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E1.10 - Ministério Recíproco – Serviço

Ministério Recíproco – Serviço

PARTE III: MEMBROS DOS MINISTÉRIOS DA IGREJA

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Capítulo 10

Ministério Recíproco: Serviço

 

Introdução

O ministério recíproco significa “sustentarmos” uns aos outros. Devemos ajudar, apoiar e curar uns aos outros edificando uns aos outros em nossa santíssima fé. Isto significa um serviço muito prático e pessoal aos membros do Corpo de Cristo que estejam passando por necessidades.

Esse tipo de serviço envolve o que podemos chamar de “sistemas de apoio bíblico”. Três sistemas básicos suprem as nossas mais importantes necessidades pessoais. Como líderes, precisamos treinar os nossos membros como ministrarem uns aos outros através dos:

 

Sistemas de apoio emocional;

Sistemas de apoio financeiro; e.

Sistemas de apoio espiritual.

 

Esta é a maneira de Cristo alcançar em amor e ministrar ao Seu povo através dos membros do Seu Corpo. Ele os sustenta nos braços dos membros que compõem Sua Igreja. Ele os toca com nossas mãos. Ele quer falar com eles através dos lábios dos membros do Seu Corpo a Igreja!

Recorramos novamente ao Livro de Atos para verificarmos como estes princípios foram postos em prática como os conceitos funcionam na vida real.

Nos versículos que se seguem, vemos reafirmado o esboço que escolhemos para explicar o que você (como um líder de igreja) deve instruir o seu povo a fazer. Foi o que os membros da igreja em Jerusalém fizeram.

Os membros ministraram ao Senhor. “Aí então os que creram no que Pedro ha- via dito foram batizados. Cerca de 3.000 novos crentes foram acrescentados a eles naquele dia. Eles eram fiéis no ouvir os ensinamentos dos apóstolos e leais à comunhão de crentes. Frequentemente oravam e partiam o o [Santa Ceia] juntos. Muitas maravilhas e obras poderosas eram feitas pelos apóstolos, e uma grande estupefação e temor santo estavam sobre todos eles” (At 2:41,46,47).

Os membros  ministraram unaos outros. Todos os crentes ficavam juntos e compartilhavam tudo uns com os outros. Até mesmo vendiam o que possuíam e davam o dinheiro a todos os que estavam passando por necessidades especiais. Reuniam-se diariamente no Templo. Em casa, compartilhavam suas refeições com singela alegria em seus corações” (At 2:43).

O ministérideles ao mundo surgiu dos outros dois. “Estavam sempre louvando a Deus, e todos os respeitavam e os admiravam. E todos os dias, o Senhor Lhes acrescentava os que estavam sendo salvos” (At 2:47).

Do ministério deles a Deus e de uns para com os outros surgiu o testemunho deles ao mundo. Diariamente, muitos crentes novos eram acrescentados à comunidade deles. Este é um quadro perfeito do plano e propósito de Deus em ação.

Estudemos agora os diferentes sistemas de apoio que fazem parte do nosso ministério recíproco.

 

A. O SISTEMA DE APOIO EMOCIONAL.

 

O primeiro sistema de apoio em nosso ministério recíproco refere-se às nossas necessidades emocionais – os nossos “relacionamentos”. Não fomos criados para “ficarmos ou fazermos as coisas sozinhos”. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem... Não é bom que o homem esteja (Gn 1:26; 2:18).

Na imagem de Deus encontramos o relacionamento. Fomos criados para termos comunhão com Deus e uns com os outros para amarmos uns aos outros. Sem este relacionamento estamos incompletos. E isso o é bom. Precisamos muito uns dos outros. Foi assim que Deus planejou as coisas!

 

1.  Koinonia

A palavra grega referente à “comunhão” é koinonia. Ela significa:

 

a.  compartilhar a vida juntos

b.  em torno de um propósito comum.

 

Para o cristão, o propósito comum é basicamente uma Pessoa e esta Pessoa é Jesus! A vida que compartilhamos é a Sua vida em nós.

 

2.  Koinonia Encontra Necessidades Emocionais

Contudo, isto é algo muito prático em sua ação. A comunhão cristã tem o propósito de suprir as mais profundas necessidades e desejos do nosso coração. É interessante observarmos que “koinonia” era um termo usado nos contratos conjugais (documentos legais) daquela época.

A palavra grega referente a “comunidade” também é “koinonia”. Uma “comunidade é um grupo de pessoas que estão unidas em torno de um interesse comum. Novamente, para a comunidade cristã, este interesse é a vida do Próprio Senhor Jesus.

Em Sua vida encontram-se o Seu amor e a Sua verdade. O Seu amor é incondicional, com o poder de perdoar, curar e restaurar. Devido a isto, podemos nos arriscar a sermos genuínos honestos e abertos – numa verdadeira comunidade de cristãos. Esse é o local onde podemos encontrar ajuda.

 

Quando:                        Precisamos ser:

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1. Fracassamos              Perdoados

2. Tropeçamos               Sustentados

3. Fomos feridos           Curados

4. Estamos presos          Liberados

5. Estamos errados        Corrigidos

6. Estamos perdidos      Direcionados

7. Estamos com med Protegidos

8. Fomos rejeitados       Aceitos

9. Somos odiados         Amados

=============================

 

Estas o algumas das necessidades emocionais que podem ser encontradas em todas as comunidades cristãs. É somente através de um eficaz sistema de apoio na comunidade que estas necessidades pessoais podem ser supridas.

Estes sistemas de apoio são muito importantes em sociedades que se opõem veementemente ao Evangelho cristão.

Esse foi o caso da Igreja Primitiva em Jerusalém logo depois do seu inicio. Os líderes judeus da época o aceitaram calorosamente a recém-formada comunidade cristã. Como já vimos em nosso estudo anterior, a Igreja Primitiva logo sentiu o fogo da perseguição e do ódio religioso. Ela foi tratada de formas cruéis e injustas.

Os novos crentes, portanto, reuniam-se o somente para adorarem e para aprenderem mais sobre Jesus, mas também para apoiarem uns aos outros dentro de uma sociedade hostil e adversa.

 

Estas comunidades, voltadas ao crescimento e apoio cristãos, têm se formado por toda a história da Igreja. Não é de admirar que o deus deste mundo (Satanás) tenha sempre combatido os propósitos de Deus e perseguido o povo de Deus.

 

3.  O Papel Principal dos Grupos Familiares de Comunhão

a.  Apoio Prático. A forma prática pela qual a Igreja Primitiva apoiava os seus membros era através da comunhão em seus lares. A Igreja de Jerusalém começou no domingo de Pentecostes com 3.000 membros. A comunidade deles cresceu rapidamente, pois um grande número de homens e mulheres era acrescentado à medida que se passavam os dias. Alguns crêem que talvez tenham crescido até 30 ou 40.000 membros em 2 ou 3 anos. Como se abriga um grupo desse tamanho?

Jesus os havia alertado que a cidade e o Templo seriam destruídos. Não registro algum de haverem tentado encontrar ou construir um lugar de reuniões amplo. Em vez disso, eles incentivaram as pessoas a se reunirem em lares. Em seguida, estabeleceram presbíteros para se encarregarem das comunidades recém-formadas.

Foi a um destes grupos familiares que Pedro e João relataram o seu encontro com o conselho judaico após a cura do homem coxo na porta do Templo (At 4:23).

 

As casas eram geralmente construídas com o formato de um “U” e muradas na parte de trás. Os diferentes cômodos da casa, portanto, davam para um grande pátio interno, que era um lugar ideal para reuniões de grupos familiares relativamente grandes. A fonte ou cisterna central talvez tenha sido usada para batismos.

Os apóstolos podiam então manter-se em contato com todas as pessoas através dos presbíteros que haviam sido instituí- dos em cada grupo familiar.

Os lares eram cenários naturais e simples para a comunhão e para o ministério prático. As grandes catedrais e o clero com seus paramentos formais surgiram relativamente mais tarde na história da Igreja.

Infelizmente, esse tipo de progresso nos formalismos externos parece estar ligado a um declínio na vida espiritual. As pessoas simples geralmente ficam perdidas nos grandes programas dos sistemas religiosos.

Aquele toque pessoal não existe mais, e as necessidades emocionais do amor e da aceitação não são supridas.

 

b.  Contato Pessoal. Tenho certeza que muitos de vocês estão cientes de que as criancinhas precisam de algo mais do que a simples alimentação e roupas adequadas. É preciso que as acariciemos, falemos com elas e as tomemos nos braços. Tem havido situações em grandes berçários onde pequeninos bebês recém-nascidos tiveram todas as suas necessidades físicas supridas, mas chegaram a morrer de fato devido à falta de amor. Num certo lugar, esse problema foi resolvido com a colocação de cadeiras de balanço no berçário a fim de que as enfermeiras pudessem segurar os bebês em seus braços enquanto os alimentavam.

 

Os adultos também podem morrer por falta de amor, muito embora esse seja um processo mais lento. Para alguns é uma morte em vida são pessoas que não são amadas, desejadas, necessárias, nem apreciadas. Nas nações ocidentais, a solidão é um dos grandes males da nossa época. É possível sentirmo-nos solitários no meio de uma multidão, se acharmos que ninguém nos conhece ou se importa conosco.

A Igreja precisa alcançar, de uma forma especial e pessoal, os que se separaram da vida da comunidade cristã. Isto se aplica aos idosos, aos enfermos e a todos os que se encontram afastados de um contato de amor com os outros.

Como dissemos anteriormente, uma das razões para as reuniões de grupos familiares na Igreja Primitiva era fornecer o apoio emocional que cada membro necessitava. Cada indivíduo sabia que pertencia a um grupo que orava e se interessava por ele, que o aceitava e o amava no Senhor.

 

A comunidade era um lugar onde o amor de Deus podia ser compartilhado de maneiras práticas e pessoais. As necessidades humanas básicas da afeição (amor) como também da autoridade (verdade) podiam ser supridas. Era a forma de o Pai dar direção, correção, proteção e provisão – tudo isto no contexto caloroso e pessoal da Sua família.

um sentimento de segurança no sabermos que somos apoiados por mães e pais, irmãos e irmãs na família de Deus. É uma comunidade onde as nossas próprias capacidades e dons divinos o necessários e desejados. Verdadeiramente, é um lugar onde podemos adorar, trabalhar, e testemunhar juntos.

 

B. O SISTEMA DE APOIO FINANCEIRO

A segunda forma pela qual a Bíblia nos ensina a ministrarmos uns aos outros é na área das finanças. Para os nossos propósitos, isso incluirá não somente o dinheiro, mas também outras coisas materiais e serviços práticos.

 

1.  Na Igreja Primitiva

Vejamos como a Igreja Primitiva agia para desenvolver um sistema de apoio financeiro para os seus membros. Estaremos procurando princípios bíblicos que se apliquem à nossa época e contexto social. Começaremos com a recém-fundada Igreja de Jerusalém.

Todos os crentes ficavam juntos e compartilhavam tudo uns com os outros. Vendiam o que possuíam e davam o dinheiro a todos os que estavam especialmente necessitados. o havia sequer uma pessoa necessitada no meio deles. Os que possuíam casas ou terras, vendiam-nas e traziam o dinheiro aos apóstolos para que o repartissem justamente com os necessitados (At 2:44,45; 4:34,35).

O que fazemos com o nosso dinheiro (e como o fazemos) geralmente revela o que está em nosso coração para o bem ou para o mal. Deus protegeu a Igreja de Jerusalém dos espíritos malignos do orgulho e do engano (mentira) de uma forma realmente notável. Eis o que aconteceu:

“José, a quem os apóstolos chamavam de Barnabé (filho da consolação), era levita, natural de Chipre”. Ele vendeu uma propriedade e trouxe o dinheiro aos apóstolos para ser dado aos necessitados.

“Havia um homem e sua esposa, chamados Ananias e Safira, que também venderam umas terras”. Contudo, mantiveram  uma parte do preço, mas agiram como se estivessem trazendo o valor total aos após- tolos.

“Pedro, vendo o interior de seus corações, disse diretamente: Ananias... por que mentiste ao Espírito Santo?... As terras e o dinheiro eram teus e podias fazer com eles o que quisesses. Não mentiste a nós, mas a Deus. Ao ouvir isto, Ananias caiu ao chão e morreu!” (At 4:36-5:11 simplificado).

Em seguida, como vocês se lembram, o mesmo fim trágico aconteceu a Safira, sua esposa.

 

a.  Descoberta  dos Princípio.  Vários pontos ou princípios importantes e práticos podem ser vistos claramente nesta história sobre o sistema de apoio financeiro da Igreja do Novo Testamento.

 

1) Os Pedidos de Auxilio Eram  Investigados. Os membros que tivessem vivido uma vida de auxílio aos outros, e que estivessem necessitados, seriam ajudados.

Paulo estabeleceu princípios práticos para o apoio financeiro aos membros da Igreja. Por exemplo, ele achava que devíamos ser responsáveis pelas viúvas: “Honras viúvas que verdadeiramente são viúvas” (1 Tm 5:3).

a) Idosa ou Fraca. Para ser ajudada, a pessoa tinha que ser idosa ou fraca e estar incapacitada para trabalhar e se sustentar.

“Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos...” (1 Tm 5:9).

b) Trabalhe se Você Puder.  Aqueles que estiverem física e mentalmente aptos para trabalhar, devem fazê-lo. Eles não serão sustentados pela Igreja. “... quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que se alguém não quiser trabalhar, o coma também.”

“Porquanto ouvimos que alguns entre s andam desordenadamente...  A esses tais, porém, mandamos e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo que, trabalhando com sossego, comam o seu próprio pão” (2 Ts 3:10-12).

cOs familiares  Tomam  a Responsabilidade. Os familiares devem se responsabilizar pelos parentes que sejam muito idosos ou fracos para trabalhar. “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.

“Mas se alguém o tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel (1 Tm 5:4,8).

Os líderes de igreja devem ensinar isso e pedir que as famílias assumam, prazeirosamente, a responsabilidade pelos seus próprios familiares.

 

d) Devem ser merecedores. Aqueles a quem for concedida ajuda financeira, devem ser merecedores da mesma. “Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos... se exercitou hospitalidade, se lavou os s aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra. (1 Tm 5:9-10).

e) O exemplo da Igreja  em Jerusalém. Muitos dos crentes eram de outras cidades e haviam vindo a Jerusalém para a Festa de Pentecostes (At 2:5-12). Após confessarem a Cristo como seu Salvador Messias, eram batizados na água, batizados no Espírito Santo, e uniam-se à comunidade cristã em Jerusalém. Em seguida, submetiam-se fielmente aos ensinamentos dos apóstolos e trabalhavam dentro daquela crescente comunidade.

Eventualmente, o dinheiro de muitos se acabava. Teriam de ter partido se a igreja não tivesse suprido as suas necessidades. Da forma pela qual estavam organizados, essas necessidades eram prontamente relatadas à comunidade cristã. Isto provavelmente acontecia no contexto dos grupos familiares, onde todos eram bem conhecidos.

Os laços de amor dentro da família de Deus eram o fortes que muitos eram levados a venderem o que possuíam. O dinheiro recebido era então doado aos apóstolos e líderes para ser distribuído de forma justa aos necessitados.

 

2) Ninguém Era Forçado a Dar. Não havia nenhuma pressão sendo feita sobre o povo para vender o que possuía. Eles correspondiam a necessidades conhecidas, dando o que tinham, livremente e com alegria, aos que não tinham nada. Isso eles faziam sob a supervisão de seus líderes. Assim sendo, tudo era feito de uma maneira justa e ordenada.

O pecado de Ananias e Safira não foi o fato de haverem retido parte do dinheiro que receberam proveniente da venda de suas terras. Era direito deles ficar com todo o dinheiro da venda, caso quisessem. Os após- tolos não teriam ficado irados se eles tivessem guardado todo o dinheiro. Até mesmo Deus não teria ficado irado se este tivesse sido o caso. Na verdade, muitos o venderam tudo o que possuíam, ou o teria havido mais nenhuma casa onde pudessem ter reuniões.

Não! O pecado de Ananias e sua esposa foi que eles mentiram sobre o dinheiro que deram. Eles fingiram e agiram como se estivessem dando tudo a Deus, quando de fato não estavam. Talvez pensassem que a sua doação Lhes traria um grande privilégio aos olhos dos apóstolos e do povo.

A questão é que não era necessário eles darem e o era necessário mentirem. Ainda assim teriam sido amados e aceitos pela comunidade se o seu coração estivesse correto diante de Deus.

 

3) DireçãHonesta  Era  um Dever! A Igreja Primitiva era dotada de líderes corretos homens honestos e de bom caráter.

Os Apóstolos haviam sido treinados pelo Próprio Senhor Jesus. Contudo, houve um homem do grupo deles que foi vencido pelo diabo porque era desonesto e ganancioso. No final ele perdeu sua vida de forma trágica. Ele não somente vendeu a si próprio a Satanás, mas também a seu Senhor aos que O crucificaram. O seu nome era Judas. Como deveria ser isso uma grande admoestação a todo o povo de Deus de todas as épocas!

Talvez essa tenha sido a razão pela qual Pedro lidou de forma tão severa com Ananias e Safira. Ele discerniu que o mesmo espírito que havia impulsionado e movido a Judas estava tentando infiltrar-se na comunidade cristã de Jerusalém.

O Próprio Espírito Santo moveu-Se rapidamente para desarraigar esse mal antes que pudesse espalhar-se por toda a comunidade. Todos observaram o ocorrido, pois “um grande e santo temor veio sobre toda a igreja” (At 5:11).

 

b.  A Política Financeira. Agora podemos compreender o motivo pelo qual os apóstolos eram tão cuidadosos em certificarem-se de que as finanças estavam sendo manipuladas de forma justa e honesta. Era um dever muito sério que tinham diante do Senhor. Baseados no registro de Atos, descobrimos que eles prepararam um plano ou política financeira com muito cuidado e sabedoria, e que é, portanto, algo digno do nosso estudo.

 

1) Os que Eram  Honestos e Cheios com o Espírito. Eram homens sábios e honestos, com um caráter e conduta conhecidos pela comunidade. Não eram intrusos desconhecidos, e sim servos fiéis da comunidade. Suas vidas diárias e seus afazeres familiares pessoais provavam que poderiam ser dignos de confiança.

 

2) A Ajuda às Pessoas Vinha Primeiro. Quando surgiam necessidades pessoais, a comunidade era informada ou comunicada a respeito. o havia nenhuma pressão ou desonestidade nos apelos que eram feitos pelos líderes. As pessoas sabiam das necessidades e de como o dinheiro seria usado. Assim sendo, davam com liberdade e alegria. o eram ameaçadas com a punição de Deus, nem subornadas com as bênçãos de Deus.

Em outras palavras, o faziam doações motivadas pelo temor do que Deus faria caso o doassem. Tampouco ofertavam com a ideia de que Deus sempre as recompensaria com grandes lucros financeiros. Davam simplesmente porque o amor de Deus as impulsionava a ajudarem seus irmãos e irmãs em Cristo. Diferentes pessoas, portanto, davam na medida em que o Espírito Santo as orientava.

 

3) De Acordo com as Necessidades de Cada um. Os líderes distribuíam os fundos “de acordo com a necessidade de cada um”. O sistema de apoio da Igreja de Jerusalém foi instituído para suprir as verdadeiras necessidades do povo nada mais e nada menos. Todos recebiam o seu justo quinhão. Isso era possível porque as pessoas necessitadas eram conhecidas de fato pelos participantes de seus grupos familiares.

 

Qualquer um que fosse e que não quisesse trabalhar ou servir na comunidade recebia muito pouco em termos de ajuda financeira. As pessoas egoístas e tolas e que acumulavam grandes dívidas não podiam esperar que a igreja as saldasse.

uma disciplina ou ordem divina que Deus quer que sigamos em nossas finanças. Sempre que contraímos dívidas, subjugamo-nos a uma escravidão que atrapalha a nossa liberdade de servirmos ao Senhor.

Para os que estão enfrentando problemas financeiros, uma regra muito simples de ser seguida é a seguinte: “Se você; não precisa, o adquira. Se você o tem recursos, não compre!”

Ficarmos afundados em dívidas não somente limita o nosso serviço para Deus, mas também destrói o nosso testemunho perante o mundo. Um sinal de maturidade espiritual é o uso sábio do nosso dinheiro.

A política financeira da Igreja Primitiva também evitava um outro problema:

 

4) Cuidado com o Ministro Auto Designado. O ministro auto designado acha que os santos lhe devem o seu sustento. Algumas pessoas saem para a obra de Deus sem nunca terem sido enviadas por um grupo responsável. Entram em cena e informam a comunidade local que foram envia- das por Deus e precisam do seu apoio financeiro. o se encontram sob a autoridade de ninguém, porém desejam o respeito de todos – e dinheiro.

Paulo cita esse tipo de ministros em suas epístolas e alerta o povo com relação a eles.

Esse problema ainda existe. Precisamos estar cientes disso para não sermos enganados. Verdadeiramente, há segurança e sabedoria nas diretrizes dadas por Deus referentes às finanças da igreja.

 

c.  Relacionamento: a Chave  Para Êxitdos Sistemas  de Apoio. Já vimos que a Igreja Primitiva tinha um sistema de apoio emocional que colocava a liderança em contato com o povo. Deste relaciona- mento desenvolvia-se um sistema de apoio financeiro.

Não somente as necessidades emocionais das pessoas deviam ser supridas dentro da comunidade cristã, mas também as necessidades físicas e financeiras. Devido ao fato de que os líderes consagrados a Deus e os seus membros conheciam uns aos outros no Senhor, uma política financeira bia e justa era formada. O Senhor enviava a Sua bênção, e o havia sequer uma pessoa necessitada no meio deles”.

 

C. O SISTEMA DE APOIO ESPIRITUAL

A Igreja de Jerusalém ministrava uns aos outros o somente em suas áreas de necessidades emocionais e financeiras, mas também em suas necessidades espirituais. Eles faziam isto através de um sistema de apoio espiritual que pode ser visto em seus grupos familiares.

 

1.  O Grupo Familiar: o Melhor Lugar Para o Crescimento

O melhor lugar para uma árvore frutífera crescer é num pomar. O pomar é um lugar onde as árvores o protegidas dos perigos externos através de uma cerca. Suas raízes crescem profundamente no solo aguado e enriquecido com fertilizantes. Seus galhos o aparados e podados para que possam crescer frutos da melhor qualidade. As doenças e pragas vegetais o tratadas imediatamente. É um cenário cuidadosamente planejado a fim de que cada árvore possa tornar-se o frutífera quanto possível.

O pequeno grupo familiar é como um pomar. É um lugar de proteção.

 

2.  O Grupo Familiar: o Melhor Lugar Para o Aprendizado

Aprendemos fazendo as coisas, porém no fazer talvez cometamos muitos erros. Como é bom sabermos que no amor de Deus a correção nunca traz a rejeição. Podemos cair sem o temor de sermos expulsos. Caso contrário, talvez tenhamos tanto medo de cometermos um erro que nunca absolutamente nos arriscaríamos a movermo-nos pela fé.

A caminhada de Pedro sobre as águas com Jesus é um bom exemplo disso. O pulo e a caminhada de fé de Pedro tiraram-no do barco e o lançaram naquele tempestuoso mar. Quando ele começou a afundar de medo, Jesus o pegou, e aí então ensinou-lhe sobre os perigos de duvidarmos da Palavra de Deus.

Após aprender a sua lição, Pedro andou de volta ao barco no meio da tempestade com Jesus dois homens de fé, lado a lado.

O passo de por parte de Pedro – mesmo com os seus altos e baixos – foi grandemente abençoado por Deus. Somente Pedro levou a sério a palavra de Jesus. Somente Pedro aprendeu a andar pela fé sobre as águas! (Mt 14:22-34).

 

Sim! O grupo familiar também é um lugar onde podemos aprender com segurança e sabedoria a andarmos no Espírito. Felizmente, existirão no seu grupo familiar, aqueles que, sabiamente, poderão protegê-lo e corrigi-lo, quando você duvidar e cometer erros.

 

aAprender a Usar os Dons Espirituais. Paulo diz: Todos podemos profetizar... para que todos possamos aprender” (1 Co 14:31). Este Versículo tem dois significados:

“Aprendemos” como profetizar, fázendo.

“Aprendemos” com o que ouvimos, quando alguém profetiza.

A profecia, geralmente, contém instrução. É importante vermos que as coisas do Espírito não são somente dadas por Deus, mas que também precisam ser aprendidas pelo homem.

o é suficiente sermos chamados e dotados por Deus. Precisamos aprender como sermos “excelentes”, ou seja, fazermos as coisas bem e com sabedoria em nossos ministérios. Isso leva tempo, treinamento e experiência prática.

O sistema de apoio espiritual da Igreja, deveria proporcionar sessões para aqueles desejosos de aprender a usar os dons do Espírito ou um dom de ministério, de pregação ou ensinamento.

 

3.  Ensinar nas Grandes Reuniões

Nos encontros onde centenas de pessoas possam estar reunidas, também é possível ensinar aos membros como ministrar uns aos outros. Eis a maneira de se fazer isto:

 

a.  Forme  Círculos  de Oração.  Faça com que as pessoas formem “círculos de oração, tendo cada círculo, de quatro a seis pessoas. Elas farão isto se colocando em círculo, de frente umas para as outras e se dando as mãos. Aí, então, elas farão o seguinte:

 

1) Introdução. Cada pessoa do circulo de oração se apresenta, dizendo o próprio nome.

2) Partilhando Pedidos de Oração. Cada pessoa partilha, então, um pedido de oração. Este pedido de oração seria por algo que ela gostaria que as outras pessoas orassem junto com ela como, por exemplo, pela própria cura física ou mesmo para que Deus a ajude a conseguir um emprego.

3) Todos Oram.  Então, a pessoa mero um ora pela pessoa número dois (com o restante orando silenciosamente) durante um ou dois minutos, pedindo a Deus para atender ao pedido feito. A seguir, a pessoa número dois ora pela número três, do mesmo modo. Continuam fazendo isso, até que todos, no círculo de oração, tenham orado por todos.

4) Partilhando as Percepções.  Enquanto isso está acontecendo, o Espírito Santo colocará algumas vezes, em nossa mente um quadro (uma visão) que represente a necessidade daquela pessoa pela qual estão orando. Algumas vezes é dada uma “oração profética”. Talvez, um versículo das Escrituras possa vir à mente, o que deve ser partilhado. Todas essas coisas (dadas pelo Espírito) devem ser partilhadas com a pessoa pela qual estão orando.

5) Peça a Confirmação. Devemos, então, perguntar à pessoa com a qual partilhamos a visão, oração profética ou versículo das Escrituras, O que foi partilhado, corresponde à sua necessidade? Foi dirigido ao motivo da sua preocupação? Estava correto?”

Se a pessoa disser O! A pessoa que falou erroneamente, deve responder: “Estou aprendendo e, algumas vezes, cometo erros. Desculpem, eu orarei mais na próxima semana e pedirei ao Senhor para que me ajude a fazê-lo melhor da próxima vez.”

Se a pessoa disser SIM! Então agradeça ao Senhor por ajudá-lo a ajudar aos outros.

 

b.  Princípios  dos Círculos  de Oração. Se o esboço dos princípios acima forem seguidos, os círculos de oração se tornarão tempos valiosos de aprendizado. Não se esqueça de que esses princípios exigem três coisas:

1) Liberdade para as pessoas tentarem e, tentando ocasionalmente, cometerão erros.

2) Limite. Isto significa que alguém deve verificar se o que está sendo partilha- do é correto e verdadeiro.

3) Falibilidade. Isto significa que somos capazes de cometer erros.

O nosso caráter e o nosso chamado devem desenvolver-se juntos de mãos dadas. Ninguém se torna um grande “profeta da noite para o dia. Há um tempo de treinamento e testes de aprendizado e de correspondência aos caminhos e ações do Santo Espírito de Deus. Que possamos aprender as nossas lições bem, pois somente assim teremos ganho o nosso direito de sermos ouvidos!

 

A maioria das escolas bíblicas e seminários dão muito pouco tempo e atenção aos dons do Espírito. Quando o fazem, quase nunca ensinam aos alunos como reagirem às ações do Espírito Santo. Nunca poderemos aprender como nos movermos no poder do Espírito Santo somente através das linhas gerais de uma palestra. É preciso que haja uma experiência concreta, onde observamos e trabalhamos com outras pessoas que possuam ministérios dotados.

c.  A Igreja  Primitiva.  Os novos crentes viam nos pequenos grupos familiares demonstrações de como deviam mover-se no poder do Espírito Santo. Podiam aprender como falar e agir pela fé e, contudo, de acordo com a ordem divina. Eram encorajados e corrigidos por líderes sábios e amorosos.

Os frutos e os dons do Espírito Santo eram mantidos em equilíbrio. Os novos crentes podiam, portanto, crescer tanto no caráter como em seus chamados. Verdadeiramente, Deus Se importa tanto com o “obreiro” quanto com a “obra”.

Precisamos do aconselhamento de líderes devotos a Deus e da comunhão de nossos irmãos e irmãs para crescermos no Senhor. Aprendemos pela ministração mútua da vida d’ Ele e de uns para com os outros. Não fomos criados para “fazermos as coisas sozinhos”!

No contexto dos grupos familiares, precisamos enfrentar os frutos de nossas ações para com os outros. Isto mantém a nossa vida em equilíbrio. O nosso caráter e o nosso chamado as nossas motivações e o nosso ministério desenvolvem-se de uma forma certa e segura.

então, quando estivermos prontos a sairmos para ministrarmos ao mundo fora, sairemos com a bênção, com a aprovação, e com o apoio da comunidade local.

 

D. PONDO OS PRINCÍPIOS EM PRÁTICA

Colocamos diante de vocês vários princípios referentes aos sistemas de apoio emocional, financeiro, e espiritual. Três coisas, no entanto, deveriam ser mantidas em mente, quando a questão é colocarmos estas ideias em prática:

 

1.  Precisamos Fazê-lo Cuidadosa e Vagarosamente

“Os planos dos que o cuidadosos e firmes em seus esforços serão amplamente concretizados, mas um espírito impetuoso e impaciente produzirá a perda e a vergonha (Pv 21:5).

Deus o está com pressa. Ele quer fazer as coisas bem e com sabedoria. Isto significa a cuidadosa colocação de um sólido fundamento. Isto começa ensinando-se paulatinamente às pessoas o propósito divino por detrás das mudanças que estão diante delas.

Elas precisam saber que tipo de papel terão e as bênçãos que Deus tem guardado para elas. Isto acalma os temores que muitas pessoas têm das mudanças e do desconhecido. Todos precisam compreender:

 

2.  Precisamos Fazê-lo com Boa  Vontade

...Que Me tragam a oferta; de todo homem cujo coração  o mover para  isso, dele recebereis a minha oferta. x 25:2.) A adoração, a obra, e o serviço que o agradáveis ao Senhor não podem ser forçados. Isto é contrário à lei do amor, o qual precisa ser dado gratuitamente. As pessoas que são informadas e inspiradas ensinadas e tocadas pelo Espírito de Deus respondem com alegria e liberdade. O pastor sábio, com amor, e pacientemente, dirige o seu rebanho a coisas novas. As ovelhas não podem ser empurradas ou apressadas.

 

3. Precisamos Fazê-lo com Todos em União

“Quando toda a igreja se congrega num lugar..que todos estejam prontos para darem um salmo, um ensinamento, uma revelação, uma língua, ou uma interpretação. Que tudo seja feito de uma forma que edifique a igreja... Pois todos vocês podem profetizar, um após o outro, para que todos possam aprender, e todos possam ser encorajados (1 Co 14:23, 26, 31).

 

O pensamento-chave nestes versículos é que os princípios dos sistemas de apoio são aprendidos somente à medida que são colocados em prática, na comunhão da igreja. Aprendemos fazendo as coisas uns com os outros e de uns para com os outros.

O uso de Paulo da palavrinha “todos”, repetidas vezes, mostra-nos claramente que todos devem fazer parte do ministério. Não é somente para aqueles poucos que por natureza o mais extrovertidos e dotados. Todos m um lugar e uma função no Corpo de Cristo. No plano de Deus, todos devemos aprender uns com os outros através do Seu Espírito.

 

E. CONCLUSÃO.

Deus sabiamente nos deu princípios e padrões divinos. Através deles, a Sua vontade para os nossos dias pode ser feita por meio do Seu povo.

Ao pesquisarmos a Palavra de Deus descobrimos que:

 

1.  Todo Membro é um Sacerdote.

Ele estabeleceu líderes na Igreja para equiparem e prepararem a todos para serem sacerdotes reais por direito próprio.

 

2.  Todo Membro Tem um Ministério.

Todos os membros m um ministério que pode ser descoberto e desenvolvido no contexto pessoal de pequenos grupos familiares.

3.  Pequenos Grupos Familiares são Importantes.

É aqui que podemos aprender com segurança a:

a.  Adorarmos a Deus juntos;

b.  Ministrarmos nos dons espirituais juntos;

c.  Sairmos  para  testemunhar ao mundo.

É assim que nos tornamos membros maduros do Corpo de Cristo. Esta é a vontade de Deus e o caminho de Deus!

 

4.  Os Líderes Devem Fornecer

Na qualidade de líderes da Igreja, estabeleçamos portanto os sistemas de apoio para garantirmos o desenvolvimento espiritual de nossos membros. Forneçamos a eles:

 

a.  Sistemas de Apoio Emocional: Comunhão (Koinonia)

b.  Sistemas de Apoio Financeiro: Dinheiro para os necessitados

c.  Sistemas de Apoio Espiritual: Treinamento nos dons espirituais

Se você fizer estas coisas cuidadosamente e em oração, o Senhor acrescentará à sua igreja os que Ele salvar.

 

 

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