mendigando.
36 Este, pois, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo.
37 Disseram-lhe que Jesus, o nazareno, ia passando.
38 Então ele se pôs a clamar, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
39 E os que iam à frente repreendiam-no, para que se calasse; ele, porém, clamava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim!
40 Parou, pois, Jesus, e mandou que lho trouxessem. Tendo ele chegado, perguntou-lhe:
41 Que queres que te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu veja.
42 Disse-lhe Jesus: Vê; a tua fé te salvou.
43 Imediatamente recuperou a vista, e o foi seguindo, gloficando a Deus. E todo o povo, vendo isso, dava louvores a Deus.
Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém, seja- vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
6 Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.
7 Nisso, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente os seus pés e artelhos se firmaram
8 e, dando ele um salto, pôs-se em pé. Começou a andar e entrou com eles no templo, andando, saltando e louvando a Deus.
16 E pela fé em seu nome fez o seu nome fortalecer a este homem que vedes e conheceis; sim, a fé, que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita
saúde.
1 E disse o sumo sacerdote: Porventura são assim estas coisas?
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