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GTL - C1.2-Os Livros Não Incluídos no Cânon das Escrituras

Capítulo 2

SEÇÃO  C1

O CÂNON DAS ESCRITURAS

 

Bob Weiner, Fundador das Igrejas  “Maranatha Campus”,  Gainesville, Fla.

 

Capítulo 2

Os Livros o Incluídos no Cânon das Escrituras

 

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A. OS LIVROS APÓCRIFOS E “PSEUDO-EPIGRÁFICOS”

O termo “Livros Apócrifos é usado para se designar uma coleção de antigos escritos judaicos que foram produzidos entre cerca de 250 A.C. e os primeiros séculos da era cristã. Na teologia da Igreja Católica Romana, os Livros Apócrifos passaram a ser considerados como sendo Escrituras inspiradas, mas o ponto de vista histórico dos protestantes e judeus não lhes atribui nenhuma inspiração verdadeira.

 

1.  O Motivo Pelo Qual os Protestantes os Rejeitam

Ainda que os protestantes estudem os Livros Apócrifos pela luz que projetam sobre a vida e a mentalidade do judaísmo pré-cristão, eles os rejeitam como sendo Escrituras inspiradas pelas seguintes razões:

 

a.  o Foram Usados por Jesus Nem Pela Igreja  do Primeiro  Século.

Os Livros Apócrifos não faziam parte do Antigo Testamento usado por Jesus e pela Igreja do Primeiro Século. A divisão em três partes do Antigo Testamento (A Lei, Os Profetas, e As Escrituras), ainda usada nas Bíblias hebraicas e nas versões judaicas do Antigo Testamento, não inclui os Livros Apócrifos e nunca os incluiu.

Ainda que os Livros Apócrifos fossem conhecidos por Jesus e Seus discípulos, eles nunca os citaram como sendo Escrituras revestidas de autoridade.

 

b.  Nunca Foram  CitadoComo Escrituras.

Os antigos escritores judaicos que usavam a Bíblia Grega, especialmente Filo e Josefo, tinham conhecimento dos Livros Apócrifos, mas nunca os citaram como sendo Escrituras. O Livro Apócrifo de 2 Esdras menciona vinte e quatro livros, que correspondem à Bíblia Hebraica como é conheci- da hoje em dia, e setenta outros escritos que o misteriosos por natureza (2 Esdras 14:44-48).

É significativo que este Livro Apócrifo confirma o Cânon do Antigo Testamento reconhecido da forma em que é usado nas sinagogas judaicas e nas igrejas protestantes.

 

c.  Os Patriarcas da  Igreja  Faziam Uma Distinção.

Os patriarcas da Igreja que estavam familiarizados com o Cânon Hebraico fazem uma clara distinção entre os escritos canônicos e os apócrifos. Os escritos de Melito de Sardo, Cirilo de Jerusalém, e o Jerônimo  demonstram um reconhecimento da diferença entre as Escrituras inspiradas e os Livros Apócrifos.

d.  Até o Século XVI o Foram Declarados Como Tendo Autoridade.

Nunca foi declarado que os Livros Apócrifos fossem Escrituras revestidas de autoridade até o Concílio  Católico de Trento (1546 D.C.). Nessa ocasião, os seguintes livros Apócrifos foram declarados canônicos: Tobias, Judite, A Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque (incluindo-se a Carta de Jeremias), 1 e 2 Macabeus, os adendos a Ester, e os adendos a Daniel (a saber, Suzana, Cântico dos Três Jovens, e Bel e o Dragão).

Muitos estudiosos católicos romanos fazem distinção entre os livros proto-canônicos (o nosso Antigo Testamento) e os livros deutero-canônicos (os Livros Apócrifos).

 

eEles Contêm  Várias  Inexatidões.

Muitos estudiosos acham que os Livros Apócrifos representam escritos de nível inferior ao das Escrituras canônicas. Eles contêm numerosas inexatidões e anacronismos históricos e geográficos e não transparecem o espírito profético tão evidente nos escritos canônicos.

 

2.  Os Livros Apócrifos São Raramente Usados Pelos Protestantes

A confissão de Westminster (1643), escrita por líderes protestantes, declara que “os livros comumente chamados de Livros Apócrifos, por não serem de inspiração divina, não fazem parte do Cânon das Escrituras, e, portanto, não possuem nenhuma autoridade na Igreja de Deus e não devem ser aprovados nem utilizados de nenhuma outra maneira, a não ser como escritos humanos.”

As Igrejas Reformadas não têm estimulado o uso dos Livros Apócrifos, e, consequentemente, o raramente usados no protestantismo contemporâneo.

A Igreja Anglicana (da Inglaterra), em seus Trinta e Nove Artigos assume uma posição intermediária, afirmando que “a Igreja de fato (os Livros Apócrifos) no sentido de obter um exemplo de vida e instruções de conduta, e, no entanto, ela não os aplica para confessar nenhuma doutrina.”

 

3.  Os Escritos “Pseudoepigráficos”

Além dos livros comumente chamados de “apócrifos” uma ampla variedade de outros escritos antigos, tanto judaicos quanto cristãos, para os quais o nome Pseudoepigráficos é geralmente aplicado.

Os Livros Apócrifos, os “pseudoepigráficos”, a literatura sectária das Cavernas de Qumran, e uma enorme variedade de outros escritos antigos fornecem um material útil para a compreensão do mundo do Novo Testamento e da Igreja Primitiva. Ainda que não possam ser igualados às Escrituras inspiradas, esses escritos merecem ser examinados.

 

B. OS LIVROS COMUMENTE CHAMADOS DE APÓCRIFOS

 

1.  l Esdras (Vulgata, 3 Esdras)

O primeiro livro de Esdras relata uma série de episódios da história do Antigo Testamento, começando com a Páscoa celebrada em Jerusalém por Josias (cerca de 621 A.C.) e terminando com a leitura pública da Lei por Esdras (cerca de 444 A.C.).

Ele reproduz a substância dos Ts Guardas. Os três rapazes que estavam atuando como guarda-costas do Rei Dario estavam se mantendo acordados, debatendo qual seria a maior força do mundo. Um deles disse que era o vinho, devido ao seu poder peculiar sobre os homens; o segundo sugeriu o rei, com um poder ilimitado sobre os seus vassalos; e o terceiro (Zorobabel), afirmou que era a mulher, a qual dá à luz o homem, é a maior força, mas a verdade é vitoriosa sobre todas as coisas.

O rei, incumbido de decidir qual seria o vencedor, favoreceu a resposta de Zorobabel e lhe ofereceu qualquer recompensa que ele quisesse escolher. Zorobabel pediu permissão para voltar a Jerusalém para reconstruir o Templo.

Esta parte termina com uma descrição dos judeus partindo da Babilônia, a caminho de Jerusalém. A maioria dos estudiosos sugerem que 1 Esdras foi composto no Egito algum tempo depois de 150 A.C.

 

2.  2 Esdras (Vulgata, 4 Esdras)

A essência de 2 Esdras (capítulos 3-14) pretende descrever sete revelaçõeapocalípticas concedidas a Esdras na Babilônia, as quais consideram o problema do sofrimento e da tentativa de Israel de “justificar os caminhos de Deus para com o homem”.

O autor era evidentemente um judeu que aguardava o advento do Messias de Israel e o período de bem-aventurança que Ele traria. A introdução (capítulos l e 2) e a conclusão (capítulos 15 e 16) contêm adendos escritos sob um ponto de vista cristão.

A essência do livro foi provavelmente escrita em aramaico perto do final do primeiro século D.C. Cerca da metade do segundo século, uma introdução foi acrescentada (em grego), e um século mais tarde, foram escritos os capítulos finais. As versões orientais e muitos dos melhores manuscritos latinos contêm somente a essência do livro.

 

3.  Tobias

Tobias é um livro de ficção religiosa, escrito provavelmente em aramaico durante o segundo século A.C. Ele conta a história de um judeu piedoso, da Tribo de Naftali da Galiléia, o qual, juntamente com a sua esposa Ana e o filho deles, também chamado Tobias, foram levados para Nínive por Salmanasar (cerca de 721 A.C., 2 Reis 18:9-12). Na terra do exílio, eles obedeceram rigorosamente a Lei Judaica.

Quando Tobias perdeu a visão, ele enviou o seu filho a Ragés, na Média, para obter o pagamento de uma dívida. O anjo dirigiu-o a Ecbatana, onde ele se apaixonou por uma linda viúva, cujos sete maridos haviam sido mortos sucessivamente no dia de seus casamentos por um espírito maligno.

Tobias casou-se com a viúva virgem e escapou da morte, queimando as partes internas de um peixe, cuja fumaça afugentou o espírito maligno. Como bênção adicional, o fel do peixe foi usado para curar a cegueira do idoso pai Tobias.

 

4.  Judite

A história de Judite foi provavelmente escrita em hebraico por um judeu palestino durante os anos subsequentes à revolta dos Macabeus. Ele conta como Judite, uma viúva judia, libertou o seu povo do general assírio Holofernes, o qual estava sitiando a cidade de Betúlia. Arriscando muito a sua segurança pessoal, Judite conseguiu chegar à tenda de Holofernes, onde ela enganou o assírio com o seu charme. Embriagando-o e adormecendo-o, Judite pegou a espada de Holofernes, decapitou-o, e levou a sua cabeça para Betúlia como evidência de que Deus havia dado ao Seu povo a vitória sobre os assírios. Judite pode ser comparada com a Jael da Bíblia, que matou o general Sísera de Canaã (Jz 4:17-22).

 

5.  Adendos ao Livro de Ester

Durante o segundo ou primeiro século A.C., um judeu egípcio traduziu o Livro de Ester canônico para o grego, e, ao mesmo tempo, inseriu um total de 107 versículos em seis lugares onde ele achava que uma explicação religiosa deveria ser acrescentada.

Estas inserções devotas mencionam o nome de Deus e a oração, sendo que nenhum deles aparece no Livro de Ester canônico.

Estes adendos Apócrifos acrescentam dez versículos a Ester 10, e seis capítulos adicionais, numerados de 11 a 16. Na Septuaginta Grega, no entanto, esses versículos suplementares estão distribuídos no texto de maneira a formarem uma única narrativa contínua.

 

6.  A Sabedoria de Salomão

Entre os anos de 150 e 50 A.C., um judeu alexandrino compôs um estudo ético por ele denominado de A Sabedoria de Salomão” a fim de obter um maior número de leitores. Ele buscava proteger os judeus do Egito de caírem no ceticismo, materialismo e idolatria. Ele queria ensinar aos seus leitores pagãos a verdade do judaísmo e a insensatez do paganismo.

O livro começa com uma exortação aos governantes da terra a buscarem a sabedoria e a seguirem a retidão. A sua teologia é baseada no Antigo Testamento, com modificações provenientes de ideias filosóficas gregas, comuns em Alexandria.

 

Ao contrário do Antigo e Novo Testamentos, que honram o corpo, a Sabedoria de Salomão o considera como algo que “oprime a alma”, uma mera “tenda terrena” que “sobrecarrega a mente pensante” (9:15). A preexistência (8:19,20) e a imortalidade (3:1-5) da alma o afirmadas, muito embora a doutrina hebraico-cristã da ressurreição do corpo esteja ausente.

 

7.  Eclesiástico (Ou a Sabedoria de Jesus, Filho de Siraque.)

O Eclesiástico, um estudo ético que exalta a virtude da sabedoria, foi escrito em hebraico entre 200 e 175 A.C. por um devoto estudioso de Jerusalém, Jesus, filho de Siraque.

O neto do autor, um judeu alexandrino, traduziu a obra para o grego e acrescentou um prólogo (cerca de 132 A.C.). É o mais extenso dos livros Apócrifos e o único com o seu autor conhecido. Semelhantemente ao Livro de Provérbios, o Eclesiástico aborda uma enorme variedade de assuntos práticos tudo, desde a dieta até os relacionamentos domésticos!

 

A seção contínua mais extensa do livro (Capítulos 44 a 50) é o Elogio aos Homens Famosos, que assinala resumidamente uma longa série de hebreus ilustres, desde Enoque, Noé, e Abraão, até Zorobabel e Neemias e, finalmente, o Sumo Sacerdote Simão, que era contemporâneo e amigo do autor.

 

8.  Baruque

O Livro de Baruque, ostensivamente escrito pelo amigo e secretário de Jeremias, (Jr 32:12; 36:4; 51:59), é um trabalho composto, que não foi concluído até o primeiro século A.C., ou mais tarde. Muito embora a revisão final tenha sido escrita em grego, algumas seções remontam aos originais hebraicos.

O livro começa com uma oração de penitência, reconhecendo que as tragédias que aconteceram com Jerusalém o apenas uma recompensa pelos seus pecados (3:8).

Uma segunda seção poética explica que os infortúnios de Israel são devidos à sua negligência da Sabedoria (3:9 a 4:4). Esta Sabedoria, cujos louvores o cantados por um escritor filosófico, é igualada à Lei de Deus (4:1-3).

A terceira  seção do livro, também poética, é uma mensagem de consolo e esperança para a angustiada Israel. O inimigo será destruído e os filhos de Jerusalém voltarão em triunfo! Baruque é o único Livro Apócrifo que exala um pouco do fogo dos profetas do Antigo Testamento, mui- to embora deixe a desejar em sua originalidade.

 

9.  A Carta de  Jeremias

Em aproximadamente 300 A.C. ou depois, um autor desconhecido escreveu um sermão ardente baseado em Jeremias 11:10. Nele, o autor mostrou a total impotência dos deuses de madeira, prata e ouro.

Este sermão, conhecido como A Carta de Jeremias, foi originalmente escrito em hebraico (ou aramaico), ainda que exista somente no grego e em traduções provenientes do grego.

 

Já que muitos manuscritos gregos e siríacos, como também a versão latina, associam a Carta de Jeremias ao Livro de Baruque, ela aparece como Sexto Capítulo de Baruque na maioria das traduções inglesas dos Livros Apócrifos.

Contudo, a Carta o tem nenhuma relação com Baruque e alguns códices antigos a colocam depois do livro bíblico das Lamentações.

 

10.  A Oração de Azarias e o Cântico dos Ts Jovens

(São adendos a Daniel inseridos entre Daniel 3:23 e 3:24).

Em alguma época durante o segundo ou primeiro século A.C., os três “adendos” ao livro canônico de Daniel, os quais existem como livros separados dos Apócrifos, foram escritos por autores desconhecidos.

O primeiro  deles, A Oração de Azarias e o "Cânticos dos Três Jovens" , foi provavelmente escrito em hebraico por um judeu devoto durante o período em que o seu povo estava sofrendo nas mãos de Antíoco Epifanes,  ou no período da revolta  dos Macabeus, que veio em seguida.

 

Durante a provação da fornalha de fogo ardente, o adendo mostra Azarias louvando a Deus, confessando os pecados do seu povo, e orando pela libertação nacional.

então, o anjo do Senhor entrou na fornalha e expulsou as ardentes chamas de forma que os jovens ficassem ilesos. Depois, dentro da fornalha, eles cantaram os seus louvores a Deus no Cântico que relembra o Salmo 148, com relação ao conteúdo, e o Salmo 136, com relação à forma antifônica.

 

11.  Suzana

o sabemos ao certo se o original de Suzana foi escrito em hebraico ou grego. O seu autor desconhecido viveu numa época do segundo ou primeiro século A.C., mas ignoramos outros detalhes da sua vida. No entanto, o livro em si é reconhecido como um dos maiores contos da literatura mundial.

Ele conta como dois anciãos imorais ameaçaram testificar que haviam encontrado a Suzana, a linda esposa de um judeu babilônico influente, nos braços de um amante, caso ela não se submetesse a eles. Depois que ela os rejeitou, eles a acusaram de adultério, e, pela boca de duas testemunhas, ela foi condenada e sentenciada à morte.

Um jovem chamado Daniel, no entanto, interrompeu o processo legal e interrogou as duas testemunhas separadamente. Ele pediu que cada um deles identificasse a árvore sob a qual eles haviam visto Suzana e o seu suposto amante.

Traídos por suas próprias respostas inconsistentes, os anciões culpados foram mortos e Suzana foi salva.

Na Septuaginta, a História de Suzana precede o livro canônico de Daniel; na Vulgata, ele vem logo depois.

 

12.  Bel e o Dragão

As histórias de Bel e o Dragão foram provavelmente escritas em hebraico, perto da metade do primeiro século A.C. e foram acrescentadas ao Livro de Daniel pelo seu tradutor grego. Na Septuaginta, elas vêm logo depois de Daniel, ao passo que na Vulgata, elas vêm depois de Suzana.

A história de Bel é uma das mais antigas histórias de detetives do mundo. Ela conta como Ciro, o rei persa, perguntou a Daniel o motivo pelo qual ele o adorava a Bel, o deus da Babilônia.

Ciro contou a Daniel a enorme quantidade de farinha, óleo e ovelhas que o deus Bel consumia todos os dias. Logo após, Daniel persuadiu Ciro a depositar as provisões costumeiras no templo, e, aí então, a fechar e lacrar as portas do templo. Neste ínterim, Daniel espalhou cinzas sobre o chão do templo.

Na manhã seguinte, a comida havia desaparecido e o chão estava coberto com as pegadas dos sacerdotes e de suas esposas e filhos, os quais haviam usado uma entrada secreta sob a mesa para entrarem no templo durante a noite e consumirem as provisões. O rei, convencido da fraude dos sacerdotes de Bel, ordenou que eles fossem mortos e que o templo deles fosse destruído.

O Dragão  é na verdade uma serpente que o rei adorava até que Daniel a matou, alimentando-a com pedaços de piche, gordura e cabelo.

Os babilônios, furiosos com a destruição do seu deus, exigiram que Daniel fosse morto. Relutantemente, o rei consentiu e Daniel foi colocado numa cova de leões (Compare com Daniel 6:1-28).

Os leões não molestaram a Daniel, que foi milagrosamente alimentado pelo profeta Habacuque, o qual foi arrebatado por um anjo na Judéia e levado até a cova dos leões na Babilônia.

No sétimo dia, o rei tirou Daniel da cova dos leões e jogou os seus inimigos nela, e, com isto, eles foram imediatamente devorados. O propósito das histórias de Bel e o Dragão era o de ridicularizar a idolatria e desacreditar a política clerical pagã.

 

13.  A Oração de  Manassés

Foi provavelmente escrita em alguma época durante os últimos dois séculos A.C. por um judeu palestino. Os estudiosos não têm certeza se ela foi composta em hebraico, aramaico ou grego. A oração é atribuída a Manassés, o rei de Judá, que, de acordo com 2 Crônicas 33, foi levado para a Babilônia, onde se arrependeu da idolatria que havia caracterizado os anos do seu reinado.

Há uma referência a uma oração oferecida por Manassés (2 Cr 3 3:19), e um judeu devoto aparentemente havia tentado escrever esta oração da forma pela qual Manassés a proferiu.

Esta oração é típica das antigas formas litúrgicas judaicas. Ela tem início com a atribuição de louvores ao Senhor, cuja majestade é vista na Criação (1-4) e em Sua misericórdia para com os pecadores (5-8). Em seguida uma confissão pessoal (9-10) e súplicas por perdão (11-13). A oração termina com um pedido de graça (14) e uma doxologia (15).

 

14.  1 Macabeus

1 Macabeus é um valioso registro histórico dos quarenta anos que se iniciaram com a ascensão de Antíoco Epifanes ao trono sírio (175 A.C.) e que terminaram com a morte de Simão, o Macabeu  (135 A.C.). Foi provavelmente escrito por um judeu palestino, em hebraico, ao redor do ano 100 A.C.

Este livro nos proporciona a melhor narrativa que temos da resistência judaica a Antíoco e das guerras dos Macabeus que, finalmente, trouxeram a independência à nação judaica. Matatias foi o sacerdote que desafiou Antíoco e iniciou a revolução.

Ele relata as proezas de três filhos de Matatias: Judas (3:1 a 9:22); Jônatas (9:23 a 12:53) e Simão (13:1 a 16:24).

O festival judaico anual da “Hanukkah”, celebrado na mesma época que o Natal, comemora a reconsagração do templo, como resultado da valentia dos Macabeus. Esse festival é mencionado no Novo Testamento como a festa da dedicação (Jo 10:22).

 

15.  2 Macabeus

2 Macabeus encontra-se no paralelo principal com os primeiros sete capítulos de l Macabeus, cobrindo o período de 175 a 160 A.C. Ele declara ser um resumo de uma história com cinco volumes escrita por Jasão de Cirene (2:19-23), cuja identidade é uma questão de conjecturas.

O autor de 2 Macabeus foi evidentemente um judeu alexandrino que escrevia em grego, o qual o escreveu em alguma época entre 120 A.C. e o início do primeiro século D.C.

2 Macabeus é menos histórico e mais retórico que l Macabeus. Foi escrito a partir do ponto de vista farisaico e enfatiza o milagroso e maravilhoso, em contraste com o mais prosaico” e objetivo l Macabeus.

 

 

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