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F3.2 - Líderes Fiéis.

Líderes Fiéis

SEÇÃO  F3

JULGAMENTO DE OBREIROS INDISCIPLINADOS

 Ralph Mahoney

   

 

Capítulo 2

Líderes Fiéis

 

A. SINAIS DOS VERDADEIROS APÓSTOLOS

 

1.  Não Servem a si Próprios.

O PRIMEIRsinal de um verdadeiro apóstolo, profeta, evangelista, pastor ou mestre é o seguinte: Ele o usa os Dons do Espírito ou o seu ministério dado por Deus de uma maneira que venha a servir ou salvar a si Próprio. Ele somente usa estes dons quando o Espírito Santo o guia e o dirige.

Quando Jesus estava pendurado na Cruz, um dos escárnios lançados sobre Ele foi o seguinte: “Ele salvou os outros, mas não consegue salvar a Si Próprio! (Mt 27:42).

E isto era realmente verdade! Jesus não usaria o Seu ministério no intuito de servir ou salvar a Si Próprio. Ele não podia salvar a Si Próprio!

 

2.  Passam por  Sofrimentos.

EM SEGUNDO LUGAR, o verdadeiro apóstolo, profeta, evangelista, pastor ou mestre está disposto a passar por sofrimentos e dificuldades para cumprir o ministério que Cristo Lhe deu. Esta é a atitude que o Apóstolo Paulo tinha.

“Portanto, tenho prazer nas enfermidades, nas repreensões, nas necessidades, nas perseguições, nas angústiapor amor a Cristo... pois quando estou fraco, então sou forte” (2 Co 12:10).

Todo ministério que honra a Cristo tem esta mesma atitude. “A vossa atitude deveria ser a mesma que a de Cristo Jesus” (Fp 2:5).

 

B. EXEMPLOS DE LÍDERES FIÉIS.

 

1.  Elias Um Profeta Fiel.

“EntãElias... disse a Acabe: Assim como o SENHOR, o Deus de Israel vive, a Quem sirvo, não haverá orvalho nem chuva... exceto pela minha palavra (1 Rs 17:1).

À medida que esse julgamento profeticamente declarado continuou por vários anos, a terra de Israel enfrentou uma terrível seca e fome.

Tudo foi bem com Elias por algum tempo. Deus o havia dirigido a um riacho onde ele poderia beber. Deus também enviou corvos para fornecerem a Elias pão e carne todas as manhãs e noites. Foi um quadro razoavelmente pacífico. Em vista dos problemas que os outros estavam enfrentando durante esta época de seca e fome, Elias até que não estava se saindo muito mal.

 

Contudo, com o passar do tempo, o riacho finalmente secou e Elias tornou-se uma vítima de sua própria profecia! Pão seco sem nenhuma água não é um piquenique muito agradável. Ele talvez tenha sido tentado a ordenar que chovesse.

Se ele tivesse agido com base neste desejo, ele claramente teria estado fora da vontade de Deus. Deus ainda não havia dito a Elias para dar a ordem para a chuva. Se tivesse falado quando deveria ter estado em silêncio, uma dentre duas coisas poderia ter acontecido:

Deus não teria honrado a palavra, porque ele teria “pedido erroneamente” isto é, independentemente da vontade de Deus (Tg 4:3). Se ele tivesse feito isto, Elias teria se tornado um profeta inútil e egoísta.

 

Deus teria honrado a palavra, mas isto poderia ter terminado a história toda. Elias talvez teria perdido o “milagre do fogo procedente do Céu e se encontrado com “magreza de alma” (1 Rs 18:30-39; Sl 106:13-15).

Semelhantemente ao Senhor Jesus durante a Sua tentação no deserto (Mt 4:1-4), Elias recusou-se a usar o seu dom para satisfazer a sua própria sede e fome. Ele aguardou que Deus viesse e Lhe dissesse quando usar o seu dom profético. Somente então ele falaria a palavra do Senhor e terminaria a seca.

Deus, no entanto, é fiel. O registro diz simplesmente: “Aí então a palavra do Senhor veio a Elias: Vai imediatamente a Sarepta, de Sidom, e permanece . Ordenei a uma viúva daquele lugar que te fornecesse comida (1 Rs 17:8,9).

 

Pelo fato de tanto Elias quanta a viúva terem obedecido a palavra do Senhor, ambos foram galardoados pela bênção e provisão de um sábio e amoroso Deus.

A necessidade deles tornou-se a oportunidade para que o Senhor executasse o milagre do “óleo e da farinha” que salvou as suas vidas.

Ambos poderiam ter perdido este milagre através da incredulidade ou de falarem quando deveriam estar em silêncio, ou por terem estado em silêncio quando deveriam ter falado.

Elias nos deu um bom exemplo. Ele não usava o seu dom de poder para resolver os seus próprios problemas ou suprir as suas próprias necessidades. Ele mantinha o dom sob a disciplina da vontade e do controle de Deus.

 

2.  Ts Líderes de Igreja Fiéis

“Os presbíteros... exorto... Apascentai o rebanho de Deus que está dentre vós... não por torpe lucro [dinheiro]... E quando o Sumo Pastor  aparecer,  recebereis uma coroa de glória... (1 Pe 5:1-4).

 

a.  Paulo. O Apóstolo Paulo era um líder com um verdadeiro coração de pastor.

Ele poderia ter recebido legitimamente um sustento financeiro das igrejas (1 Co 9:17,18; 1 Tm 5:17,18).

Para dar um exemplo, ele se sustentava a si próprio. “Mesmo até o presente momento, nós... labutamos, trabalhando  com as nossas próprias mãos... (1 Co 4:11,12).

Ele não era um mercenário. “Não cobicei a prata, o ouro, nem as vestimentas de ninguém... s sabeis que com as minhas própriamãos tenho suprido as minhas necessidades...” (At 20:33-35).

 

b.  Pedro. Quando ofereceram dinheiro a Pedro, ele retrucou: “... O teu dinheiro pereça contigo, porque pensaste que o dom de Deus pode ser adquirido com dinheiro” (At 8:20). Você tem o compromisso de ser um líder semelhante a Pedro? Você deveria ter. Todos os verdadeiros líderes do povo de Deus continuamente se guardam contra o espírito mercenário e odeiam o “amor pelo dinheiro”.

 

c.  Timóteo. Paulo disse: “Mas confio no Senhor Jesus que vos enviarei Timóteo... Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que naturalmente cuide do vosso estado. Pois todos [o restante] buscam os seus Próprios interesses...” (Fp 2:19-21).

Estas devem ser as palavras mais tristes do Novo Testamento – Todos buscam os seus próprios interesses...”  Paulo conseguiu encontrar apenas um líder cujas motivações eram puras e claras para enviar como auxílio à Igreja de Filipos.

 

C. GALARDÕES OU JULGAMENTO.

O Senhor disse o seguinte: “... o vos preocupeis, dizendo: O que haveremos de comer ou beber, ou com que nos vestiremos... O vosso Pai Celestial sabe que tendes necessidades de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua retidão,  e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:31-33).

 

1.  Galardoados por um Serviço Fiel.

Deus abençoará os que entregam a vida por Jesus para servirem os outros. Ele suprirá as suas necessidades liberalmente e tomará conta dos Seus servos.

Deus não nos chamou para irmos onde há mais dinheiro. Ele nos chamou para irmos onde quer que o Espírito Santo nos dirija.

Talvez seja para um povo difícil, como foi o chamado de Jeremias (Jr 6:19), ou para um povo que corresponda prontamente, como foi o caso de Jonas (Jn 3:5-10). O que realmente importa é que façamos com alegria a santa vontade de Deus, motivados por um coração amoroso. Este deve ser o supremo compromisso de nossa vida!

 

2.  Julgados Pela Infidelidade.

“Nem todos os que Me dizem: Senhor, Senhor, entrarão no Reino do Céu, mas somente aqueles que fazem a vontade do Meu Pai que Se encontra no Céu.

“Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, porventura não profetizamos em Teu Nome, e em Teu Nome não expulsamos demônios e fizemos muitos milagres?

“Aí então lhes direi claramente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade!” (Mt 7:21-23).

O seu galardão baseia-se no que você fez para Cristo na terra e COMO (com quais motivações) você o fez. O uso do poder de Cristo para curar, expulsar demônios e profetizar e ao mesmo tempo vivendo nas impurezas carnais do amor pelo dinheiro, amor pelo louvor dos homens, e uma vida de imoralidade trazem o julgamento divino.

Qual é este julgamento?

O julgamento neste grupo de ministros cristãos foi o seguinte: APARTAI-VOS DE MIM!”

A questão é a proximidade quão perto você  pode chegar de Jesus no Céu. Se você não ficar perto de Jesus no seu caminhar e em sua obra na terra, você o ficará perto d’Ele no Céu.

 

a.  Apartai-vos  de Mim. Durante uma época de apostasia em Israel, a maioria dos sacerdotes tornaram-se idólatras e sacrificaram a ídolos. Os FILHOS DE ZADOQUE permaneceram fiéis e continuaram perto do Senhor.

Quando chegou o tempo de prestação de contas, o julgamento sobre os sacerdotes apóstatas foi o seguinte: “...os levitas que se apartaram para longe de Mim... que se desviaram para longe de Mim para seguirem os seus ídolos; levarão sobre si a sua iniqüidade..o  se aproximarão de Mim...”

No entanto, os que foram fiéis e permaneceram leais tiveram o seguinte galardão: “Mas os sacerdotes... os filhos de Zadoque, que guardaram  a ordenança do Meu santuário quando os filhos de Israel se apartaram de Mim, eles se aproximarão de Mim para ministrarem a Mim e eles permaneceo diante de Mim... diz o Senhor DEUS(Ez 44:10-15).

 

O julgamento pela desobediência e pelo fracasso foi a recusa à SUA presença. Este é um privilégio que não quero perder.

O galardão pela obediência e fidelidade o foi o u neste caso. Foi o privilégio da Sua presença. “Elese aproximarão  de Mim... diz o Senhor!” Isto é o que deveríamos desejar mais do que qualquer outra coisa nesta vida e na eternidade – estarmos perto de Jesus.

Quão perto você estará de Jesus no Céu? Tão perto quanto você permanecer aqui na terra. Se você caminhar em concupiscências pecaminosas, cobiçar dinheiro, e desejar os louvores dos homens mais do que os de Deus (Jo 12:43), Jesus dirá: APARTAI- VOS DE MIM!”. Você  sofrerá a perda de todos os galardões, e o fogo queimará todas as suas obras (Veja 1 Coríntios 3:10-15; 1 João 2:28).

Se você caminhar em fidelidade ao seu chamado e ministério, se você  mantiver a integridade e as motivações retas, Jesus o galardoará com um lugar ao Seu lado em Seu Trono (Ap 3:21). Você  desfrutará da Sua presença íntima por toda a eternidade.

 

D. O JULGAMENTO DO CRENTE.

“Não muitos de vós deveriam ter a aspiração  de serem mestres, meus irmãos, porque sabeis que os que ensinam serão julgados mais rigorosamente” (Tg 3:1).

“Porque  todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal (2 Co 5:10).

A Bíblia ensina que os líderes e crentes terão que algum dia prestar contas no Tribunal de Cristo”  pelas coisas feitas no Corpo, quer sejam boas ou más. Com relação ao julgamento do crente, os seguintes fatos deveriam ser mantidos em mente:

 

1.  Todos os Cristãos.

Todos os cristãos estarão sujeitos a um julgamento. Não haverá nenhuma exceção (Rm 14:12; 1 Co 3:12-15; 2 Co 5:10).

 

2.  Quando Cristo Voltar.

Este julgamento acontecerá quando Cristo voltar para a Sua Igreja (Veja João 14:3 e compare com 1 Tessalonicenses 4:14-17).

 

3.  O Juiz é Cristo (João 5:22; 2 Timóteo 4:8).

 

4.  Solene e Sério.

A Bíblia retrata o julgamento do crente como sendo algo solene e sério, especialmente pelo fato de incluir a possibilidade de danos ou “perdas (1 Co 3:15 compara- do com 2 Jo 8), de “ficarmos envergonhados diante d’Ele em Sua vinda (1 Jo 2:28), e de “queima de todo o trabalho de nossa vida (1 Co 3:13-15). O julgamento do crente, no entanto, não envolverá uma declaração de condenação por Deus.

 

5.  Tudo Manifesto Publicamente.

Tudo será manifesto publicamente. A palavra “aparecer” (no grego phaneroo, 2 Co 5:10) significa “ser manifesto aberta ou publicamente”.

Portanto, Deus examinará e revelará abertamente, de forma fiel à realidade:

 

a.  Os Nossos Atos Secretos (Mc 4:22; Rm 2:16),

b.  O Nosso Caráter (Rm 2:5-11),

c.  As Nossas Palavras (Mt 12:36,37),

d.  As Nossas Boas Obras (Ef 6:8),

e.  As Nossas Atitudes  (Mt 5:22),

f.  As Nossas Motivações (1 Co 4:5),

g.  A Nossa Falta  de Amor (Cl 3:18-4:1), e

h. A Nossa Obra  e Ministério  (1 Co 3:13).

 

6.  Prestação de  Contas.

Em suma, o crente terá que prestar contas do nível da sua fidelidade ou infidelidade para com Deus (Mt 25:21,23; 1 Co 4:2,5) e de suas ações, conforme a graça, oportunidade e compreensão disponíveis a ele (Lc 12:48, Jo 5:24).

 

7.  As Obras do Crente.

As más ações do crente, quando um arrependimento, são esquecidas com relação à punição eterna (Rm 8:1), mas ainda o levadas em consideração ao serem julgadas para uma recompensa: O que faz o mal receberá pelo mal que cometeu (Cl 3:25, comparado com Ec 12:14; 1 Co 3:15; 2 Co 5:10). As boas obras e o amor dos crentes são relembrados por Deus e galardoados (Hb 6:10): “Qualquer coisa boa que alguém fizer, por ela também receberá do Senhor (Ef 6:8).

 

8.  Ganho ou Perda.

Os resultados específicos do julgamento do crente serão variados. Haverá o ganho ou a perda de:

 

a.  Alegria (1 Jo 2:28),

b.  Aprovação Divina (Mt 25:21),

c.  Tarefas e Autoridade (Mt 25:14-30),

d.  Posição (Mt 5:19; 19:30),

e.  Galardões  (1 Co 3:12-14; Fp 3:14; 2 Tm 4:8), e

f.  Honra (Rm 2:10, comparado com 1 Pe 1:7).

 

9.  Tema ao Senhor.

A expectativa do julgamento vindouro do cristão deveria aperfeiçoá-lo no temor do Senhor (2 Co 5:11; Fp 2:12; 1 Pe 1:17) e fazer com que ele seja sóbrio, vigilante, e que ore (1 Pe 4:5,7), que viva com um comportamento santo e com retidão (2 Pe 3:11), e que demonstre misericórdia e bondade a todos (Mt 5:7, comparado com 2 Tm 1:16-18).

 

 

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