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D5.4 - Maneiras e Métodos de Cura: Parte II

E

 

SEÇÃO  D5

A CURA DOS CORPOS  ENFERMOS

 Gerald Rowlands

 

Capítulo 4

Maneiras e Métodos de Cura: Parte II

 

A. CURA EVANGELÍSTICA

Este é o ministério de cura que Jesus disse que seguiria a pregação do Evangelho. É uma das cinco evidências que Ele prometeu que sempre seguiriam a proclamação do verdadeiro Evangelho (Mc 16.20-21). Várias coisas são necessárias para vermos a manifestação desta espécie de curas:

 

1.  Pregue o Evangelho

O mandamento que precedia a promessa foi: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura (Mc 16:15). Isto é um ministério evangelístico, ou seja, ir a novos territórios e proclamar o Evangelho aos não convertidos. Paulo seguia esta regra. Ele procurava pregar o Evangelho onde Cristo o havia ainda sido proclamado, em vez de construir sobre um alicerce já estabelecido por outrem. Consequentemente, seu ministério era confirmado por Deus com “sinais  e prodígios poderosos, no poder do Espírito de Deus” (Rm 15:18-20). O resultado foi que os gentios tornaram-se obedientes ao Evangelho pelas “palavras e ações de Paulo.

 

2.  Proclame a Cura Física

A proclamação do Evangelho no contexto do Novo Testamento incluía uma ênfase na cura física, como também na esperança da salvação eterna. Uma grande parte do ministério de Jesus era preenchido com a ministração aos doentes e aflitos, os quais vinham a Ele em multidões. Lemos que, em muitas ocasiões, “Ele os curou a todos’ (Mt 8:16). Da mesma maneira, multidões de enfermos vinham aos Apóstolos. Pelo menos em uma ocasião, a sombra de Pedro, à medida que ele passava pelos doentes, trouxe cura e libertação (At 5:15,16). Muitas maravilhas, sinais e milagres eram feitos pelos Apóstolos (At 5:12). Foi basicamente devido a estes sinais que grandes multidões foram subsequentemente adicionadas à Igreja (At 5:14).

 

3.  Imponha as Mãos Sobre os Doentes

A imposição de mãos era também uma característica específica deste aspecto das curas. Considere alguns aspectos sobre a importância deste acontecimento. No contexto cultural do povo, a imposição de mãos era frequentemente usada para conceder algo a alguém. Em geral era a concessão de alguma honra ou bênção, privilégio, etc. Assim sendo, as pessoas que recebiam imposições de mãos, tradicionalmente esperariam receber algo. Observe o que Jesus falou sobre isto. o aqueles “que creem, que deveriam impor as mãos sobre os enfermos. Isto deve ser feito “em nome de Jesus. As mãos do crente devem ser estendidas em direção ao doente e impostas sobre ele. Jesus declarou: “E serão curados.”At 5:12

Ao estendermos as nossas mãos em direção aos doentes estamos nos identificando com eles. Fazemos isto “em nome de Jesus.

 

Ao fazermos isto com fé, tornamo-nos uma extensão das mãos do Senhor. Deus não tem mãos, a não ser as nossas, com as quais Ele pode alcançar um mundo tão necessitado.

A pregação do Evangelho e a imposição de mãos nos doentes são um mandamento de Cristo. Devemos ser obedientes a Ele. Devemos fazer isto com fé.

Quando você tocar os aflitos, clame a promessa de Deus naquele momento. Jesus disse: “E serão curados.”

A recuperação não é necessariamente uma cura imediata, instantânea. Pode ser um processo. Começa no momento do contato, mas é possível que algum tempo se passe até que seja completada. Não perca a fé. Não comece a duvidar. Mantenha uma atitude de fé positiva na declaração de Deus. A Sua Palavra é verdadeira. Não pode falhar.

Este ministério de cura deveria acompanhar todo evangelista. Esta é a promessa implícita nesta incumbência. Deveria acompanhar a todos os crentes. Estes sinais hão de seguir aos que creem.

 

B. CURA ECLESIÁSTICA

Conquanto a cura evangelística seja primariamente um ministério aos não convertidos, convencê-los da verdade e da realidade do Evangelho, ou “cura evangelística, é um ministério dentro da igreja.

A passagem bíblica que forma uma base para o nosso estudo deste canal de cura é Tiago 5:14-16. “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, parque sareis;  a oração  feita por um justo pode muito em seus feitos.”

As instruções desta passagem são dirigidas especificamente aos cristãos. “Está alguém entre s doente? indica claramente que Tiago está se dirigindo aos que pertencem à Igreja. As instruções seguintes são bem diferentes daquelas de Marcos 16:15-20.

 

1.  Chame Pelos Presbíteros

O doente deve “chamar os presbíteros da igreja. A iniciativa é do doente, o qual deve fazer o pedido para que os presbíteros venham ministrar-lhe.

 

2.  Confesse os Pecados

Deve haver uma confissão de culpas. Se algum pecado foi cometido, deve ser confessado também.

consideramos o fato de que muitas doenças começam em nosso interior. Talvez haja algum pecado . Talvez haja atitudes erradas. Muitas vezes há padrões de pensamentos prejudiciais e emoções negativas. São doenças espirituais, que produzem também enfermidades físicas. Tem que haver um reconhecimento e confissão destes pecados. A confissão revela estes destruidores escondidos. Nunca poderá haver uma cura destes problemas internos até que sejam confessados e que haja um arrependimento.

 

Muitos acham difícil reconhecerem que têm alguma falta. Consequentemente, nunca são curados nestas áreas. Devemos estar dispostos a deixar que Deus sonde os nossos corações e coloque o Seu dedo sobre qualquer atitude ou pensamento que for desagradável a Ele. Seja aberto e honesto diante de Deus. Ele é um Pai amoroso que quer curá-lo, e o um monstro terrível que deseja puni-lo. Ele não quer trazer à tona estas áreas problemáticas para embaraçá-lo ou envergonhá-lo. Ele quer tirá-las do seu coração e mente porque elas o estão envenenando e destruindo. Se Deus o conscientizar de algum pecado ou ressentimento, de algo que o esteja em harmonia com a Sua vontade, confesse-o aos presbíteros (líderes).

É melhor que isto seja feito em particular do que numa reunião pública. Contudo, há ocasiões em que uma confissão diante de todo o Corpo é necessária. Deve ser assim quando o pecado foi cometido contra esse grupo de pessoas. Caso contrário, a confissão deveria ser recebida pelos presbíteros, confidencialmente, e os detalhes deveriam permanecer em segredo com os mesmos.

 

Ainda que a confissão seja feita na presença dos presbíteros, estamos na verdade fazendo-a a Deus. Talvez tenhamos ofendido o nosso irmão, mas é contra Deus que pecamos, e por isto precisamos buscar seriamente o Seu perdão. Uma confissão também deveria ser feita à pessoa contra quem tenhamos pecado ou ofendido. Deveríamos fazer esta confissão num espírito de humildade, e sinceramente buscando o seu perdão.

 

Na Antiga Aliança, Deus exigia que uma oferta pelas transgressões fosse feita com relação a uma ofensa contra um irmão (Lv 6:1-7). Uma das exigências desta oferta envolvia a restituição total, mais 20%  (Lv 6:5).

O princípio aqui é que devemos tentar fazer uma restituição generosa à pessoa que ofendemos. Deveríamos tentar compensar o dano ou prejuízo que lhes causamos devido a nossas ações.

 

3.  A Unção com Óleo

O óleo é simbólico do Espírito Santo. Ao ungirmos alguém com óleo, estamos simbolicamente pedindo que o Espírito Santo manifeste a Sua presença e poder nesta situação. Estamos rogando que o Espírito Santo venha sobre esta pessoa, pela qual estamos a ponto de orarmos.

Os discípulos, evidentemente, usaram este método muito frequentemente. Em Marcos 6:13 lemos: E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.”

O óleo também simboliza a luz. O candelabro do Lugar Santo era na verdade uma lâmpada a óleo. Era o óleo, portanto, que fornecia a luz no Lugar Santo.

Assim sendo, ao ungirmos uma pessoa com óleo, estamos também dizendo: “Pai, reconhecemos que estamos fazendo isto na luz da Tua presença. Entendemos que nada está escondido de Ti. Tu sabes todas as coisas. Portanto, ajude-nos a sermos totalmente honestos nesta situação, pois nada que seja desonesto ou insincero escapa da Tua atenção. Se esta pessoa enferma, a qual está Te buscando agora, tiver qualquer culpa da qual, genuinamente, não tenha consciência, que a luz da Tua presença venha revelar estas coisas, para que, então, possam ser tratadas.”

O óleo é ainda simbólico da cura, pois contém propriedades curativas. Era, provavelmente, o remédio mais antigo conhecido pelo homem. Possui um efeito suavizaste e curativo. O homem que foi ajudado pelo Bom Samaritano teve óleo e vinho derramados em seus ferimentos; o vinho para limpar as feridas e o óleo para curá-las. Hoje, porém, ao ungirmos as pessoas com óleo, o o estamos aplicando como remédio, mas como um símbolo de cura, voltando-nos ao Espírito Santo para que Ele transmita a Sua cura ao enfermo.

 

4.  Faça a Oração da

Após a unção com óleo, os presbíteros devem em seguida fazer a oração da . Tiago diz: “E a oração da salvará o doente, e o Senhor o levantará” (Tg 5:15).

 

a.  A é Baseada Exclusivamente no que a Palavra de Deus Declara.

O fundamento sobre o qual a oração da fé se apoia é somente a integridade da Palavra de Deus. Ela não se volta para nenhuma outra fonte para uma confirmação ou fortalecimento. Ela crê implicitamente que a Palavra de Deus é a única fonte da verdade máxima ou total.

“Seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso (Rm 3:4). A bíblica tem suas origens na Palavra de Deus. “De sorte que a é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Rm 10:17). Segue-se que, se devemos ou queremos fazer a oração da fé, é necessário que nos familiarizemos totalmente com a Palavra de Deus em relação à Sua vontade no tocante à cura. Temos que saber, pela Sua Palavra, que é a Sua vontade curar. Deve haver um firme fundamento de fé, no profundo de nosso ser, e construído somente pela Palavra de Deus.

 

b.  A Oração da Fé Sabe a Vontade de Deus.

Um leproso disse certa vez a Jesus:

“Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo (Mt 8:2). Este leproso não tinha dúvida alguma quanto à capacidade de Jesus de curar a sua enfermidade. A sua dúvida era sobre se era ou não a Sua vontade de faze-lo. Jesus resolveu isto imediatamente ao responder: “Quero: limpo. E logo ficou purificado da lepra”  (Mt 8:3). Também precisamos ter em nosso coração a firme certeza de que é a vontade de Deus curar. Se alguma incerteza ou dúvida dentro de nós fizer com que terminemos a nossa oração com “se for a Tua vontade,” então o fizemos a oração da fé.

 

Além de sabermos pela Palavra que é a vontade de Deus curar os doentes, deveríamos também buscar a Deus seriamente para descobrirmos a Sua vontade específica para a pessoa pela qual estamos orando. Em outras palavras, ainda que seja sempre o desejo de Deus curar, às vezes a Sua cura é adiada por certas razões, e precisamos estar certos de que é realmente a vontade de Deus curar esta pessoa agora mesmo. Às vezes, ao buscarmos esta revelação específica, Deus nos mostra algum impedimento à manifestação do Seu poder de cura. Podemos, então, tentar retificar o problema e abrir o caminho para a realização da cura.

Tiago esclarece ainda que uma pessoa que duvida assim não recebe nada do Senhor (Tg 1:7). A oração da é, portanto, totalmente entregue à confiança de que Deus responderá a nossa oração e curará o enfermo. o há lugar algum para dúvidas, incertezas ou hesitações. Esta é uma oração de uma confiança suprema e de entrega.

 

c.  A Oração da Fé Tem um Objetivo Definido.

Jesus frequentemente perguntava: “Que queres que te faça? Em terminologia moderna estava perguntando: Qual é o seu desejo específico? Qual é a natureza específica dos seus pedidos?” Os cristãos, muito frequentemente, não são nada específicos em suas orações, a ponto de não saberem mais tarde se Deus respondeu suas orações ou não. Se orarmos vagamente não receberemos nada. Temos que definir especificamente o que estamos crendo que Deus fará e fazer com que o nosso pedido se faça conhecido a Ele em oração, com ações de graças.

Um cego a quem Jesus fez esta pergunta respondeu imediatamente:

“Mestre, que eu tenha vista (Mc 10:51). Ele declarou o seu desejo definitiva, específica e concisamente. Jesus respondeu ao seu pedido imediatamente e o homem recebeu a sua visão.

 

d.  A Oração  da Fé Pede e Recebe.

Muitos cristãos sinceros o compreendem que a oração da fé tanto significa pedir como receber. Pedir e continuar pedindo indefinidamente pode, às vezes, ser uma indicação da nossa incredulidade. Jesus disse: “Pedi,  e dar-se-vos-á (Mt 7:7). Assim, após fazermos o nosso pedido a Ele, precisamos então recebê-lo de Suas mãos, com as devidas ações de graças.

 

e.  A Oração da Tem Uma Motivação Correta.

Tiago explicou duas razões principais pelas quais, às vezes, não recebemos as respostas às nossas orações (Tg 4:2,3). A primeira é que, às vezes, simplesmente não oramos! A segunda razão é que oramos, mas com a motivação errada. Tiago diz que “pedimos mal” e por razões egoísticas. Deveríamos, portanto, ter a certeza de que as nossas motivações o puras. Queremos uma determinada coisa com uma razão correta? A razão correta é que Deus seja glorificado e o Seu Nome exaltado.

 

Qualquer coisa abaixo disto é frequentemente passível de suspeitas quanto à sua motivação.

Muitos desejam as coisas por razões extremamente egoísticas. Deus em geral o responde a orações egocêntricas. É bom esclarecermos as nossas motivações e certificarmo-nos de que sejam dignas.

O ministro que Deus talvez use para transmitir a cura deve também certificar-se de que as suas motivações sejam dignas.

Alguns oram pelos enfermos devido a motivações vãs e superficiais. Muitos ministros começam a pensar que o poder vem deles, ao invés de através deles. Muitos se ufanam porque Deus os está usando. Estes frequentemente se desqualificam para obras maiores e mais eficazes, devido a esta atitude carnal. Outros ainda procuram usar este dom de Deus com o fim de obterem lucros pessoais. Ao fazerem isto, pervertem este dom. O princípio é “de graça recebestes, de graça dai (Mt 10:8).

 

f.  A Oração da Fé Tem Uma Confiso Ousada.

Uma confissão positiva é essencial para que a funcione. “Cri,  por isso falei (2 Co 4:13). Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para  a salvação (Rm 10:10). “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (Hb 10:23).

Jesus explicou a relação entre a nossa confissão e o recebermos o que pedimos a Deus. “Porque  em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito” (Mc 11:23).

Se a sua confissão não está de acordo com a Palavra de Deus, então o é a fé que está falando. A sempre concorda com a Palavra de Deus. O significado literal do verbo “confessar no Novo Testamento grego é “concordar com” ou “dizer a mesma coisa.” Se quisermos fazer a oração da fé, sem duvidarmos, então a nossa conversação e confissão precisam estar também em harmonia com a nossa oração.

 

g.  A Oração da Fé Age de Acordo com a Nossa Confissão.

A nossa confissão de fé é uma declaração verbal que concorda com a atitude de fé que mantemos com relação à cura do enfermo. É necessário irmos além do nosso falar palavras de fé. É preciso que tenhamos ações de , ações que concordem com as declarações de que fazemos. Isto é, literalmente, agirmos com base na Palavra de Deus.

Tiago diz: A sem as obras é morta(Tg 2:20). Se professamos crer em algo mas não agimos com base nisto, então a nossa profissão de é vã.

Muito frequentemente Jesus exigia ações de fé daqueles que Ele curava. “Levanta-te, e toma o teu leito, e anda”, ordenou Ele ao paralítico (Mc 2:9). É em geral neste preciso momento, quando começamos a agir pela , que os milagres acontecem. Em contraste, muitos não recebem a cura porque, no momento em que deveriam agir pela , deixam de finalmente agir baseados nas promessas de Deus.

 

h. A Oração  da Fé Continua  Firme.

Hebreus 10:23 diz: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. Muitas vezes a nossa fé é testada no sentido de que o resultado que cremos que vamos ter o se manifesta imediatamente. Este é um fator muito crítico e importante no exercício da fé. A verdadeira fé tem uma qualidade duradoura, que continua crendo firmemente até mesmo quando os resultados não são imediatamente evidentes. A verdadeira não rejeita  a sua confissão, que tem grande e avultado galardão (Hb 10:35).

A bíblica refere-se somente ao que a Palavra de Deus declara. Não depende de sentimentos, sintomas ou evidências discernidas pelos sentidos naturais. Crê, confessa e age com base na Palavra de Deus. Assim sendo, quando o há nenhuma mudança ou melhoria aparente, apenas continua crendo que a Palavra de Deus é verdadeira. A sempre confessa que a Palavra é verdadeira e age de acordo com ela.

 

i.  A Oração a a Glória a Deus.

Abraão é bem conhecido como um homem de grande . O seu exemplo quanto a isto é tanto inspirador como instrutivo. Romanos 4:17-21 nos dá alguns princípios úteis com relação à operação de sua fé. Estes incluem o fato de que Abraão era zeloso em dar a glória a Deus. O problema com muitos cristãos é que Deus o pode confiar-lhes grandes proezas de porque tomariam a glória para si mesmos. Apresentar-se-iam como grandes personalidades. Deus é extremamente zeloso com relação à Sua glória. Ele o a compartilha com ninguém. Precisamos também estar cientes deste fato. Sempre tenha o cuidado de dar a honra e a glória a Deus pelas coisas maravilhosas que Ele realiza. o é a sua fé que realiza o milagre, e sim o poder de Deus. A sua fé, na melhor das hipóteses, é simplesmente um canal em que o poder de Deus flui.

 

C. CURA ATRAS DA SANTA CEIA

Em 1 Coríntios 11:23-32 temos uma indicação clara de que uma participação adequada na Santa Ceia resulta em curas e em saúde.

Paulo afirma que a participação imprópria fez com que muitos coríntios ficassem doentes e com que alguns deles viessem, realmente, a morrer prematuramente. “Por causa disto, entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem” (vers.30). Segue- se, portanto, que uma participação apropriada promove a saúde. Examinemos juntos esta importante  questão.

 

1.  A Santa Ceia  Tipifica a Ceia  da Páscoa

Quando Jesus instituiu a Santa Ceia, era época da celebração da Páscoa (Mt 26:19). Os discípulos que se reuniram ao Seu redor naquela noite estavam profundamente cientes das implicações daquela refeição. Sabiam que ela simbolizava a Páscoa original celebrada cerca de 1.500 anos antes. Lembraram-se da aliança que Deus havia feito com seus antepassados. Ele havia tirado seus ancestrais do Egito na primeira Páscoa. Experimentaram uma gloriosa libertação do Egito e de toda a sua escravidão. Foram tirados da escravidão pela poderosa o de Deus, estendida em seu favor.

A refeição da Páscoa original constituiu- se de cordeiro assado e pães asmos. O sangue daquele cordeiro havia sido aplicado nos batentes e vergas das portas de suas casas.

Aquele sangue era um sinal para Deus. Vendo Eu sangue, passarei por cima de vós” x 12:13) disse-lhes Ele. Eles saíram, através daqueles batentes tingidos de sangue, para a liberdade da salvação. O sangue era destinado à libertação deles. Deus também disse-lhes para assarem o cordeiro com ervas e comerem todas as suas partes antes de começarem a sua jornada para a liberdade. Esta refeição nutritiva tinha a finalidade de fortalecer os seus corpos, em preparação para a árdua jornada, e de ministrar-lhes uma força física. Assim sendo, a refeição da Páscoa tinha como objetivo a salvação e a saúde.

 

2.  A Santa Ceia do Senhor: Uma Nova Aliança

Quando Jesus compartilhou do o e vinho com Seus discípulos naquela noite, Ele estava fazendo uma Nova Aliança com eles. O vinho simbolizava o Seu sangue, o qual deveria logo ser derramado pela salvação deles. O pão simbolizava o cordeiro pascal, que era comido com vistas à saúde e vitalidade.

Paulo compartilha conosco alguns princípios significativos com relação à nossa participação na Santa Ceia:

 

a.  Lembrem-sde Jesus.

Jesus disse:

“Fazei  isto em memória de Mim (Lc 22:19). Sentado à mesa com eles naquela noite, Jesus era a perfeição humana em Pessoa. Durante toda a Sua vida, Satanás havia tentado, de todas as maneiras possíveis, atacá-Lo, destruí-Lo e seduzi-Lo (Mt 4:1-11).

 Estou certo de que tentou colocar muitas doenças terríveis Nele. Jesus andou em meio a muitos doentes e enfermos durante o Seu ministério. Muitos deles tinham doenças contagiosas, e estou certo de que Satanás tentou contaminar Jesus com elas. Mas todos os esforços de Satanás falharam miseravelmente. No final de Seu ministério na Terra Jesus pôde dizer: “O príncipe deste mundo [Satanás] se aproxima, e nada tem em Mim” (Jo 14:30). Apesar de todos os esforços que o Diabo havia feito, ali estava Jesus, sentado na presença deles, robusto e saudável.

Um espécime perfeito da humanidade. Jesus estava dizendo: “Ao celebrarem esta ceia no futuro, pensem em Mim! Pensem em Mim da maneira como Eu estou nesta noite, saudável e forte, protegido pelo poder de Deus, preservado de todo mal e de toda enfermidade pela proteção e providência do Pai. Compreendam que o Pai quer que vocês estejam assim também, com uma saúde e vitalidade abundantes.”

 

b.  Celebrem  a Sua Morte.

Ao passar em redor o pão e o vinho, Jesus disse: “Isto é o Meu corpo que é partido por vós... Este cálice é o Novo Testamento no Meu sangue. E Paulo disse: Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor (1 Co 11:24-26).

Em seu sentido mais profundo, a Comunhão é uma celebração. É claro que uma certa tristeza ao lembrarmo-nos de que foram os nossos pecados que O crucificaram. No entanto, ao meditarmos na morte de Cristo, o podemos permanecer tristes por muito tempo. O Calvário não foi uma derrota, mas foi o maior triunfo de Cristo. Através de Sua morte “...Ele aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hb 2:14).

 

Ao celebrarmos esta vitória, regozijamo-nos em lembrar que Jesus comprou para s uma perfeita liberdade do pecado e de todos os seus efeitos malignos. Ele nos libertou de Satanás e de todo mal que ele deseja trazer sobre nós. Jesus restaurou para nós tudo que Adão perdeu. Estamos completos em Cristo (Cl 2:10). Ele nos restaurou à perfeição através de Sua vitória triunfal.

 

c.  Discirnam o Seu Corpo.

Aqui está o ponto crucial de toda a questão. É a falta de se discernir adequadamente o Seu Corpo, quando da celebração da Santa Ceia, que tem causado muitas doenças entre os cristãos (1 Co 11:27-32). O que significa, então, o discernimento do Corpo do Senhor?

 

1) Seu Corpo  Era  Saudável. 

Em primeiro lugar, significa entendermos que o corpo de Jesus era saudável e forte e que Deus quer que desfrutemos da mesma qualidade de saúde.

 

2) O Pão e o Seu Corpo.

Em segundo lugar, devemos compreender que ao comermos o pão, ele é o Corpo do Senhor (1 Co 11:24). Inerente a ele está a vida, saúde e força de Jesus. Deveríamos comê-lo com fé, apropriando-nos da medida e qualidade de saúde que estão em Jesus.

 

3) A Igreja  é o Seu Corpo.

Em terceiro lugar, devemos discernir o Corpo místico de Cristo. Creio que este seja, possivelmente, o aspecto mais profundo e significativo. Este é exatamente o ponto em que muitos cristãos falham.

Paulo chama a Igreja Universal de Corpo de Cristo (Ef 1:22,23). Toda pessoa nascida de novo é um membro deste Corpo.

Assim como discernimos o nosso relacionamento com Cristo, assim também precisamos reconhecer o nosso relacionamento com todos os outros filhos de Deus.

A falta deste reconhecimento é chamada de “comer e beber indignamente.” Participarmos desta Santa Ceia, e ao mesmo tempo recusarmos um reconhecimento adequado da unidade do Corpo místico de Cristo, seria participarmos indignamente. Observe por favor que a palavra “indignamente” é um advérbio, ou a maneira como “fazemos” algo. o se refere à dignidade ou indignidade das pessoas em si. Tem a ver se o ato de tomar a Santa Ceia é feito de uma maneira digna ou indigna.

Tanto uma purificação quanto uma cura na mesa do Senhor. Deveríamos celebrar esta ceia regularmente e fazê-lo de uma forma digna, discernindo corretamente o Corpo do Senhor. Fazendo isto, gozaremos da gloriosa bênção da saúde divina em nosso espírito, alma e corpo.

 

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