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GTL-B1.4 -  LIVRES! Para nos Casarmos com Outra Pessoa

SEÇÃO B1

 

SEÇÃO B1

A VIDA CRISTÃ VITORIOSA

 

Capítulo 4

 

LIVRES! Para nos Casarmos com Outra Pessoa

Ralph Mahoney

 

OBS.: USE AS SETAS DE NAVEGAÇÃO PARA RETORNAR AOS ITENS PRINCIPAIS. PARA PESQUISAR OS VERSÍCULOS MARQUE OS

 E DEPOIS  CLIQUE O BOTÃO DIREITO DO MOUSE E PESQUISE NO GOOGLE, DEPOIS É  SÓ FECHAR A JANELA QUE FOI ABERTA.

 

 

 

 

Introdução

uma violenta guerra sendo travada dentro de mim e que causa muito mais transtorno do que qualquer conflito externo com que me deparo. Meu problema principal não é o diabo e seus demônios, e sim eu próprio. Minha própria natureza pecaminosa é o meu maior inimigo.

Como vimos em nossos capítulos anteriores, temos inimigos internos e também externos – no lado de dentro e do de fora. Os nossos inimigos externos o o diabo e seus demônios. estudamos os princípios pelos quais estes adversários podem ser vencidos. O propósito deste capítulo é abordarmos os nossos inimigos internos.

Por muitos anos eu culpei o diabo e seus demônios por todas as coisas. Aí então descobri que a maioria das minhas batalhas espirituais era comigo mesmo. Não tinha que olhar muito longe para encontrar o meu maior inimigo. Descobri que eu o encaro todas as manhãs no espelho.

Descobri também que não sou o único que enfrenta este mesmo problema. Isto se aplica a todos os cristãos em toda parte.

É óbvio que um problema o grande e tão disseminado assim precisa de uma boa solução! Sim, e Deus tem a resposta! Ele nos conhece melhor do que s próprios nos conhecemos e nos providenciou um remédio em Cristo Jesus. A nova aceitação deste remédio nos fornece uma vitória certa e garantida.

 

A. NOSSAS DUAS NATUREZAS

Há um desequilíbrio mental chamado de “esquizofrenia”. Esta palavra significa uma mente dupla. Refere-se a um problema mental em que a pessoa pode apresentar sintomas de uma “personalidade dupla”. A pessoa pensa e age como se fosse duas pessoas diferentes. Num dado momento, talvez fale e reaja de maneira normal, porém, mais tarde, o seu comportamento será exatamente o oposto.

Há uma espécie de “esquizofrenia espiritual para o crente. Sofremos do que às vezes parece ser uma personalidade dupla dentro de nós. Em certas ocasiões demonstramos em nossa vida as maravilhosas qualidades da vida de Cristo. Somos alegres, pacíficos, bondosos e amáveis. Em outras ocasiões, para consternação nossa, talvez somos ríspidos, irritadiços e difíceis de se conviver. o queremos estar nestas condições, mas estamos!

Muito embora tentemos ser doces, agradáveis e maravilhosos, acabamos sendo azedos maldosos e infelizes. Sabemos disto – e os outros o sabem também. Parece que estamos sendo puxados em duas direções diferentes ao mesmo tempo. Sentimo-nos como se houvesse uma grande guerra sendo travada dentro de nós, e, em geral, estamos do lado que está sendo derrotado.

 

“O que está acontecendo?”, talvez nos perguntemos. “Será que tenho uma personalidade dupla? A resposta é simples: “Sim, você tem!”

Ao receber a Cristo em sua vida, você recebeu uma nova natureza: a natureza d Ele. O Espírito Santo entrou em sua vida como o Espírito de Cristo. Ele fez do seu coração a residência dEle. A Bíblia refere-se a esta nova natureza como sendo o “novo homem.

A sua natureza, independentemente de Cristo, é chamada de “velho homem”. Às vezes, a nossa antiga natureza é chamada de carne, homem carnal, antiga natureza adâmica, ou simplesmente de ego. É a mesma natureza que o primeiro homem Adão tinha, após pecar e ser separado da Árvore da Vida (Gn 3).

Todos os termos acima se referem a um estilo de vida imaturo e não espiritual. Se não conseguirmos viver nossa vida no poder e motivações que o postos ao nosso dispor pelo Espírito Santo de Deus (Romanos 5 a 8), expressaremos a vida de “natureza adâmica”, segundo os termos expressos abaixo.

 

Podemos colocar estes termos num diagrama simples da seguinte maneira:

 

Antiga

Natureza Adâmica

Velho Homem

Antiga Vida do Ego

Carne (Carnal)

Natureza Pecaminosa

Homem Anímico

(da Alma)

Mente Carnal

Nova

Natureza de Cristo

Novo Homem

Nova Vida de Cristo

Espírito (Espiritual)

Natureza Santa

 

Homem Espiritual

Mente Espiritual

Os Sentidos

e a Razão

Separados do

Espírito de Deus

Os Sentidos

e a Razão

Submissos ao controle

do Espírito de Deus

 

 

1. O Conflito

O velho homem “a nossa carne” e o novo homem “ o Espírito” são opostos por natureza. Moram na mesma casa, porém desejos bem diferentes. O velho homem é bem egocêntrico, ao passo que o novo homem tem Cristo como o centro. Estas duas naturezas entram em conflito e estão em guerra uma com a outra. Esta é a causa do nosso problema.

Deus previu o conflito que surgiria dentro de nossa vida após aceitarmos ao Seu Filho como nosso Senhor e Salvador. Portanto, Ele tem um poderoso remédio para o nosso problema. A Sua resposta centraliza-se na vida e na morte do Seu Filho. Ela envolve uma verdade que, quando compreendida e obedecida na prática, nos concede a vitória sobre o nosso inimigo interno.

 

2.  A Vitória

O Apóstolo Paulo tenta explicar a base para uma vida vitoriosa. Ele a compara ao relacionamento conjugal. Eis aqui este conceito em suas próprias palavras:

“Irmãos, todos vós compreendeis a lei de Moisés”. Sabeis certamente que a lei tem domínio sobre uma pessoa somente enquanto estiver viva. Por exemplo, a mulher precisa permanecer casada com o seu marido enquanto ele estiver vivendo. Mas, se o seu marido morrer, então ela estará livre da lei do casamento.

“Mas caso se case com um outro homem enquanto o seu marido ainda estiver vivo, a lei diz que será culpada de adultério”. Mas, se o seu marido morrer, aí então a mulher estará livre dos laços do matrimônio. Caso se case com um outro homem depois que o seu marido morrer, então não será culpada de adultério.

“Da mesma forma, meus irmãos, o vosso antigo ego [marido] morreu, por assim dizer, com Cristo na Cruz.”. Assim sendo, não sois mais dominados pela lei. Agora podeis estar casados com um Outro, com Cristo, o Qual foi ressuscitado dos mortos. N’Ele tendes uma nova vida e podeis dar frutos para  Deus (Rm 7:1-4 simplificado).

 

a.  Nosso Primeiro Marido. No exemplo de Paulo acima, a pessoa não redimida (Não salva) é como uma esposa que se casou com um marido cruel, o qual representa as leis dadas por Moisés – que condenam. Se você quebrasse a lei de Moisés (sob as regras do Antigo Testamento) você poderia ser apedrejado e morto. A lei nos condenava pelo pecado, porém não nos concedia nenhum poder para vivermos uma vida santa.

Quando a lei dizia: “Não cobiçarás!, o Apóstolo Paulo disse que esta lei fez com que ele quisesse cobiçar ainda mais. O mandamento não o libertava da cobiça, e sim o tornava super cobiçoso.

Você viu um aviso que diz: Tinta Fresca o Toque! O que faz a maioria das pessoas que veem um aviso deste tipo?

Você está certo! Estendem a o e o tocam, para verificarem se é tinta fresca. O mandamento “não tocarás” produz o comportamento oposto ao que ele ordena.

É assim que é a nossa antiga natureza. Ela sempre quer fazer o que nos foi ordenado a não fazermos. A lei somente reforça e amplifica esta tendência.

Portanto, o nosso casamento com a lei (os mandamentos), a qual amplificou a nossa natureza pecaminosa, precisa ser tratado se quisermos ser cristãos vitoriosos. Caso contrário, estaremos violando os mandamentos de Deus (que é algo que, como cristão, não queremos fazer).

 

b.  Nosso Novo Marido.

Paulo explica nos versículos acima, a maneira pela qual a esposa pode ser liberta do casamento (ou lei) com este marido. Ela ficará liberta se o seu marido morrer. Somente assim a esposa ficará liberta deste casamento.

O nosso primeiro marido, portanto, é uma imagem (protótipo ou metáfora) do nosso “velho homem” ou natureza pecaminosa, a qual é incitada e motivada a pecar pela lei (os mandamentos de Deus através de Moisés). Como podemos ser libertos deste marido (a lei e as suas influências no nosso velho homem)?

Paulo explica a resposta em Romanos Capítulo 7. O nosso “velho homem (marido) foi crucificado com Cristo. O nosso velho homem foi pregado na Cruz com Cristo e morreu com Ele. Portanto, fomos libertos deste marido (a nossa antiga natureza pecaminosa e a lei) para nos casarmos com um outro Cristo.

 

1) Crucificados com Cristo.  

Gostaria de contar-lhes uma história para ajudar-lhes a compreenderem melhor como fomos crucificados com Cristo. Um amigo meu estava pedindo (em oração) que Jesus lhe mostrasse como ele havia sido crucificado com Cristo. Em resposta à sua oração, o Senhor lhe deu uma visão.

Na visão, meu amigo viu Jesus morrendo na Cruz. então, a visão mudou e foi como se o corpo de Jesus na Cruz estivesse se tornando transparente ou cristalino como o vidro. Dentro de Jesus, o meu amigo viu a si mesmo. Jesus falou com ele e disse: Você estava dentro de mim quando fui crucificado”.

Assim sendo, você foi crucificado Comigo. Aí então o meu amigo compreendeu. Sim! Fui crucificado com Cristo!

A verdade é que Deus-Pai me escolheu “em Cristo” antes da fundação do mundo (Ef 1:4). O Pai olhou para a frente, para a noite de domingo de 12 de outubro de 1947 e viu que Ralph Mahoney arrepender-se-ia naquela noite e receberia Jesus como seu Senhor e Salvador.

Vendo isto através da Sua presciência, o Pai disse: “O Ralph não conseguirá viver em vitória a menos que Eu crucifique (mate) aquela antiga natureza pecaminosa com a qual ele nascerá.”

Virando-Se para Jesus (a Segunda Pessoa da Trindade), o Pai disse: “Jesus, quando entrares no mundo para morreres na Cruz, colocarei o Ralph Mahoney em Ti, porque ele crerá em Ti.” Jesus pesarosamente concordou com isto.

Pesarosamente porque, para fazer isto, Ele (que nunca conhecera o pecado, a desobediência e a rebeldia) teria que ser transformado à semelhança do Ralph e introduzir a natureza pecaminosa do Ralph em Si Mesmo. Muito embora isto fosse causar a Jesus uma indescritível dor e agonia, Ele me amou tanto a ponto de estar disposto a fazer isto.

Ele não somente pagaria o preço pela penalidade do meu pecado, morrendo. Ele também me libertaria do hábito, força e controle do pecado em minha vida, permitindo que eu morresse  n’Ele.

2) Livre Para Casar com Cristo.

Assim sendo, a minha antiga  natureza pecaminosa e a sua tendência  de querer desobedecer a lei de Deus morreram na Cruz. Devido ao fato de que o meu “velho homem” (marido) está morto, isto me deixa livre para casar-me com Cristo submeter-me à Sua autoridade e controle.

Neste relacionamento, Cristo me concede o poder do Espírito Santo para que eu não somente QUEIRA  obedecer às leis de Deus, mas para que também as obedeça de fato. O Espírito Santo me concede o poder para OBEDECER.

Nós, os que cremos em Jesus, o estamos mais casados com o nosso “velho homem ou natureza adâmic(a natureza que recebemodo nosso ancestral pecaminoso, Adão) e sim com Cristo Jesus. Ele Se tornou o nosso novo marido, e somos a Sua Noiva. Compartilhamos agora da Sua vida e Sua natureza. Ele é o nosso Senhor. Não estamos mais sob o controle do nosso “velho homem”.

 

B. UM EXEMPLO DO ANTIGO TESTAMENTO

 

1. Ts Personagens Principais

uma história no Antigo Testamento que ilustra o ensinamento do Apóstolo Paulo em Romanos Capítulo 7. Encontra-se 1 Samuel 25. A história envolve três personagens principais:

 

a.  Abigail: uma encantadora mulher casada;

b.  Nabal: o rico, porém malvado marido (velho homem) de Abigail;

c.  Davi: um homem ungido, escolhido por  Deus para  ser o próximo rei de Israel.

 

2.  Os Detalhes Sobre os Personagens

 

a.  Abigail. As Escrituras descrevem Abigail como sendo uma mulher sábia e formosa, e com um coração generoso e humilde. Havia uma bela unção profética em sua vida. Verdadeiramente ela era uma mulher de Deus muito nobre e graciosa. Infelizmente, era casada com um homem que era uma mancha em sua graça, beleza e caráter.

 

b.  Nabal. O marido de Abigail, Nabal, era um tolo, medíocre, rude, sem consideração e teimoso, e que também muitas vezes encontrava-se embriagado por beber vinho demais.

É de fato um quadro triste. Além disso, Abigail estava presa a seu marido pelas leis do casamento até que a morte os separas-se. Somente então ela estaria livre para casar-se com um outro.

 

c.  Davi. Diferentemente de Nabal, Davi era um homem segundo o próprio coração de Deus. Ele havia sido ungido por Samuel para ser o próximo rei de Israel. Havia um aspecto de ternura e sensibilidade na vida de Davi que nos foi lindamente revelado nos Salmos. Ao mesmo tempo, ele era um homem de , coragem e poder. Um dia tornar-se-ia o poderoso rei guerreiro de Israel. O casamento para Davi seria de fato um casamento real.

 

3.  O Significado Espiritual dos Personagens

Analisemos agora a nossa história de um ponto de vista novo e interessante. Há um aspecto em que os personagens envolvidos retratam as nossas duas naturezas e o nosso relacionamento com Cristo. São os seguintes:

 

a.  Abigail  casada  com Nabal:  um símbolo da nossa condição sob a lei – casados com a nossa antiga natureza.

b.  Nabal: um símbolo da nossa antiga natureza pecaminosa com quem estamos casados por concessão de nossos pais.

c.  Davi: um símbolo de Cristo, o Ungido com Quem queremos estar casa- dos, e que nos concede uma nova natureza e uma motivação para expressarmos a retidão.

Com esta aplicação espiritual em mente, revisemos o pano de fundo da história que estamos a ponto de estudarmos.

 

4.  A História l Samuel 25

 

Na cena de abertura, Davi encontra-se fugindo de Saul para salvar a sua própria vida. Saul é o atual rei de Israel e já havia perdido o apoio de Deus. Ele está com ciúme de Davi e tenta tirar a sua vida.

Davi e os seus homens fugiram para um lugar deserto para escaparem das ameaças de morte de Saul. Neste ponto deparam-se com alguns dos pastores de Nabal. Davi protegeu os pastores de Nabal e as ovelhas, dos ladrões errantes e grupos de atacantes nômades que frequentavam aquela região. Davi e seus homens arriscaram a vida muitas vezes para protegerem a propriedade de Nabal.

a.  Nabal  Insulta  Davi.

A primavera chegou então, e era a época da tosquia das ovelhas. Era uma ocasião alegre, festiva, de celebrações. Davi enviou dez dos seus jovens a Nabal, pedindo que fossem convidados a compartilharem do festival de tosquia das ovelhas.

Ao invés de mostrar gratidão a Davi e seus homens pela proteção que haviam a ele suprido, Nabal refutou rudemente aquele pedido. Davi e seus homens ficaram insultados.

Irado, Davi tomou 400 dos seus homens, armados de suas espadas, e marcharam em direção a Nabal, com a intenção de matá-lo e tomarem as ovelhas que haviam protegido dos ladrões. Desta forma, vingar-se-iam.


 

b.  O Encontro  de Abigail com Davi.

Um dos rapazes de Nabal encontrou Abigail e contou-lhe sobre a ação rude e tola do seu marido. Percebendo que Davi destruiria a sua rica propriedade, levantou-se ela imediatamente, e (sem contar nada a Nabal) cavalgou para interceptar Davi e seus homens.

Ela trouxe consigo muitos presentes de pães, vinho, carne, trigo, passas e figos, como uma oferta de paz. Ela queria dar a Davi muito mais do que ele havia pedido.

A nossa história continua e Abigail e seus homens encontram-se com Davi e seu exército no sopé de uma trilha montanhosa.

Abigail desceu rapidamente do seu jumento e prostrou-se com o rosto em terra diante de Davi. Ela aceitou toda a culpa na questão e suplicou que Davi não considerasse as ações más e tolas do seu marido.

Ela sugeriu suavemente que as suas ações eram dirigidas pelo Senhor a fim de impedir que Davi se vingasse através de um assassinato. Isto desagradaria ao Senhor e seria uma mancha na reputação de Davi.

Aí então ela pronunciou uma linda palavra profética:

“O Senhor certamente o recompensará com uma casa real que durará  para sempre. Deus fará isto porque você está batalhando as batalhas do Senhor. O mal nunca será encontrado em você por todos os seus dias.

“Até mesmo quando você for perseguido pelos que buscam a sua vida, você estará seguro na proteção do Senhor seu Deus.

As vidas dos seus inimigos serão desbaratadas como as pedras de uma funda.

O  Senhor cumprirá  todas  as Suas boas promessas e o coroará rei sobre todo Israel... Quando tudo isto acontecer, por favor lembre-se de mim (1 Sm 25:28-31 simplificado).

Verdadeiramente, Abigail era uma mulher amável e graciosa, com uma grande sabedoria e revelações proféticas. Ela foi a única na casa de seu marido que viu a unção especial que estava sobre Davi.

Em seu coração havia um profundo anseio pelo dia em que Davi subiria ao trono real. Ela era uma pessoa doce e sensível, em cujo coração havia uma santa esperança por dias melhores. Havia um comovente toque de ternura em suas palavras quase melancólicas: “Por favor lembre-se de mim.”

 

c.  A Morte de Nabal. Ao voltar para casa, ela descobriu que seu marido havia se esquecido completamente de Davi. Até mesmo a ausência dela não havia lhe incomodado muito. Ele estava dando uma grande festa e ria às gargalhadas por estar muito bêbado. Como Nabal é um quadro triste da nossa antiga natureza pecaminosa. Ele não estava nada ciente das coisas espirituais ou dos propósitos divinos.

As Escrituras dizem que Nabal estava oferecendo em sua casa um banquete semelhante ao de um rei. Ele estava fazendo o papel de rei e alegrando-se. O verdadeiro rei (Davi) quisera tomar parte na celebração, porém o fora bem-vindo. Nabal havia voluntariamente expulsado Davi da sua vida e preocupava-se somente com os seus próprios desejos e prazeres.

Abigail esperou sabiamente até a manhã seguinte antes de falar com Nabal. A esta altura ele estava sóbrio e ela contou ao seu perverso marido como ele escapara por um triz de ser totalmente exterminado e morto por Davi e seu exército. As Escrituras dizem que ao ouvir as suas palavras, “o seu coração se amorteceu e ele ficou como pedra.”

Nabal tinha um coração perverso e uma mente carnal. Este era o caráter da sua natureza interior. O nome “Nabal significa tolo e vil. Semelhantemente ao seu nome, Nabal era um tolo em seu coração e não pensava em momento algum nos caminhos de Deus.

Ao ficar sóbrio e chocado pela verdade do relatório de Abigail, tanto o seu coração como a sua mente falharam e ele ficou tão estático quanto uma pedra paralisado. (Aparentemente, ele teve um derrame cerebral e também um ataque cardíaco).

Dez dias mais tarde, o Senhor feriu a Nabal e ele morreu (1 Sm 25:38). A orientação da sua vida centralizava-se em si mesmo. Nunca poderia mudar. O que poderia ter sido nunca seria. Ele vivia sem Deus e sem o Seu Espírito. Ele caiu sob o julga- mento prometido em Romanos 8:13, “Pois se você viver de acordo  com a natureza pecaminosa, você morrerá...”

Que descrição clara porém trágica da nossa antiga vida egoística! Havia apenas uma solução para o problema do “velho homem” de Abigail A MORTE!

E esta, meu amigo, é a única solução para a nossa antiga natureza pecaminosa. Ela teve que ser crucificada. Teve que morrer!

d.  LIVRES!  Para nos casarmos  com um outro.  

A nossa história assume agora uma direção mais brilhante e positiva. Até a morte do seu marido, Abigail havia estado vinculada a ele pelas leis do casamento. Agora que ele estava morto, ela estava livre para casar-se com um outro. o temos que ir muito longe no registro bíblico para descobrirmos quem era este “um outro”:

“Quando Davi ouviu que Nabal estava morto, ele disse: Bendito seja o Senhor! Ele retribuiu a Nabal o seu mal contra mim... E mandou Davi falar a Abigail, para toma-la por sua mulher... Ela respondeu imediatamente aos mensageiros de Davi com humildade e graça: Eis aqui a sua serva, pronta para  servi-lo e para  lavar os pés dos servos do meu senhor.

“Ela se levantou rapidamente, subiu no seu jumento, e com cinco de suas moças seguiu os mensageiros de Davi e tornou- se a sua esposa” (1 Sm 25:39-42 simplificado).

 

C. SOMENTE UMA RESPOSTA

Você consegue compreender como a história de Abigail descreve o nosso dilema como cristãos?

Por ser abençoada com uma adorável unção, Deus a estava usando; porém, como era pesado o fardo que carregava! Era casada com um bêbado impuro, rude e malcheiroso, que não era amável com ela ou com ninguém mais.

 

1.  A Nossa Antiga Natureza Tinha que Morrer

Como Abigail, queremos ser submissos a um marido como Davi. Porém, temos um problema somos casados com Nabal, a nossa antiga natureza adâmica, pecaminosa: a nossa carne. Além disso, pelas leis do casamento, estamos ligados a ele enquanto ele viver.

uma esperança, no entanto, pois há um Davi na nossa história. Como afirmamos anteriormente, ele é um protótipo de Cristo. O nosso verdadeiro desejo é estar- mos casados com Ele, é o de sermos a “Noiva de Cristo” (Ap 19:7-9).

Queremos que a nossa personalidade de Abigail se evidencie e seja amada e motivada aos propósitos divinos, casando-se com um outro Davi um protótipo de Cristo). Queremos ser doces e amáveis, mas Nabal – a nossa antiga natureza pecaminosa sempre surge e dificulta as coisas. Tantas coisas da “carne” parecem estar claramente presentes em nosso casamento com a nossa antiga natureza.

Às vezes, lutamos contra o diabo e queremos culpá-lo por nossas ações carnais.

Porém, ele não é o nosso problema. Nós é que o somos! É a nossa antiga natureza pecaminosa que recebemos do nosso ancestral Adão.

Não importa o quanto tentemos viver uma vida que seja agradável a Deus, pois fracassamos mais cedo ou mais tarde.

Quanto mais arduamente tentarmos, tanto maior será o nosso fracasso. Simplesmente não conseguimos nos libertar da nossa antiga “natureza de Nabal” e tampouco consegui- mos transformá-la. Nabal não pode e nem quer ser reformado. somente uma resposta ao nosso problema com Nabal. É a morte. Deus tem de matar Nabal. Nabal precisa morrer!

a.  o Podemos  Fazê-lSozinhos.

Alguns cristãos tentam eliminar Nabal por si próprios.

Empenham-se na tentativa de crucificarem a sua própria carne. No entanto, é uma tarefa impossível. Não “mãos livres” o suficiente para realizarem a tarefa.

Quando você tenta crucificar-se, você descobre que talvez você pregue os seus s na cruz. Talvez você consiga até pregar uma mão na cruz. Mas como você conseguirá pregar esta última mão? Estando parcialmente crucificado, com dois s e uma o já pregados na cruz, é impossível! Você o tem uma outra o livre com a qual seria possível pregar a sua última mão. Você o consegue crucificar a si mesmo. Isto tem de ser feito por uma outra pessoa Deus!

A auto crucificação é um esforço doloroso e sempre acaba pela metade. A nossa natureza pecaminosa de Nabal logo se recupera dos ferimentos feitos por nossas próprias mãos e ficamos piores que antes. Eu sei! tentei isto muitas vezes em minha vida, quando era um cristão jovem.

Tentei até mesmo matar de fome o velho Nabal através do jejum. Tinha a certeza de que se jejuasse com a duração e frequência suficientes, eu poderia vencer os desejos da carne. Logo descobri que ao invés de livrar- me da minha antiga natureza de Nabal, ela exercia ainda mais a sua influência em minha vida. Ela ficava cada vez mais perversa e detestável a cada dia que passava. Sempre que eu jejuava, ficava mais difícil conviver- se comigo. Tenho a certeza de que você sabe do que estou falando.

A minha tática seguinte foi a de tentar destruir o velho Nabal batendo-lhe na cabeça com as duas tábuas de pedra da lei. Eu decorei os Dez Mandamentos e tentei viver uma vida de “não farás isto e o farás aquilo”.

No entanto, quanto mais eu dizia: “Não farás isto”! Tanto mais o velho Nabal respondia: “Farei!” Os “farei” dele eram mais fortes que os meus “não farás”. A lei o me ajudou. A lei não consegue destruir a nossa antiga natureza pecaminosa. Tudo o que pode fazer é expor o nosso pecado, amplificar os nossos desejos carnais e condenar- nos. A lei não consegue nos libertar do pecado. Se quisermos ser livres, o Próprio Deus terá de fazê-lo. E louvado seja Deus, pois Ele o fez!

 

3.  Deus Determina os Meios

Somente Deus poderia matar Nabal adequadamente. E Ele o fez. A mesma coisa se aplica quando a questão é a antiga natureza de Nabal em nossa vida. E Ele também o fez!

A morte da nossa antiga natureza adâmica pecaminosa é drástica e também dramática. Já foi inclusa no gracioso plano de Deus da redenção através de Cristo Jesus para você e para mim.

Fomos crucificados com Ele na Sua Cruz para que o nosso velho homem (chamado de corpo do pecado em Romanos 6) pudesse ser destruído. Isto nos libertou para que pudéssemos nos casar com outro com o Próprio Cristo!

 

Quando Adão pecou no Jardim do Éden, toda a sua natureza tornou-se pecaminosa.

A enfermidade do pecado foi transmitida a todas as futuras gerações da humanidade. Todos recebemos esta mesma natureza pecaminosa do nosso pai Adão.

o somos pecadores somente pelo fato de pecarmos; pecamos porque nascemos pecadores. Antes de crermos em Jesus, fazíamos parte da família do diabo. Nascemos neste mundo fora da família de Deus.

A única maneira de entrarmos na família de Deus é através de um novo nascimento. Quando recebemos a Jesus como nosso Senhor e Salvador, nascemos de novo na família de Deus. Através de ensinamentos como o que estamos recebendo neste capítulo, a vem para nos apropriarmos (recebermos os benefícios) da nossa libertação da lei e da sua força de motivação ao pecado  (cujo resultado é a morte).

 

Aceitando os fatos que nos são relatados na Bíblia que fomos crucificados com Cristo e que o nosso antigo marido (natureza pecaminosa) está morto ficamos livres para nos casarmos com Cristo.

A Sua natureza de retidão e obediência poderá agora ser expressa em nós se Lhe entregarmos as nossas emoções e os membros do nosso corpo.

A Bíblia explica esta verdade com as seguintes palavras:

O pecado entrou no mundo através de um homem [Adão], e a morte através do pecado”. Desta forma, a morte veio para todos os homens. Pelo fato de estarmos todos em Adão, isto trouxe os resultados do seu pecado sobre todos nós. E todos nós pecamos (Rm 5:12 simplificado).

 

a.  Nascemos em Pecado.

Permita-me fazer-lhe uma pergunta. Onde você estava quando o seu ancestral Adão pecou? A Bíblia ensina que você estava em Adão ou seja, você estava em seus lombos (o lugar em que os espermatozoides, os quais produzem a descendência humana, são mantidos). Uma vez que todos somos a descendência (filhos, descendentes) de Adão, todos estávamos em Adão.

Isto significa que quando Adão pecou, eu tornei-me pecador com ele – porque eu estava em Adão. O pecado dele transformou toda a raça humana em pecadores porque toda a humanidade estava em Adão quando ele pecou.

O nosso destino dependia totalmente da obediência ou desobediência de Adão. Quando ele pecou, você e eu nos transformamos em pecadores. Quando a sentença de morte (a penalidade pelo pecado) foi dada a Adão, você e eu (nele) também fomos sentenciados à morte.

Assim sendo, nasci em pecado, sob a sentença de morte. Por causa disto, eu precisava de alguém que me salvasse e me libertasse do casamento com a natureza de Adão (a natureza pecaminosa).

Leiamos agora alguns versículos da Bíblia e regozijemo-nos pelo que Deus fez para nos salvar da nossa triste condição e destino para a morte e o inferno.

“Mas Deus mostrou o Seu grande amor para conosco, sendo s ainda pecadores, enviando a Cristo para morrer por nós...” (Rm 5:8 simplificado).

O pecado de Adão trouxe a punição [morte] a todos. Mas o ato de retidão de Cristo [tomar a nossa punição sobre a Cruz] justifica os homens diante de Deus, para que possam viver...”

Todos os que O recebem [a Jesus] hão de receber o direito de tornarem-se os filhos e filhas de Deus... Verdadeiramente, todos os que creem no Filho têm a vida eterna..Tornam-se novas criaturas  em Cristo Jesus com uma nova natureza dentro de si. Não são mais como eram antes; tudo agora é novo (Rm 5:8, 18; Jo 1:12; 2 Pe 1:4; 2 Co 5:17 simplificado).

 

b.  Pregado  na Cruz.

Sim, ao recebermos Jesus em nosso coração como nosso Senhor e Salvador, recebemos a Sua vida e a Sua natureza. Temos uma nova natureza, é verdade, mas e a nossa antiga natureza pecaminosa? Será que Davi e Nabal podem viver pacificamente na mesma casa? Será que podemos de fato estar casados com Cristo enquanto Nabal ainda está vivo?

É neste ponto que a Cruz de Cristo faz algo por nós, o que muitos cristãos não compreendem totalmente. É uma poderosa verdade que pode colocar o velho Nabal no descanso eterno e que é digna da nossa maior atenção. Paulo a explica claramente da seguinte forma:

“Nãsabeis que todos os que foram batizados em Cristo Jesus também foram batizados na Sua morte...? A vossa antiga natureza  amante do pecado morreu com Ele na Cruz. O seu poder foi quebrado...

Quando Deus-Pai O ressuscitou dos mortos em glorioso poder, fostes ressuscitados para uma nova vida também...

“Pelo fato de serdes um com Ele, quando Ele morreu, s morrestes quando Ele ressuscitou, s ressuscitastes...  Sabeis agora, portanto, que a vossa antiga natureza pecaminosa foi pregada na Cruz com Ele e morreu. O vosso corpo amante do pecado o está mais sob o poder e controle da vossa antiga natureza pecaminosa – estais livres!” (Rm 6:3-7 simplificado).

 

c.  União com Cristo.

Que verdade impressionante! Deus fez tudo o que era necessário! Pela Sua onisciência (capacidade de saber tudo) Ele olhou através dos séculos passados e futuros e descobriu todos os que creriam n’Ele. Ele os reuniu a todos e os colocou em Cristo enquanto Ele morria na Cruz. Lá, em Cristo,  fomos crucificados com Ele! Louvado seja Deus!

Ficamos exaustos tentando crucificar o nosso “velho homem”, quando ele está morto. o certo quanto estávamos em Adão quando ele morreu pelo pecado dele, assim também estávamos em Cristo Jesus quando Ele morreu pelo nosso pecado.

Com Ele ressuscitamos da morte e do inferno, para uma nova vida, e com uma nova natureza a Sua vida e a Sua natureza. É isto o que significa a união em Cristo – permanecemos n’Ele e Ele em nós. O que Ele é, nós somos!

A nossa união com Cristo é uma obra misericordiosa do Espírito Santo. Como Espírito de Cristo, Ele é a Pessoa da Trindade que faz com que a vida e a natureza de Cristo sejam formadas em nós. O Espírito Santo traz um novo coração e um novo relacionamento!

O que se une com o Senhor é um mesmo espírito com Ele (1 Co 6:17 simplificado).

“E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo. Retirarei de vós o vosso coração  de pedra [duro e rebelde] e vos darei um coração de carne [mole e obediente]. E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei com que andeis nas Minhas leis e guardeis  os Meus mandamentos... Sereis o Meu povo, e Eu serei o vosso Deus” (Ez 36:26-28 simplificado).

 

4. A Vitória  é Nossa

Estamos mortos para a nossa antiga natureza pecaminosa, e ela não tem nenhum poder sobre a nossa vida. A única hora em que a nossa antiga natureza pode levantar- se do seu “caixão mortuário é quando estamos andando em incredulidade ou desobediência. Quando estamos obedecendo a Palavra de Deus e sendo motivados pelo Espírito de Deus, estamos expressando a nossa nova natureza.

O diabo o quer que creiamos nesta verdade, pois ela tem o poder de nos libertar.

Se o estivermos cientes da obra que Deus completou por s através de Cristo na Cruz, estaremos andando em incredulidade. Os desejos da carne parecerão reais e nos sentiremos incapazes de resistir. O “fantasma do velho Nabal se apressará em exercer a sua influência e seus apetites em nossa vida.

A mesma coisa acontecerá se duvidarmos das palavras de Deus na Bíblia, ou se desobedecermos ao que Ele nos diz. Fazer isto entristece o Espírito Santo que habita dentro de nós. Isto enfraquecerá a Sua obra dentro de nós e o Seu testemunho através da nossa vida. Em ocasiões assim, a antiga natureza pecaminosa pode parecer bastante forte.

A resposta, como já vimos, o é tentarmos crucificar a carne com as nossas próprias mãos. A carne está morta quando reconhecemos isto. (Reconhecer significa considerar que algo já está feito ver e confessar que algo foi realizado!)

Portanto, deveríamos confessar rapidamente o nosso pecado sempre que o Espírito Santo nos convencer que pecamos. Aí então, deveríamos nos levantar com , crer e obedecer à Palavra de Deus. O Seu Espírito nos o poder para fazermos isto.

 

a. Saber e Crer.

Paulo diz que precisa- mos saber  que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo (Rm 6:6). Fomos crucificados e ressuscitados com Cristo. Se não soubermos isto, ou não tivermos certeza desta verdade, veremos a carne agindo como se estivesse bem viva. Submeter-nos-emos à nossa antiga natureza muito embora não mais esteja viva.

Paulo nos fala repetidamente que não temos de nos submeter mais à nossa antiga natureza pecaminosa. Podemos aceitar e crer diariamente na verdade do que Cristo fez por nós na Cruz e viver vitoriosamente no poder do Espírito Santo.

 

b.  Viver no Poder do Espírito Santo.

“Se, pelo poder do Espírito Santo, mortificardes as obras malignas do corpo a antiga natureza pecaminosa vivereis (Rm 8:13 simplificado). Precisamos do Espírito Santo, tanto para morrermos como para vivermos! (Morrermos para os nossos desejos egoísticos e vivermos para Cristo.)

 

O ministério do Espírito Santo, portanto, é duplo:

 

1) Ele honra  a obra  da Cruz  com relação à morte da nossa antiga natureza.

2) Ele nos conduz a uma vida de vi- tória  através  da nossa nova natureza.

 

c.  Crer e Confessar.

O Espírito Santo aplica a verdade da nossa crucificação com Cristo, tornando-a o real a ponto de a confessarmos com as nossas bocas. Diremos que é assim de fato. É isto o que Paulo quis dizer quando escreveu:

Reconhecei e considerai-vos verdadeiramente mortos para o pecado, porém vivos para Deus através de Jesus Cristo nosso Senhor. o permitais que o pecado ainda tenha domínio em vossos corpos. Não cedais aos seus desejos pecaminosos (Rm 6:11,12 simplificado).

 

A palavra “reconhecer” significa simplesmente crer e confessar que algo é um fato. Em outras palavras, devemos admitir e confessar (dizer em voz alta) que a nossa antiga natureza pecaminosa está morta para nós. Devemos também admitir e dizer que estamos mortos para a nossa antiga natureza pecaminosa. Isto é um fato porque a Palavra de Deus diz que morremos em Cris- to na Cruz. Está consumado e estamos livres! “Estou crucificado com Cristo... (Gl 2:20).

Não somente estamos mortos para o pecado, mas também estamos vivos para Deus. Temos um novo recurso interno. Podemos escolher estar casados com Cristo, o Qual nos a Sua nova natureza. Fazendo isto, podemos ser dirigidos (direcionados, motivados) pelo Deus-Espírito Santo.

Quando vemos quem somos e onde estamos em Cristo, sim uma verdadeira vitória. Significa que vencemos a nossa luta contra a carne. A guerra acabou; a vitória é nossa. Com as palavras de Cristo enquanto Se encontrava na Cruz, podemos dizer confiantemente: “Está consumado!

 

D. CASADOS COM UM OUTRO

Nabal está morto. Ele não é mais o nosso senhor. Os laços matrimoniais foram quebrados. Temos a nossa nova natureza Davi-Cristo e estamos livres. Para quê? Ouça as seguintes palavras de Paulo:

A vossa antiga natureza pecaminosa morreu com o corpo de Cristo na Cruz estais livres da lei. Isto aconteceu para que pudésseis estacasados  com um Outro. Refiro-me a Cristo, o Qual foi ressuscitado dos mortos para que pudéssemos dar frutos a Deus (Rm 7:4 simplificado).

Casados com um Outro. A quem está se referindo o Apóstolo Paulo? Jesus! Você foi liberto de Nabal para que pudesse se casar com o Senhor. Você é uma verdadeira Abigail espiritual a Noiva de Cristo!

 

1.  Viver Para Agradar a Cristo

As Escrituras têm muito a dizer sobre o relacionamento conjugal porque ele é um símbolo do nosso relacionamento com Cristo. Não fomos libertos para vivermos por conta própria, como talvez desejássemos. Fomos libertos para vivermos com um Outro e para correspondermos ao Seu grande amor por nós.

Devido a este amor, podemos confiar n’Ele completamente e fazer o possível para agradá-Lo de todas as maneiras. Jesus disse: “Se Me amardes, guardareis  os Meus mandamentos. O Apóstolo João acrescenta: “...e isto o é um dever doloroso e difícil (Jo 14:15; 1 Jo 5:3 simplificado).

 

Buscar agradar ao Senhor em todas as coisas significa que queremos obedecê-Lo de bom grado. Pelo fato de ser Ele a Cabeça e o Esposo da Sua Igreja e nós a Noiva de Cristo realmente queremos nos submeter à Sua cobertura e autoridade. Paulo aborda este relacionamento em sua carta aos efésios: “Esposas, submetei-vos à liderança de vossos maridos da mesma forma que vos submeteis ao Senhor”. Pois o marido é a cabeça de sua esposa, assim como Cristo é a cabeça da Sua Noiva, a Igreja. Ele deu a Sua Própria vida para ser o Salvador dela. “Como a Igreja obedece a Cristo, assim também a esposa deveria submeter-se ao seu marido”.

“ Os maridos, no entanto, devem amar as suas esposas como Cristo amou a Igreja a Sua Noiva e entregou a Sua vida por ela (Ef 5:22-25 simplificado).

Vemos claramente que fomos libertos  para que pudéssemos amar e servir a Cristo e uns aos outros. Cristo é o Marido Perfeito e é nosso glorioso privilégio sermos a Sua Noiva. Deveríamos tentar servi-Lo e agradá-Lo em tudo quanto dizemos e fazemos.

Paulo descreve ainda o que isto significa para ele, pessoalmente, em sua carta para a Igreja de Corinto:

“Estou livre de todas as maneiras do controle de todos. Contudo, fiz-me servo de todos para  que pudesse ganhá-los  para Cristo” (1 Co 9:19 simplificado).

Paulo ficou livre de todos para ser um servo de Cristo para todos. Ele não queria nenhum relacionamento terreno que pudesse impossibilitar o seu serviço cristão a qualquer pessoa, a qualquer hora, em qualquer lugar. O grande desejo de Paulo o era agradar a si mesmo, e nem mesmo aos outros, e sim ao Senhor, somente. Esta é a ansiosa e profunda solicitude de Paulo por s também. Ele afirma isto muito veemente e comoventemente, ao escrever para a Igreja de Corinto:

Tenho uma grande solicitude por s com um zelo divino. Prometi entregar-vos a Cristo somente. Ele deve ser o vosso único Marido. Quero dar-vos a Ele como uma Noiva pura e santa (2 Co 11:2 simplificado).

 

2.  Votos Matrimoniais Renovados

Caro leitor! Esta também é a minha solicitude por você. Tentei neste estudo mostrar-lhe como você foi liberto da sua natureza de Nabal para que se casasse com um Outro. Como Abigail tornou-se noiva de Davi, assim também você é a Noiva de Cristo. Como seu Marido divino, Ele é seu para sempre, e você é d’Ele para sempre! Como a Abigail da antiguidade, que você também possa ser sempre um servo amoroso e fiel no Reino do seu Senhor.

Penso que esta seria a ocasião certa e apropriada para renovarmos os nossos votos matrimoniais ao nosso Senhor Jesus Cristo. Podemos seguir o padrão que se encontra em Romanos 6:11: “Reconheço e considero-me [declaro-me como tal] morto de fato para o pecado, porém vivo para Deus através de Jesus Cristo meu Senhor.

 

Repetiremos estes votos, frase por frase, de acordo com o esboço abaixo. Por favor, imagine-se olhando bem nos olhos de Jesus e falando com Ele do fundo do seu coração:

 

Eu (seu nome), reconheço e declaro-me...

Morto para o pecado...

Porém vivo para Deus...

Através de Jesus Cristo meu senhor...

O Qual  é o meu Marido  Celestial...

Agora e para sempre. Amém!

 

Quase que podemos ouvir uma voz do Céu, dizendo: “Eu agora vos declaro marido e mulher.”

 

Não é de admirar que as Escrituras digam que há um grande regozijo no u dentre os santos anjos quando um pecador se arrepende (Lc 15:10). Um outro membro foi acrescentado à Noiva de Cristo! É uma ocasião de alegres celebrações, como foi quando Abigail casou-se com Davi.

Nós também encontramos o nosso Davi em Cristo Jesus. Um dia a nossa alegria será plena ao sentarmo-nos juntos na “ceia das bodas do Cordeiro”. E as Escrituras nos prometem com certeza divina que todos viveremos juntos, felizes para sempre!

 

Lembre-se sempre e nunca se esqueça: VOCÊ  FOI  LIBERTADO PARA SCASAR COM  UM OUTRO.

-JESUS CRISTO-

 

 

 

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