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GTL- A5.6 - A Formação de Uma Equipe de Oração Profética

Capítulo 6

 

Capítulo 6

 

 

A Formação de Uma Equipe de Oração Profética

 

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Introdução

Gostaria de compartilhar com vocês o propósito, o poder e a proteção que o trabalho em equipe proporciona, em orações proféticas. Consideraremos, também, como as equipes de orações deste tipo são formadas e como funcionam.

 

A. O PODER E O PROPÓSITO DE UMA EQUIPE DE ORAÇÃO

Jesus está falando o seguinte: Também vos digo que, se dois de s concordarem na terra em oração acerca de qualquer coisa, isto lhes será feito pelo Meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, porque o Meus, aí estou Eu no meio deles (Mt 18:19,20).

Jesus está dizendo que há algo especial sobre a oração conjunta. A equipe de oração tem mais poder do que quando oramos a sós. um mistério que não compreendemos por completo. Sabemos que a oração a sós é importante e necessária, por seus próprios méritos. Contudo, Jesus está dizendo a Seus discípulos que Ele estará com eles, de uma forma incomum e poderosa ao se “reunirem em oração.

 

1.  A Força na Unidade

Na unidade há força. Na unidade espiritual há força espiritual! Este é um princípio ou verdade importante. Quando estamos unidos num só coração e numa mente no Espírito do Senhor, Ele Se move com grande poder e propósito em nosso benefício. Uma só pessoa pode afugentar mil, porém duas pessoas afugentarão dez mil quando Deus é a força por detrás da ação! (Dt 32:30).

O princípio da força “unificada” é válido para um grande bem ou um grande mal. O poder de um povo é multiplicado quando este se une para um propósito comum. Deus interrompeu a construção da Torre de Babel por este motivo:

Eis que o povo é um, e todos m uma mesma língua; e isto é apenas o princípio do que poderão fazer. E, agora, nenhum de seus intentos será impossível para eles(Gn 11:6).

Este mesmo conceito do “poder conjunto pode ser encontrado na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Este é certamente um princípio que Deus quer que coloquemos em prática ao orarmos. Jesus estava ensinando a Seus discípulos, uma verdade muito básica e importante.

O trabalho em equipe, sempre foi o meu tipo de abordagem no ministério. o creio que as pessoas com atitude independente possam edificar o Corpo de Cristo, da melhor forma. Vejamos como isto funciona, quando se forma uma equipe de oração profética.

a.  O Amor Produz União.

Jesus disse que poderíamos esperar a bênção da Sua presença, quando nos reunimos em Seu Nome. A única maneira que conheço pela qual as pessoas podem de fato trabalhar juntas como uma equipe é através da unidade do Espírito Santo. “... o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5:5). O amor traz união. O Espírito Santo enche os nossos corações com o amor de Deus – assim, amamos uns aos outros.

 

b.  O Orgulho  Produz  Desunião.  

A desunião é o resultado do orgulho. “Da soberba só provém a contenda [desavenças]... (Pv 13:10). O inimigo fará o possível para quebrar o seu ministério de equipe de oração, pela discórdia e pelo conflito. Se isto acontecer, a melhor solução é ter um culto onde os membros da equipe façam a lavação dos pés, uns aos outros. Isto quebra o orgulho. “Ora se Eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, s deveis tamm lavar  os s uns aos outros (Jo 13:14).

 

2.  A Vontade de Deus Revelada e Confirmada

Quando a revelação acontece, vários membros confirmam o que foi recebido. Você descobrirá que a mesma revelação será dada a mais de um dos membros da equipe. Quando isso acontece, temos a confirmação de estar recebendo o que está na mente do Senhor, como um resultado das nossas orações.

As equipes de oração profética proporcionam uma forma sã e poderosa para interceder pelos outros e para descobrir a vontade de Deus. É um meio de permitir que o

Espírito Santo ministre através dos Seus dons de sabedoria e de poder.

Leia 1 Coríntios, para o ensinamento do nosso texto: “Porque  todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam  e todos sejam consolados” (l Co 14:31).

 

3.  O Aprendizado no Uso dos Dons Espirituais

Devemos aprender a usar os Dons do Espírito. Os líderes de igrejas devem ter a responsabilidade de proporcionar ocasiões para que os crentes possam aprender a orar orações proféticas. E a melhor maneira de fazê-lo é reuni-los com os crentes mais experientes sobre equipes de oração.

Paulo encoraja os crentes coríntios, não somente a buscarem os dons espirituais, mas a excederem neles (versículo 12). Exceder significa se tornar mais eficaz, ou melhor, nos nossos esforços, e isto envolve aprender através da experiência.

a.  A Vontade de Deus e a Escolha do Homem. É a vontade de Deus, ofereceres Seus dons (l Co 12:7-10) àqueles que fervorosamente buscam e fortemente os desejam (l Co 12:31; 14:1; 14:39).

Deus atende ao nosso desejo pelos Seus dons, quando as nossas motivações o para edificar e louvar o Corpo de Cristo.

É verdade que Deus tem o direito de conceder dons, de acordo com a Sua vontade, pois tudo começa e termina n’Ele. Contudo, Deus deu ao homem a liberdade para desejar e pedir para ser uma parte do Seu plano maravilhoso.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5:6).

Quando nos deleitamos ao fazer a vontade d’Ele, Ele coloca os Seus desejos no nosso coração (Sl 37:4,5) e quando seguimos esses desejos em fé e em obediência, Deus nos escolhe e nos prepara para que façamos a vontade d’Ele.

Do nosso ponto de vista, é como se pudéssemos escolher ser escolhidos. Sem Ele s o podemos; sem s Eleo quer!

Eis, , o equilíbrio entre a soberania de Deus (o direito de governar) e a liberdade de escolha do homem.

Paulo nos estimula a buscarmos os Dons do Espírito, com fé e a desenvolvê-los em obediência. É através dos dons de Deus que o Seu amor pode alcançar um mundo doentio e sofredor. O amor é a motivação, e a oração é o meio através do qual o nosso testemunho e a nossa obra no mundo começam.

Consideremos, agora, os passos práticos de que necessitaremos para seguir na formação de equipes de oração profética.

 

B. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES PARA UMA EQUIPE

A palavra de Deus nos os princípios pelos quais uma equipe de oração profética pode funcionar de maneira sã e segura. O Apóstolo Paulo nos aconselha em 1 Coríntios 14:29: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.

 

1.  Três Princípios

três princípios ou verdades práticas, expressas neste versículo:


 

a.  E falem... profetas  isso é liberdade!

b.  “Dois ou três  isso é fronteira ou limite!

c.  “... os outros julguem”   –   isso é responsabilidade!

 

2.  Por  que Esses Princípios São Necessários?

a.  Liberdade. Em primeiro lugar, é importante permitirmos que os dons espirituais sejam expressos. Sem esta liberdade, o Espírito Santo é “entristecido e reprimi- do”. Podemos sufocar ou silenciar a Sua voz (1 Ts 5:19; 1 Co 14:39).

b.  Limite. Em segundo lugar, os líderes devem estabelecer limites razoáveis, quanto ao número de profecias dadas por qualquer pessoa. A ideia é evitar que uma só pessoa domine a reunião de oração. É também possível enfraquecermos o propósito das profecias, se forem tão demasiadas a ponto de a atenção da congregação ser dispersa (1 Co 14:40).

c.  Responsabilidade. Em terceiro lugar, os líderes precisam julgar e pesar o espírito e o conteúdo das profecias, de uma forma responsável. Isto é necessário porque ninguém é “infalível”, ou seja, a salvo da possibilidade de cometer erros.

Se alguém orar alguma coisa que o seja verdadeira, os líderes devem fazer uma correção, de maneira branda. Fazendo isto, o crente aprenderá a usar os dons corretamente.

Se a oração profética “atingir o alvo”, os líderes também devem confirmar o fato. Isto encorajará àquele que estiver aprendendo.

 

3.  Seis Diretrizes

As seguintes diretrizes foram desenvolvidas através dos anos, por experiências práticas com equipes de oração, ao redor do mundo.o o regras para serem seguidas de forma mecânica, porém o sugestões práticas, baseadas em princípios espirituais sadios. Creio que vocês verão que o de muita utilidade.


 

a.  Crentes Maduros.

Selecione seis ou oito crentes maduros, que sejam batizados no Espírito Santo e que tenham aprendido a usar os Dons de Línguas (ou profecia), na oração. Escolha, também, dois casais casados, um homem solteiro e uma mulher solteira, para que seja feita uma boa “mistura”. Acrescente aqueles que estão em treinamento a uma equipe como a que foi formada pela “mistura”, mas, somente se a equipe já tiver experiência em oração profética.

b.  Num Círculo. 

Peça a todos que se sentem, formando um círculo.

c.  Aceitar  a Cristo.  

Peça a todos que orem esta oração: “Juntos, confessamos que Jesus é o Senhor. Recebemos a Sua presença entre nós, na Pessoa do Espírito Santo. Pedimos ao Espírito Santo que nos consagre agora, neste momento, para orarmos profeticamente”. (Lembre-se de que a sua retidão é baseada na cruz de Cristo e no derramamento do Seu sangue).

d.  A Armadura de Deus.

Peca-lhes, então, que pronunciem estas palavras de comando: “Senhor, Tu disseste que o que quer que amarrássemos na terra, deveria ser amarrado no Céu”. Neste momento amarramos, no forte Nome de Jesus, os poderes das trevas que poderiam se opor ou interromper este ministério de oração.

“Colocamos o capacete da salvação, com o qual impedimos a entrada de pensamentos errados em nossas mentes. Vestimos a couraça da retidão e tomamos o escudo de fé como nossa defesa contra sentimentos ou dúvidas errados. Abrimos o nosso coração para receber a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, a qual esperamos receber enquanto oramos. Assim como a palavra do Senhor veio aos antigos profetas, esperamos Senhor, que nos envies a Tua palavra agora, para que a Tua poderosa vontade e as Tuas obras sejam reveladas entre nós (Ef 6; Sl 107:20; Gn 15:1,4; 1 Sm 15:10;etc.).

Procedendo assim, você evitará que o diabo estrague as suas orações com seus pensamentos mentirosos ou com seus propósitos malignos.

e.  O  Espírito  Santo  no Controle.

Faça esta oração: “Espírito Santo, submetemos o nosso coração e a nossa mente a Ti”.

Coloca as Tuas orações em nossos lábios, os Teus pensamentos na nossa mente, os Teus sentimentos no nosso espírito. “Submetemos-nos ao Teu senhorio, pois onde está o Espírito do Senhor, há liberdade” (2 Co 3:17).

f.  Oração em Línguas.

Libere os rios do Espírito Santo começando pelo orar juntos em línguas e deixe que isto seja a expreso da sua , do seu amor e da sua obediência a Deus. O seu desejo é tornar-se um coração e um só espírito com o Senhor e um com o outro.

 

4.  Oração Pelos Outros

Durante o tempo de treinamento, e de aprendizado, o líder mais antigo da igreja, ou o mais velho, deve agir como o capitão da equipe de oração. Como esclarecimento, chamaremos àqueles por quem iremos orar de candidato(s), nas instruções abaixo.

 

a.  O Candidato no Meio do Círculo.

Quando a equipe estiver preparada para orar pelos candidatos que tenham necessidades especiais, faça com que um deles se sente no meio do círculo de oração.

 

b.  Uma Só Pessoa Deve Conduzir.  

Se a pessoa for um homem, faça com que uma das mulheres da equipe (ou vice versa, se for um homem) conduza a oração por aquela pessoa. Neste ponto, confie no Senhor para conceder a oração profética.

Ouça a oração cuidadosamente, pois pode ser uma revelação de segredos escondidos, mencionados na oração.

 

c.  Entrevistar o Candidato. Se o Espírito Santo o der nenhuma direção para o próximo passo, peça ao capitão da equipe para entrevistar rapidamente a pessoa, conforme segue:

 

1) Por que Eles Vieram? Pergunte à pessoa, “Por que você veio a esta equipe de oração? O que você espera receber aqui? À medida que a pessoa for respondendo, os membros da equipe podem ouvir a confirmação de alguma coisa que tenham recebido do Espírito Santo, durante a oração. Continue falando com a pessoa, da mesma forma que Jesus fez com a mulher no poço, em Samaria (veja João 4:4-30). o permita que a entrevista dure mais que cinco minutos.

 

2) Partilhar as Revelações Espirituais. Se alguém da equipe sentir que o Espírito esteja dando alguma coisa para ser partilhada, aproveite, pois este é o momento.

Algumas vezes, um quadro se formará em sua mente, e o Espírito pode fazer com que você saiba o que significa. Outras vezes, o Espírito dará a você versículos das Escrituras, endereçados às necessidades do grupo.

Outras vezes, o Espírito dará uma vaga impressão de alguma coisa que você não teria como saber a respeito. Se isto acontecer, conte à equipe de oração e ao candidato, no momento apropriado, o que você achou ter recebido do Espírito. Pergunte, então, ao candidato “Isto é verdadeiro?” Se a resposta for “Não, o é verdadeiro”, diga “Eu sinto muito. Este pensamento talvez tenha vindo da minha própria mente”. Se a resposta for “Sim, é verdadeiro então prossiga de acordo com a orientação que você estiver sentindo do Espírito.

 

3) A Equipe Toda Deve Orar. Se você não tiver a orientação de como prosseguir, peça a todos da equipe para colocar as mãos, suavemente, no ombro ou na cabeça do candidato (dependendo do costume local) e orem juntos no Espírito. Confie que durante este tempo de oração os membros da equipe receberão alguma coisa do Senhor.

Se isto acontecer partilhe com todos, o que você receber. Caso não aconteça, então o capitão da equipe deve fazer uma oração.

final (confiando que o Espírito Santo fará com que seja uma oração profética).

vezes em que o Espírito Santo parece nos dar muito pouco ou nada para que partilhemos, e quando isto acontecer, não force para fazer com que alguma coisa ocorra. Simplesmente diga ao candidato “Jesus ama você, e eu também”.

 

5.  O Espírito Direcionará

Após completar as “Seis Diretrizes”, a equipe deve continuar orando em línguas até que um (ou mais) do grupo, sinta a direção do Espírito pelo que a equipe deve orar.

Tenham a expectativa de que o Espírito Santo lhes revelará a vontade do nosso Pai Celestial, a fim de que as suas orações possam ter uma direção específica.

A direção poderá vir na forma de um pensamento, de uma visão (um quadro mental), ou de uma passagem bíblica. Talvez envolva

pessoas, lugares, eventos relacionados com a igreja de uma determinada pessoa, cidades, nações ou algum campo missionário estrangeiro. Geralmente, o Espírito de Deus introduz a oração da equipe nas estruturas de poder da sociedade, os assim chamados “modeladores das mentes”:

 

*Ciência

*Mídia

*Negócios

*Igreja

*Artes

*Governo

*Escola

*Lar

*Forças Armadas

 

a.  Cadum Acrescenta  a Sua Parte. Geralmente, uma ou mais pessoas do grupo sente uma direção a ser tomada na oração. Todo o grupo, então, deveria começar a orar suavemente no Espírito, contando com os dons de uma palavra de conhecimento, palavra de sabedoria, discernimento de espíritos, línguas, interpretação de línguas e profecia. À medida que várias pessoas começam a expressar a sua oração com , Deus revela pelo que e como orarmos. Cada um acrescenta uma parte da revelação de Deus, à medida que lhes é concedida a sua oportunidade para orar. É a isto que Paulo se referia ao dizer que se a revelação vier a outra pessoa sentada ao nosso lado, devemos permitir que esta pessoa falasse, para que todos possam profetizar um após o outro (1 Co 14:30, 31).

b.  Sócios com Jesus.  Isto é a verdadeira oração profética em ação. Desta forma, Deus pode produzir uma completa revelação da Sua vontade para uma dada situação. Estamos, na verdade, completando o círculo do Seu propósito através da oração e intercessão.

Fico pasmo e maravilhado com o que o Espírito revela durante estas ocasiões de oração. À medida que a maré espiritual se levanta e a aumenta, a oração torna-se mais reado que os problemas  e necessidades  pelos quais  oramos.

Durante uma de nossas conferências, tínhamos dez equipes de oração que oravam desta maneira. Notadamente, em repetidas ocasiões, durante aquele dia de oração, cinco ou seis das equipes foram direcionadas para orar sobre o mesmo fardo do Senhor.

As diversas equipes não sabiam disto, até serem chamadas para um tempo de testemunho. O capitão da equipe, então, compartilhou com todos, a direção dada pelo Espírito, sobre o que orar e os seus resultados.

E, levantando-se, todos repetiam sem parar, “O Senhor nos disse para orarmos sobre a mesma coisa na nossa equipe”.

Quanta alegria e conforto isto nos traz quando verificamos que somos sócios com Jesus em Seu ministério de intercessão.

 

C. PROBLEMAS E PERIGOS NA ORAÇÃO PROFÉTICA

Ao considerarmos o ministério de equipes de oração profética, precisamos falar sobre algumas áreas problemáticas e perigosas. Os dons da graça de Deus podem ser abusados de formas muito desairosas.

Não devemos ter medo do nosso inimigo, porém é necessário que estejamos cientes de suas astutas artimanhas (2 Co 2:11).

o seria de se admirar que algo o poderoso quanto às equipes de oração fosse alvo de seus ataques. Os motivos pelos quais podemos esperar que surjam problemas com relação à oração, estão claramente retratados para nós, em Provérbios 14:4: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheitas”. Neste pequeno provérbio encontra-se um grande princípio a ser observado por nós. Onde o há nenhum boi, é fácil mantermos o celeiro limpo. Não nenhuma sujeira que necessite ser removida. Contudo, onde não nenhum boi, tampouco colheita. É preciso que haja a força do boi para se cultivar os frutos do campo. A verdade é bem óbvia. Se quisermos a força do boi e os frutos da colheita, teremos que aguentar alguns problemas de sujeira que acompanham os benefícios.

Em outras palavras, se quisermos o poder e os resultados que os dons do Espírito de Deus trazem, teremos de enfrentar os problemas e as pessoas problemáticas – que os acompanham. É possível varrermos para o lado, os dons do Espírito Santo e termos um estábulo limpo, porém muito estéril (sem vida). Bois mortos e celeiros quietos e limpos, fazem uma boa combinação. As igrejas mortas não têm nenhuma vida, nenhum poder, nenhum louvor!

Como a infância, assim também a adolescência apresenta seus próprios problemas especiais. É a época intermediária entre a criança e o adulto. É uma época em que um pouco de conhecimento e muita energia querem correr bem à frente da sabedoria e da experiência! Isto também acontece em nosso crescimento e vida como cristãos. Muitos problemas podem surgir quando o nosso conhecimento sobre os dons do Espírito não for equilibrado pela nossa maturidade de um caráter e experiência cristãos.

Já vimos que quando as palavras (o falar) dos Dons de Línguas, de Interpretação de Línguas e de Profecia o acompanhadas pela Palavra de Sabedoria, de Conhecimento e de Discernimento de Espíritos, desempenham um papel importante no ministério de oração profética. (Para melhor entendimento desses Dons, veja Seções Dl e D2 do Guia de Treinamento de Líderes).

Quais o alguns dos problemas especiais que podem surgir na prática da oração profética?

 

1.  A Direção Pessoal Necessita de Equilíbrio

Um dos perigos, evidentemente, é olharmos para os dons do Espírito como uma espécie de “instrumento mágico” para se descobrir a vontade de Deus para direções pessoais. A incorreção de tal uso dos dons seria como irmos a uma cartomante ou como usarmos um tarô e pedirmos a bênção de Deus em nossas ações.

Deus nunca permitirá que fujamos do caminho da fé. A funciona na confiança de que Deus está mantendo a Sua promessa: E o SENHOR te guiará continuamente... (Is 58:11). Asseguro-lhe que se você o estiver em rebelião, será difícil o perceber a vontade de Deus.

O Senhor, algumas vezes, é misericordioso para conosco, concedendo-nos forte confirmação profética, através daqueles que oram por nós. Contudo, o permita que isto seja um substituto para a sua comunhão com o Senhor. Ele pode falar diretamente a você, se você aprender a ouvir, nos seus momentos de oração a sós.

Deve haver, sempre, um equilíbrio entre as seguintes coisas:

 

a.  A Palavra  de Deus Princípios blicos e palavras especiais.

b.  O Espírito de Deus Testemunho interno, sonhos, dons espirituais.

c.  O Corpo de Cristo Confirmações através de conselhos e profecias.

d.  Circunstâncias Das maneiras arranjadas e/ou rearranjadas por Deus.

e.  A Nossa Atitude A nossa humildade, e obediência pessoal.

Deus quer que a nossa fé e confiança estejam n’Ele. As direções deveriam surgir de nossos relacionamentos com Deus e de um com o outro no corpo de Cristo. Quando estes relacionamentos estão em ordem correta, então podemos esperar que o Senhor nos guie e nos dirija de uma forma segura e certa. Sairmos deste equilíbrio divino significa abrirmo-nos a direções e influências falsas, tolas e, até mesmo, perigosas.

Para um estudo mais detalhado sobre Direção, veja Seção D12 neste Guia de Treinamento  de Líderes.

 

2.  Humildade e o Orgulho

A humildade é a salvaguarda de Deus contra erros humanos. Os dons do Espírito Santo sempre estão sujeitos a erros humanos. Todos nós podemos cometer enganos com relação a isto. Sempre certo risco quando Deus permite que a Sua palavra perfeita seja falada através de homens imperfeitos. Porém, Deus providenciou uma maneira de proteger, tanto o Seu ministro quanto a Sua palavra. Há uma grande segurança na humildade!

A humildade nos dons do Espírito é expressa de duas formas:

 

a.  Disposição em admitirmos que podemos cometer erros.

bDisposição em recebermos  correções quanderramos.

 

Permitam-me dar-lhes um exemplo do que estou querendo dizer. O Pastor David Schoch, de Long Beach, Califórnia, tem um dos mais poderosos dons proféticos que já testemunhei nos 40 anos do meu ministério. Ele passa muito tempo em oração e intercessão. Como lhes contei em nossa última lição, tal preparação é necessária para o ministério profético. Ele considera o seu chamado profético de uma maneira bem ria e responsável. Os anos têm provado, de fato, a maturidade e a precisão do seu ministério.

Em 1965, eu estava num retiro onde ele estava ministrando. Ele estava apontando pessoas com problemas físicos e descrevendo as suas enfermidades, com a palavra de conhecimento. Ele sempre perguntava se estava correto, antes de orar por elas. Houve várias curas concretas.

Ele chamou uma mulher e começou a descrever a sua condição. , então, ele lhe perguntou se ela estava sofrendo daquele problema. Ela replicou que o tinha o problema que ele havia descrito. Em seguida, a reação dele para com ela, diante de uma multidão de 600 a 700 pessoas, foi de verdadeira humildade. Ele não argumentou e nem deu nenhuma desculpa. Ele, simplesmente, disse que podia cometer erros e que sentia muito. Aí, então, ele parou com a ministração de curas e prosseguiu com a sua mensagem.

No final do sermão, cerca de 45 ou 50 minutos mais tarde, ele convidou as pessoas que precisavam de oração, para virem à frente. Para surpresa de todos, a senhora que havia negado a sua necessidade, subiu correndo a plataforma. Ela confessou, então, que por estar constrangida, havia mentido que o tinha o problema que ele havia descrito. Diante de todos, ela pediu o perdão de Deus e o dele.

À luz desta verdade, fiquei muito impressionado com a resposta dócil do Irmão Schoch, à primeira negação dela. Muito embora estivesse certo e ela fosse a pessoa em erro, ele não tentou defender-se ou desafiar a afirmação daquela senhora. Ele não reivindicou, de forma alguma, ser infalível, porém admitiu que pudesse estar errado. Que nobre exemplo de humildade a ser seguido por todos nós!

Se você vier a formar uma equipe de oração profética, você deve fazê-lo com pessoas que saibam ser humildes. Elas não devem ser do tipo que defendam a si próprias ou aos seus dons. E quando as outras pessoas não aceitarem as suas revelações, devem ser suficientemente humildes para reconhecerem dizendo: “Eu posso estar errada e me desculpe, se eu estiver”.

 

3.  Profecia Falsa

Há um importante princípio de equilíbrio espiritual que eu gostaria de examinar e que se encontra em 1 Tessalonicenses 5:20,21: “Não desprezeis as profecias. Provai ou examinai todas as coisas. Retende o que é bom’.

 

a.  Prove Todas as Coisas e Retenha o que é Bom. Lemos neste versículo que devemos apreciar o valor da palavra profética. Contudo vemos, também, que devemos provar ou julgar esta palavra para verificarmos se é certa ou errada. Somente, então, podemos reter firmemente o que é bom e descartar o que é errado.

Qual é a forma de provarmos  se uma profecia é certa ou errada? A Bíblia nos dá uma palavra simples e clara sobre o assunto: “Quando tal profeta falar em nome do SENHOR, e tal palavra se o cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o SENHOR o falou. Com presunção além da sua fé e revelação falou o tal profeta... (Dt 18:14-22).

A resposta é muito simples: A verdadeira profecia cumpre-se e concorda com a Bíblia.

Infelizmente, a mesma coisa acontece com alguns ministérios “proféticos que estão atualmente viajando ao redor do mundo. Nunca providenciam acompanhamento às suas profecias, para saberem o quanto suas palavras têm sido certas ou erradas.

Alguns, até mesmo creem terem alcançado um nível de infalibilidade, ou seja, de nunca cometerem erros. Tem havido alguns resultados trágicos tanto para o profeta quanto para as pessoas, devido a esta falta de responsabilidade.

 

b.  Julgue  o Profeta.  

Uma das maneiras para se julgar um profeta é ver se ele é responsável por suas palavras proféticas e pelos efeitos delas. Elaso palavras de verdade e de vida, ou elas produzem confusão, medo, divisão e decepção? (Veja tamm Seção D2).

Certa vez, eu estava orando, juntamente com um profeta, por um casal. O homem por quem orávamos era um dentista. Deus havia abençoado aquele homem com uma casa maravilhosa, a qual ele usava, uma vez por semana, para um grande ministério de oração. Ele podia acomodar mais de 100 pessoas numa das salas que ficava nos fundos da casa. Naquelas reuniões, Deus estava salvando, curando e enchendo com o Espírito, todos que ali compareciam semanalmente. A presença de Deus estava naquela casa e as pessoas eram atraídas pelo Espírito a irem até lá, para receber ajuda.

Certo dia, alguém que compareceu àquela reunião profetizou ao dentista que ele deveria vender a casa e partir para um ministério viajante.

Desejoso de fazer a vontade de Deus, o dentista colocou sua casa à venda. A esposa dele, no entanto, se desesperou e não tinha mais paz. O dentista também estava muito aborrecido, uma vez que o havia sido convidado para ministrar em parte alguma e porque nenhuma porta havia se aberto para ele.

O casal, então, veio a s pedindo ajuda e confirmação da tal profecia. Não sabíamos absolutamente nada sobre as circunstâncias do que acabava de ser relatado. O Senhor falou para o profeta com quem eu estava orando: “Escravidão Profética!”.

O profeta viu, através do Espírito, que uma profecia errada havia sido dada ao casal, o que havia provocado uma grande confusão espiritual.

Eu e o profeta oramos e quebramos aquela “servidão profética e libertamos os dois, para que ouvissem a voz de Deus por eles próprios. Eles choravam muito, à medida que a paz de Deus inundava o seu espírito e que eles percebiam que o Senhor havia impedido que eles cometessem um sério engano.

Isto nos mostra porque precisamos ser cautelosos e humildes ao ministrarmos aos outros. Do contrário, podemos proferir palavras que amarram, em vez de palavras que libertam.

Oremos como Jesus. Ele disse: “O Espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a aberturde prisão aos presos (Is 61:1; Lc 4:18).

Jesus veio para nos libertar e não para nos colocar em servidão.

 

D. CONCLUSÃO

Sim, um propósito, poder e proteção especiais no ministério das equipes de oração profética. Experimentá-lo significa conhecê-lo! É um ministério que Deus está restaurando à Sua Igreja no mundo todo. É estimulante sabermos que as orações de cada equipe estão tendo a participação das orações de muitas outras equipes do Corpo de Cristo. um laço de amor a oração que une o nosso coração como irmãos e irmãs na grande família de Deus.

Todos pertencemos  à mesma Equipe e todos temos o mesmo desejo:  que a vontade do nosso Pai possa ser feita na terra como é feita no Céu.

Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra  em oração  acerca de qualquer coisa, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome [porque o Meus], aí estou Eu no meio deles” (Mt 18:19,20).

 

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