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GTL - C 10.5 - A Festa de Pentecostes

Capítulo 5 - A Festa de Pentecostes

SEÇÃO C10

AS SETE FESTAS DO SENHOR

 Ralph Mahoney

 

 

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Capítulo 5

A Festa de Pentecostes

 

“...A partidas primícias contareis cinquenta dias até o dia seguinte ao sétimo Sábado, e, aí então, apresentareis uma oferta de manjares diante do Senhor. De vossas habitações, trareis dois pães feitos com duas dízimas de farinha fina, cozidos com fermento, como uma oferta de movimento das primícias ao Senhor (Lv 23:15-17).

 

A. O ASPECTO  PASSADO (HISTÓRICO)

O aspecto passado da Festa de Pentecostes é digno de menção. Havia três ocasiões principais em que os israelitas deviam apresentar-se diante do Senhor (Ex 23:14-17). A primeira delas era a Páscoa, e também incluía os Pães Asmos e as Primícias. Estas três festas se realizavam num período que variava de oito dias a duas semanas.

A segunda ocasião era para a celebração da Festa de Pentecostes (também chamada de Festa da Colheita). Ela era realizada cinquenta dias após a oferta movida do feixe das primícias no fim dos Pães Asmos.

A terceira grande época de festa era chamada de Festa dos Tabernáculos (Colheita), no final do ano, quando os israelitas colhiam os seus frutos do campo.

Esta época festiva começava no primeiro dia do sétimo mês, com a Festa das Trombetas. No décimo dia deste s era o Dia da Expiação, seguido no décimo quinto dia pela Festa dos Tabernáculos.

Isto acontecia em Setembro/Outubro.Três vezes por ano todos os varões devem aparecer diante do Soberano Senhor (Ex 23:17).

 

Deuteronômio 16:9-12 descreve a Festa de Pentecostes da seguinte maneira: “Sete semanas contareis desde a época em que começardes a colocar a foice na seara [Primícias]. então celebrareis a Festa das Semanas [Pentecostes] ao SENHOR teu Deus, dando uma oferta voluntária proporcional às bênçãos que o SENHOR teu Deus te deu.

 

E te alegrareis diante do SENHOR teu Deus no lugar que Ele escolher como habitação para o Seu Nome [Jerusalém] tu, teus filhos e filhas, os teus servos e servas, os levitas em tuas cidades, os estrangeiros, os órfãos, e as viúvas que habitam no meio de ti.”

 

B. O ASPECTO  PROFÉTICO CUMPRIDO

O aspecto profético da Festa de Pentecostes foi cumprido em Atos 2.

“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes...todos foram cheios com o Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia as palavras a serem ditas” (At 2:1,4).

Este é um exemplo muito claro de como Deus usa as Festas como um Cronograma para a história humana.

O que aconteceu em Atos 2 demonstra novamente como os símbolo proféticos da Festa de Pentecostes foram cumpridos.

 

1.  A Nova  Oferta de Manjares

“Contareis cinquenta dias [Pentecostes] ... e aí então apresentareis uma nova oferta de manjares ao SENHOR (Lv 23:16).

A nova oferta de manjares retratava profeticamente aquele pequeno grupo reunido no Cenáculo aqueles 120 discípulos dedicados que estavam esperando pela promessa do Pai sobre a qual Jesus havia falado.

Eles eram totalmente consagrados a Jesus e estavam esperando pelo que Ele lhes havia prometido. Jesus disse que seriam batizados no Espírito Santo (At 1:4,5,14).

Eles eram aqueles poucos que se consagraram e que de fato se comprometeram com Jesus Cristo como seu Senhor e que haviam sacrificado as suas próprias ambições de maneira a poderem fazer parte dos propósitos de Cristo.

Eram semelhantes à voluntária e nova oferta de manjares. Eles se reuniram de comum acordo (unidade) apresentando-se livremente ao Senhor, preparados para pagarem o preço da identificação com Jesus.

 

A Festa de Pentecostes tem um grande poder associado a ela, mas, para ser vivenciada, também um grande preço a ser pago o preço de nos rendermos, completa e voluntariamente, ao Senhorio de Jesus Cristo, para podermos servi-Lo, “...quer seja pela vida ou pela morte (Fp 1:20).

O preço do Pentecostes foi claramente explicado por Jesus em Atos 1:8: “Mas recebereis poder depois que o Espírito Santo vier sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas [no grego martus, que significa um “mártir”]...” De acordo com os historiadores, onze dos doze apóstolos a quem Jesus falou estas palavras foram martirizados.

Vocês se lembram do seguinte evento? Antes de Jesus ser martirizado, “Aproximou-se d‘Ele uma mulher com um vaso de alabastro, com ungüento de grande valor e derramou-lho na Sua cabeça... “Ora, derramando ela este ungüento sobre o Meu corpo, fê-lo para o Meu sepultamento (Mt 26:7,12). No Pentecostes somos ungidos para o sepultamento e o martírio.

Esta mesma palavra grega (martus)  é traduzida em algumas versões como “mártir nos dois seguintes versículos:

E quando o sangue do Teu mártir, Estevão, foi derramado... (At 22:20).

“...ainda nos dias de Antipas, o Meu fiel mártir, o qual foi morto entre vós... (Ap 2:13).

Neste aspecto pessoal de Pentecostes, esta nova oferta de manjares é uma oferta voluntária de nossa própria vida, como um sacrifício vivo, preparado para qualquer coisa que Deus quiser fazer em s ou conosco.

A nova oferta de manjares tem uma lição simbólica de que somos plantados na morte, a morte do sacrifício próprio e da submissão. Desta mansidão e entrega da vontade própria surge uma Colheita de vida.

 

2.  Os Dois  Pães

É significativo que os dois pães oferecidos nesta Festa sejam preparados com fermento. Isto retrata o caráter dos que experimentaram o Pentecostes.

Deus o exigiu grandes realizações intelectuais nem uma perfeição moral antes de batizar com o Espírito Santo aqueles 120 discípulos. Algumas semanas antes, os doze discípulos haviam mostrado que eram fracos e temerosos. “Aí então todos os discípulos O abandonaram  e fugiram (Mt 26:56).

Observe onde Jesus encontrou os onze discípulos após a Sua ressurreição. “... as portas de onde os discípulos haviam se reunido estava fechada, pois temiam os judeus... (Jo 20:19). Amontoados, com medo, e por trás de portas trancadas foi aí que Jesus os encontrou.

 

a.  Capacitados Pelo Espírito.  

Foi aí que Ele lhes disse que o Espírito os capacitaria tanto que não teriam mais medo. Eles proclamariam intrepidamente o Evangelho – até mesmo como mártires.

E foi isto que o Pentecostes fez para os apóstolos cheios de medo. Transformou o medo deles em ; as portas fechadas se abriram, e eles saíram às ruas, pregando sobre Jesus, mesmo diante da possibilidade de detenção, prisão e martírio.

“E, estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão  do Templo, e os saduceus, e os encerraram na prisão até o dia seguinte... e, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente o falassem nem ensinassem nada no nome de Jesus” (At 4:1,3,18). Como estes discípulos reagiram a uma ordem deste tipo?

 

Em primeiro lugar, eles oraram. “Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos Teus servos que falem com toda ousadia a Tua Palavra (At 4:29).

Em seguida, pregaram. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da grande ressurreição... E, levantando-se o sumo-sacerdote... indignaram-se muito e os lançaram na prisão pública.

“Mas, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora, disse: Ide, e apresentai-vos no Templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida.

E diariamente, no Templo, e em todas as casas, o cessaram de ensinar e pregar a Jesus Cristo (At 4:33; 5:17-20,42).

O Pentecostes é para os que m fome e sede da presença e do poder de Deus, os que estão dispostos a serem transformados em pessoas corajosas (muito embora sejam por si próprias temerosas) a fim de poderem proclamar a Cristo até mesmo se isto significar a prisão ou a morte.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5:6).

“Ó Deus, Tu és o meu Deus; de madrugada Te buscarei; a minha alma tem sede de Ti; a minha alma Te deseja muito numa terra seca e cansada, onde o há água; “Para ver o Teu poder e a Tua glória, como Te vi no Santuário (Sl 63:1,2).

A minha alma anela, sim, até mesmo desfalece pelos átrios  do SENHOR: o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo (Sl 84:2).

“Pois Ele farta a alma sedenta e enche de bens a alma faminta” (Sl 107:9).

“Ele cumprirá o desejo dos que O temem; Ele também ouvirá o seu clamor e os salvará (Sl 145:19).

“... quanto mais o vosso Pai Celestial dará  o Espírito Santo aos que Lho pedirem?” (Lc 11:13).

 

C. RECEBA O DOM

A definição legal de um dom é a seguinte: Uma oferta  e uma aceitaçãosem preço ou consideração.

O Batismo do Espírito Santo é descrito como sendo o DOM prometido pelo Pai (At 1:4;2:38).

Os dons de Deus o concedidos por causa da sua natureza bondosa, e não por causa dos nossos méritos. O poder do Pentecostes foi o dom de Deus a uma comunidade que não era perfeita.

A trágica história de Ananias e Safira em Atos 5 nos ensina que desejarmos o PODER ou o PRESTÍGIO sem a PUREZA do Espírito Santo significa o compreendermos uma importante função do Espírito Santo.

Ele entra em nós, não PORQUE sejamos perfeitos, mas porque PRECISAMOS ser perfeitos.

 

1.  Um Encontro Divino

Se você ainda não recebeu o seu Pentecostes pessoal, leia a Seção D1 deste Guia de Treinamento de Líderes. Siga estas instâncias e você poderá ser capacitado a fazer a vontade e a obra de Deus.

Êxodo 23:17 diz: “Aparecereis diante do Senhor. Isto fala conosco sobre o encontro divino com Deus.

O encontro com Deus registrado no primeiro Pentecostes do Novo Testamento (Atos 2) certamente transformou aquele grupinho de pessoas que aguardavam em atitude de oração no Cenáculo.

Transformaram-se numa poderosa comunidade de testemunhas, de pessoas seguras quanto ao Deus que haviam encontrado no Dia de Pentecostes.

 

2.  Uma Pedra de Tropeço

O aspecto pessoal desta Festa ainda é poderosamente relevante hoje em dia. Ainda a necessidade da oferta voluntária de nossa própria vida a Deus. Muitos membros da Igreja desejam o poder do Pentecostes, mas não da mesma maneira como aconteceu em Atos 2.

Muitos cristãos acham que é um tanto desnecessário ou embaraçoso o falar em línguas. Algumas teorias teológicas o elaboradas no sentido de explicarem e eliminarem esta clara experiência bíblica.

Tenho observado que sempre que Deus Se move de uma forma nova, Ele sempre coloca uma “pedra de tropeço, uma rocha de escândalo naquilo que faz! O falar em outras línguas pelo Espírito é assim para alguns.

Eles o conseguem receber o seu Batismo no Espírito Santo.

“Por  quê? Porque o buscaram pela fé... pois tropeçaram na pedra de tropeço” (Rm 9:32). Para estes, o dom de línguas é “...uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo, paraqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes... (1 Pe 2:8).

 

A afirmação e a mensagem provenientes de Jesus Cristo traziam consigo uma pedra de tropeço. Os líderes religiosos o conseguiam compreender a Encarnação de Cristo e iravam-se muito quando Jesus falava sobre a Sua divindade. Jesus foi a pedra que os edificadores rejeitaram (At 4:11; Sl 118:22).

Paulo ensina que o Messias crucificado foi uma outra pedra importante em que os judeus tropeçaram (1 Co 1:23).

Eles o conseguiam compreender o fato de que o Messias havia vindo para sofrer uma morte ignóbil (desonrosa). Achavam que Ele expulsaria os soldados romanos que ocupavam a Sua terra e estabeleceria um glorioso reino.

Isto tudo o se encaixava com a maneira pela qual compreendiam as coisas. Não havia nenhuma glória na Cruz somente vergonha e desonra. A Cruz fala de vergonha e ofensa porque somente os criminosos eram crucificados.

É necessário uma revelação para podermos ver as profundas verdades do Messias crucificado. A mente natural não consegue recebê-las. Jesus o era um criminoso, mas Ele foi feito criminoso pelo fato de ter leva- do os meus pecados e os seus pecados. “...o SENHOR colocou sobre Ele a iniqüidade [o pecado, a perversidade] de todos nós (Is 53:6). “Deus tomou o imaculado Cristo e derramou para dentro d’Ele os nossos pecados (2 Co 5:21).

 

Na Festa de Pentecostes, o falar em línguas é uma pedra de tropeço semelhante. Há um problema semelhante de orgulho no recebimento do Dom de Línguas. um opróbrio que alguns não querem sofrer.

Assim como um Messias crucificado era algo irracional para os judeus, semelhantemente o falar com uma língua desconhecida parece irracional para muitos cristãos.

No entanto, o foi nenhuma denominação que colocou esta pedra de tropeço na Festa de Pentecostes. Foi Deus que a colocou uma pedra sobre a qual precisamos cair em mansidão e submissão, para que ela não caia sobre nós.

“Qualquer  que cair sobre esta pedra ficará em pedaços, e aquele sobre quem ela cair será feito em pó” (Lc 20:18).

 

3.  Batismo de Fogo

“Respondeu João [Batista] a todos, dizendo: Eu vos batizo com água, mas virá Alguém que é mais poderoso do que eu [Jesus]... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Lc 3:16).

Pentecostes também é a Festa do Batismo de Fogo. O fogo e um símbolo de purificação. Descobriremos que a identificação com esta Festa testará os nossos relacionamentos em casa, na igreja e em nossa vida em geral.

O Pentecostes era uma ocasião em que toda a nação de Israel comparecia diante do Senhor para que Ele pudesse fazer uma obra em seus corações, introduzindo neles um pouco do Seu Próprio caráter. Isto aconteceu para os 120 discípulos reunidos no Cenáculo, em Jerusalém, durante o Pentecostes.

 

O poder do Pentecostes nos transforma.

o devemos abordá-lo meramente por curiosidade ou como uma experiência. É errado nos aproximarmos do Pentecostes da mesma maneira com que abordaríamos qualquer outra coisa em que tivéssemos curiosidade.

Muitas vezes, as coisas preciosas de Deus o pregadas o negligentemente que os ouvintes ficam sem nenhuma sensação da espantosa presença de Deus, diante do Qual estão comparecendo.

Frequentemente, o Evangelho é pregado com toda a ênfase nas bênçãos disponíveis, sem, no entanto, nenhuma menção do arrependimento necessário.

Alguns ensinam que o Pentecostes é uma emocionante fonte de poder. Estes mestres, geralmente, deixam de enfatizar que o Espírito de Deus é acima de tudo, o Espírito SANTO de Deus. O Pentecostes é um encontro com Deus, e todos os encontros com Deus nos transformam.

 

4.  Para Refletirmos a Sua Glória

Certa vez, um Bispo muito consagrado a Deus disse com razão: “Quando começa- mos a falar com Deus sobre o poder, Ele começa a falar conosco sobre a pureza.” Isto me faz lembrar 2 Coríntios 3:17,18: “... e onde está o Espírito do Senhor, aí liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, estamos sendo transformados à Sua semelhança com uma glória sempre crescente, que é proveniente do Senhor, que é o Espírito.”

Vemos aqui a obra do Espírito, o Qual remove o véu de nosso coração, a fim de que possamos refletir a glória do Senhor. O resultado de refletirmos a Sua glória é que somos transformados: Transformados  à Sua semelhança, com uma glória sempre crescente.”

 

O Pentecostes é o poder de Deus que nos transforma à Sua semelhança. Esta transformação o é um acontecimento instantâneo, imediato. Ela ocorre à medida que continuamos a nos oferecer como uma oferta voluntária ao Espírito de Deus, dispostos a sofrermos qualquer opróbrio resultante. Desta maneira, somos transformados de um nível de glória para o próximo, passo a passo, dia após dia, à medida que colocamos em prática o nosso Pentecostes.

Como foi afirmado anteriormente, a Festa de Pentecostes comemorava os eventos no Sinai. Algo notável que aconteceu é descrito no seguinte versículo:

“E aconteceu que, descendo Moisés do Monte Sinai (e ele trazia as duas tábuas da aliança em sua mão), ele o sabia que a pele do seu rosto resplandecia, porque ele havia conversado com Deus” (Ex 34:29).

O rosto resplandecente de Moisés causou temor, e, assim sendo, ele colocou um véu sobre a sua face. “Assim acabou Moisés de falar  com eles, e colocou um véu sobre o seu rosto. Porém, entrando Moisés perante o SENHOR, para falar com Ele, tirava o u até sair... os israelitas viam o rosto de Moisés, que brilhava a pele do seu rosto; e Moisés colocava o u sobre o seu rosto novamente, até entrar para falar com Deus” (Ex 34:33-35).

A experiência pentecostal de Moisés fez com que ele passasse muito tempo contemplando o Senhor. Isto impregnava o seu próprio semblante com a glória de Deus que refletia do seu rosto resplandecente.

Vamos desimpedir os degraus que levam ao Cenáculo, para podermos entrar e orar, passando tempo na presença de Deus, até que s também reflitamos a glória do Senhor.”

 

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