TREINANDO OS LÍDERES A ...
Ralph Mahoney
Capítulo 3
Obedecer a Voz de Deus
OBS.: USE AS SETAS DE NAVEGAÇÃO PARA RETORNAR AOS ITENS PRINCIPAIS. PARA PESQUISAR OS VERSÍCULOS MARQUE OS
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“Portanto a fé vem pelo ouvir... a palavra [Rhema] de Deus” (Rm 10:17).
A. LOGOS E RHEMA
Há duas palavras gregas traduzidas por “palavra” em nossas Bíblias: “LOGOS” e “RHEMA”. “Logos” geralmente se refere à “palavra” escrita ou gravada. “Rhema” geralmente se refere a “palavra” viva ou vivificante.
[Nota do Editor: Os seguintes exemplos não têm por objetivo o uso preciso destas palavras gregas. São dados apenas como exemplos da ideia que o autor tenta explicar com relação às palavras Logos e Rhema.]
Jesus disse: “Está escrito [Logos], ‘nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra [Rhema] que precede da boca de Deus’” (Mt 4:4).
Foi dito o seguinte sobre os que estavam em Beréia: “Estes foram mais nobres dos que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra [Rhema], examinando diariamente as Escrituras [Logos] se estas coisas eram assim” (At 17:11).
Estes versículos ilustram o vínculo inseparável entre “Logos” e “Rhema”. Sempre operam em conjunto. Precisamos conhecer as Escrituras (Logos) para julgarmos se uma palavra (Rhema) que veio até nós realmente é do Senhor – ou de algum outro Espírito. O Espírito Santo (Rhema) e a Bíblia Sagrada (Logos) estão sempre de acordo.
Jesus disse o seguinte com relação aos fariseus: “Errais não conhecendo as Escrituras [Logos] nem o poder [Rhema] de Deus” (Mt 22:29). Os Fariseus da época de Jesus não conheciam nem o “Logos” nem o “Rhema”.
Muitos líderes de igreja não conhecem nem as Escrituras nem o poder de Deus. Estes líderes e igrejas fazem com que Deus os vomite (Ap 3:16).
Há outros líderes de igreja que conhecem as Escrituras, mas não conhecem o poder de Deus. Eles geralmente se secam.
Há também alguns líderes de igreja que conhecem o poder de Deus, mas não conhecem as Escrituras. Eles geralmente se ensoberbecem e explodem.
Se você conhecer as Escrituras, como também o poder de Deus, isto fará com que você e a sua igreja cresçam.
1. Um Rhema de Deus
Um “Rhema” geralmente é uma comunicação de Deus com propósito e poder para ser aplicada a uma situação específica. Quando estamos lendo a Bíblia e um certo versículo subitamente nos atinge com poder, estamos recebendo um “Rhema” (palavra viva) para a nossa necessidade pessoal.
Quando estamos orando e pedindo a sabedoria de Deus ou a resposta de Deus para um problema sem solução, e, subitamente, Deus fala ao nosso coração e nos dá a solução do problema em termos claros e práticos, isto é um “Rhema”.
Quando estamos no meio de uma atividade relacionada ao ministério e recebemos uma impressão repentina no sentido de tomarmos alguma ação específica que resulta em grandes bênçãos, isto é um “Rhema”.
[Cuidado: Não deveríamos presumir que todo impulso, impressão, ou sentimento seja um “Rhema”. Nenhum “Rhema” jamais será contrário às Escrituras (Logos), a Palavra eterna de Deus.]
Se estou doente, posso abrir a minha Bíblia e ler: “por cujas feridas fostes sarados” (1 Pe 2:24). Tenho a Palavra (Logos) para me dizer que a vontade de Deus é curar-me. Contudo, talvez eu não seja curado ao ler este versículo.
a. Pedro e o Coxo. O coxo (Atos 3) que havia estado na porta do Templo durante anos não foi curado por Jesus, que havia entrado e saído do Templo muitas vezes.
Pedro, que havia acabado de ter o seu Pentecostes pessoal, subiu ao Templo para orar. Quando o coxo pediu esmola, Pedro recebeu um “Rhema” para ele e disse-lhe: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isto te dou. Em Nome de Jesus Cristo de Nazaré, levanta-te e anda!” (At 3:6).
Instantaneamente, o coxo levantou-se num salto e seguiu a Pedro para dentro do Templo, andando, pulando, e louvando a Deus. Talvez aquele coxo conhecesse o versículo bíblico: “Eu sou Jeová Rapha, que te curo” (Ex 15:26). Contudo, ele não foi curado até que Pedro ouvisse a voz de Deus e pronunciasse a palavra vivificante (Rhema) a ele.
“Portanto, a fé vem pelo ouvir... a palavra [Rhema] de Deus” (Rm 10:17). Quando Deus fala com você, a fé vem. Se você responder obedientemente ao que Deus falou, milagres vão acontecer a você, exatamente como aconteceram nos tempos bíblicos.
b. Milagre em Hebei. Há cerca de quinze anos atrás eu estava em Hebei, ministrando com o Evangelista D’Sousa de Taiyuan. Ele me convidou a ir visitar um homem que estava acamado e doente. Quando chegamos a casa do homem enfermo e começamos a orar por ele, senti o Espírito Santo me dando uma mensagem para ele.
Eu lhe disse: “A menos que você se arrependa você morrerá.”
Subitamente, o homem quebrantou-se e começou a chorar incontrolavelmente. Ele estava orando e clamando tão fortemente que a pequena cama em que estava deitado começou a balançar de um lado para outro.
A palavra do Senhor (Rhema) veio a mim novamente. “Tome o homem pela mão e diga-lhe para levantar-se e andar em Nome de Jesus.”
Peguei a mão daquele homem e comecei a puxá-lo suavemente da cama. Ele se levantou vagarosamente e ficou tremulamente de pé. De repente ele começou a gritar e a pular por todo o quarto. Ele havia sido curado milagrosamente em questão de segundos.
Descobri mais tarde que ele era um membro de igreja desviado, e que, antes da sua conversão, havia sido um gangster famoso e havia matado muitos homens.
Ele havia se desviado do Senhor. De volta ao pecado, foi acometido de uma doença cardíaco-renal incurável. A sua saúde era tão precária que os médicos haviam instruído que ninguém o movesse, pois isto poderia matá-lo (fico contente por não ter sabido disto, pois eu poderia ter ficado com medo de obedecer ao Senhor.)
Naquela noite ele compareceu à reunião evangelística e deu o seu testemunho. Pelo fato de ele ser tão conhecido na comunidade, o impacto do seu testemunho foi dinâmico. Muitos vieram a Cristo para salvação e cura como conseqüência disto.
B. RELACIONAMENTOS – NÃO FÓRMULAS
Precisamos compreender que a palavra vivificante de Deus raramente vem em resposta a fórmulas ou formalismos religiosos. Jesus curou um cego, misturando terra e saliva, formando assim lama e aplicando- a aos olhos do cego. Em seguida, o cego foi enviado ao tanque de Siloé para lavar a lama dos seus olhos, e foi curado (João 9).
Se eu misturasse terra e saliva e os colocasse nos olhos dos cegos, provavelmente tudo o que receberiam seria lama em seus olhos. Se Deus me falasse para fazer isto (como Ele disse a Jesus), ai então os cegos seriam curados.
Não é o formalismo nem a fórmula. É o ouvirmos a voz de Deus e tomarmos os passos de obediência em resposta ao que Deus falou. Em outras ocasiões, Jesus curou os cegos de outras maneiras (Mt 9:29; Mc 10:52).
Um relacionamento apropriado com o Seu Pai Celestial foi o segredo do ministério de Jesus. Ele disse: “Sempre faço as coisas que agradam ao Pai” (Jo 8:29). Pelo fato de o coração de Jesus estar sempre correto para com o Seu Pai Celestial, Ele podia facilmente ouvir e obedecer a voz do Seu Pai.
Jesus deixou bem claro: “O Filho não pode fazer nada por Si Próprio. Ele faz somente aquilo que vê o Pai fazendo, e da mesma maneira que vê o Pai fazendo” (Jo 5:19 – A Bíblia Viva).
1. Passe Tempo com Deus
Jesus conhecia as Escrituras. Ele confundiu os sábios do Templo, com doze anos de idade, com o Seu conhecimento bíblico. Mas o segredo do Seu ministério foi a Sua sensibilidade à voz do Pai – fazer o que Ele via o Pai fazendo, da mesma maneira que via o Pai fazendo.
Quando Jesus precisava ouvir o Pai, Ele Se afastava para passar tempos em oração (e, às vezes, em jejum). Vocês se lembram que o ministério de Jesus começou com quarenta dias de jejum e oração. Muitas vezes depois disto, vemos a Jesus passando noites em oração (como antes de escolher os Seus doze discípulos). Encontramo-Lo afastando- Se das multidões e indo ao deserto para orar.
Desta vida devocional veio a sensibilidade para ouvir a voz do Pai. Você tem desenvolvido o seu relacionamento com o Pai em tempos de oração e jejum? Se a sua resposta for não, por que você não tenta isto para ver o que acontece? Talvez você fique surpreso!
C. A COISA REAL E NÃO SUBSTITUTOS!
Quisera que as reuniões de obreiros e os materiais de treinamento enfatizassem mais em seus currículos o ensino de como nos movermos nos dons do Espírito Santo e como ouvirmos a voz de Deus.
1. A Palavra e o Espírito de Deus, e Não o Conhecimento Acadêmico.
Graças a Deus por homens como o Dr. John Wimber, o Dr. Peter Wagner, e o Dr. Donald McGovern, corajosos servos de Deus, que se destacam na história da nossa nação como homens que reconheceram a importância do Espírito Santo na obra de evangelismo e da vida da igreja.
Eles não foram como seus contemporâneos que enfatizaram a filosofia, a literatura, a história, a psicologia e uma infinidade de outras matérias, ao invés da Bíblia. Estes homens ensinaram os outros a se prepararem para uma batalha espiritual contra Satanás e seus demônios.
Eles ensinaram os alunos como curar os enfermos, expulsar os demônios, e pregar o Evangelho, com milagres confirmando o ministério da Palavra. Ao invés de uma mera produção de alunos com diplomas teológicos, eles levantaram homens que estavam em chamas com o Espírito, capazes de dispersar a influência demoníaca espalhada pela nossa terra.
Precisamos de homens como Filipe, que desceu à cidade de Samaria e pregou a Cristo.
A Bíblia diz: “E as multidões unanimemente prestaram atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os milagres que ele fazia, pois os Espíritos imundos, clamando em alta voz, saíam de muitos que eram possuídos par eles, e muitos paralíticos e coxos eram curados” (At 8:6,7).
Nosso treinamento deveria formar homens de fé como Estevão e Filipe – homens que desafiem os poderes das trevas e que triunfem no processo. Aí então veremos “este Evangelho do Reino pregado em todo o mundo, como testemunho a todas as nações” (Mt 24:14).
2. Fé, Não Orgulho
Se continuarmos substituindo o Rhema de Deus pelo conhecimento acadêmico, estaremos destinados ao fracasso. Um dos grandes perigos da educação superior é a produção de homens de orgulho, ao invés de homens de fé. Parafraseando a Paulo, “o conhecimento incha, mas o amor edifica” (1 Co 8:1).
Não vamos oferecer a nossa adoração no altar do conhecimento secular. Não coloquemos a nossa fé na sabedoria acadêmica e na tecnologia, as quais podem somente fornecer um substituto conveniente, porém em última analise infrutífero, do poder de Deus em nossa vida e ministérios. Ao contrário, vamos tentar ser ouvintes e praticantes da Palavra de Deus. Aprendamos a ouvir de Deus.
D. A MENSAGEM – NÃO O CIMENTO
Os líderes de igreja das nações ocidentais muitas vezes compensam a sua falta de poder e capacidade de ouvirem a voz do Senhor, investindo milhões de dólares em catedrais impressionantes e em luxuosos santuários. Eles acham que isto impressiona o mundo e atrai as pessoas às suas igrejas.
Ao estudarmos a história da Igreja, descobrimos que quanto mais desviada era a igreja, tanto mais os líderes investiam em enormes estruturas que faziam pouco para ajudar as pessoas ou para propagar o Evangelho. Estas estruturas provavelmente só serviam para um propósito principal – aumentavam o orgulho dos líderes da igreja e dos membros ricos.
Observando-se como estas igrejas funcionam, ficaríamos com a nítida impressão de que as últimas palavras de Jesus foram: “Ide por todo o mundo e edificai catedrais para todas as criaturas.” A prioridade máxima da maioria dos líderes de igreja é “construir um celeiro maior”.
1. A Prioridade de Deus
O que Jesus disse foi o seguinte: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16:15). Deus põe a prioridade na mensagem – e não no cimento. Deus enfatiza a ajuda às pessoas. O homem enfatiza uma quantidade de cimento cada vez maior (prédios).
Não podemos deixar de contrastar este comportamento dos nossos líderes de igreja com o nosso Senhor. Ele escolheu um estábulo para ser o local do Seu nascimento, viveu como membro de uma família de um pobre carpinteiro de Nazaré, e nos disse que Ele havia vindo para pregar o Evangelho aos pobres. Ele não tinha onde recostar a Sua cabeça durante os anos do Seu ministério. Em sua morte, Ele foi envolto numa mortalha emprestada. O Seu corpo esteve numa sepultura emprestada durante aquelas horas de gloriosa conquista sobre a morte e o inferno. Por amor a nós Ele Se tornou pobre.
De onde então os líderes de igreja recebem autoridade para extravagantemente desperdiçarem os recursos da Igreja em catedrais ostentosas e luxuosos santuários quando dois bilhões de pessoas ainda aguardam para ouvir o Evangelho?
Não há nenhum registro de construções de igrejas até o Século III, quando Constantino, o primeiro imperador romano “cristão”, uniu a Igreja com a política.
A influência de Constantino foi espiritualmente prejudicial e desastrosa para a Igreja. Uma vez que a Igreja se tornou “respeitável e rica”, o seu poder com Deus acabou. O que havia sido um organismo vivo – espalhando vida e bênção em toda parte tornou-se uma organização morta, propagando a “forma sem a força” – destituída da Palavra e do poder de Deus. Paulo nos admoesta: “Destes afasta-te” (2 Tm 3:5).
2. A Igreja da China: um Exemplo
A China nos fornece um interessante exemplo do que pode acontecer quando uma igreja fica liberta da obsessão com catedrais e igrejas requintadas.
Desde antes das mudanças de 1950, Deus levantou obras nacionais que reconheciam a mão especial de Deus sobre a China e a sua cultura.
Ao invés de contarem com a maneira ocidental de se fazer as coisas, eles começaram a ver que muitos aspectos da cultura chinesa estavam em harmonia com as Escrituras, como a força e a estrutura da família chinesa e a importância dada ao lar como um lugar de adoração.
Assim sendo, já a partir desta época começaram muitos movimentos através dos quais os crentes chineses se congregavam em seus lares para adorarem e orarem ao Deus Vivo como famílias.
Agora também podemos compreender o motivo pelo qual, após as mudanças de 1950 (quando todos os missionários ocidentais foram forçados a saírem da China), milhões de irmãos de todo o país encontraram uma satisfação espiritual. Não através das catedrais de estilo ocidental, mas através de uma crescente rede de igrejas domésticas.
Após as mudanças de 1950, os cristãos chineses começaram a compartilhar a sua fé com os seus parentes e amigos. Através do “evangelismo familiar” (ou seja, o evangelismo que se propaga de parente a parente), um surpreendente milagre de crescimento de igreja começou a ocorrer na Igreja da China.
Após 120 anos de atividades missionárias ocidentais, havia cerca de dois milhões de crentes cristãos na China em 1952. Vinte anos mais tarde (1972), quando a China se abriu novamente ao Ocidente, descobriu-se que havia mais de vinte milhões de cristãos na China. Em 1990, fontes fidedignas estimavam a comunidade cristã da China em cinquenta ou sessenta milhões de crentes.
Por que este crescimento dramático? Liberta do dinheiro missionário ocidental (que muitas vezes é uma influência controladora) e das maneiras missionárias ocidentais de se fazer as coisas, a Igreja chinesa adaptou-se rapidamente a métodos muito mais compatíveis com a sua cultura. Afastados das catedrais, eles retornaram à prática neo-testamentária de se congregarem nos lares. Os crentes, então, começaram a funcionar como uma família, com resultados dramáticos no evangelismo.
Pelo fato de a Igreja da China ter sido isentada do peso econômico de grandes construções, eles puderam usar o seu dinheiro para ajudar as pessoas e para propagar a mensagem. A prioridade tornou-se “propagar a mensagem”, e não “espalhar o cimento” (a construção de mais catedrais).
3. Propagação da Mensagem
O Novo Testamento não tem uma palavra sequer sobre a construção de igrejas materiais (nem o Antigo Testamento). Contudo, esta é uma das prioridades máximas na maioria das igrejas ou organizações ocidentais. Na China, eles têm uma maneira melhor.
A ênfase do Novo Testamento encontra-se na “propagação da mensagem”. “E os discípulos foram por toda parte pregando, e o Senhor estava com eles e confirmava o que diziam através dos milagres que se seguiam às mensagens deles” (Mc 16:20 – A Bíblia Viva).
“Por que não me envergonho destas boas-novas [a mensagem] sobre Cristo. Elas são o poderoso método de Deus para levar para o Céu todos os que creem nelas” (Rm 1:16).
“E desta maneira me esforcei em pregar o Evangelho, não onde Cristo foi nomeado... mas pregamos a Cristo crucificado... Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (Rm 15:20; 1 Co 1:23,24).
Luxuosas construções de igrejas não fazem com que os pecadores creiam ou que os perdidos sejam salvos. Somente o poder de Deus pode salvá-los.
Os rituais religiosos mortos não conduzem os homens ao Cristo Vivo, que triunfou sobre a morte e o inferno. Contudo, a pregação plena do Evangelho leva as pessoas a Cristo. Paulo escreveu: “...através de poderosos sinais e maravilhas, pelo poder do Espírito de Deus... tenho pregado plenamente o Evangelho de Cristo” (Rm 15:19). Eu gostaria de acrescentar: O Evangelho não é plenamente pregado até que seja acompanhado pelas milagrosas demonstrações do amor de Deus através de poderosos sinais e maravilhas.
4. Um Cemitério Espiritual
Há muitos anos atrás, entrei numa catedral da Australasia. Ela tinha capacidade para 2.500 pessoas, meninos de um coral que podiam cantar lindos hinos medievais, um grande órgão de tubos que enchia o lugar com sons majestosos, e ministros altamente instruídos que recitavam os sermões e as orações. Na superfície era algo muito impressionante. Havia somente um problema
– eles tinham tudo, exceto as pessoas! E isto aconteceu numa cidade com mais de cinco milhões de habitantes!
Eu fui ao culto normal da quarta-feira à noite daquela grande catedral. Os meninos do coral cantaram, o organista tocou, o sacerdote leu as orações e o sermão. Ao todo, demorou cerca de uma hora e meia.
Além de mim, havia somente duas outras pessoas na igreja: duas amáveis senhoras muito idosas e de cabelos grisalhos. Nós três ficamos sentados durante toda aquela relíquia ritualística de um cristianismo morto, que fingia ser a representação de Cristo. Esta catedral ocupava um terreno que valia milhões e milhões de dólares.
Teria sido melhor vender o terreno todo, fechar este cemitério espiritual, e enterrar este insulto ao poderoso, vivo e ressurreto Cristo, cujos olhos ardem como chamas, cujos pés brilham como bronze polido, que tem todo poder no Céu e na terra, e que promete vomitar todo os sistemas eclesiásticos que propaguem um Evangelho morno.
Nesta mesma igreja, um sacerdote foi salvo e batizado com o Espírito Santo. Ele começou a fazer reuniões de cura, e centenas de pessoas começaram a frequentar o seu culto de oração/cura às terças-feiras à noite. Os regulamentos da igreja não permitiam reuniões deste tipo na catedral. Por- tanto, negaram-lhe a permissão para isto, e ele teve que fazer os seus cultos num saguão da paróquia – pequeno demais para acomodar os doentes e enfermos que vinham para receber a salvação e a cura.
5. Repriorizar Recursos
Líderes de igreja – creiam em mim! É uma obsessão profana que a Igreja Ocidental tem com catedrais (quer sejam de cristal ou de outros materiais). Ao construírem santuários requintados, às custas da propagação do Evangelho, eles se tornam uma ofensa a um Deus que nos comissionou há quase 2.000 anos atrás para “irmos a todo o mundo para pregarmos o Evangelho a toda criatura’’ (Mc 16:15). Até que nos alinhemos com esta prioridade, tudo o mais que fizermos será “madeira, feno, e palha” (1 Co 3:12).
Dois bilhões de pessoas ainda estão aguardando para ouvir! Deus diz: “O sangue deles requererei das tuas mãos” (Ez 3:20).
Após ter pregado plenamente o Evangelho por todo o Império Romano, Paulo pode testificar: “Estou limpo do sangue de todos os homens” (At 20:26). Será que também estamos? Acho que não! Precisamos repriorizar os nossos recursos para fazermos o que Deus disse na Bíblia, e o que Ele está nos dizendo pelo Seu Espírito para fazermos.
Não sou contra construções de igrejas modestas para usos necessários. Sou contra o investimento de recursos consagrados em requintados projetos egocêntricos, que poderiam e deveriam ser usados para se ajudar aos pobres e para se propagar o Evangelho.
E. CONCLUSÃO
Os africanos contam uma história sobre um rato que se uniu a um elefante solitário. O rato sempre cavalgava nas costas do elefante, um pouco atrás da sua orelha direita. Lá ele podia sentar-se e bater um alegre papo com o seu amigo elefante, fazendo-lhe companhia enquanto caminhavam.
Certo dia eles chegaram a uma ponte sobre um rio. Ela parecia firme o suficiente, e assim o elefante passou a caminhar sobre ela e eles atravessaram o rio.Ao chegarem ao outro lado, o rato disse ao elefante: “Nossa! Nós real- mente sacudimos aquela ponte, não foi?”
Você e eu somos como aquele rato. Nós nos unimos a um Deus Todo-poderoso. Por nós mesmos – semelhantemente ao rato – não poderíamos sacudir nada.
No entanto, trabalhando juntamente com Deus, aprendendo e esforçando-nos para ouvirmos a Sua voz, podemos esmagar aquela antiga serpente, Satanás, e libertar os prisioneiros do pecado, das enfermidades, e da pobreza (Rm 16:20).
Lembre-se:
1. O Conhecimento Acadêmico,
ainda que útil em algumas áreas, não consegue produzir o poder de Deus para a salvação e a cura, nem o tipo de líderes necessários na Igreja hoje em dia. Lembre-se que a maioria dos discípulos de Jesus foram descritos como sendo “homens sem instrução e ignorantes. No entanto, tinham conhecimento que eles haviam estado com Jesus” (At 4:13). Portanto, separe bastante tempo para estar com Jesus através da oração e do jejum. Veja que diferença isto fará!
2. A Palavra de Deus (Rhema) e o Seu Plano São Singulares...
para todas as situações, pessoas e organizações. Os padrões, métodos, fórmulas, e tradições – a menos que sejam reativados pelo Espírito Santo – podem ser grandes barreiras que nos impedem de ouvirmos e obedecermos a voz de Deus.
3. O Plano de Deus Para a Sua Vida é Muito Maior que o Seu Próprio Plano
Espere no Senhor em oração até que você tenha uma clara compreensão do plano de Deus.
Oremos
Senhor Jesus, eu quero ouvir a Tua voz. Que a fé venha a mim agora para eu ouvira Tua voz. Entrego a minha vida, minha igreja e o meu ministério a Ti. Guia-me pela Tua Palavra (Rhema) e verdade (Logos). AMÉM!
Agora ouça calmamente! O que Ele está lhe dizendo? Você acabou de Lhe pedir para falar com você. Pare e tente ouvir por um ou dois minutos.
Maria, a mãe de Jesus, disse algo em que deveríamos prestar atenção: “O que quer que Ele vos disser, fazei-o” (Jo 2:5).
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